PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: servo
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Desamarrando as sandálias.




   06 de janeiro de 2024.   

Sábado do Tempo do Natal antes da Epifania


   Evangelho.   


Mc 1,7-11

Naquele tempo, 7João pregava, dizendo: “Depois de mim virá alguém mais forte do que eu. Eu nem sou digno de me abaixar para desamarrar suas sandálias. 8Eu vos batizei com água, mas ele vos batizará com o Espírito Santo”. 9Naqueles dias, Jesus veio de Nazaré da Galileia, e foi batizado por João no rio Jordão. 10E logo, ao sair da água, viu o céu se abrindo, e o Espírito, como pomba, descer sobre ele. 11E do céu veio uma voz: “Tu és o meu Filho amado, em ti ponho meu bem-querer”.



   Meditação.   


Eu nem sou digno de me abaixar para desamarrar as suas sandálias (Mc 1,8)

No calendário popular, hoje, 06 de janeiro, é Dia de Reis, a comemoração da visita dos Magos a Belém. No calendário litúrgico da Igreja no Brasil, esta festa, chamada de Epifania, ficou para domingo que vem. Epifania é a manifestação de Jesus como salvador de toda a humanidade. É o que contemplamos na visita dos Magos do Oriente ao Menino Jesus. 

O evangelho de São Marcos, lido hoje, apresenta Jesus que vai se batizar com o profeta João, no Rio Jordão. Quando Jesus saiu das águas, o céu se abriu e desceu sobre ele o Espírito Santo. E ouviu-se uma voz do céu confirmando que ele era o Filho Amado.

João Batista tinha dito que, depois dele, viria alguém mais forte do que ele. Só de prever o encontro com Jesus, João declarou não ser digno nem de se abaixar para desamarrar as suas sandálias. Lavar os pés do seu senhor era o serviço do servo, do criado. João estava dizendo que não se sentia digno desse serviço, tão elevado era o Messias que ele estava anunciando.

João mostrou-se muito humilde. Mas, Jesus foi mais longe ainda. Você se lembra da cena do lava-pés? Jesus levantou-se, tirou o manto, cingiu-se com uma toalha, abaixou-se e foi lavar os pés dos seus discípulos. Uma cena muito forte. Jesus, o Senhor, faz o papel de servo, de criado, lavando os pés dos seus subordinados. Mesmo Pedro estranhou aquilo e não queria que Jesus lavasse os seus pés.

O gesto de Jesus de lavar os pés dos seus discípulos sublinha o modo como ele exerceu a sua missão: abaixando-se ao assumir nossa condição humana, servindo, lavando-nos os pés, purificando-nos do pecado, tomando o nosso lugar na cruz.

Jesus abaixou-se para nos encontrar em nossa pequenez, em nossa humanidade. Ele fez-se servo. Ele nos lavou com o derramamento do seu Santo Espírito. Respondamos a esse amor com um amor sincero, mesmo sabendo que não somos dignos nem de sermos seus servos, de nos abaixarmos para desamarrar as sandálias dos seus pés.




Guardando a mensagem

Meditamos, hoje, sobre o amor de Jesus que se manifestou em vir a nós, com tanta humildade, colocando-se na fila dos pecadores, para receber o batismo de João. Assim, já vamos nos preparando para celebrar a Epifania do Senhor, a sua manifestação como salvador de toda a humanidade. É a mensagem da história da visita dos Magos que vamos celebrar domingo que vem. 
Ele fez-se servo obediente, como disse o profeta Isaías. São Paulo também falou dessa condição de Jesus, na carta aos Filipenses: ele foi servo obediente até à morte de cruz.
 O nosso amor a Cristo nos leva à sua imitação. Assim, amemos de verdade os nossos irmãos, como o Senhor nos ama. Nós somos também servidores dos nossos irmãos. 

Eu nem sou digno de me abaixar para desamarrar as suas sandálias (Mc 1,8)

Rezando a mensagem

Senhor Jesus,
mostraste grande humildade indo se batizar com João Batista. João, sabendo de tua grandeza, achou que não era digno nem de se abaixar para desamarrar as tuas sandálias. E nós ficamos lembrando que toda a tua missão foi essa de servo, de servidor, lavando os nossos pés, com grande amor e humildade. Tu nos purificaste com o sacrifício de tua cruz. Nós nos damos conta que esse é o caminho que precisamos trilhar, à tua imitação. Dá-nos, Senhor, a graça de sermos também servidores dos irmãos, testemunhando nossa comunhão contigo. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Em preparação da celebração deste domingo, a Festa da Epifania do Senhor, adiante a leitura do evangelho: Mateus 2,1-12.

Comunicando

Amanhã, faço show na cidade de Barra do Choça, na Arquidiocese de Vitória da Conquista, Bahia. É o Novenário do Senhor do Bonfim, padroeiro do município. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Começar o advento, com fé e humildade.


   04 de dezembro de 2023.   

