PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: reino de deus
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Jesus está conosco.



   14 de novembro de 2024   

Quinta-feira da 32ª Semana do Tempo Comum


   Evangelho.   


Lc 17,20-25

Naquele tempo, 20os fariseus perguntaram a Jesus sobre o momento em que chegaria o Reino de Deus. Jesus respondeu: “O Reino de Deus não vem ostensivamente. 21Nem se poderá dizer: ‘Está aqui’ ou ‘Está ali’, porque o Reino de Deus está entre vós”.
22E Jesus disse aos discípulos: “Dias virão em que desejareis ver um só dia do Filho do Homem e não podereis ver. 23As pessoas vos dirão: ‘Ele está ali’ ou ‘Ele está aqui’. Não deveis ir, nem correr atrás. 24Pois, como o relâmpago brilha de um lado até o outro do céu, assim também será o Filho do Homem, no seu dia. 25Antes, porém, ele deverá sofrer muito e ser rejeitado por esta geração”.



   Meditação.   


O Reino de Deus está entre vocês (Lc 17, 21)

Os fariseus perguntaram a Jesus quando chegaria o Reino de Deus. Jesus respondeu que o Reino de Deus não vem ostensivamente. Nem pode ser apontado aqui ou ali, porque ele já está no meio de nós.

A gente fica esperando o Reino como uma intervenção poderosa de Deus em nosso mundo. Uma coisa forte, visível que todo mundo reconheça e se submeta. Como falamos de ‘reino’, ficamos imaginando os impérios deste mundo, os reinados de senhores poderosos e violentos de quem a história dá notícia.

Jesus, que tanto falou do Reino de Deus, não deixou uma definição do que é o Reino. Antes, fez comparações que desfazem completamente nossas expectativas. O Reino é como uma semente de mostarda que vai se tornar uma árvore. É como uma rede de pescar que pega todo tipo de peixe. O Reino é como uma festa de casamento, para a qual estamos convidados. É como o semeador que sai semeando a boa semente em terreno de todo tipo. É como a plantação, onde o inimigo semeou o joio. É melhor a gente desistir de querer definir o que é o Reino de Deus. Parece que é um jeito de Deus agir neste mundo.

E Jesus anunciou fortemente o Reino de Deus. Avisou, desde o início, que ele estava próximo, que o seu tempo tinha chegado. A presença de Jesus libertando, restaurando, salvando é o Reino acontecendo. As ações e as palavras de Jesus instauram o reinado de Deus entre nós. Esse anúncio do Reino que chegou é uma comunicação que muda nossa vida, que dá novo sentido à realidade. Não é apenas uma notícia entre outras, uma manchete a mais. É a resposta que a humanidade estava esperando, o tempo do Messias, o tempo de Deus que Israel esperou por séculos.

O Evangelho é a revelação desse evento maravilhoso: o Reino está ao nosso alcance, está batendo à nossa porta, está próximo de nós, está entre nós. Deus está cumprindo sua promessa: “Eis que faço novas todas as coisas”. É por essa razão que o Evangelho, em confirmação das palavras de Jesus, narra tantos milagres, curas, exorcismos. É o Reino se instalando como luz, como saúde, como paz, como perdão.


















Guardando a mensagem

Mesmo com tanta crise, com tanta coisa ruim acontecendo, com tanto desmantelo no mundo, experimentamos cada dia que o Reino está entre nós. Deus, por meio do seu filho Jesus, está semeando um mundo novo de comunhão, de paz, de reconciliação. Jesus está conosco até a consumação dos séculos, como prometeu. Não nos abandona. O seu Santo Espírito atualiza a sua presença e a sua ação redentora. O Reino está entre nós.

O Reino de Deus está entre vocês (Lc 17, 21)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,

na Missa, quando o sacerdote que preside faz a saudação “O Senhor esteja convosco” respondemos “Ele está no meio de nós”. Tu estás entre nós, tu estás conosco na assembleia que se reúne, na Palavra que é proclamada, no Pão eucarístico que nos alimenta. É isso que experimentamos cada dia e que celebramos na Missa: a tua presença redentora entre nós, nos instruindo, nos abençoando, nos conduzindo. O Reino, de que tanto falaste, é a tua presença salvando esse mundo, reconduzindo o pecador à comunhão com Deus, nos conduzindo no caminho da justiça e da paz. Tu és o Emanuel, Deus conosco. Seja o teu santo nome bendito, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Recordando o evangelho de hoje, reze, muitas vezes durante o dia: “Venha a nós o vosso Reino!”.

Comunicando

Como todas as quintas-feiras, temos hoje a Santa Missa das 11 horas, transmitida pela Rádio Amanhecer e pelo nosso Canal do Youtube. Para colocar suas intenções na celebração, use o formulário que nós enviamos ou mande pelo whatsapp 81 3224-9284.

Hoje, com toda a família AMA, estamos celebrando um DIA MISSIONÁRIO, para aquecer os corações dos associados e ouvintes. Somos todos missionários! Quem sabe, o Senhor também pode estar chamando você para a missão! Para fazer parte da AMA conosco, entre em contato pelo nosso whatsapp 81 3224-9284.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

O tesouro é meu ou eu sou dele?

  


   23 de agosto de 2024.   

Dia de Santa Rosa de Lima, padroeira da América Latina


   Evangelho.   


Mt 13,44-46

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 44“O Reino do Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo.
45O Reino dos Céus também é como um comprador que procura pérolas preciosas. 46Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola”.

   Meditação.   


Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola (Mt 13, 46)

Duas parábolas parecidas, a do tesouro escondido e a da pérola preciosa. Comparações que Jesus fez sobre o Reino de Deus.

O Reino dos Céus é um como um tesouro escondido no campo que o homem encontra. O Reino é um dom de Deus, um tesouro que está escondido em nossa vida, em nossa história. Nós só o encontramos, mas ele já estava lá. Nós nos deparamos com ele, nos surpreendemos com a sua existência. Não o produzimos. Ele é um tesouro que nós não amealhamos. Mas, ele está ali para nós, um grande dom em nossa vida. Assim é o Reino de Deus.

O Reino dos Céus é como um comprador que procura pérolas preciosas e encontra uma de grande valor. O homem procura pérolas preciosas. Em sua busca, encontra algo maravilhoso, a pérola dos seus sonhos. O Reino não deixa de ser dom, uma pedra preciosa de imenso valor que não é obra de nossas mãos. Mas, há uma detalhe nessa parábola. O homem a buscava... ela é a resposta aos seus sonhos, à sua busca. O Reino de Deus é uma resposta aos profundos anseios de nosso coração: o amor, a paz, a unidade, a comunhão, a fraternidade, a justiça... Assim é o Reino de Deus.

