PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: criança
Mostrando postagens com marcador criança. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador criança. Mostrar todas as postagens

Receba o Reino de Deus, como uma criança.




  30 de setembro de 2024.  

Memória de São Jerônimo, doutor da Igreja

Dia da Bíblia


  Evangelho.  


Lc 9,46-50

Naquele tempo, 46houve entre os discípulos uma discussão, para saber qual deles seria o maior. 47Jesus sabia o que estavam pensando, pegou então uma criança, colocou-a junto de si 48e disse-lhes: “Quem receber esta criança em meu nome, estará recebendo a mim. E quem me receber, estará recebendo aquele que me enviou. Pois aquele que entre todos vós for o menor, esse é o maior”.
49João disse a Jesus: “Mestre, vimos um homem que expulsa demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque não anda conosco”. 50Jesus disse-lhe: “Não o proibais, pois quem não está contra vós, está a vosso favor”.



  Meditação.  


Quem receber esta criança em meu nome, estará recebendo a mim. E quem me receber, estará recebendo aquele que me enviou. (Lc 9, 48)

Encerrando o mês de setembro, temos hoje a memória de São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja. Jerônimo, no século IV, dedicou longos anos ao estudo, à pesquisa e à tradução dos textos bíblicos para a língua latina, língua difundida no mundo pelos romanos. A compilação dos textos  e sua tradução para o latim, a chamada Vulgata, possibilitou uma enorme difusão dos textos sagrados. Por causa de São Jerônimo, dedicamos o mês de setembro ao estudo da Palavra de Deus.

No evangelho de hoje, os discípulos tinham discutido. O assunto fora qual deles seria o maior. Jesus colocou uma criança no meio deles e lhes deu preciosos ensinamentos. É preciso se converter e se tornar como criança. Receber o Reino como uma criança. Não se trata de chegar à elite, ser o maior. Trata-se de assumir a identidade de filho, ou como Jesus disse: fazer-se pequeno.

O Reino de Deus é lá onde o senhorio de Deus é acolhido, lá onde Deus é reconhecido e amado como pai, lá onde os filhos de Deus se reconhecem como irmãos. Não é um reino de súditos e senhores, é uma grande casa de família, onde somos todos amados como filhos. O Reino também não é fruto de nosso merecimento, é bondade de Deus, amor imenso dele por nós. Quanto mais nos reconhecemos amados e necessitados desse amor, mais nos integramos na sua casa, no seu Reino. Somos filhos amados e isso não é uma conquista nossa, mas pura misericórdia de Deus. Sendo assim, não podemos invocar grandezas ou nos imaginar acima dos outros.

Quem é o maior no Reino de Deus? Para a mentalidade do mundo, o maior é o que tem poder, dinheiro, prestígio, fama. O maior é o que manda, o aplaudido e servido pelos outros. Mas, o Reino de Deus não é uma cópia do nosso mundo, na esfera espiritual. Assim, nós anularíamos a Palavra de Deus e a ação transformadora do seu Espírito. Precisamos captar a novidade que vem da Palavra de Jesus, novidade que é um princípio de mudança em nossa sociedade.

Então, quem é o maior no Reino de Deus? Jesus falou claro: “Quem se faz pequeno como esta criança, este é o maior no Reino dos Céus”. Assim, no Reino de Deus, não há lugar para a soberba, o orgulho, a presunção de ser grande e de querer mandar nos outros. Grande é só Deus. Nós só temos uma grandeza: sermos seus filhos amados.

Acolher Jesus como se acolhe uma criança é reconhecê-lo em sua humanidade, em sua fragilidade. Ele assumiu nossa condição humana, veio na carne, nasceu num estábulo, morreu numa cruz. E é aí que quer ser encontrado, amado, seguido. Com esse exemplo da criança, fica claro, que acolher Jesus é identificar-se com ele, partilhando com ele o projeto de vida que escolheu para si, o caminho do Servo Sofredor descrito pelo Profeta Isaías. Acolhê-lo é partilhar o seu sonho e o seu compromisso de serviço até à entrega da própria vida.




Guardando a mensagem

O Reino de Deus não é cópia desse nosso mundo injusto e desigual. O Evangelho do Reino é anúncio de uma novidade, fermento de transformação de nossa sociedade. O pequeno é o mais importante, ensinou Jesus. Os filhos mais frágeis e sofredores, estes, sim, são os cidadãos mais importantes do Reino. O menor é o maior. Fazer parte do Reino é renunciar à mania de querer ser mais do que os outros. Todos somos filhos amados do Pai. Somos todos irmãos. Jesus continua nos dizendo que não entraremos no Reino se não nos convertermos, nos tornando como crianças. Nas crianças, nos vemos como filhos amados de Deus e como irmãos, chamados a viver a fraternidade. Acolher Jesus como pequenino representado na criança, é abraçar o seu estilo de vida despojado da busca de poder e grandeza.

Quem receber esta criança em meu nome, estará recebendo a mim. E quem me receber, estará recebendo aquele que me enviou. (Lc 9, 48)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
o convite que hoje nos fazes é pra gente deixar de pensar ou de querer ser grande, forte, poderoso, desejando estar acima dos outros. Assim, a gente não entra no Reino de Deus, não recebe o abraço amoroso do pai. O teu convite, Senhor, é pra gente renunciar a essa pose de gente importante e independente, que não precisa de ninguém. No Reino de Deus, só tem lugar pra gente humilde, que reconhece que só Deus é grande e, nele, somos irmãos uns dos outros. Abençoa, Senhor, os que hoje se sentem desprotegidos e desorientados nessa vida, no meio de seus dramas e dificuldades. Sobre todos, seja a tua bênção e a tua paz. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

A pregação da Palavra de Deus nos avisa que o Reino de Deus chegou, por meio de Jesus Cristo. Essa é a boa notícia: Jesus nos aproximou de Deus, nos reconciliou com o Pai. Somos seus filhos amados, somos irmãos. Essa é uma verdade que enche a nossa existência de luz e de esperança. Essa é a boa notícia dá novo sentido à nossa vida. E nós nos damos conta que não é mérito nosso, é graça, é dom, é amor imenso por nós. Não é fruto de nossa inteligência, nem de nossas obras, nem de nossos rogos. E Jesus está nos dizendo como acolher essa boa notícia: como crianças. Como filhos amados, como irmãos amorosos.

Comunicando

Terminado o curso bíblico, retomamos o nosso encontro semanal de estudo da Palavra de Deus. Então, hoje, é dia de Segunda Bíblica. Vamos começar o 4º módulo sobre o Profeta Ezequiel. Para receber o material com conteúdos dos encontros, só precisa estar em um dos grupos de estudo da Segunda Bíblica. Na dúvida, faça contato pelo nosso whatsapp 81 3224-9284. Nosso encontro de hoje começa às oito e meia da noite. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb







Não estamos indo para o pódio.

 


  22 de setembro de 2024.  

25º Domingo do Tempo Comum

  Evangelho.  


Mc 9,30-37

Naquele tempo, 30Jesus e seus discípulos atravessavam a Galileia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, 31pois estava ensinando a seus discípulos. E dizia-lhes: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão. Mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará”.
32Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar. 33Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: “O que discutíeis pelo caminho?”
34Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior.
35Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!”
36Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles e, abraçando-a, disse: 37“Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas àquele que me enviou”.

  Meditação.  


Quem acolher em meu nome uma destas crianças é a mim que estará acolhendo (Mc 9, 37)

O evangelho deste domingo pode ser dividido em três partes. Jesus ensinando aos discípulos, os discípulos discutindo sobre ser o maior, Jesus apresentando a criança. As três partes estão unidas por um só tema. Jesus está se revelando ao seu grupo e trabalhando suas dificuldades em compreendê-lo e segui-lo. E onde nós entramos neste evangelho? Nós somos os discípulos de hoje, precisando compreender como Jesus está realizando sua missão.