Segunda-feira da 1ª Semana do Advento

   Evangelho   


Mt 8,5-11

Naquele tempo, 5quando Jesus entrou em Carfanaum, um oficial romano aproximou-se dele, suplicando: 6“Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia”. 7Jesus respondeu: “Vou curá-lo”. 8O oficial disse: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado. 9Pois eu também sou subordinado e tenho soldados sob minhas ordens. E digo a um: ‘Vai!, e ele vai; e a outro: ‘Vem!, e ele vem; e digo a meu escravo: ‘Faze isto!, e ele o faz”. 10Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado, e disse aos que o seguiam: “Em verdade, vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé. 11Eu vos digo: muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó”.

   Meditação   


Nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé (Mt 8, 10).

Nós fazemos um bom esforço para viver o evangelho de Jesus, para sermos fiéis ao que Deus tem nos ensinado. Ao menos, pensamos assim. O povo de Deus do tempo de Jesus também tinha essa ideia sobre si mesmo. Eles insistiam sempre no conhecimento que tinham do Deus verdadeiro e na exclusividade de serem o povo em aliança com Deus. Jesus, filho de Deus, encarnado naquele mundo religioso e cultural de Israel, também tinha em grande conta a história do povo eleito. Mas, aberto à realidade como ele era, experimentou em várias ocasiões como a fé deles era vivida de maneira egoísta e interesseira. E como, em nome da aliança com Deus, marginalizava-se gente de dentro e todos os de fora.

No evangelho de hoje, Jesus faz uma constatação que deve ter aborrecido muita gente do seu tempo: “Em verdade vos digo, nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé”. O elogio foi feito ao comportamento de um pagão. No encontro que ele teve com o oficial romano, em Cafarnaum, este intercedeu em favor do seu empregado. Este oficial tinha a patente de centurião, tendo sob seu comando uma centena de soldados do império. Claro, era um estrangeiro, um pagão. Ele contou a Jesus que o seu empregado estava de cama, sofrendo terrivelmente com uma paralisia. Jesus, judeu que era, segundo as regras religiosas de então, não podia entrar na casa dele, já que ele era um pagão. Passando por cima dessa barreira, Jesus se prontificou a ir à sua casa para curar o seu empregado. A resposta do pagão foi surpreendente: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa”. Foi uma palavra sincera, um reconhecimento de sua condição de pecador, de pagão. E mostrou sua grande fé quando acrescentou: “Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado”. E até comentou com Jesus sobre sua experiência de dar ordens aos seus soldados e aos seus servos, e de ser prontamente obedecido.

Diante da resposta do pagão, Jesus ficou admirado com a sua fé. Foi aí que ele disse aquela palavra tão surpreendente: “Nunca encontrei alguém que tivesse tanta fé em Israel”. E disse mais: “Eu lhes digo, muitos virão do oriente e do ocidente e se sentarão à mesa do reino dos céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó”. Nessa palavra, Jesus está em sintonia com os profetas, como Isaías, que anunciaram, muitos séculos antes, que também as nações pagãs se integrariam ao povo santo, chegariam também como peregrinos ao monte da Casa do Senhor. Deus quer integrar no seu reino também os outros povos, toda a humanidade.




Guardando a mensagem

Para nós que estamos começando o tempo do advento, Jesus nos aponta, hoje, um exemplo a ser imitado. Jesus elogiou a fé do oficial pagão, dizendo que não tinha encontrado ainda uma fé tão grande no meio do seu povo. Com esse elogio, o centurião pagão está sendo colocado como exemplo a ser seguido por nós. É bom nos darmos conta que, fora do nosso grupo e de nossa tradição religiosa, há quem demonstre mais fé do que nós. E podemos e devemos aprender com eles. Aprendamos com Jesus, que teve uma atitude missionária, apesar dos limites da prática religiosa do seu tempo: dispôs-se a ir à casa do pagão. Aprendamos com o pagão que Jesus elogiou: ele foi solidário com o seu empregado e foi humilde em reconhecer sua condição de pecador. Além disso, esse pagão demonstrou uma grande fé, sugerindo que Jesus apenas desse uma ordem e seu empregado ficaria curado. Fora do nosso grupo, pode haver gente levando a fé mais a sério do que nós. Aprendamos com eles.

Nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé (Mt 8, 10).

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
ficamos encantados com teu espírito missionário. Desde o teu nascimento, vemos como os pagãos são acolhidos no caminho da salvação. São tantos exemplos nos evangelhos: a visita dos magos do oriente, aquela história da mulher siro-fenícia, da cananeia, das curas em território estrangeiro, essa história do empregado do centurião em Cafarnaum. E colocaste este pagão como exemplo a ser seguido por todos nós na sua solidariedade, na sua humildade e na sua fé. Ajuda-nos, Senhor, a acolher, sem discriminação, o bom exemplo de pessoas que não são do nosso grupo e da nossa tradição religiosa. E a vivermos a nossa fé com maior seriedade. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Repita, hoje, durante o dia, muitas vezes, inspirando-se no centurião de Cafarnaum, esta oração que dizemos antes da comunhão na Santa Missa: "Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo". 

Comunicando

Nesta altura do mês de dezembro, as instituições que vivem de doações, como a nossa, estendem as mãos para receberem uma oferta de final de ano. A Associação Missionária Amanhecer (AMA) pede o seu apoio. Use o PIX 81 9 9964-4899. Grato por estar conosco na missão.