As duas parábolas também nos dizem como teremos parte no Reino de Deus. O agricultor que encontrou o tesouro escondido no campo vendeu tudo quanto possuía e comprou o campo. O comerciante também vendeu tudo o que tinha e comprou aquela pérola. Como podemos entender isso? O tesouro vale mais do que todos os bens que o agricultor possui. Será o grande bem de sua vida. A pérola preciosa vale mais do que todos os bens que o comerciante tem. Será o seu maior bem. Quando se encontra o Reino de Deus, que é o maior bem que a gente pode ter, a gente renuncia a qualquer outro valor para colocá-lo em primeiro lugar. Como disse Jesus: “Busquem em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais lhes será dado em acréscimo”. E Paulo apóstolo: “Na verdade, julgo como perda todas as coisas, em comparação com esse bem supremo: o conhecimento de Jesus Cristo, meu Senhor. Por ele, tudo desprezei e tenho em conta de esterco, a fim de ganhar Cristo” (Filipenses 3,7).

É claro, nós não compramos o Reino de Deus. Não é isto que a parábola está dizendo. Nós damos ao Reino de Deus o lugar mais importante, colocando o resto em segundo plano. Como disse Paulo: “por ele, tudo desprezei e tenho em conta de esterco, a fim de ganhar Cristo”. Na verdade, ao vender tudo para comprar o campo, é o tesouro que agora me tem. Ao vender tudo para comprar a pérola, é a pérola que agora me possui. Paulo não desprezou tudo para ser dono de Jesus. Pelo contrário, para ser completamente de Jesus é que ele renunciou a tudo.




Guardando a mensagem

Na parábola do tesouro, entendemos que o Reino de Deus é, em primeiro lugar, um dom de Deus em nossas vidas. Um dom, um tesouro encontrado pelo agricultor. Na parábola da pérola, entendemos que o Reino de Deus é uma resposta de Deus aos nossos anseios, aos nossos sonhos. É a resposta à busca do comerciante. Mas, não basta encontrar o Reino de Deus. Precisamos redimensionar tudo em nossa própria vida para que ele esteja em primeiro lugar. Para que nós pertençamos a ele.

Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola (Mt 13, 46)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
nós já encontramos o Reino de Deus ou ele nos encontrou. O Reino é a tua presença entre nós, nos comunicando o amor do Pai. Nós te descobrimos, como o agricultor cavando a terra. Nós te encontramos, como o comerciante procurando a pérola mais valiosa. Falta-nos ainda nos empenhar por completo, para colocar o Reino de Deus como valor supremo de nossas vidas, não para te possuirmos, mas para pertencermos a ti. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Para melhor compreensão da meditação de hoje, sugiro que você siga o link enviado ou leia o texto que está publicado no meu blog (padrejoaocarlos.com).  

Comunicando
 
Faço show, hoje, na cidade de Itambé, Diocese de Nazaré. É a festa da padroeira, Nossa Senhora do Desterro. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb


A bênção, vovó! A bênção, vovô!




   26 de julho de 2024.   

Dia de São Joaquim e Santa Ana, pais da Virgem Maria

Dia dos Avós 

   Evangelho.   


Mt 13,16-17


Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 16“Felizes sois vós, porque vossos olhos veem e vossos ouvidos ouvem. 17Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não viram, desejaram ouvir o que ouvis, e não ouviram”.


   Meditação.   


Felizes são vocês, porque seus olhos veem e seus ouvidos ouvem (Mt 13,16)


Esse trecho do evangelho foi lido recentemente. Mas, hoje, ele tem um sabor especial. É que faz referência aos festejados de hoje, São Joaquim e Santa Ana, pais de Maria e avós de Jesus.


O que será que as pessoas no tempo de Jesus estavam vendo e ouvindo? O que será que profetas e justos tanto desejaram ver e ouvir, e não conseguiram? Reposta: As coisas que estavam acontecendo com a presença de Jesus. O que Jesus estava anunciando: o Reino de Deus. O que eles estavam vendo? O Reino de Deus sendo inaugurado com a presença de Jesus. O que eles estavam ouvindo? A pregação do Evangelho do Reino.


E isso foi esperado por tanta gente, ao longo de séculos. Profetas e justos não conseguiram vê-lo. Mas, aquela gente estava presenciando o Reino de Deus que chegara. A boa notícia, o evangelho, é que o Reino chegou. Foi esse o anúncio de Jesus desde o início de sua atividade missionária: “O Reino chegou, convertam-se, creiam”. A presença de Jesus salvando, libertando, restaurando é o Reino acontecendo. Suas palavras, confirmadas por suas ações, estavam instaurando o reinado de Deus no meio do seu povo.


Como o povo do tempo de Jesus, nós também estamos tendo a chance de ver o Reino que está entre nós e de ouvir a pregação dessa boa notícia, o evangelho. E essa boa nova do Reino de Deus é uma comunicação que muda nossa vida, que dá novo sentido à realidade. Não é apenas uma notícia entre outras, uma manchete a mais. É a resposta que a humanidade ansiosamente estava esperando. É a presença e atuação do Messias que Israel acalentara em seus sonhos proféticos ao longo de séculos. É a revelação de algo maravilhoso: o Reino está ao nosso alcance, bate à nossa porta. Deus está cumprindo sua promessa: “Eis que faço novas todas as coisas”. É por essa razão que o Evangelho, em confirmação das palavras de Jesus, narra tantos milagres, curas, exorcismos. É o Reino se instalando como luz, saúde, paz, perdão.


Não se pode ficar indiferente diante desse anúncio da chegada do Reino. Essa boa nova nos pede uma resposta, nos propõe adesão, acolhida, conversão. Lembra o que Jesus falou? “O Reino chegou, convertam-se, creiam”. Conversão é mudar o foco e o rumo da própria vida, sintonizando-a com o Reino. Crer é acolher Jesus e o seu anúncio do Reino de Deus. Trata-se, então, de acolher Jesus, porque afinal a Palavra fez-se gente, o verbo se fez carne.


Quem tiver ouvidos para ouvir, ouça. Foi o que Jesus falou. Quem tiver ouvidos para ouvir. Significa que existe alguém que tem ouvidos, mas não escuta. Como ele disse, tem olhos, mas não vê. É que é possível não querer ouvir, não querer ver, rejeitar a boa notícia do Reino que chegou como salvação. Deus, que nos criou livres, respeita a nossa liberdade. O Reino não é uma imposição que nos anula, uma nova ordem que nos é imposta. Resta a liberdade da escolha ou da rejeição. Como diz o livro santo: “Diante de ti estão a vida e a morte. Escolhe!”. Ao amor de Deus manifesto em Cristo, só podemos responder com a fé e o amor. E não existe amor obrigado, adesão compulsória. Só na liberdade, a pessoa humana pode responder adequadamente à pregação do Reino.




Guardando a mensagem


Sendo hoje o dia dos pais da Virgem Maria, São Joaquim e Santa Ana, entende-se que a escolha desse evangelho é uma apreciação positiva da vida dos avós maternos de Jesus. É um elogio a eles. Seus olhos viram. Seus ouvidos ouviram. É que tem muita gente que tem olhos e não enxerga, tem ouvidos e não ouve. O Reino de Deus está acontecendo, hoje, na presença de Jesus evangelizando, consolando, instruindo, libertando as pessoas do mal.