Jesus estava ensinando aos discípulos. E estava dando prioridade a isso, atravessando a Galileia. Queria muito que eles entendessem como ele estava realizando a sua missão e o que iria acontecer com ele. É verdade que ele era o Messias, como Pedro tinha proclamado. Mas, não pensassem nessa sua condição com os critérios de grandeza, sucesso e glória dos grandes que eles conheciam ou de quem ouviam falar. Ele estava realizando a sua missão como um humilde servidor. O profeta Isaías tinha falado sobre o servo sofredor, um profeta de Deus carregado de sofrimento e humilhações. Esse era o seu caminho. Seria rejeitado, condenado e chegaria a ser morto. Ressuscitaria ao terceiro dia. Assim, realizaria a sua missão.

No caminho, os discípulos, em oposição a tudo que Jesus estava ensinando, discutiram sobre cargos, sobre posições de prestígio no grupo, em ser o maior. Eles continuavam na contramão do que Jesus estava ensinando. Um pouco antes, Pedro já tinha merecido uma bronca de Jesus. Também ele estava na contramão, desaconselhando Jesus a falar em perseguição e morte. Chegando em casa, Jesus sabendo das pretensões equivocadas deles, chamou uma criança e continuou o seu ensinamento, corrigindo essa visão dos discípulos.

Em casa, Jesus ensinou: “O primeiro é o servidor de todos”. Foi quando abraçou a criança e disse que quem acolhesse a criança, o acolheria. Jesus estava se comparando com a criança. E por que Jesus se comparou com a criança? A criança está representando o pequenino, o sem poder. Na sociedade do tempo de Jesus, a criança não tinha a importância e a prioridade que tem hoje em nossa civilização. Mesmo entre nós, até algumas décadas atrás, criança não tinha vez nenhuma. Por exemplo, não podia falar enquanto adultos estivessem conversando, não podia passar no meio de adultos, não escolhia suas roupas, nem sua comida... Criança era por último. No tempo de Jesus, a coisa era bem pior. Afinal, comparar-se com a criança era comparar-se com a fraqueza, com o sem poder e sem valor social.

Guardando a mensagem

Somos seguidores de Jesus, somos cristãos. Mas, pode ser que a imagem que fazemos de Jesus não seja exatamente a do evangelho. O texto de hoje nos ajuda a melhorar nossa compreensão sobre Jesus, o Messias filho de Deus e sua missão. Ele realizou a sua missão, fazendo um caminho bem diferente da grandeza, da glória e do triunfo humano. O apóstolo Paulo disse que ele se esvaziou a si mesmo (Fl 2), fazendo-se servo obediente até à cruz. O profeta Isaías falou dele como o servo sofredor, carregado de humilhações. O próprio Jesus, que já tinha explicado aos discípulos que seria rejeitado, perseguido e morto e ressuscitaria, identificou-se com a criança. A criança, nessa passagem, é exemplo dos pequeninos, dos sem poder, dos desprestigiados. O caminho de Jesus é o caminho da Igreja. O caminho de Jesus é o caminho do cristão. Não estamos indo para o pódio. Nossa glória passa pela cruz.

Quem acolher em meu nome uma destas crianças é a mim que estará acolhendo (Mc 9, 37)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
a verdade é que a nossa vida cristã, nosso relacionamento com Deus, nossos compromissos no mundo estão marcados e influenciados pela visão que temos de ti, de teu messianismo. Normalmente, esquecemos que abraçaste voluntariamente a paixão e a cruz e nos alcançaste a salvação dando a tua vida em nosso favor. É que, no fundo, queremos escapar aos conflitos, aos problemas, aos sofrimentos que são inerentes à nossa condição humana e à nossa vida em sociedade. Assim, fazemos como os teus primeiros discípulos, que estavam de olho nos cargos, no poder e no sucesso que alcançariam ao teu lado. Hoje, nos recordas, Senhor, o teu caminho, que é também o caminho de cada um de nós teus seguidores e de tua Igreja. E, em resposta, queremos te acolher na fraqueza do servo sofredor e na condição de pequenino, como as crianças do teu tempo. Queremos seguir contigo, sempre. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra. 

O que podemos fazer hoje, em resposta à palavra? Uma sugestão: participar da Santa Missa. Esta é a ação mais digna do seguidor de Jesus, no dia do Senhor. A Santa Eucaristia é o memorial de sua morte e ressurreição.

Comunicando

Hoje, é dia de Romaria da Família Salesiana ao Santuário Basílica de N. Sra. Auxiliadora, em Jaboatão, área metropolitana do Recife. A Missa de encerramento, às 15:30 horas, será transmitida pela Rádio Amanhecer. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

O pequeno é o mais importante.

  


   13 de agosto de 2024.   

Terça-feira da 19ª Semana do Tempo Comum

Dia de Santa Dulce dos Pobres


    Evangelho.   


Mt 18,1-5.10.12-14

Naquele tempo, 1os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Quem é o maior no Reino dos Céus?” 2Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles 3e disse: “Em verdade vos digo, se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. 4Quem se faz pequeno como esta criança, este é o maior do Reino dos Céus. 5E quem recebe em meu nome uma criança como esta é a mim que recebe.
10Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus. 12Que vos parece? Se um homem tem cem ovelhas, e uma delas se perde, não deixa ele as noventa e nove nas montanhas, para procurar aquela que se perdeu? 13Em verdade vos digo, se ele a encontrar, ficará mais feliz com ela, do que com as noventa e nove que não se perderam. 14Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequeninos”.



    Meditação.   


Quem se faz pequeno como esta criança, este é o maior no Reino dos Céus (Mt 18, 4)

A pergunta foi esta: quem é o maior no Reino de Deus? A essa indagação dos discípulos, Jesus responde com o exemplo da criança. É preciso se converter e se tornar como criança. Não se trata de chegar à elite, ser o maior. Trata-se de assumir a identidade de filho, ou como Jesus disse: fazer-se pequeno.

O Reino de Deus é lá onde o senhorio de Deus é acolhido, lá onde Deus é reconhecido e amado como pai, lá onde os filhos de Deus se reconhecem como irmãos. Não é um reino de súditos e senhores, é uma grande casa de família, onde somos todos amados como filhos. O Reino também não é fruto de nosso merecimento, é bondade de Deus, amor imenso dele por nós. Quanto mais nos reconhecemos amados e necessitados desse amor, mais nos integramos na sua casa, no seu Reino. Somos filhos amados e isso não é uma conquista nossa, mas pura misericórdia de Deus. Sendo assim, não podemos invocar grandezas ou nos imaginar acima dos outros.

Quem é o maior no Reino de Deus? Para a mentalidade do mundo, o maior é o que tem poder, dinheiro, prestígio, fama. O maior é o que manda, o aplaudido e servido pelos outros. Mas, o Reino de Deus não é uma cópia do nosso mundo, na esfera espiritual. Assim, nós anularíamos a Palavra de Deus e a ação transformadora do seu Espírito. Precisamos captar a novidade que vem da Palavra de Jesus, novidade que é um princípio de mudança em nossa sociedade.

Então, quem é o maior no Reino de Deus? Jesus falou claro: “Quem se faz pequeno como esta criança, este é o maior no Reino dos Céus”. Assim, no Reino de Deus, não há lugar para a soberba, o orgulho, a presunção de ser grande e de querer mandar nos outros. Grande é só Deus, imenso é o seu amor. Nós só temos uma grandeza: sermos seus filhos amados.