Nesta semana, faço show no Recife, no dia 07, na festa do Morro da Conceição e em Grossos, Rio Grande do Norte, no dia 08, na festa da emancipação do município.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Aprendendo com Jesus e com João: somos servidores dos irnãos




06 de janeiro de 2023

Tempo do Natal antes da Epifania


EVANGELHO

Mc 1,7-11

Naquele tempo, 7João pregava, dizendo: “Depois de mim virá alguém mais forte do que eu. Eu nem sou digno de me abaixar para desamarrar suas sandálias. 8Eu vos batizei com água, mas ele vos batizará com o Espírito Santo”. 9Naqueles dias, Jesus veio de Nazaré da Galileia, e foi batizado por João no rio Jordão. 10E logo, ao sair da água, viu o céu se abrindo, e o Espírito, como pomba, descer sobre ele. 11E do céu veio uma voz: “Tu és o meu Filho amado, em ti ponho meu bem-querer”.



MEDITAÇÃO


Eu nem sou digno de me abaixar para desamarrar as suas sandálias (Mc 1,8)

No calendário popular, hoje, 06 de janeiro, é Dia de Reis, a comemoração da visita dos Magos a Belém. No calendário litúrgico da Igreja no Brasil, esta festa, chamada de Epifania, ficou para domingo que vem. Epifania é a manifestação de Jesus como salvador de toda a humanidade. É o que contemplamos na visita dos Magos do Oriente ao Menino Jesus. 

O evangelho de São Marcos, lido hoje, apresenta Jesus que vai se batizar com o profeta João, no Rio Jordão. Quando Jesus saiu das águas, o céu se abriu e desceu sobre ele o Espírito Santo. E ouviu-se uma voz do céu confirmando que ele era o Filho Amado.

João Batista tinha dito que, depois dele, viria alguém mais forte do que ele. Só de prever o encontro com Jesus, João declarou não ser digno nem de se abaixar para desamarrar as suas sandálias. Lavar os pés do seu senhor era o serviço do servo, do criado. João estava dizendo que não se sentia digno desse serviço, tão elevado era o Messias que ele estava anunciando.

João mostrou-se muito humilde. Mas, Jesus foi mais longe ainda. Você se lembra da cena do lava-pés? Jesus levantou-se, tirou o manto, cingiu-se com uma toalha, abaixou-se e foi lavar os pés dos seus discípulos. Uma cena muito forte. Jesus, o Senhor, faz o papel de servo, de criado, lavando os pés dos seus subordinados. Mesmo Pedro estranhou aquilo e não queria que Jesus lavasse os seus pés.

O gesto de Jesus de lavar os pés dos seus discípulos sublinha o modo como ele exerceu a sua missão: abaixando-se ao assumir nossa condição humana, servindo, lavando-nos os pés, purificando-nos do pecado, tomando o nosso lugar na cruz.

Jesus abaixou-se para nos encontrar em nossa pequenez, em nossa humanidade. Ele fez-se servo. Ele nos lavou com o derramamento do seu Santo Espírito. Respondamos a esse amor com um amor sincero, mesmo sabendo que não somos dignos nem de sermos seus servos, de nos abaixarmos para desamarrar as sandálias dos seus pés.


Guardando a mensagem

Meditamos, hoje, sobre o amor de Jesus que se manifestou em vir a nós, com tanta humildade, colocando-se na fila dos pecadores, para receber o batismo de João. Assim, já vamos nos preparando para celebrar a Epifania do Senhor, a sua manifestação como salvador de toda a humanidade. É a mensagem da história da visita dos Magos que vamos celebrar domingo que vem. 
Ele fez-se servo obediente, como disse o profeta Isaías. São Paulo também falou dessa condição de Jesus, na carta aos Filipenses: ele foi servo obediente até à morte de cruz.
 O nosso amor a Cristo nos leva à sua imitação. Assim, amemos de verdade os nossos irmãos, como o Senhor nos ama. Nós somos também servidores dos nossos irmãos. 

Eu nem sou digno de me abaixar para desamarrar as suas sandálias (Mc 1,8)

Rezando a mensagem

Senhor Jesus,
mostraste grande humildade indo se batizar com João Batista. João, sabendo de tua grandeza, achou que não era digno nem de se abaixar para desamarrar as tuas sandálias. E nós ficamos lembrando que toda a tua missão foi essa de servo, de servidor, lavando os nossos pés, com grande amor e humildade. Tu nos purificaste com o sacrifício de tua cruz. Nós nos damos conta que esse é o caminho que precisamos trilhar, à tua imitação. Dá-nos, Senhor, a graça de sermos também servidores dos irmãos, testemunhando nossa comunhão contigo. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Em preparação da celebração deste domingo, a Festa da Epifania do Senhor, adiante a leitura do evangelho: Mateus 2,1-12.