Felizes são vocês, porque seus olhos veem e seus ouvidos ouvem (Mt 13,16)


Rezando a palavra


Senhor Jesus,

que os nossos olhos vejam a tua obra redentora em processo em nossa vida e em nossa história. Que os nossos ouvidos ouçam teu Evangelho a nos anunciar o tempo da graça e da reconciliação. Que, pelo exemplo luminoso dos pais de Maria Santíssima, São Joaquim e Santa Ana, nossos olhos contemplem na fé esse mistério maravilhoso de tua presença redentora entre nós. Senhor, te pedimos uma bênção especial para os nossos avós: o descanso eterno dos que já partiram  e, para os que caminham conosco, concede que, confortados pelo carinho dos filhos, dos netos e amigos, se alegrem na saúde e não se deixem abater na doença; que, revigorados com a tua graça, consagrem o tempo da idade madura a andar nos teus caminhos e a celebrar os teus louvores. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra


Hoje, reze pelos seus avós vivos ou falecidos. Deus conhece as necessidades deles.


Comunicando


Na Segunda Bíblica, estudando o livro do Profeta Ezequiel, terminamos o módulo II. Segunda-feira que vem começaremos o III Módulo. Pensando nos que estão começando o estudo conosco, no Canal do Youtube, nesta segunda, faremos um bom repasse do que foi estudado até agora. Assim, quem estiver chegando, como você, vai poder prosseguir sem dificuldade.


É hoje à noite, o dia do nosso show em Goiana, PE, dentro dos festejos de N. Senhora do Carmo. 


Pe. João Carlos Ribeiro, sdb







O Reino, a boa notícia.


16 de junho de 2024

  11º Domingo do Tempo Comum.  

  Evangelho.  


Mc 4,26-34

Naquele tempo, 26Jesus disse à multidão: “O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra. 27Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece. 28A terra, por si mesma, produz o fruto: primeiro aparecem as folhas, depois vem a espiga e, por fim, os grãos que enchem a espiga. 29Quando as espigas estão maduras, o homem mete logo a foice, porque o tempo da colheita chegou”.
30E Jesus continuou: “Com que mais poderemos comparar o Reino de Deus? Que parábola usaremos para representá-lo? 31O Reino de Deus é como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra. 32Quando é semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças, e estende ramos tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra”.
33Jesus anunciava a Palavra usando muitas parábolas como estas, conforme eles podiam compreender. 34E só lhes falava por meio de parábolas, mas, quando estava sozinho com os discípulos, explicava tudo.

  Meditação.  


O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra (Mc 4, 26)

A gente fica esperando o Reino de Deus como uma intervenção poderosa do Senhor em nosso mundo. Uma coisa forte, visível que todo mundo reconheça e se submeta. Como falamos de ‘reino’, ficamos imaginando os impérios deste mundo, os reinados de senhores poderosos e violentos de quem a história dá notícia.

Mas, Jesus que tanto falou do Reino de Deus, não deixou uma definição do que é o Reino. Antes, fez comparações que desfazem completamente nossas expectativas farisaicas. O Reino é como a semente plantada na terra que, sem o agricultor saber como, vai nascer, crescer e produzir frutos. O Reino é como uma semente de mostarda que vai se tornar um belo arbusto. O Reino é como uma festa de casamento, para o qual estamos convidados. É como a plantação, onde o inimigo semeou o joio. É melhor a gente desistir de querer definir o que é o Reino de Deus. Parece mais um jeito de Deus agir neste mundo.

Jesus nos conta, hoje, duas pequenas parábolas: a semente que germina sozinha e o grão de mostarda que se torna um frondoso arbusto. Estas duas parábolas deste 11º domingo do tempo comum nos dão novas pistas sobre o Reino de Deus.

Uma primeira lição é esta: O Reino se constrói com pequenos sinais. O Reino está potencialmente presente no que, hoje, nós estamos semeando, que nos parece tão pouco, tão pequeno. Ele é como a semente plantada que germina ou como o grão de mostarda tão pequeninho que vai se tornar uma grande hortaliça. Quando semeamos, nós mostramos confiança na semente e no futuro dela. Ao realizarmos pequenas ações e nos movermos com pequenos passos, estando na direção certa, estamos semeando o reino. É um conselho que damos, é uma desculpa que aceitamos, é uma pequena decisão que tomamos na direção justa. O Reino se constrói com pequenos sinais. São sementes que plantamos, grãos de trigo lançados na terra.

Uma segunda lição é a seguinte: O Reino não é obra nossa. É obra de Deus, servindo-se de nossa muito pequena participação. Embora o agricultor plante a semente, mas a germinação é um segredo do criador. É dele o milagre daquela semente tornar-se uma plantinha, crescer, florescer, frutificar. O agricultor colabora, plantando, limpando, irrigando, mas a espiga é obra da natureza e de quem a fez. O mesmo acontece com o grão de mostarda. O arbusto que vai acolher até os passarinhos é fruto de uma dinâmica que não é controlada pelo agricultor. O Reino não é obra nossa. É obra de Deus, com sua lógica, sua dinâmica, sua atuação.

Uma terceira lição é esta: o Reino será uma realidade surpreendente. Se plantarmos, colheremos. A semente dará fruto, dela se colherão as espigas. O grão de mostarda vai será uma linda hortaliça e abrigará os pássaros do céu. O agricultor vai se surpreender com a obra de Deus em seu favor.

O Evangelho é a revelação desse evento maravilhoso: o Reino está ao nosso alcance, está batendo à nossa porta, está próximo de nós, está entre nós. Deus está cumprindo sua promessa: “Eis que faço novas todas as coisas”. É por essa razão que o Evangelho, em confirmação das palavras de Jesus, narra tantos milagres, curas, exorcismos. É o Reino se instalando como luz, como saúde, como paz, como perdão.

Guardando a mensagem

Mesmo com tanta crise, com tanta coisa ruim acontecendo, com tanto desmantelo no mundo, experimentamos cada dia que o Reino de Deus está entre nós, está acontecendo, está em gestação. Ele é obra de Deus, com nossa pequena colaboração. Por meio do seu filho Jesus, está semeando um mundo novo de comunhão, de paz, de reconciliação. Jesus está conosco até a consumação dos séculos, como prometeu. Não nos abandona. O seu Santo Espírito atualiza a sua presença e a sua ação redentora. O Reino já está entre nós. Enfim, na colheita do que plantarmos, o Reino aparecerá pleno, surpreendente.