E por que essa comparação com a criança? Porque a criança é filho; porque a criança aprende, exemplificando bem nossa condição de discípulos; porque a criança confia inteiramente nos seus pais.




Guardando a mensagem

O Reino de Deus não é cópia desse nosso mundo injusto e desigual. O Evangelho do Reino é anúncio de uma novidade, fermento de transformação de nossa sociedade. O pequeno é o mais importante, ensinou Jesus. Os filhos mais frágeis e sofredores, estes, sim, são os cidadãos mais importantes do Reino. O menor é o maior. Fazer parte do Reino é renunciar à mania de querer ser mais do que os outros. Todos somos filhos amados do Pai. Somos todos irmãos. Jesus continua nos dizendo que não entraremos no Reino se não nos convertermos, nos tornando como crianças. Nas crianças, nos vemos como filhos amados de Deus e como irmãos, chamados a viver a fraternidade.

Quem se faz pequeno como esta criança, este é o maior no Reino dos Céus (Mt 18, 4)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
o convite que hoje nos fazes é pra gente deixar de pensar ou de querer ser grande, forte, poderoso, desejando estar acima dos outros. Assim, a gente não entra o Reino dos Céus, não recebe o abraço amoroso do pai. O teu convite, Senhor, é pra gente renunciar a essa pose de gente importante e independente, que não precisa de ninguém. No Reino de Deus, só tem lugar pra gente humilde, que reconhece que só Deus é grande e, nele, somos irmãos uns dos outros. Abençoa, Senhor, os que hoje se sentem desprotegidos e desorientados nessa vida, no meio de seus dramas e dificuldades. Sobre todos, seja a tua bênção e a tua paz. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Nesta Semana Nacional da Família, identifique quem são os pequeninos de sua família (crianças, idosos, doentes, os mais sofridos). Na dinâmica do Reino de Deus, eles são os mais importantes, os que têm prioridade sobre todos; eles são os maiores.

Comunicando

No caso de você não ter visto o nosso encontro bíblico de ontem, na Segunda Bíblica, lembro que ficou tudo gravado no Youtube, Canal Padre João Carlos. Penso que seja uma boa oportunidade para o seu crescimento no conhecimento da Palavra de Deus. 

Lembrando aos associados da AMA: começa, hoje, a Semana de Salesianidade, em modalidade presencial e on-line.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Eu quero seguir Jesus.



21 de maio de 2024

  Terça-feira da 7ª Semana do Tempo Comum.  



  Evangelho. 


 Mc 9,30-37

Naquele tempo, 30Jesus e seus discípulos atravessavam a Galileia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, 31pois estava ensinando a seus discípulos. E dizia-lhes: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão, mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará”.
32Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar. 33Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: “Que discutíeis pelo caminho?” 34Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior.
35Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!” 36Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles, e abraçando-a disse: 37“Quem acolher em meu nome uma dessas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas aquele que me enviou”.



  Meditação.  


O que voc
ês estavam discutindo pelo caminho? (Mc 9, 33)

Jesus estava se dedicando à formação dos seus discípulos. Depois de um tempo de muita efervescência, ele foi se afastando daquelas multidões que viviam atrás dele. Era importante preparar os discípulos para os próximos acontecimentos. E para continuarem a missão, depois que ele se fosse. É muito importante perceber esse investimento de Jesus em tempo, atenção e formação das lideranças do seu movimento.

Mas, a perspectiva de Jesus não está sendo compreendida pelos discípulos, naquele momento. Jesus está pensando na sua entrega total, como servidor. Ele se explica dizendo que será entregue, será morto e ressuscitará ao terceiro dia. O auge do seu caminho será a morte e a ressurreição.

Os discípulos estão num pensamento muito diferente do de Jesus. Estão pensando em cargos, em privilégios. O auge do seu caminho não é a morte, a entrega total. O auge do seu caminho é a ascensão ao poder. No caminho, eles estão discutindo sobre quem será o maior, quem terá cargos mais prestigiados e maior participação no poder. Jesus quer ser o menor. Eles disputam sobre quem será o maior. Jesus está fazendo um caminho. Eles querem fazer carreira, não um caminho.

Essa incompreensão dos discípulos, alimentando um projeto bem diferente do de Jesus, fica clara nas palavras que aparecem no texto: eles não compreendiam, tinham medo de perguntar, ficaram calados quando Jesus perguntou sobre o que estavam conversando no caminho.

O evangelista informa que Jesus se sentou (sinal de que iria ensinar, sentado era a posição do Mestre). Sentou-se, chamou os doze e lhes disse: 
“Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último de todos e aquele que serve a todos”Foi quando Jesus pôs uma criança no meio deles e a abraçou. E disse que quem a recebesse em seu nome, o estaria acolhendo.

Além do sentido habitual que já damos a esse episódio, podemos pensar também que acolher Jesus como se acolhe uma criança é aproximar-se dele, desinteressadamente. Nós sempre nos aproximamos dele interessados em alguma coisa. Acolher Jesus é identificar-se com ele, partilhar o seu sonho e o seu compromisso de serviço até à entrega da própria vida.




Guardando a mensagem

Nós, discípulos de hoje, continuamos a pensar e agir como os primeiros discípulos de Jesus. É que estamos mais facilmente de acordo com o espírito do mundo do que com o espírito do evangelho. Nas famílias, nas comunidades, na Igreja, estamos sempre disputando cargos, procurando os privilégios do poder ou alimentando essas disputas em nosso meio. Jesus se colocou, entre nós, como servidor. O seu caminho foi o do serviço, até a entrega de sua vida. Como seus discípulos, nossa vocação é o serviço. Somos servos uns dos outros, não senhores. É assim que devemos acolher Jesus, como servo. É assim que precisamos imitá-lo, como servidores.

O que vocês estavam discutindo pelo caminho? (Mc 9, 33)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
nós entendemos bem o que se passava na cabeça daquele teu primeiro grupo de seguidores. Nós vivemos tentados da mesma forma. O poder nos encanta. Não somente queremos ser os tais, mas nos sentimos atraídos por quem é, humanamente, grande e poderoso. Valorizamos, em primeiro lugar, os cargos prestigiados na sociedade e na Igreja. E desprezamos as profissões aparentemente humildes, as funções aos nossos olhos mais simples. Tens que ter muita paciência conosco, Senhor. Nem sempre te acolhemos como servidor, preferimos te aplaudir como rei e dominador. E assim, nos dispensamos de seguir o teu caminho de serviço e entrega amorosa até o fim. Que a tua palavra hoje soe como um forte convite à nossa conversão. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Novena de Nossa Senhora Auxiliadora

Estamos no sétimo dia da novena de Nossa Senhora Auxiliadora. O tema de hoje é "Com Maria, amemos a Igreja de Cristo”. 

Aos pés da cruz, Maria se torna mãe da Igreja. Ali, ela nos recebeu como seus filhos. “Mulher, eis aí o teu filho”. No cenáculo, perseverando em oração, com os apóstolos e os discípulos e discípulas de Jesus, acolheu com toda a Igreja o Espírito Santo prometido. Como mãe, em todas as gerações, vem acompanhando e protegendo a grande família de Jesus, a sua Igreja. De maneira especial, tem sido mãe e auxiliadora do Papa, dos bispos e de todos os servidores do Povo de Deus.

Saudemos a Virgem Auxiliadora:

Ó Maria, Virgem poderosa, Tu, grande e ilustre defensora da Igreja, Tu, Auxílio maravilhoso dos cristãos, Tu, terrível como exército ordenado em batalha, Tu, que só destruíste toda heresia em todo o mundo: nas nossas angústias, nas nossas lutas, nas nossas aflições, defende-nos do inimigo; e na hora da morte, acolhe a nossa alma no paraíso. Assim seja.