Comunicando

Domingo próximo, Festa da Epifania, celebro a Santa Missa das 17 horas, na Igreja de Pontas de Pedras, município de Goiana, PE. Na segunda-feira, Festa do Batismo do Senhor, faço Show na festa de Santo Amaro, em Jaboatão dos Guararapes. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa!

 



28 de novembro de 2022

1ª Semana do Advento

EVANGELHO


Mt 8,5-11

Naquele tempo, 5quando Jesus entrou em Carfanaum, um oficial romano aproximou-se dele, suplicando: 6“Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia”. 7Jesus respondeu: “Vou curá-lo”. 8O oficial disse: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado. 9Pois eu também sou subordinado e tenho soldados sob minhas ordens. E digo a um: ‘Vai!, e ele vai; e a outro: ‘Vem!, e ele vem; e digo a meu escravo: ‘Faze isto!, e ele o faz”. 10Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado, e disse aos que o seguiam: “Em verdade, vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé. 11Eu vos digo: muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó”.

MEDITAÇÃO


Nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé (Mt 8, 10).

Nós fazemos um bom esforço para viver o evangelho de Jesus, para sermos fiéis ao que Deus tem nos ensinado. Ao menos, pensamos assim. O povo de Deus do tempo de Jesus também tinha essa ideia sobre si mesmo. Eles insistiam sempre no conhecimento que tinham do Deus verdadeiro e na exclusividade de serem o povo em aliança com Deus. Jesus, filho de Deus, encarnado naquele mundo religioso e cultural de Israel, também tinha em grande conta a história do povo eleito. Mas, aberto à realidade como ele era, experimentou em várias ocasiões como a fé deles era vivida de maneira egoísta e interesseira. E como, em nome da aliança com Deus, marginalizava-se gente de dentro e todos os de fora.

No evangelho de hoje, Jesus faz uma constatação que deve ter aborrecido muita gente do seu tempo: “Em verdade vos digo, nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé”. O elogio foi feito ao comportamento de um pagão. No encontro que ele teve com o oficial romano, em Cafarnaum, este intercedeu em favor do seu empregado. Este oficial tinha a patente de centurião, tendo sob seu comando uma centena de soldados do império. Claro, era um estrangeiro, um pagão. Ele contou a Jesus que o seu empregado estava de cama, sofrendo terrivelmente com uma paralisia. Jesus, judeu que era, segundo as regras religiosas de então, não podia entrar na casa dele, já que ele era um pagão. Passando por cima dessa barreira, Jesus se prontificou a ir à sua casa para curar o seu empregado. A resposta do pagão foi surpreendente: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa”. Foi uma palavra sincera, um reconhecimento de sua condição de pecador, de pagão. E mostrou sua grande fé quando acrescentou: “Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado”. E até comentou com Jesus sobre sua experiência de dar ordens aos seus soldados e aos seus servos, e de ser prontamente obedecido.

Diante da resposta do pagão, Jesus ficou admirado com a sua fé. Foi aí que ele disse aquela palavra tão surpreendente: “Nunca encontrei alguém que tivesse tanta fé em Israel”. E disse mais: “Eu lhes digo, muitos virão do oriente e do ocidente e se sentarão à mesa do reino dos céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó”. Nessa palavra, Jesus está em sintonia com os profetas, como Isaías, que anunciaram, muitos séculos antes, que também as nações pagãs se integrariam ao povo santo, chegariam também como peregrinos ao monte da Casa do Senhor. Deus quer integrar no seu reino também os outros povos, toda a humanidade.




Guardando a mensagem

Para nós que estamos começando o tempo do advento, Jesus nos aponta, hoje, um exemplo a ser imitado. Jesus elogiou a fé do oficial pagão, dizendo que não tinha encontrado ainda uma fé tão grande no meio do seu povo. Com esse elogio, o centurião pagão está sendo colocado como exemplo a ser seguido por nós. É bom nos darmos conta que, fora do nosso grupo e de nossa tradição religiosa, há quem demonstre mais fé do que nós. E podemos e devemos aprender com eles. Aprendamos com Jesus, que teve uma atitude missionária, apesar dos limites da prática religiosa do seu tempo: dispôs-se a ir à casa do pagão. Aprendamos com o pagão que Jesus elogiou: ele foi solidário com o seu empregado e foi humilde em reconhecer sua condição de pecador. Além disso, esse pagão demonstrou uma grande fé, sugerindo que Jesus apenas desse uma ordem e seu empregado ficaria curado. Fora do nosso grupo, pode haver gente levando a fé mais a sério do que nós. Aprendamos com eles.

Nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé (Mt 8, 10).

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
ficamos encantados com teu espírito missionário. Desde o teu nascimento, vemos como os pagãos são acolhidos no caminho da salvação. São tantos exemplos nos evangelhos: a visita dos magos do oriente, aquela história da mulher siro-fenícia, da cananeia, das curas em território estrangeiro, essa história do empregado do centurião em Cafarnaum. E colocaste este pagão como exemplo a ser seguido por todos nós na sua solidariedade, na sua humildade e na sua fé. Ajuda-nos, Senhor, a acolher, sem discriminação, o bom exemplo de pessoas que não são do nosso grupo e da nossa tradição religiosa. E a vivermos a nossa fé com maior seriedade. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Repita, hoje, durante o dia, muitas vezes, inspirando-se no centurião de Cafarnaum: "Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e serei salvo".