O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra (Mc 4, 26)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
tu estás entre nós, tu estás conosco na assembleia que se reúne, na Palavra que é proclamada, no Pão eucarístico que nos alimenta. É isso que experimentamos cada dia e que celebramos na Missa: a tua presença redentora entre nós, nos instruindo, nos abençoando, nos conduzindo. O Reino, de que tanto falaste, é a tua presença salvando esse mundo, reconduzindo o pecador à comunhão com Deus, nos conduzindo no caminho da justiça e da paz. Tu és o Emanuel, Deus conosco. Seja o teu santo nome bendito, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Domingo, dia de participar da Santa Missa, com a sua comunidade. Seu pequeno gesto – como este de deixar tudo para estar, com o Senhor e com os seus irmãos e irmãs – está construindo o Reino, onde Deus é Senhor de sua vida, da vida de sua família, de nossa história.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb 

Deus ama você.

 


   10 de junho de 2024  

Segunda-feira da 10ª Semana 
do Tempo Comum 

   Evangelho.  


Mt 5,1-12

Naquele tempo, 1vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, 2e Jesus começou a ensiná-los:
3“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. 4Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.
5Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. 6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. 10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.
11Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim.
12Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus. Do mesmo modo perseguiram os profetas que vieram antes de vós.

   Meditação   


Os discípulos aproximaram-se e Jesus começou a ensiná-los (Mt 5, 1-2).

São quatro ações de Jesus descritas na abertura do Sermão da Montanha (Mt 5). Faça as contas: “Vendo Jesus as multidões (1ª. Ação), subiu ao monte (2ª. Ação) e sentou-se (3ª. Ação). Os discípulos aproximaram-se (essa ação é dos discípulos), e Jesus começou a ensiná-los (4a. Ação de Jesus). Quatro, você sabe, é um número de totalidade, abrangente como os quatro pontos cardeais.

Estamos no início do chamado Sermão da Montanha, que compreende os capítulos 5, 6 e 7 de Mateus. O Sermão da Montanha é a proclamação da Lei do povo da nova aliança.

Vamos às quatro ações iniciais de Jesus. 

A primeira foi “vendo as multidões”... Ele vê o povo que acorre para ouvi-lo, para pedir a cura de suas doenças... Ele não vê só com os olhos, vê com o coração. Na história que contou do homem assaltado e caído na estrada, só o samaritano viu, aproximou-se e cuidou dele. O sacerdote e o levita viram, mas passaram adiante. Jesus vê as multidões como Deus que falou com Moisés no Monte Sinai: “Eu vi, eu vi a miséria do meu povo que está no Egito. Ouvi seu grito por causa dos seus opressores, pois eu conheço as suas angústias”. A primeira ação foi “Ver as multidões”, um olhar de compaixão e de compromisso com o seu bem.

A segunda ação de Jesus foi “subiu ao monte”. Que detalhe curioso, “subiu ao monte”! Que monte? Com certeza, uma das colinas próximas de Cafarnaum. O monte, na tradição bíblica, é um lugar privilegiado de encontro com Deus. Mas, por que subiu com a multidão ao monte? Claro, ele é o novo Moisés que está levando o povo hebreu para o Monte Sinai, para prestar culto a Deus, celebrar aliança com ele e dele receber a Lei. “Subiu ao monte” é uma ação cheia de significado. Refazendo o caminho da história, Jesus, o novo Moisés, está restaurando o seu povo, que renasce em aliança com Deus.

A terceira ação foi “sentou-se”. Por que sentar-se? Por que estava cansado? Para ficar mais próximo do povo? Os mestres, em Israel e em outros povos, ensinavam sentados. Na Sinagoga, o pregador ficava sentado. Lembra Jesus, na Sinagoga de Nazaré? Depois que leu, de pé, o profeta Isaías, sentou-se para explicar aquela passagem. Na Sinagoga, havia uma cadeira especial para o pregador, perto do púlpito, num lugar de destaque. Chamava-se a Cadeira de Moisés. Quando pediu uma barca para se afastar da multidão e falar-lhes sobre o Reino de Deus, lembra em que posição Jesus ficou? Sentado, claro. Sentar-se é a posição de quem vai ensinar, Jesus assume a condição de Mestre. É o novo Moisés que ensina a Lei de Deus ao seu povo.

A quarta ação foi “começou a ensiná-los”. O que ele começou a ensinar vem a seguir: as bem-aventuranças, as bem-aventuranças do Reino. Na interpretação que se fazia do decálogo do Monte Sinai, o bem-aventurado era o praticante da Lei, o que observava os mandamentos e as normas. Nas bem-aventuranças do Monte, Jesus proclama que o Reino de Deus é um dom para os humildes, os sofredores, os pecadores. O Reino é o consolo para os aflitos e perseguidos, a vitória da justiça e da paz para os sofredores, a força dos mansos, o conhecimento de Deus para os de coração limpo, a misericórdia para os pecadores. Afinal, o bem-aventurado no povo da nova aliança é o humilde e pecador amado por Deus.

Ouvindo essa palavra, sinta-se no meio daquela multidão. Você está na lista dos bem-aventurados do Reino. Não porque você seja muito bom, nem muito santo(a), nem muito praticante da Lei de Deus. Você está na lista dos bem-aventurados porque, na sua fraqueza, nos seus limites, na sua condição de pecador, Deus ama você. É o que Jesus está dizendo.




Guardando a mensagem

Está começando o Sermão da Montanha. Jesus, com compaixão, vê o povo, como Deus na revelação a Moisés, da sarça ardente. Jesus, com o povo e os discípulos, sobe ao monte. Ele é o novo Moisés que liderou a saída do Egito e levou o povo ao Monte Sinai para celebrar a aliança com Deus. Ele é o mestre que, sentado, ensina ao seu povo a lei do Reino de Deus. O seu ensinamento é o manifesto do Reino. Os pequenos são os amados de Deus, os cidadãos do seu Reino.

Os discípulos aproximaram-se e Jesus começou a ensiná-los (Mt 5, 1-2)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
longe de nós por nossa confiança no dinheiro, na riqueza deste mundo. Queremos acolher o Reino de Deus, como dom que nos é oferecido, como nossa maior riqueza. Longe de nós vivermos na condição de quem não precisa mais de nada, nem de ninguém. Queremos acolher o Reino, com sede e fome de justiça, buscando fraternidade, solidariedade e confiança na tua Providência. Longe de nós vivermos a alegria falsa da bebida, das drogas ou da indiferença com a dor dos outros. Queremos viver a verdadeira alegria que o Reino nos traz pelo perdão, pela salvação que nos alcançaste. Longe de nós querermos agradar ao mundo e à opinião pública, negando o evangelho da vida, da família, da verdade. Queremos ser fieis, mesmo no meio de incompreensões ou perseguições, certos que este é o caminho da vitória. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Leia, na sua Bíblia, a passagem de hoje: Mateus 5, 1-12.

Comunicando

Dois convites pra você, na noite de hoje. 

O primeiro convite. Hoje, temos o Encontro dos Ouvintes na Paróquia da Várzea, no Recife. Começaremos com o Terço Mariano, às 18 horas, transmitido em rede pela Rádio por 13 emissoras. Às 19 horas, começa a Santa Missa, seguida de Adoração Eucarística. No início da celebração, vamos receber relíquias do jovem Carlo Acútis, beato que em breve será canonizado. Você acompanha tudo pelo rádio ou pelo Canal do Youtube. 