Escreva sua cartinha a N. Senhora e mande-a pelo WhatsApp 81 3224-9284.  Nós a levaremos ao Santuário Basílica de N. Senhora Auxiliadora de Jaboatão, na peregrinação do próximo dia 24. 

24 de maio – na casa da mãe!

Comunicando

Começou ontem a 2a. Etapa do nosso estudo bíblico sobre o Livro do Profeta Ezequiel. Mesmo que você não tenha participado da 1a. Etapa, vai poder participar com facilidade deste novo módulo. No encontro de ontem, fizemos um resumão dos 10 encontros que tivemos na etapa anterior. O estudo bíblico bem facilitado é uma oportunidade para o seu crescimento cristão. Eu acho que você não devia deixar pra lá. O encontro ficou gravado no Youtube e estamos apenas começando a nova etapa. Você pode revê-lo nesta semana, na hora em que estiver mais livre. Inscreva-se, gratuitamente, nesta nova etapa, usando o formulário enviado ou pelo whatsapp 81 3224-9284. Continuo esperando por você.


Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Deus cuida de nós. O Dia dos Santos Anjos da Guarda.

 



  02 de outubro de 2023.  

Dia dos Santos Anjos da Guarda

  Evangelho.  


Mt 18,1-5.10

Naquela hora, 1os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Quem é o maior no Reino dos Céus?” 2Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles 3e disse: “Em verdade vos digo, se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. 4Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus. 5E quem recebe em meu nome uma criança como esta, é a mim que recebe. 10Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus”.

MEDITAÇÃO

Os seus anjos nos céus vêem sem cessar a face do meu Pai (Mt 18,10)

O texto do evangelho de hoje nos traz muitas lições. De saída, podemos perceber quatro ensinamentos: 1. O maior no Reino dos Céus é quem se faz pequeno como uma criança; 2. Precisamos nos converter e nos tornar como crianças, senão não entraremos no Reino de Deus; 3. Quem acolhe uma criança, um pequenino, em nome de Jesus, acolhe ele mesmo; 4. Não se pode desprezar nenhum pequenino. Os seus anjos estão em comunicação com Deus, o tempo todo.

Como hoje é o dia dos Santos Anjos da Guarda, a Igreja lê essa palavra de Jesus atenta a este ensinamento: “os seus anjos nos céus vêem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus”. O nosso Deus, no seu infinito amor, colocou ao lado de cada um de nós, um dos seus anjos. Os anjos são seres espirituais criados pelo Altíssimo. Sua missão, junto a nós, é nos proteger e nos conduzir para a Pátria Celeste. Esse cuidado de Deus com os seus filhos mostra, ao mesmo tempo, nossa fragilidade (precisamos sempre de ajuda), mas também nossa grandeza (em Cristo, somos filhos de Deus). A certeza da proteção do anjo da guarda ao nosso lado nos deixa um recado muito especial: Deus cuida de nós.

É este o ensinamento da Igreja: “Desde a infância até a morte, a vida humana é cercada pela proteção e pela intercessão dos anjos. Cada fiel é ladeado por um anjo como protetor e pastor para conduzi-lo à vida. Ainda aqui na terra, a vida cristã participa, na fé, da sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus.” (Catecismo da Igreja Católica, 336).

E por que Jesus insistiu que a gente precisa se converter e se tornar como criança? É claro que Jesus não nos quer infantis. Certamente, ele nos quer com um coração de criança em nosso relacionamento com Deus nosso Pai. Criança, por exemplo, se deixa conduzir. O Pai ou a mãe a toma pela mão e a conduz. Ela segue com confiança, com docilidade. Essa virtude, o adulto nem sempre tem. Ele prefere dirigir, não aceita facilmente ser dirigido. Convém melhor para o nosso relacionamento com o Pai a atitude de docilidade e de confiança de criança que se deixa guiar por seus pais.

Nossa vida está nas mãos de Deus, nós dependemos dele. Ele é Providente e cuida de nós. Esse é o sentimento do filho, sobretudo do filho pequeno que depende inteiramente dos pais, que precisa de sua proteção. O adulto é independente, auto-suficiente, está mais para pai do que para filho. E o grande anúncio do Reino é que somos filhos e irmãos. “Se vocês não se converterem, e não se tornarem como criança, não entrarão no Reino dos Céus”.




Guardando a mensagem

A discussão era sobre quem seria o mais importante no Reino de Deus. Jesus chamou uma criança para o meio da roda e a apontou como exemplo. Na criança, vemos muito do que precisamos ser como filhos de Deus e do que não podemos perder quando adultos. Precisamos conservar a espontaneidade, a docilidade, a confiança e o amor filial, tão fortes do tempo de criança. Não podemos perder o encantamento da criança diante das surpresas de Deus. Não podemos esquecer que, nas horas difíceis e sempre, temos com quem contar: um pai amoroso que cuida de nós. O anjo da guarda é um sinal da proteção e do cuidado de Deus com cada um dos seus filhos e filhas. Jesus estava com a razão. Quem não se torna como uma criança não entra no Reino de Deus.

Os seus anjos nos céus vêem sem cessar a face do meu Pai (Mt 18,10)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
hoje é o dia dos Santos Anjos da Guarda. Nós acolhemos, com gratidão, o ensinamento da Igreja que está revelado nas Sagradas Escrituras: nós e os anjos já estamos unidos em Deus, aqui na terra. Tanto assim, que na Missa, unimos nossos louvores aos dos anjos e dos santos para proclamar que Deus é Santo, três vezes Santo. Contigo, Senhor, queremos render graças ao Pai pelo cuidado que os santos anjos têm para conosco e por tudo que fazem para nos defender e nos conduzir nos teus caminhos. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Fica bem hoje, em atenção à palavra de Deus, rezar algumas vezes, durante o dia, a oração:

Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, já que a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, me guarda, me governa, me ilumina. Amém

Comunicando

Quem participou do Curso Bíblico, por favor, pegue o seu Certificado no seu email. Quem, na inscrição, não apresentou email, veja no seu WhatsApp.

O Papa Francisco, a propósito do início do Mês de Outubro, fez ontem um pedido: "Peço a todos que experimentem a beleza de rezar o Rosário, contemplando com Maria os mistérios de Cristo e invocando sua intercessão pelas necessidades da Igreja e do mundo". É um pedido para rezarmos o terço, diariamente. O desafio está lançado: Você topa rezar o terço, diariamente, neste Mês do Rosário? 
Vou deixar um formulário pra você colocar sua resposta. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Os cidadãos mais importantes do Reino.

 


   15 de agosto de 2023.   

Terça-feira da 19ª Semana do Tempo Comum


    Evangelho.   


Mt 18,1-5.10.12-14

Naquele tempo, 1os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Quem é o maior no Reino dos Céus?” 2Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles 3e disse: “Em verdade vos digo, se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. 4Quem se faz pequeno como esta criança, este é o maior do Reino dos Céus. 5E quem recebe em meu nome uma criança como esta é a mim que recebe.
10Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus. 12Que vos parece? Se um homem tem cem ovelhas, e uma delas se perde, não deixa ele as noventa e nove nas montanhas, para procurar aquela que se perdeu? 13Em verdade vos digo, se ele a encontrar, ficará mais feliz com ela, do que com as noventa e nove que não se perderam. 14Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequeninos”.



    Meditação.   