Comunicando

Como todas as segundas-feiras, hoje é dia do programa Encontros no meu Canal do Youtube, começando às 20 horas. O programa de hoje está focado na novena da Imaculada Conceição que começa amanhã. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

O PRIMEIRO E O ÚLTIMO



19 de setembro de 2021
25º Domingo do Tempo Comum

EVANGELHO


Mc 9,30-37

Naquele tempo, 30Jesus e seus discípulos atravessavam a Galileia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, 31pois estava ensinando a seus discípulos. E dizia-lhes: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão. Mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará”.
32Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar. 33Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: “O que discutíeis pelo caminho?”
34Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior.
35Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!”
36Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles e, abraçando-a, disse: 37“Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas àquele que me enviou”.

MEDITAÇÃO


Quem acolher em meu nome uma destas crianças é a mim que estará acolhendo (Mc 9, 37)

O evangelho deste domingo pode ser dividido em três partes. Jesus ensinando aos discípulos, os discípulos discutindo sobre ser o maior, Jesus apresentando a criança. As três partes estão unidas por um só tema. Jesus está se revelando ao seu grupo e trabalhando suas dificuldades em compreendê-lo e segui-lo. E onde nós entramos neste evangelho? Nós somos os discípulos de hoje, precisando compreender como Jesus está realizando sua missão.

Jesus estava ensinando aos discípulos. E estava dando prioridade a isso, atravessando a Galileia. Queria muito que eles entendessem como ele estava realizando a sua missão e o que iria acontecer com ele. É verdade que ele era o Messias, como Pedro tinha proclamado. Mas, não pensassem nessa sua condição com os critérios de grandeza, sucesso e glória dos grandes que eles conheciam ou de quem ouviam falar. Ele estava realizando a sua missão como um humilde servidor. O profeta Isaías tinha falado sobre o servo sofredor, um profeta de Deus carregado de sofrimento e humilhações. Esse era o seu caminho. Seria rejeitado, condenado e chegaria a ser morto. Ressuscitaria ao terceiro dia. Assim, realizaria a sua missão.

No caminho, os discípulos, em oposição a tudo que Jesus estava ensinando, discutiram sobre cargos, sobre posições de prestígio no grupo, em ser o maior. Eles continuavam na contramão do que Jesus estava ensinando. Um pouco antes, Pedro já tinha merecido uma bronca de Jesus. Também ele estava na contramão, desaconselhando Jesus a falar em perseguição e morte. Chegando em casa, Jesus sabendo das pretensões equivocadas deles, chamou uma criança e continuou o seu ensinamento, corrigindo essa visão dos discípulos.

Em casa, o ensinamento de Jesus continuou na mesmo linha do que ensinara antes. “O primeiro é o servidor de todos”. Foi quando abraçou a criança e disse que quem acolhesse a criança, o acolheria. Jesus estava se comparando com a criança. E por que Jesus se comparou com a criança? A criança está representando o pequenino, o sem poder. Na sociedade do tempo de Jesus, a criança não tinha a importância e a prioridade que tem hoje em nossa civilização. Mesmo entre nós, até algumas décadas atrás, criança não tinha vez nenhuma. Por exemplo, não podia falar enquanto adultos estivessem conversando, não podia passar no meio de adultos, não escolhia suas roupas, nem sua comida... Criança era por último. No tempo de Jesus, a coisa era bem pior. Afinal, comparar-se com a criança era comparar-se com a fraqueza, com o sem poder e sem valor social.

Guardando a mensagem

Somos seguidores de Jesus, somos cristãos. Mas, pode ser que a imagem que fazemos de Jesus não esteja exatamente a do evangelho. O texto de hoje nos ajuda a melhorar nossa compreensão sobre Jesus, o Messias filho de Deus e sua missão. Ele realizou a sua missão, fazendo um caminho bem diferente da grandeza, da glória e do triunfo humano. O apóstolo Paulo disse que ele se esvaziou a si mesmo (Fl 2), fazendo-se servo obediente até à cruz. O profeta Isaías falou dele como o servo sofredor, carregado de humilhações. O próprio Jesus, que já tinha explicado aos discípulos que seria rejeitado, perseguido e morto e ressuscitaria, identificou-se com a criança. A criança, nessa passagem, é exemplo dos pequeninos, dos sem poder, dos desprestigiados. O caminho de Jesus é o caminho da Igreja. O caminho de Jesus é o caminho do cristão. Não estamos indo para o pódio. Nossa glória passa pela cruz.