O segundo convite. A Segunda Bíblia. Hoje, temos a 4ª aula do Módulo II. Estamos estudando o Livro do Profeta Ezequiel. Faça todo esforço para acompanhar esse estudo. Todos estamos precisando investir mais em nossa formação bíblica.  Acompanhe pelo Canal do Youtube, às 20:30 horas. 
 
Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Permaneçam na minha Palavra.



    21 de janeiro de 2024    

3º Domingo do Tempo Comum

Domingo da Palavra de Deus 

    Evangelho.   


Mc 1,14-20

14Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo: 15“O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!”
16E, passando à beira do mar da Galileia, Jesus viu Simão e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. 17Jesus lhes disse: “Segui-me e eu farei de vós pescadores de homens”. 18E eles, deixando imediatamente as redes, seguiram a Jesus. 19Caminhando mais um pouco, viu também Tiago e João, filhos de Zebedeu. Estavam na barca, consertando as redes; 20e logo os chamou. Eles deixaram seu pai Zebedeu na barca com os empregados e partiram, seguindo Jesus.

    Meditação.   


Depois que João foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus (Mc 1, 14)

Este é o terceiro Domingo do Tempo Comum. Hoje, celebramos o Domingo da Palavra de Deus. "Permaneçam na minha Palavra" (cf. Jo 8, 31). É este o lema deste 5º Domingo da Palavra de Deus. É verdade, todo domingo é da Palavra de Deus. Mas, hoje, de maneira especial, somos chamados a acolher e celebrar o encontro com o Senhor nas Escrituras Sagradas. É com esse olhar que vamos ouvir e meditar as leituras bíblicas de hoje. 

O evangelho nos fala do início da atividade missionária de Jesus. Ele, após a prisão de João, começou a pregar o Evangelho de Deus. E o “Evangelho de Deus”, a boa notícia da qual ele se fez portador, está descrito em duas palavras: O Tempo se cumpriu – O Reino chegou. E a acolhida dessa boa notícia, desse evangelho, está também descrita em duas palavras: Convertam-se – Creiam no Evangelho. Com Jesus, chega o Reino de Deus, cumprem-se as promessas. A esse evangelho, essa notícia maravilhosa, respondemos com a fé e a conversão. 

O evangelho de Deus, como o evangelista falou, é a sua própria comunicação. Deus, de muitos modos e muitas vezes, falou aos pais pelos profetas. Agora, nos fala por meio do seu filho. É assim que começa a carta aos Hebreus. O que Deus quer nos dizer, ele o está dizendo pela boca de Jesus. Na verdade, pela boca e pelas mãos dele, por suas palavras e por suas obras. E, como pensou São João, a boa notícia, afinal, é ele mesmo. Jesus é a comunicação completa e amorosa de Deus. Ele é o próprio evangelho. 

Na história do povo antigo, contava-se sobre o profeta Jonas. Ele foi levar uma mensagem de Deus ao povo de Nínive. E, como a cidade era muito grande, precisou de três dias para atravessá-la. A pregação é um convite à conversão e à vida nova. E a mensagem comoveu a cidade pagã. Os ninivitas acreditaram em Deus e fizeram muitas obras de conversão. E Deus suspendeu a ameaça de destruição que fora comunicada pelo profeta. 

A mensagem de Deus que Jesus estava entregando não era de destruição, mas de restauração, de salvação. Ele peregrinou na terra dos judeus por três anos, comunicando-lhes este evangelho. É verdade que não encontrou aquela conversão generosa da história de Jonas. Mas, nos quatro primeiros discípulos, vemos o tipo de resposta positiva que se espera da pregação do evangelho.

Nos quatro primeiros convocados pela palavra, vemos a resposta positiva de todos os seguidores de Jesus. Quatro é um número de totalidade, como os pontos cardeais. Estamos todos representados nos quatro primeiros seguidores: Simão e André, Tiago e João. A pregação é um convite à conversão e à vida nova. Respondendo ao convite de Jesus, eles deixaram de ser pescadores do mar para ser pescadores de gente, com Jesus. Eles logo deixaram as redes, o pai, os empregados. Isto quer dizer: deram novo significado à sua vida, à sua relação com a família, à sua relação com o trabalho. 




Guardando a mensagem

Neste Domingo da Palavra de Deus, vemos Jesus anunciando o evangelho, a boa notícia que o Reino de Deus chegou. Tudo o que coração humano sempre sonhou, tudo que os profetas anunciaram, agora está se realizando: a proximidade amorosa do Pai que reconcilia seus filhos e filhas e os restaura e liberta. A boa notícia é Jesus entre nós, suscitando um novo momento na história: a presença do Reino de Deus. Ele não é só portador desta notícia, ele mesmo é a boa notícia. A resposta ao anúncio dessa boa notícia, desse evangelho de Deus, é a fé e a conversão. Crer e mudar de vida é dar um novo rumo à própria vida, seguindo Jesus. No seguimento do Mestre, damos um novo significado à nossa vida, à nossa relação com a família, com o trabalho e com o mundo. E nos tornamos, com ele e como ele, anunciadores deste evangelho de Deus. 

Depois que João foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus (Mc 1, 14)

Rezando a palavra

Senhor Jesus, 
estamos todos reunidos ao redor da Mesa de tua Palavra, ouvindo teu evangelho, acolhendo o teu convite para dar novo sentido à nossa vida, como teus seguidores. O casamento, as alegrias, as preocupações, os negócios, tudo precisa ser iluminado e transfigurado pelo evangelho da proximidade amorosa de Deus, como nos explicou São Paulo na primeira carta aos Coríntios. Com este Domingo da Palavra de Deus, queremos aumentar em nosso coração o amor ao livro santo e reafirmar nosso compromisso diário com o conhecimento e a vivência de tua palavra. Ajuda-nos, Senhor, com o teu Santo Espírito, a ouvir sempre com muita atenção tua palavra proclamada na Santa Missa e venerar tua presença nas Escrituras, com o mesmo amor com que honramos tua presença eucarística na comunhão, como nos ensinou o Concílio Vaticano II. Abençoa, Senhor, todos os que, em tua Igreja, estão encarregados da proclamação, do ensino e da pregação de tua palavra. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a palavra

O Domingo da Palavra de Deus é mais um estímulo para vivermos todos os dias sob a luz da palavra divina. O Dicastério para a Evangelização deixou uma sugestão para a família ir pensando como ter a Palavra no centro do seu domingo.

Dedicar um tempo em família para uma breve leitura de uma passagem da Escritura, por exemplo, o Evangelho dominical. Escolher um lugar confortável e tranquilo em casa, longe das distrações da televisão e dos celulares. Começar com uma oração pedindo ao Espírito Santo que abra os seus corações à Palavra de Deus. Ler a passagem em voz alta e depois dar algum tempo para a família refletir e partilhar as suas impressões. Terminar com uma oração em conjunto, para que esta Palavra dê fruto em suas vidas, ajudando-os a caminhar para a santidade. 