Quem se faz pequeno como esta criança, este é o maior no Reino dos Céus (Mt 18, 4)

A pergunta foi esta: quem é o maior no Reino de Deus? A essa indagação dos discípulos, Jesus responde com o exemplo da criança. É preciso se converter e se tornar como criança. Não se trata de chegar à elite, ser o maior. Trata-se de assumir a identidade de filho, ou como Jesus disse: fazer-se pequeno.

O Reino de Deus é lá onde o senhorio de Deus é acolhido, lá onde Deus é reconhecido e amado como pai, lá onde os filhos de Deus se reconhecem como irmãos. Não é um reino de súditos e senhores, é uma grande casa de família, onde somos todos amados como filhos. O Reino também não é fruto de nosso merecimento, é bondade de Deus, amor imenso dele por nós. Quanto mais nos reconhecemos amados e necessitados desse amor, mais nos integramos na sua casa, no seu Reino. Somos filhos amados e isso não é uma conquista nossa, mas pura misericórdia de Deus. Sendo assim, não podemos invocar grandezas ou nos imaginar acima dos outros.

Quem é o maior no Reino de Deus? Para a mentalidade do mundo, o maior é o que tem poder, dinheiro, prestígio, fama. O maior é o que manda, o aplaudido e servido pelos outros. Mas, o Reino de Deus não é uma cópia do nosso mundo, na esfera espiritual. Assim, nós anularíamos a Palavra de Deus e a ação transformadora do seu Espírito. Precisamos captar a novidade que vem da Palavra de Jesus, novidade que é um princípio de mudança em nossa sociedade.

Então, quem é o maior no Reino de Deus? Jesus falou claro: “Quem se faz pequeno como esta criança, este é o maior no Reino dos Céus”. Assim, no Reino de Deus, não há lugar para a soberba, o orgulho, a presunção de ser grande e de querer mandar nos outros. Grande é só Deus, imenso é o seu amor. Nós só temos uma grandeza: sermos seus filhos amados.

E por que essa comparação com a criança? Porque a criança é filho; porque a criança aprende, exemplificando bem nossa condição de discípulos; porque a criança confia inteiramente nos seus pais.



Guardando a mensagem

O Reino de Deus não é cópia desse nosso mundo injusto e desigual. O Evangelho do Reino é anúncio de uma novidade, fermento de transformação de nossa sociedade. O pequeno é o mais importante, ensinou Jesus. Os filhos mais frágeis e sofredores, estes, sim, são os cidadãos mais importantes do Reino. O menor é o maior. Fazer parte do Reino é renunciar à mania de querer ser mais do que os outros. Todos somos filhos amados do Pai. Somos todos irmãos. Jesus continua nos dizendo que não entraremos no Reino se não nos convertermos, nos tornando como crianças. Nas crianças, nos vemos como filhos amados de Deus e como irmãos, chamados a viver a fraternidade.

Quem se faz pequeno como esta criança, este é o maior no Reino dos Céus (Mt 18, 4)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
o convite que hoje nos fazes é pra gente deixar de pensar ou de querer ser grande, forte, poderoso, desejando estar acima dos outros. Assim, a gente não entra o Reino dos Céus, não recebe o abraço amoroso do pai. O teu convite, Senhor, é pra gente renunciar a essa pose de gente importante e independente, que não precisa de ninguém. No Reino de Deus, só tem lugar pra gente humilde, que reconhece que só Deus é grande e, nele, somos irmãos uns dos outros. Abençoa, Senhor, os que hoje se sentem desprotegidos e desorientados nessa vida, no meio de seus dramas e dificuldades. Sobre todos, seja a tua bênção e a tua paz. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Nesta Semana Nacional da Família, identifique quem são os pequeninos de sua família (crianças, idosos, doentes, os mais sofridos). Na dinâmica do Reino de Deus, eles são os mais importantes, os que têm prioridade sobre todos; eles são os maiores.

Comunicando

Estou, hoje, na cidade de Cruzeiro do Sul, no estado do Acre. É o dia da padroeira, N. Senhora da Glória. Faço show por aqui, no encerramento da procissão.

Este 15 de agosto é o dia missionário de nossa associação. Reze pela nossa AMA. Desejando inscrever-se nela, entre em contato pelo WhatsApp 81 3224-9284 ou preencha o formulário que estamos lhe enviando.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Há uma novidade no anúncio do Reino de Deus.




26 de setembro de 2022

Dia dos Santos Cosme e Damião


EVANGELHO


Lc 9,46-50

Naquele tempo, 46houve entre os discípulos uma discussão, para saber qual deles seria o maior. 47Jesus sabia o que estavam pensando, pegou então uma criança, colocou-a junto de si 48e disse-lhes: “Quem receber esta criança em meu nome, estará recebendo a mim. E quem me receber, estará recebendo aquele que me enviou. Pois aquele que entre todos vós for o menor, esse é o maior”.
49João disse a Jesus: “Mestre, vimos um homem que expulsa demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque não anda conosco”. 50Jesus disse-lhe: “Não o proibais, pois quem não está contra vós, está a vosso favor”.



MEDITAÇÃO


Quem receber esta criança em meu nome, estará recebendo a mim (Lc 9, 48)

Os discípulos tinham discutido. O assunto fora qual deles seria o maior. Jesus colocou uma criança no meio deles e lhes deu preciosos ensinamentos. É preciso se converter e se tornar como criança. Receber o Reino como uma criança. Não se trata de chegar à elite, ser o maior. Trata-se de assumir a identidade de filho, ou como Jesus disse: fazer-se pequeno.

O Reino de Deus é lá onde o senhorio de Deus é acolhido, lá onde Deus é reconhecido e amado como pai, lá onde os filhos de Deus se reconhecem como irmãos. Não é um reino de súditos e senhores, é uma grande casa de família, onde somos todos amados como filhos. O Reino também não é fruto de nosso merecimento, é bondade de Deus, amor imenso dele por nós. Quanto mais nos reconhecemos amados e necessitados desse amor, mais nos integramos na sua casa, no seu Reino. Somos filhos amados e isso não é uma conquista nossa, mas pura misericórdia de Deus. Sendo assim, não podemos invocar grandezas ou nos imaginar acima dos outros.

Quem é o maior no Reino de Deus? Para a mentalidade do mundo, o maior é o que tem poder, dinheiro, prestígio, fama. O maior é o que manda, o aplaudido e servido pelos outros. Mas, o Reino de Deus não é uma cópia do nosso mundo, na esfera espiritual. Assim, nós anularíamos a Palavra de Deus e a ação transformadora do seu Espírito. Precisamos captar a novidade que vem da Palavra de Jesus, novidade que é um princípio de mudança em nossa sociedade.

Então, quem é o maior no Reino de Deus? Jesus falou claro: “Quem se faz pequeno como esta criança, este é o maior no Reino dos Céus”. Assim, no Reino de Deus, não há lugar para a soberba, o orgulho, a presunção de ser grande e de querer mandar nos outros. Grande é só Deus. Nós só temos uma grandeza: sermos seus filhos amados.

Acolher Jesus como se acolhe uma criança é reconhecê-lo em sua humanidade, em sua fragilidade. Ele assumiu nossa condição humana, veio na carne, nasceu num estábulo, morreu numa cruz. E é aí que quer ser encontrado, amado, seguido. Com esse exemplo da criança, fica claro, que acolher Jesus é identificar-se com ele, partilhando com ele o projeto de vida que escolheu para si, o caminho do Servo Sofredor descrito pelo Profeta Isaías. Acolhê-lo é partilhar o seu sonho e o seu compromisso de serviço até à entrega da própria vida.