Quem acolher em meu nome uma destas crianças é a mim que estará acolhendo (Mc 9, 37)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
A verdade é que a nossa vida cristã, nosso relacionamento com Deus, nossos compromissos no mundo estão marcados e influenciados pela visão que temos de ti, de teu messianismo. Normalmente, esquecemos que abraçaste voluntariamente a paixão e a cruz e nos alcançaste a salvação dando a tua vida em nosso favor. É que, no fundo, queremos escapar aos conflitos, aos problemas, aos sofrimentos que são inerentes à nossa condição humana e à nossa vida em sociedade. Assim, fazemos como os teus primeiros discípulos, que estavam de olho nos cargos, no poder e no sucesso que alcançariam ao teu lado. Hoje, nos recordas, Senhor, o teu caminho, que é também o caminho de cada um de nós teus seguidores e de tua Igreja. E, em resposta, queremos te acolher na fraqueza do servo sofredor e na condição de pequenino, como as crianças do teu tempo. Queremos seguir contigo, sempre. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra. 

O que de mais importante podemos fazer hoje, em resposta à palavra? Participar da Santa Missa. Esta é a ação mais digna do seguidor de Jesus, no dia do Senhor. A Santa Eucaristia é o memorial de sua morte e ressurreição.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

QUEM QUER SER O MAIOR

Quem quiser ser o primeiro, seja o servo de vocês (Mt 20, 27) 



25 de julho de 2019. 

A mãe de dois discípulos – Tiago e João – fez um pedido a Jesus: quando ele estivesse no poder, reservasse uma posição de destaque no seu governo para os seus dois filhos. Um à sua direita e outro à sua esquerda. Apesar do exemplo de Jesus, os seus colaboradores mais próximos, os apóstolos, estavam também tentados pela sede de poder. E já começavam a disputar cargos, posição, prestígio. Nem eles estavam entendendo a proposta de Jesus, nem a família deles. Pretendiam uma posição privilegiada (um à direita e outro à esquerda) ao lado de Jesus e, claro, acima dos outros. 

Logo essa pretensão dos dois discípulos espalhou um mal-estar na comunidade dos apóstolos. O poder como prestígio, irmão gêmeo do enriquecimento duvidoso, semeia logo a discórdia, a desunião, a inveja e a competição doentia. É que ele agride gravemente o espírito comunitário. Essa tentação do poder-prestígio é um perigo para um cristão, pois o faz renunciar ao que aprendeu no Evangelho: o amor solidário, o respeito pela dignidade do outro, o espírito de serviço. 

Você pode até pensar: esse negócio de poder não tem nada a ver comigo. É um assunto para quem ocupa altos cargos na Igreja ou para os políticos de Brasília. É aí que você se engana. Todo mundo tem uma relação com o poder. Mesmo que não esteja em uma função de comando, está numa relação com quem comanda. E aí se mostra qual é a sua concepção de poder: o poder-prestígio ou o poder-serviço. O poder no mundo chega a ser um ídolo. Uns se fazem de deuses e outros de seus adoradores. Para cada mandão, na República como na Capela, há sempre um séquito de pessoas subservientes e bajuladoras. 

Os discípulos tinham diante de si o exemplo de Jesus e o modelo da própria sociedade. O mau exemplo vinha dos fariseus, da turma do Templo, do próprio ambiente religioso. E nisso, é claro, imitava-se as disputas de poder da classe dominante, da corte de Herodes, do Sinédrio. Jesus, no jejum do deserto, tinha enfrentado essa tentação. O diabo tinha oferecido o poder sobre todos os reinos do mundo a Jesus, se o adorasse. Jesus reagiu. Submeter-se só à vontade de Deus. Nada de aliança com o mal. O poder-prestígio é sustentado por alianças perigosas e concessões à falcatrua, à propina, à troca de favores. 

O exemplo de Jesus foi bem outro. Ele deu exemplo com sua vida, suas escolhas e deixou esse precioso ensinamento: eu não vim para ser servido, mas para servir. O exercício do poder em Jesus não afastava as pessoas de si e nem o isolava dos outros. Como Mestre no seu grupo de discípulos, puxava o diálogo, responsabilizava cada um e, para admiração de todos, chegou a lavar os seus pés como um empregado fazia. Servir - essa palavra deve marcar a vida de um cristão em cargos de liderança ou em postos de comando. Servir. Não ser servido. Colocar-se a serviço dos outros, do bem, da justiça, diferentemente do poder-prestígio que se serve dos outros, que busca o seu benefício pessoal, que quer ser o maior. 

Guardando a mensagem 

A tentação do poder-prestígio estava presente também no grupo dos discípulos de Jesus. Jesus exerceu o poder-serviço. E o ensinou claramente. Não veio para ser servido, mas para servir. E disse mais: Vejam como o poder é exercido na sociedade, percebam a opressão dos grandes. Entre vocês, não deve ser assim.; 

Quem quiser ser o primeiro, seja o servo de vocês (Mt 20, 27)

Rezando a palavra

Senhor Jesus, 

Somos a tua Igreja e nossa presença na sociedade precisa ser pautada pelo espírito de serviço. Animados por teu evangelho, queremos fomentar a fraternidade em nosso ambiente de trabalho, de conivência, em nossas famílias, pois, servir é a marca do cristão. Ajuda-nos, Senhor, a não incorporar na Igreja a tentação do poder-prestígio do mundo. Antes, levemos para a sociedade nossa experiência de poder-serviço vivido na comunidade cristã. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a Palavra

No seu caderno espiritual, anote essa frase de Jesus e escreva o que você entendeu dela: “Entre vocês não deverá ser assim” (Mt 20, 26). 