Uma dica maravilhosa: pense em realizá-la qualquer dia desses.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

O Reino já está aqui.

 



   16 de novembro de 2023.   

Quinta-feira da 32ª Semana do Tempo Comum


   Evangelho.   


Lc 17,20-25

Naquele tempo, 20os fariseus perguntaram a Jesus sobre o momento em que chegaria o Reino de Deus. Jesus respondeu: “O Reino de Deus não vem ostensivamente. 21Nem se poderá dizer: ‘Está aqui’ ou ‘Está ali’, porque o Reino de Deus está entre vós”.
22E Jesus disse aos discípulos: “Dias virão em que desejareis ver um só dia do Filho do Homem e não podereis ver. 23As pessoas vos dirão: ‘Ele está ali’ ou ‘Ele está aqui’. Não deveis ir, nem correr atrás. 24Pois, como o relâmpago brilha de um lado até o outro do céu, assim também será o Filho do Homem, no seu dia. 25Antes, porém, ele deverá sofrer muito e ser rejeitado por esta geração”.



   Meditação.   


O Reino de Deus está entre vocês (Lc 17, 21)

Os fariseus perguntaram a Jesus quando chegaria o Reino de Deus. Jesus respondeu que o Reino de Deus não vem ostensivamente. Nem pode ser apontado aqui ou ali, porque ele já está no meio de nós.

A gente fica esperando o Reino como uma intervenção poderosa de Deus em nosso mundo. Uma coisa forte, visível que todo mundo reconheça e se submeta. Como falamos de ‘reino’, ficamos imaginando os impérios deste mundo, os reinados de senhores poderosos e violentos de quem a história dá notícia.

Jesus, que tanto falou do Reino de Deus, não deixou uma definição do que é o Reino. Antes, fez comparações que desfazem completamente nossas expectativas. O Reino é como uma semente de mostarda que vai se tornar uma árvore. É como uma rede de pescar que pega todo tipo de peixe. O Reino é como uma festa de casamento, para a qual estamos convidados. É como o semeador que sai semeando a boa semente em terreno de todo tipo. É como a plantação, onde o inimigo semeou o joio. É melhor a gente desistir de querer definir o que é o Reino de Deus. Parece que é um jeito de Deus agir neste mundo.

E Jesus anunciou fortemente o Reino de Deus. Avisou, desde o início, que ele estava próximo, que o seu tempo tinha chegado. A presença de Jesus libertando, restaurando, salvando é o Reino acontecendo. As ações e as palavras de Jesus instauram o reinado de Deus entre nós. Esse anúncio do Reino que chegou é uma comunicação que muda nossa vida, que dá novo sentido à realidade. Não é apenas uma notícia entre outras, uma manchete a mais. É a resposta que a humanidade estava esperando, o tempo do Messias, o tempo de Deus que Israel esperou por séculos.

O Evangelho é a revelação desse evento maravilhoso: o Reino está ao nosso alcance, está batendo à nossa porta, está próximo de nós, está entre nós. Deus está cumprindo sua promessa: “Eis que faço novas todas as coisas”. É por essa razão que o Evangelho, em confirmação das palavras de Jesus, narra tantos milagres, curas, exorcismos. É o Reino se instalando como luz, como saúde, como paz, como perdão.


















Guardando a mensagem

Mesmo com tanta crise, com tanta coisa ruim acontecendo, com tanto desmantelo no mundo, experimentamos cada dia que o Reino está entre nós. Deus, por meio do seu filho Jesus, está semeando um mundo novo de comunhão, de paz, de reconciliação. Jesus está conosco até a consumação dos séculos, como prometeu. Não nos abandona. O seu Santo Espírito atualiza a sua presença e a sua ação redentora. O Reino está entre nós.

O Reino de Deus está entre vocês (Lc 17, 21)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,

na Missa, quando o sacerdote que preside faz a saudação “O Senhor esteja convosco” respondemos “Ele está no meio de nós”. Tu estás entre nós, tu estás conosco na assembleia que se reúne, na Palavra que é proclamada, no Pão eucarístico que nos alimenta. É isso que experimentamos cada dia e que celebramos na Missa: a tua presença redentora entre nós, nos instruindo, nos abençoando, nos conduzindo. O Reino, de que tanto falaste, é a tua presença salvando esse mundo, reconduzindo o pecador à comunhão com Deus, nos conduzindo no caminho da justiça e da paz. Tu és o Emanuel, Deus conosco. Seja o teu santo nome bendito, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Recordando o evangelho de hoje, reze, muitas vezes durante o dia: “Venha a nós o vosso Reino!”.

Comunicando

Como todas as quintas-feiras, temos hoje a Santa Missa das 11 horas, transmitida pela Rádio Amanhecer e pelo nosso Canal do Youtube. Para colocar suas intenções na celebração, use o formulário que nós enviamos ou mande pelo whatsapp 81 3224-9284.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Você já encontrou a pérola preciosa de sua vida?

 


   23 de agosto de 2023.   

Dia de Santa Rosa de Lima, padroeira da A. Latina.

   Evangelho.   


Mt 13,44-46

Naquele tempo disse Jesus à multidão: 44“O Reino dos Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo. 45O Reino dos Céus também é como um comprador que procura pérolas preciosas. 46Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola”.

   Meditação.   


O Reino dos Céus também é como um comprador que procura pérolas preciosas (Mt 13, 45)

Jesus falava muito do Reino de Deus. Mas, muito mesmo. E para as pessoas entenderem melhor de que ele estava falando, recorria a comparações. Contava parábolas. Nas comunidades de Mateus, pela sensibilidade judaica que se tinha, evitava-se fazer referência direta a Deus. Então, em vez de Reino de Deus se dizia Reino dos Céus. O que seria o Reino de Deus? A gente vivendo no amor de Deus. Seria esta uma forma de dizer o que é o Reino. A gente vivendo no amor de Deus. A salvação que Deus nos oferece. A nossa comunhão com ele. Tudo isso aponta para o que é o Reino de Deus. Mas, Jesus não queria engessar o Reino de Deus numa definição. Contava parábolas para falar da riqueza e da beleza do Reino de Deus em nossa vida.

No evangelho de hoje, Jesus conta duas parábolas para falar do Reino de Deus: o tesouro e a pérola. Em cada uma, brilha algum aspecto do mistério do Reino de Deus. Vejamos.

O Reino de Deus é como um tesouro escondido no campo. O Reino é um dom, um presente do céu. O agricultor está trabalhando e dá com a enxada num tesouro escondido. Poderia ser uma botija, uma fortuna enterrada. Ou poderia ser um minério precioso. O tesouro estava ali. E ninguém sabia. Mas, agora o agricultor o descobriu. Mas, não basta descobrir. Para possuí-lo, ele precisa vender tudo o que tem para comprar aquele campo. Acolhe-se o Reino de Deus, colocando-o em primeiro lugar em nossa vida. Tudo o mais é reordenado em vista deste bem maior. O Reino é um dom, um tesouro escondido no campo.