Guardando a mensagem

O Reino de Deus não é cópia desse nosso mundo injusto e desigual. O Evangelho do Reino é anúncio de uma novidade, fermento de transformação de nossa sociedade. O pequeno é o mais importante, ensinou Jesus. Os filhos mais frágeis e sofredores, estes, sim, são os cidadãos mais importantes do Reino. O menor é o maior. Fazer parte do Reino é renunciar à mania de querer ser mais do que os outros. Todos somos filhos amados do Pai. Somos todos irmãos. Jesus continua nos dizendo que não entraremos no Reino se não nos convertermos, nos tornando como crianças. Nas crianças, nos vemos como filhos amados de Deus e como irmãos, chamados a viver a fraternidade. Acolher Jesus como pequenino representado na criança, é abraçar o seu estilo de vida despojado da busca de poder e grandeza.

Quem receber esta criança em meu nome, estará recebendo a mim (Lc 9, 48)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
o convite que hoje nos fazes é pra gente deixar de pensar ou de querer ser grande, forte, poderoso, desejando estar acima dos outros. Assim, a gente não entra o Reino de Deus, não recebe o abraço amoroso do pai. O teu convite, Senhor, é pra gente renunciar a essa pose de gente importante e independente, que não precisa de ninguém. No Reino de Deus, só tem lugar pra gente humilde, que reconhece que só Deus é grande e, nele, somos irmãos uns dos outros. Abençoa, Senhor, os que hoje se sentem desprotegidos e desorientados nessa vida, no meio de seus dramas e dificuldades. Sobre todos, seja a tua bênção e a tua paz. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Neste dia dos Santos Cosme e Damião, servidores do povo pobre na área da saúde e da evangelização, identifique, na sua cabeça, quem são os pequeninos de sua família e de nossa sociedade (crianças, idosos, doentes, desempregados, analfabetos, os mais sofridos,...). Na dinâmica do Reino de Deus, eles são os mais importantes, os que têm prioridade sobre todos; eles são os maiores. E só podemos servi-los, fazendo como Jesus: identificando-nos com eles, sendo pequeninos com eles, abraçando a sua causa.

Comunicando

Terminado o curso bíblico sobre o livro de Josué, hoje é o dia da entrega dos certificados e da avaliação, tudo enviado de maneira digital. No encontro das 20 horas, no Youtube, o programa ENCONTROS, teremos depoimentos e fotos de quem participou do curso.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

O menor é o maior



09 de agosto de 2022

Terça-feira da 19ª Semana do Tempo Comum


EVANGELHO


Mt 18,1-5.10.12-14

Naquele tempo, 1os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Quem é o maior no Reino dos Céus?” 2Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles 3e disse: “Em verdade vos digo, se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. 4Quem se faz pequeno como esta criança, este é o maior do Reino dos Céus. 5E quem recebe em meu nome uma criança como esta é a mim que recebe.
10Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus. 12Que vos parece? Se um homem tem cem ovelhas, e uma delas se perde, não deixa ele as noventa e nove nas montanhas, para procurar aquela que se perdeu? 13Em verdade vos digo, se ele a encontrar, ficará mais feliz com ela, do que com as noventa e nove que não se perderam. 14Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequeninos”.




MEDITAÇÃO


Quem se faz pequeno como esta criança, este é o maior no Reino dos Céus (Mt 18, 4)

A pergunta foi esta: quem é o maior no Reino de Deus? A essa indagação dos discípulos, Jesus responde com o exemplo da criança. É preciso se converter e se tornar como criança. Não se trata de chegar à elite, ser o maior. Trata-se de assumir a identidade de filho, ou como Jesus disse: fazer-se pequeno.

O Reino de Deus é lá onde o senhorio de Deus é acolhido, lá onde Deus é reconhecido e amado como pai, lá onde os filhos de Deus se reconhecem como irmãos. Não é um reino de súditos e senhores, é uma grande casa de família, onde somos todos amados como filhos. O Reino também não é fruto de nosso merecimento, é bondade de Deus, amor imenso dele por nós. Quanto mais nos reconhecemos amados e necessitados desse amor, mais nos integramos na sua casa, no seu Reino. Somos filhos amados e isso não é uma conquista nossa, mas pura misericórdia de Deus. Sendo assim, não podemos invocar grandezas ou nos imaginar acima dos outros.

Quem é o maior no Reino de Deus? Para a mentalidade do mundo, o maior é o que tem poder, dinheiro, prestígio, fama. O maior é o que manda, o aplaudido e servido pelos outros. Mas, o Reino de Deus não é uma cópia do nosso mundo, na esfera espiritual. Assim, nós anularíamos a Palavra de Deus e a ação transformadora do seu Espírito. Precisamos captar a novidade que vem da Palavra de Jesus, novidade que é um princípio de mudança em nossa sociedade.

Então, quem é o maior no Reino de Deus? Jesus falou claro: “Quem se faz pequeno como esta criança, este é o maior no Reino dos Céus”. Assim, no Reino de Deus, não há lugar para a soberba, o orgulho, a presunção de ser grande e de querer mandar nos outros. Grande é só Deus, imenso é o seu amor. Nós só temos uma grandeza: sermos seus filhos amados.

E por que essa comparação com a criança? Porque a criança é filho; porque a criança aprende, exemplificando bem nossa condição de discípulos; porque a criança confia inteiramente nos seus pais.


Guardando a mensagem

O Reino de Deus não é cópia desse nosso mundo injusto e desigual. O Evangelho do Reino é anúncio de uma novidade, fermento de transformação de nossa sociedade. O pequeno é o mais importante, ensinou Jesus. Os filhos mais frágeis e sofredores, estes, sim, são os cidadãos mais importantes do Reino. O menor é o maior. Fazer parte do Reino é renunciar à mania de querer ser mais do que os outros. Todos somos filhos amados do Pai. Somos todos irmãos. Jesus continua nos dizendo que não entraremos no Reino se não nos convertermos, nos tornando como crianças. Nas crianças, nos vemos como filhos amados de Deus e como irmãos, chamados a viver a fraternidade.

Quem se faz pequeno como esta criança, este é o maior no Reino dos Céus (Mt 18, 4)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
o convite que hoje nos fazes é pra gente deixar de pensar ou de querer ser grande, forte, poderoso, desejando estar acima dos outros. Assim, a gente não entra o Reino dos Céus, não recebe o abraço amoroso do pai. O teu convite, Senhor, é pra gente renunciar a essa pose de gente importante e independente, que não precisa de ninguém. No Reino de Deus, só tem lugar pra gente humilde, que reconhece que só Deus é grande e, nele, somos irmãos uns dos outros. Abençoa, Senhor, os que hoje se sentem desprotegidos e desorientados nessa vida, no meio de seus dramas e dificuldades. Sobre todos, seja a tua bênção e a tua paz. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Nesta Semana da Vocação Matrimonial, identifique quem são os pequeninos de sua família (crianças, idosos, doentes, os mais sofridos). Na dinâmica do Reino de Deus, eles são os mais importantes, os que têm prioridade sobre todos; eles são os maiores.

Comunicando

Salve este contato que estamos lhe enviando: 81 3224-9284. Ele é um WhatsApp com assistente virtual. Por ele, você entra em contato com a gente, com muita facilidade. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

SANTO ANJO DO SENHOR


 
02 de outubro de 2021

Santos Anjos da Guarda

EVANGELHO


Mt 18,1-5.10

Naquela hora, 1os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Quem é o maior no Reino dos Céus?” 2Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles 3e disse: “Em verdade vos digo, se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. 4Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus. 5E quem recebe em meu nome uma criança como esta, é a mim que recebe. 10Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus”.