Pe. João Carlos Ribeiro – 25 de julho de 2019 


ONDE O MAIOR É O MENOR

 Quem quiser ser o primeiro, seja o servo de vocês (Mt 20, 27)



20 de março de 2019.


A mãe de dois discípulos – Tiago e João – fez um pedido a Jesus: quando ele estivesse no poder, reservasse uma posição de destaque no seu governo para os seus dois filhos. Um à sua direita e outro à sua esquerda. Apesar do exemplo de Jesus, os seus colaboradores mais próximos, os apóstolos, estavam também tentados pela sede de poder. E já começavam a disputar cargos, posição, prestígio. Nem eles estavam entendendo a proposta de Jesus, nem a família deles. Pretendiam uma posição privilegiada (um à direita e outro à esquerda) ao lado de Jesus e, claro, acima dos outros.

Logo essa pretensão dos dois discípulos espalhou um mal-estar na comunidade dos apóstolos. O poder como prestígio, irmão gêmeo do enriquecimento duvidoso, semeia logo a discórdia, a desunião, a inveja e a competição doentia. É que ele agride gravemente o espírito comunitário. Essa tentação do poder-prestígio é um perigo para um cristão, pois o faz renunciar ao que aprendeu no Evangelho: o amor solidário, o respeito pela dignidade do outro, o espírito de serviço.

Você pode até pensar: esse negócio de poder não tem nada a ver comigo. É um assunto para quem ocupa altos cargos na Igreja ou para os políticos de Brasília. É aí que você se engana. Todo mundo tem uma relação com o poder. Mesmo que não esteja em uma função de comando, está numa relação com quem comanda. E aí se mostra qual é a sua concepção de poder: o poder-prestígio ou o poder-serviço. O poder no mundo chega a ser um ídolo. Uns se fazem de deuses e outros de seus adoradores. Para cada mandão, na República como na Capela, há sempre um séquito de pessoas subservientes e bajuladoras. 

Os discípulos tinham diante de si o exemplo de Jesus e o modelo da própria sociedade. O mau exemplo vinha dos fariseus, da turma do Templo, do próprio ambiente religioso. E nisso, é claro, imitava-se as disputas de poder da classe dominante, da corte de Herodes, do Sinédrio. Jesus, no jejum do deserto, tinha enfrentado essa tentação. O diabo tinha oferecido o poder sobre todos os reinos do mundo a Jesus, se o adorasse. Jesus reagiu. Submeter-se só à vontade de Deus. Nada de aliança com o mal. O poder-prestígio é sustentado por alianças perigosas e concessões à falcatrua, à propina, à troca de favores. 

O exemplo de Jesus foi bem outro. Ele deu exemplo com sua vida, suas escolhas e deixou esse precioso ensinamento: eu não vim para ser servido, mas para servir. O exercício do poder em Jesus não afastava as pessoas de si e nem o isolava dos outros. Como Mestre no seu grupo de discípulos, puxava o diálogo, responsabilizava cada um e, para admiração de todos, chegou a lavar os seus pés como um empregado fazia. Servir - essa palavra deve marcar a vida de um cristão em cargos de liderança ou em postos de comando. Servir. Não ser servido. Colocar-se a serviço dos outros, do bem, da justiça, diferentemente do poder-prestígio que se serve dos outros, que busca o seu benefício pessoal, que quer ser o maior.

Guardando a mensagem

A tentação do poder-prestígio estava presente também no grupo dos discípulos de Jesus. Jesus exerceu o poder-serviço. E o ensinou claramente. Não veio para ser servido, mas para servir. E disse mais: Vejam como o poder é exercido na sociedade, percebam a opressão dos grandes. Entre vocês, não deve ser assim.

Quem quiser ser o primeiro, seja o servo de vocês (Mt 20, 27)

Rezando a palavra

Senhor Jesus, 
Somos a tua Igreja e nossa presença na sociedade precisa ser pautada pelo espírito de serviço. Animados por teu evangelho, queremos fomentar a fraternidade em nosso ambiente de trabalho, de conivência, em nossas famílias, pois, servir é a marca do cristão. Ajuda-nos, Senhor, a não incorporar na Igreja a tentação do poder-prestígio do mundo. Antes, levemos para a sociedade nossa experiência de poder-serviço vivido na comunidade cristã. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

No seu diário espiritual (seu caderno de anotações), anote essa frase de Jesus e escreva o que você entende dela: “Entre vocês, não deverá ser assim” (Mt 20, 26).

Pe. João Carlos Ribeiro – 20.03.2019

UM CAMINHO OU UMA CARREIRA?

Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último de todos e aquele que serve a todos (Mc 9, 35).
22 de maio de 2018.
Jesus estava se dedicando à formação dos seus discípulos. Depois de um tempo de muita efervescência, ele foi se afastando daquelas multidões que viviam atrás dele. Era importante preparar os discípulos para os próximos acontecimentos. E para continuarem a missão, depois que ele se fosse. É muito importante perceber esse investimento de Jesus em tempo, atenção e formação das lideranças do seu movimento.
Mas, a postura de Jesus é completamente distinta da expectativa dos discípulos. Jesus está pensando na sua entrega total, como servidor. Ele se explica dizendo que será entregue, será morto e ressuscitará ao terceiro dia. O auge do seu caminho será a morte.
Os discípulos estão numa perspectiva diferente e contrária a de Jesus. Estão pensando em cargos, em privilégios. O auge do seu caminho não é a morte, a entrega total. O auge do seu caminho é a ascensão ao poder. No caminho, eles estão discutindo sobre quem será o maior, quem terá cargos mais prestigiados e maior participação no poder. Jesus quer ser o menor. Eles disputam sobre quem será o maior. Jesus está fazendo um caminho. Eles querem fazer carreira, não um caminho.
Essa incompreensão dos discípulos – um projeto bem diferente do de Jesus - fica clara nas palavras que aparecem no texto: eles não compreendiam, tinham medo de perguntar, ficaram calados quando Jesus perguntou sobre o que estavam conversando.
O evangelista informa que Jesus se sentou (sinal de que iri
a ensinar, sentado era a posição do Mestre). Sentou-se, chamou os doze e lhes disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último de todos e aquele que serve a todos”. Foi quando Jesus pôs uma criança no meio deles e a abraçou. E disse que quem a recebesse em seu nome, o estaria acolhendo.

Além do sentido habitual que já damos a esse episódio, podemos pensar também que acolher Jesus como se acolhe uma criança é aproximar-se dele, desinteressadamente. Nós sempre nos aproximamos dele interessados em alguma coisa. Acolher Jesus é identificar-se com ele, partilhar o seu sonho e o seu compromisso de serviço até à entrega da própria vida.
Vamos guardar a palavra
É possível que nós, discípulos de hoje, continuemos pensando e agindo como os seus antigos discípulos. É que estamos mais facilmente de acordo com o espírito do mundo do que com o espírito do evangelho. Nas famílias, nas comunidades, na Igreja, estamos sempre disputando cargos, procurando os privilégios do poder ou alimentando essas disputas em nosso meio. Jesus se colocou, entre nós, como servidor. O seu caminho foi o do serviço, até a entrega de sua vida. Como seus discípulos, nossa vocação é o serviço. Somos servos uns dos outros, não senhores. É assim que devemos acolher Jesus, como servo. É assim que precisamos imitá-lo, como servidores.
Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último de todos e aquele que serve a todos (Mc 9, 35).
Vamos rezar a palavra
Rezamos  hoje o segundo dia do Tríduo de Nossa Senhora Auxiliadora, cuja festa é na próxima quinta, dia 24. Saudemos a Virgem, modelo dos discípulos servidores.

Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.

Nossa Senhora Auxiliadora, rogai por nós.

Vamos viver a palavra
Aproveite o Tríduo de N. Senhora Auxiliadora para colocar em suas mãos um pedido especial. Ela é a nossa intercessora. Lembre o que disse Jesus: “Tudo é possível a quem tem fé”.


Pe. João Carlos Ribeiro – 22.05.2018

Era ou não era rei?

Não é só chamar Jesus de rei. Se isso for uma assimilação da pessoa de Jesus com os senhores deste mundo, aí chamá-lo de rei pode ser até uma blasfêmia. Mas, na tradição bíblica Deus é Rei. Mas, não é rei como Faraó ou como Nabucodonor.

Jesus, o seu amigo

Diante de Jesus, como é que você  se sente: como um servo ou como um amigo? Essa pergunta pode ajudar você a entender o seu relacionamento com Jesus, e a melhorá-lo. Diante dele, você se sente mais como um servo ou realmente como um amigo?

Jesus falou claro: eu não chamo vocês de servos, mas de amigos. O servo não sabe aonde o seu Senhor vai. E eu contei a vocês tudo que ouvi do meu Pai. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos. Vocês serão meus amigos se fizerem o que lhes peço: amem-se uns aos outros. (Cf. João 15). Jesus então nos disse que não nos trata como servos, mas como amigos. Ele dá sua vida por nós. É o amor maior que alguém pode demonstrar por seus amigos. Ele é nosso melhor amigo. E, claro, quer que os comportemos como seus amigos, não como seus servos.

Servo ou Amigo

Diante de Jesus, como é que você  se sente: como um servo ou como um amigo? Essa pergunta pode ajudar você a entender o seu relacionamento com Jesus, e a melhorá-lo. Diante dele, você se sente mais como um servo ou realmente como um amigo? 


Jesus falou claro: eu não chamo vocês de servos, mas de amigos. O servo não sabe aonde o seu Senhor vai. E eu contei a vocês tudo que ouvi do meu Pai. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos. Vocês serão meus amigos se fizerem o que lhes peço: amem-se uns aos outros. (Cf. João 15). Jesus então nos disse que não nos trata como servos, mas como amigos. Ele dá sua vida por nós. É o amor maior que alguém pode demonstrar por seus amigos. Ele é nosso melhor amigo. E, claro, quer nos comportemos como seus amigos, não como seus servos.

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