O Reino de Deus é também como um comprador que procura pérolas preciosas. Ele está à procura de uma pedra especial, algo no qual valha a pena investir tudo. E na sua procura, encontra uma pérola imensamente valiosa. A pérola já existia, e ele a encontrou. O Reino não é o resultado de nossa busca, de nossos sonhos, ele já existe. Mas, precisa ser buscado... “Buscai primeiro o Reino de Deus”, falou Jesus em outro momento. Por um lado, o Reino é um dom com que nós esbarramos na vida; por outro, é a resposta às nossas buscas, aos nossos anseios, aos nossos sonhos. Dom e Resposta. Mas, para que eu tome posse desta pedra preciosa, preciso renunciar a todas as outras, a tudo o que tenho, para que ela seja o valor maior da minha vida. Na verdade, para que eu seja dela.


Guardando a mensagem

Jesus chamava o projeto de salvação do Pai de Reino de Deus. E contava parábolas, fazendo as pessoas perceberem aspectos fulgurantes dessa realidade que ele estava inaugurando, o Reino de Deus. O Reino é Dom de Deus, nós nos deparamos com ele... ele está escondido como um tesouro na terra. O Reino é a Resposta de Deus aos nossos sonhos, aos nossos anseios mais profundos... como o comerciante que encontrou a pérola mais preciosa que tanto procurava. Nós não compramos o direito de possuir o Reino. Nós nos entregamos a ele, pela conversão. Renunciamos a tudo o mais para possuí-lo, ou melhor, para sermos dele. Você com certeza já descobriu o seu tesouro, já encontrou a sua pérola... é o Reino de Deus que chegou pra você pela presença de Jesus em sua vida. Ponha-o em primeiro lugar. Comece deixando de ser o centro da própria vida... renuncie a si mesmo para seguir Jesus. O mais, o mais, como ele disse, será dado por acréscimo.

O Reino dos Céus também é como um comprador que procura pérolas preciosas (Mt 13, 45)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
é verdade. A gente não pode se contentar em viver superficialmente. Como agricultores, precisamos cavar mais fundo. Ou como disseste aos pescadores: navegar em águas mais profundas. Cavando mais, isto é, procurando viver com mais profundidade, encontramos o tesouro que está ali nos esperando. O tesouro do Reino. Como comerciantes, não podemos nos contentar com bijuterias ou pedrinhas semi-preciosas. Para nós, está reservada a pedra mais preciosa. O Reino de Deus. Em tuas parábolas de hoje, aprendemos que para possuir este dom precioso do tesouro ou da pérola, nos entregamos com tudo o que temos e somos. Obrigado, Senhor, por nos revelares o Reino, por nos avisares que o Reino já está entre nós. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

No seu caderno espiritual, responda a esta pergunta: Você já encontrou a pérola preciosa de que fala o evangelho?

Comunicando

Como todas as quartas-feiras, hoje tem programa em nosso canal do Youtube, às 20 horas. O convidado de hoje é o cantor e compositor Novinho da Paraíba.


Amanhã, quinta-feira, dia 24, teremos, no Recife, a reinauguração da Capela de N. Senhora Auxiliadora, junto à sede da AMA, com a Missa das 11 horas. Você pode participar pelo rádio ou pelo Youtube.


Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

O homem que encontrou a pérola preciosa

 



   02 de agosto de 2023.   

Quarta-feira da 17ª Semana do Tempo Comum


   Evangelho.   


Mt 13,44-46

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 44“O Reino do Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo.
45O Reino dos Céus também é como um comprador que procura pérolas preciosas. 46Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola”.

   Meditação.   


Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola (Mt 13, 46)

Duas parábolas parecidas, a do tesouro escondido e a da pérola preciosa. Comparações que Jesus fez sobre o Reino de Deus.

O Reino dos Céus é um como um tesouro escondido no campo que o homem encontra. O Reino é um dom de Deus, um tesouro que está escondido em nossa vida, em nossa história. Nós só o encontramos, mas ele já estava lá. Nós nos deparamos com ele, nos surpreendemos com a sua existência. Não o produzimos. Ele é um tesouro que nós não amealhamos. Mas, ele está ali para nós, um grande dom em nossa vida. Assim é o Reino de Deus.

O Reino dos Céus é como um comprador que procura pérolas preciosas e encontra uma de grande valor. O homem procura pérolas preciosas. Em sua busca, encontra algo maravilhoso, a pérola dos seus sonhos. O Reino não deixa de ser dom, uma pedra preciosa de imenso valor que não é obra de nossas mãos. Mas, há uma detalhe nessa parábola. O homem a buscava... ela é a resposta aos seus sonhos, à sua busca. O Reino de Deus é uma resposta aos profundos anseios de nosso coração: o amor, a paz, a unidade, a comunhão, a fraternidade, a justiça... Assim é o Reino de Deus.

As duas parábolas também nos dizem como teremos parte no Reino de Deus. O agricultor que encontrou o tesouro escondido no campo vendeu tudo quanto possuía e comprou o campo. O comerciante também vendeu tudo o que tinha e comprou aquela pérola. Como podemos entender isso? O tesouro vale mais do que todos os bens que o agricultor possui. Será o grande bem de sua vida. A pérola preciosa vale mais do que todos os bens que o comerciante tem. Será o seu maior bem. Quando se encontra o Reino de Deus, que é o maior bem que a gente pode ter, a gente renuncia a qualquer outro valor para colocá-lo em primeiro lugar. Como disse Jesus: “Busquem em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais lhes será dado em acréscimo”. E Paulo apóstolo: “Na verdade, julgo como perda todas as coisas, em comparação com esse bem supremo: o conhecimento de Jesus Cristo, meu Senhor. Por ele, tudo desprezei e tenho em conta de esterco, a fim de ganhar Cristo” (Filipenses 3,7).

É claro, nós não compramos o Reino de Deus. Não é isto que a parábola está dizendo. Nós damos ao Reino de Deus o lugar mais importante, colocando o resto em segundo plano. Como disse Paulo: “por ele, tudo desprezei e tenho em conta de esterco, a fim de ganhar Cristo”. Na verdade, ao vender tudo para comprar o campo, é o tesouro que agora me tem. Ao vender tudo para comprar a pérola, é a pérola que agora me possui. Paulo não desprezou tudo para ser dono de Jesus. Pelo contrário, para ser completamente de Jesus é que ele renunciou a tudo.




Guardando a mensagem

Na parábola do tesouro, entendemos que o Reino de Deus é, em primeiro lugar, um dom de Deus em nossas vidas. Um dom, um tesouro encontrado pelo agricultor. Na parábola da pérola, entendemos que o Reino de Deus é uma resposta de Deus aos nossos anseios, aos nossos sonhos. É a resposta à busca do comerciante. Mas, não basta encontrar o Reino de Deus. Precisamos redimensionar tudo em nossa própria vida para que ele esteja em primeiro lugar. Para que nós pertençamos a ele.

Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola (Mt 13, 46)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
nós já encontramos o Reino de Deus ou ele nos encontrou. O Reino é a tua presença entre nós, nos comunicando o amor do Pai. Nós te descobrimos, como o agricultor cavando a terra. Nós te encontramos, como o comerciante procurando a pérola mais valiosa. Falta-nos ainda nos empenhar por completo, para colocar o Reino de Deus como valor supremo de nossas vidas, não para te possuirmos, mas para pertencermos a ti. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Você entendeu essa explicação de hoje? "Agora, eu sou da pérola que eu comprei". Bom, para entender melhor ainda, leia aMeditação, em meu blog padrejoaocarlos.com. Para você que recebe a Meditação nas redes sociais, estou deixando um link para você ir direto ao texto desta reflexão.

Comunicando
 
Como toda quarta-feira, hoje é dia do programa no Youtube. O convidado de hoje é Ivanildo Silva, jornalista, radialista, humorista, missionário da Comunidade Obra de Maria. O programa começa às 20 horas. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Dia de São Joaquim e Santa Ana e dos Avós

 



   26 de julho de 2023.   

Dia de São Joaquim e Santa Ana

Dia dos Avós 


   Evangelho.   


Mt 13,16-17


Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 16“Felizes sois vós, porque vossos olhos veem e vossos ouvidos ouvem. 17Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não viram, desejaram ouvir o que ouvis, e não ouviram”.


   Meditação.   


Felizes são vocês, porque seus olhos veem e seus ouvidos ouvem (Mt 13,16)


Esse trecho do evangelho foi lido recentemente. Mas, hoje, ele tem um sabor especial. É que faz referência aos festejados de hoje, São Joaquim e Santa Ana, pais de Maria e avós de Jesus.


O que será que as pessoas no tempo de Jesus estavam vendo e ouvindo? O que será que profetas e justos tanto desejaram ver e ouvir, e não conseguiram? Reposta: As coisas que estavam acontecendo com a presença de Jesus. O que Jesus estava anunciando: o Reino de Deus. O que eles estavam vendo? O Reino de Deus sendo inaugurado com a presença de Jesus. O que eles estavam ouvindo? A pregação do Evangelho do Reino.


E isso foi esperado por tanta gente, ao longo de séculos. Profetas e justos não conseguiram vê-lo. Mas, aquela gente estava presenciando o Reino de Deus que chegara. A boa notícia, o evangelho, é que o Reino chegou. Foi esse o anúncio de Jesus desde o início de sua atividade missionária: “O Reino chegou, convertam-se, creiam”. A presença de Jesus salvando, libertando, restaurando é o Reino acontecendo. Suas palavras, confirmadas por suas ações, estavam instaurando o reinado de Deus no meio do seu povo.


Como o povo do tempo de Jesus, nós também estamos tendo a chance de ver o Reino que está entre nós e de ouvir a pregação dessa boa notícia, o evangelho. E essa boa nova do Reino de Deus é uma comunicação que muda nossa vida, que dá novo sentido à realidade. Não é apenas uma notícia entre outras, uma manchete a mais. É a resposta que a humanidade ansiosamente estava esperando. É a presença e atuação do Messias que Israel acalentara em seus sonhos proféticos ao longo de séculos. É a revelação de algo maravilhoso: o Reino está ao nosso alcance, bate à nossa porta. Deus está cumprindo sua promessa: “Eis que faço novas todas as coisas”. É por essa razão que o Evangelho, em confirmação das palavras de Jesus, narra tantos milagres, curas, exorcismos. É o Reino se instalando como luz, saúde, paz, perdão.


Não se pode ficar indiferente diante desse anúncio da chegada do Reino. Essa boa nova nos pede uma resposta, nos propõe adesão, acolhida, conversão. Lembra o que Jesus falou? “O Reino chegou, convertam-se, creiam”. Conversão é mudar o foco e o rumo da própria vida, sintonizando-a com o Reino. Crer é acolher Jesus e o seu anúncio do Reino de Deus. Trata-se, então, de acolher Jesus, porque afinal a Palavra fez-se gente, o verbo se fez carne.


Quem tiver ouvidos para ouvir, ouça. Foi o que Jesus falou. Quem tiver ouvidos para ouvir. Significa que existe alguém que tem ouvidos, mas não escuta. Como ele disse, tem olhos, mas não vê. É que é possível não querer ouvir, não querer ver, rejeitar a boa notícia do Reino que chegou como salvação. Deus, que nos criou livres, respeita a nossa liberdade. O Reino não é uma imposição que nos anula, uma nova ordem que nos é imposta. Resta a liberdade da escolha ou da rejeição. Como diz o livro santo: “Diante de ti estão a vida e a morte. Escolhe!”. Ao amor de Deus manifesto em Cristo, só podemos responder com a fé e o amor. E não existe amor obrigado, adesão compulsória. Só na liberdade, a pessoa humana pode responder adequadamente à pregação do Reino.





Guardando a mensagem


Sendo hoje o dia dos pais da Virgem Maria, São Joaquim e Santa Ana, entende-se que a escolha desse evangelho é uma apreciação positiva da vida dos avós maternos de Jesus. É um elogio a eles. Seus olhos viram. Seus ouvidos ouviram. É que tem muita gente que tem olhos e não enxerga, tem ouvidos e não ouve. O Reino de Deus está acontecendo, hoje, na presença de Jesus evangelizando, consolando, instruindo, libertando as pessoas do mal.


Felizes são vocês, porque seus olhos veem e seus ouvidos ouvem (Mt 13,16)


Rezando a palavra


Senhor Jesus,

que os nossos olhos vejam a tua obra redentora em processo em nossa vida e em nossa história. Que os nossos ouvidos ouçam teu Evangelho a nos anunciar o tempo da graça e da reconciliação. Que, pelo exemplo luminoso dos pais de Maria Santíssima, São Joaquim e Santa Ana, nossos olhos contemplem na fé esse mistério maravilhoso de tua presença redentora entre nós. Senhor, te pedimos uma bênção especial para os nossos avós: o descanso eterno dos que já partiram  e, para os que caminham conosco, concede que, confortados pelo carinho dos filhos, dos netos e amigos, se alegrem na saúde e não se deixem abater na doença; que, revigorados com a tua graça, consagrem o tempo da idade madura a andar nos teus caminhos e a celebrar os teus louvores. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra


Hoje, reze pelos seus avós vivos ou falecidos. Deus conhece as necessidades deles.


Comunicando


Hoje é dia do nosso programa no Youtube. Vamos dedicar o encontro de hoje ao Mutirão Nacional de Comunicação que aconteceu em João Pessoa. Temos muita coisa interessante para mostrar. O programa começa às 20 horas.


Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

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