MEDITAÇÃO

Os seus anjos nos céus vêem sem cessar a face do meu Pai (Mt 18,10)

O texto do evangelho de hoje nos traz muitas lições. De saída, podemos perceber quatro ensinamentos: 1. O maior no Reino dos Céus é quem se faz pequeno como uma criança; 2. Precisamos nos converter e nos tornar como crianças, senão não entraremos no Reino de Deus; 3. Quem acolhe uma criança, um pequenino, em nome de Jesus, acolhe ele mesmo; 4. Não se pode desprezar nenhum pequenino. Os seus anjos estão em comunicação com Deus, o tempo todo.

Como hoje é o dia dos Santos Anjos da Guarda, a Igreja lê essa palavra de Jesus atenta a este ensinamento: “os seus anjos nos céus vêem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus”. O nosso Deus, no seu infinito amor, colocou ao lado de cada um de nós, um dos seus anjos. Os anjos são seres espirituais criados pelo Altíssimo. Sua missão, junto a nós, é nos proteger e nos conduzir para a Pátria Celeste. Esse cuidado de Deus com os seus filhos mostra, ao mesmo tempo, nossa fragilidade (precisamos sempre de ajuda), mas também nossa grandeza (em Cristo, somos filhos de Deus). A certeza da proteção do anjo da guarda ao nosso lado nos deixa um recado muito especial: Deus cuida de nós.

É este o ensinamento da Igreja: “Desde a infância até a morte, a vida humana é cercada pela proteção e pela intercessão dos anjos. Cada fiel é ladeado por um anjo como protetor e pastor para conduzi-lo à vida. Ainda aqui na terra, a vida cristã participa, na fé, da sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus.” (Catecismo da Igreja Católica, 336).

E por que Jesus insistiu que a gente precisa se converter e se tornar como criança? É claro que Jesus não nos quer infantis. Certamente, ele nos quer com um coração de criança em nosso relacionamento com Deus nosso Pai. Criança, por exemplo, se deixa conduzir. O Pai ou a mãe a toma pela mão e a conduz. Ela segue com confiança, com docilidade. Essa virtude, o adulto nem sempre tem. Ele prefere dirigir, não aceita facilmente ser dirigido. Convém melhor para o nosso relacionamento com o Pai a atitude de docilidade e de confiança de criança que se deixa guiar por seus pais.

Nossa vida está nas mãos de Deus, nós dependemos dele. Ele é Providente e cuida de nós. Esse é o sentimento do filho, sobretudo do filho pequeno que depende inteiramente dos pais, que precisa de sua proteção. O adulto é independente, auto-suficiente, está mais para pai do que para filho. E o grande anúncio do Reino é que somos filhos e irmãos. “Se vocês não se converterem, e não se tornarem como criança, não entrarão no Reino dos Céus”.

Guardando a mensagem

A discussão era sobre quem seria o mais importante no Reino de Deus. Jesus chamou uma criança para o meio da roda e a apontou como exemplo. Na criança, vemos muito do que precisamos ser como filhos de Deus e do que não podemos perder quando adultos. Precisamos conservar a espontaneidade, a docilidade, a confiança e o amor filial, tão fortes do tempo de criança. Não podemos perder o encantamento da criança diante das surpresas de Deus. Não podemos esquecer que, nas horas difíceis e sempre, temos com quem contar: um pai amoroso que cuida de nós. O anjo da guarda é um sinal da proteção e do cuidado de Deus com cada um dos seus filhos e filhas. Jesus estava com a razão. Quem não se torna como uma criança não entra no Reino de Deus.

Os seus anjos nos céus vêem sem cessar a face do meu Pai (Mt 18,10)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Hoje é o dia dos Santos Anjos da Guarda. Nós acolhemos, com gratidão, o ensinamento da Igreja que está revelado nas Sagradas Escrituras: nós e os anjos já estamos unidos em Deus, aqui na terra. Tanto assim, que na Missa, unimos nossos louvores aos dos anjos e dos santos para proclamar que Deus é Santo, três vezes Santo. Contigo, Senhor, queremos render graças ao Pai pelo cuidado que os santos anjos têm para conosco e por tudo que fazem para nos defender e nos conduzir nos teus caminhos. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Fica bem hoje, em atenção à palavra de Deus, rezar algumas vezes, durante o dia, a oração:

Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, já que a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, me guarda, me governa, me ilumina. Amém

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

JESUS E A CRIANÇA



27 de setembro de 2021

Dia de São Vicente de Paulo

EVANGELHO


Lc 9,46-50

Naquele tempo, 46houve entre os discípulos uma discussão, para saber qual deles seria o maior. 47Jesus sabia o que estavam pensando, pegou então uma criança, colocou-a junto de si 48e disse-lhes: “Quem receber esta criança em meu nome, estará recebendo a mim. E quem me receber, estará recebendo aquele que me enviou. Pois aquele que entre todos vós for o menor, esse é o maior”.
49João disse a Jesus: “Mestre, vimos um homem que expulsa demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque não anda conosco”. 50Jesus disse-lhe: “Não o proibais, pois quem não está contra vós, está a vosso favor”.

MEDITAÇÃO


Quem receber esta criança em meu nome, estará recebendo a mim (Lc 9, 48)

Os discípulos tinham discutido. O assunto fora qual deles seria o maior. Jesus colocou uma criança no meio deles e lhes deu preciosos ensinamentos. É preciso se converter e se tornar como criança. Receber o Reino como uma criança. Não se trata de chegar à elite, ser o maior. Trata-se de assumir a identidade de filho, ou como Jesus disse: fazer-se pequeno.

O Reino de Deus é lá onde o senhorio de Deus é acolhido, lá onde Deus é reconhecido e amado como pai, lá onde os filhos de Deus se reconhecem como irmãos. Não é um reino de súditos e senhores, é uma grande casa de família, onde somos todos amados como filhos. O Reino também não é fruto de nosso merecimento, é bondade de Deus, amor imenso dele por nós. Quanto mais nos reconhecemos amados e necessitados desse amor, mais nos integramos na sua casa, no seu Reino. Somos filhos amados e isso não é uma conquista nossa, mas pura misericórdia de Deus. Sendo assim, não podemos invocar grandezas ou nos imaginar acima dos outros.

Quem é o maior no Reino de Deus? Para a mentalidade do mundo, o maior é o que tem poder, dinheiro, prestígio, fama. O maior é o que manda, o aplaudido e servido pelos outros. Mas, o Reino de Deus não é uma cópia do nosso mundo, na esfera espiritual. Assim, nós anularíamos a Palavra de Deus e a ação transformadora do seu Espírito. Precisamos captar a novidade que vem da Palavra de Jesus, novidade que é um princípio de mudança em nossa sociedade.

Então, quem é o maior no Reino de Deus? Jesus falou claro: “Quem se faz pequeno como esta criança, este é o maior no Reino dos Céus”. Assim, no Reino de Deus, não há lugar para a soberba, o orgulho, a presunção de ser grande e de querer mandar nos outros. Grande é só Deus. Nós só temos uma grandeza: sermos seus filhos amados.

Acolher Jesus como se acolhe uma criança é reconhecê-lo em sua humanidade, em sua fragilidade. Ele assumiu nossa condição humana, veio na carne, nasceu num estábulo, morreu numa cruz. E é aí que quer ser encontrado, amado, seguido. Com esse exemplo da criança, fica claro, que acolher Jesus é identificar-se com ele, partilhando com ele o projeto de vida que escolheu para si, o caminho do Servo Sofredor descrito pelo Profeta Isaías. Acolhê-lo é partilhar o seu sonho e o seu compromisso de serviço até à entrega da própria vida.

Guardando a mensagem

O Reino de Deus não é cópia desse nosso mundo injusto e desigual. O Evangelho do Reino é anúncio de uma novidade, fermento de transformação de nossa sociedade. O pequeno é o mais importante, ensinou Jesus. Os filhos mais frágeis e sofredores, estes, sim, são os cidadãos mais importantes do Reino. O menor é o maior. Fazer parte do Reino é renunciar à mania de querer ser mais do que os outros. Todos somos filhos amados do Pai. Somos todos irmãos. Jesus continua nos dizendo que não entraremos no Reino se não nos convertermos, nos tornando como crianças. Nas crianças, nos vemos como filhos amados de Deus e como irmãos, chamados a viver a fraternidade. Acolher Jesus como pequenino representado na criança, é abraçar o seu estilo de vida despojado da busca de poder e grandeza. 

Quem receber esta criança em meu nome, estará recebendo a mim (Lc 9, 48)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
O convite que hoje nos fazes é pra gente deixar de pensar ou de querer ser grande, forte, poderoso, desejando estar acima dos outros. Assim, a gente não entra o Reino de Deus, não recebe o abraço amoroso do pai. O teu convite, Senhor, é pra gente renunciar a essa pose de gente importante e independente, que não precisa de ninguém. No Reino de Deus, só tem lugar pra gente humilde, que reconhece que só Deus é grande e, nele, somos irmãos uns dos outros. Abençoa, Senhor, os que hoje se sentem desprotegidos e desorientados nessa vida, no meio de seus dramas e dificuldades. Sobre todos, seja a tua bênção e a tua paz. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Neste dia de São Vicente de Paulo, grande apóstolo da caridade e servidor dos pobres, identifique, na sua cabeça, quem são os pequeninos de sua família e de nossa sociedade (crianças, idosos, doentes, desempregados, analfabetos, os mais sofridos,...). Na dinâmica do Reino de Deus, eles são os mais importantes, os que têm prioridade sobre todos; eles são os maiores. E só podemos servi-los, fazendo como Jesus: identificando-nos com eles, sendo pequeninos com eles, abraçando a sua causa. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

O PRIMEIRO E O ÚLTIMO



19 de setembro de 2021
25º Domingo do Tempo Comum

EVANGELHO


Mc 9,30-37

Naquele tempo, 30Jesus e seus discípulos atravessavam a Galileia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, 31pois estava ensinando a seus discípulos. E dizia-lhes: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão. Mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará”.
32Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar. 33Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: “O que discutíeis pelo caminho?”
34Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior.
35Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!”
36Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles e, abraçando-a, disse: 37“Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas àquele que me enviou”.

MEDITAÇÃO


Quem acolher em meu nome uma destas crianças é a mim que estará acolhendo (Mc 9, 37)

O evangelho deste domingo pode ser dividido em três partes. Jesus ensinando aos discípulos, os discípulos discutindo sobre ser o maior, Jesus apresentando a criança. As três partes estão unidas por um só tema. Jesus está se revelando ao seu grupo e trabalhando suas dificuldades em compreendê-lo e segui-lo. E onde nós entramos neste evangelho? Nós somos os discípulos de hoje, precisando compreender como Jesus está realizando sua missão.

Jesus estava ensinando aos discípulos. E estava dando prioridade a isso, atravessando a Galileia. Queria muito que eles entendessem como ele estava realizando a sua missão e o que iria acontecer com ele. É verdade que ele era o Messias, como Pedro tinha proclamado. Mas, não pensassem nessa sua condição com os critérios de grandeza, sucesso e glória dos grandes que eles conheciam ou de quem ouviam falar. Ele estava realizando a sua missão como um humilde servidor. O profeta Isaías tinha falado sobre o servo sofredor, um profeta de Deus carregado de sofrimento e humilhações. Esse era o seu caminho. Seria rejeitado, condenado e chegaria a ser morto. Ressuscitaria ao terceiro dia. Assim, realizaria a sua missão.

No caminho, os discípulos, em oposição a tudo que Jesus estava ensinando, discutiram sobre cargos, sobre posições de prestígio no grupo, em ser o maior. Eles continuavam na contramão do que Jesus estava ensinando. Um pouco antes, Pedro já tinha merecido uma bronca de Jesus. Também ele estava na contramão, desaconselhando Jesus a falar em perseguição e morte. Chegando em casa, Jesus sabendo das pretensões equivocadas deles, chamou uma criança e continuou o seu ensinamento, corrigindo essa visão dos discípulos.

Em casa, o ensinamento de Jesus continuou na mesmo linha do que ensinara antes. “O primeiro é o servidor de todos”. Foi quando abraçou a criança e disse que quem acolhesse a criança, o acolheria. Jesus estava se comparando com a criança. E por que Jesus se comparou com a criança? A criança está representando o pequenino, o sem poder. Na sociedade do tempo de Jesus, a criança não tinha a importância e a prioridade que tem hoje em nossa civilização. Mesmo entre nós, até algumas décadas atrás, criança não tinha vez nenhuma. Por exemplo, não podia falar enquanto adultos estivessem conversando, não podia passar no meio de adultos, não escolhia suas roupas, nem sua comida... Criança era por último. No tempo de Jesus, a coisa era bem pior. Afinal, comparar-se com a criança era comparar-se com a fraqueza, com o sem poder e sem valor social.

Guardando a mensagem

Somos seguidores de Jesus, somos cristãos. Mas, pode ser que a imagem que fazemos de Jesus não esteja exatamente a do evangelho. O texto de hoje nos ajuda a melhorar nossa compreensão sobre Jesus, o Messias filho de Deus e sua missão. Ele realizou a sua missão, fazendo um caminho bem diferente da grandeza, da glória e do triunfo humano. O apóstolo Paulo disse que ele se esvaziou a si mesmo (Fl 2), fazendo-se servo obediente até à cruz. O profeta Isaías falou dele como o servo sofredor, carregado de humilhações. O próprio Jesus, que já tinha explicado aos discípulos que seria rejeitado, perseguido e morto e ressuscitaria, identificou-se com a criança. A criança, nessa passagem, é exemplo dos pequeninos, dos sem poder, dos desprestigiados. O caminho de Jesus é o caminho da Igreja. O caminho de Jesus é o caminho do cristão. Não estamos indo para o pódio. Nossa glória passa pela cruz.

Quem acolher em meu nome uma destas crianças é a mim que estará acolhendo (Mc 9, 37)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
A verdade é que a nossa vida cristã, nosso relacionamento com Deus, nossos compromissos no mundo estão marcados e influenciados pela visão que temos de ti, de teu messianismo. Normalmente, esquecemos que abraçaste voluntariamente a paixão e a cruz e nos alcançaste a salvação dando a tua vida em nosso favor. É que, no fundo, queremos escapar aos conflitos, aos problemas, aos sofrimentos que são inerentes à nossa condição humana e à nossa vida em sociedade. Assim, fazemos como os teus primeiros discípulos, que estavam de olho nos cargos, no poder e no sucesso que alcançariam ao teu lado. Hoje, nos recordas, Senhor, o teu caminho, que é também o caminho de cada um de nós teus seguidores e de tua Igreja. E, em resposta, queremos te acolher na fraqueza do servo sofredor e na condição de pequenino, como as crianças do teu tempo. Queremos seguir contigo, sempre. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra. 

O que de mais importante podemos fazer hoje, em resposta à palavra? Participar da Santa Missa. Esta é a ação mais digna do seguidor de Jesus, no dia do Senhor. A Santa Eucaristia é o memorial de sua morte e ressurreição.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Postagem em destaque

O Domingo da Palavra de Deus.

  26 de janeiro de 2025.   3º. Domingo do Tempo Comum Domingo da Palavra de Deus   Evangelho.   Lc 1,1-4;4,14-21 1Muitas pessoas já tentaram...

POSTAGENS MAIS VISTAS