PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: Maria
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Somos Maria Madalena




22 de julho de 2024

  Dia de Santa Maria Madalena. 


  Evangelho.  

Jo 20,1-2.11-18

1No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. 2Então saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”.
11Maria estava do lado de fora do túmulo, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se e olhou para dentro do túmulo. 12Viu, então, dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés.
13Os anjos perguntaram: “Mulher, por que choras?” Ela respondeu: “Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram”. 14Tendo dito isto, Maria voltou-se para trás e viu Jesus, de pé. Mas não sabia que era Jesus. 15Jesus perguntou-lhe: “Mulher, por que choras? A quem procuras?” Pensando que era o jardineiro, Maria disse: “Senhor, se foste tu que o levaste dize-me onde o colocaste, e eu o irei buscar”.
16Então Jesus disse: “Maria!” Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: “Rabuni” (que quer dizer: Mestre). 17Jesus disse: “Não me segures. Ainda não subi para junto de meu Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”. 18Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: “Eu vi o Senhor!”, e contou o que Jesus lhe tinha dito.



  Meditação.  


Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: “Eu vi o Senhor!”, e contou o que Jesus lhe tinha dito (Jo 20, 18)

Hoje é Dia de Santa Maria Madalena, discípula de Jesus. Tudo indica que ela era originária da cidadezinha de Mágdala, na Galileia, por isso esse apelido de Madalena. Ela integrava o grupo de mulheres que, junto com os apóstolos e outros discípulos, acompanhava Jesus. A sua imagem ficou prejudicada com a ligação que se fez com a mulher pega em adultério que ia ser apedrejada, mas lá não se diz que é Maria Madalena. O certo é que ela é a primeira testemunha de Jesus ressuscitado.

Madalena não é só uma personagem da história de Jesus. Ela, com certeza, é uma representante da primeira comunidade cristã. Nesse texto, ela pode estar representando a própria comunidade dos seguidores de Jesus, nos seus inícios. Quem é Madalena? Uma discípula, uma pessoa resgatada por Jesus. Marcos e Lucas relatam que Jesus a libertou de sete demônios. Lucas relata que um grupo de mulheres andava com Jesus, várias delas libertadas de enfermidades ou de espíritos maus, entre elas Maria Madalena. Afinal, o que era a comunidade cristã, senão um grupo de pessoas resgatadas por Jesus da doença, da opressão da Lei, da exclusão social, do pecado? É isso que é a Igreja, o povo redimido, lavado do pecado, no batismo. Um povo de pecadores restaurados na graça de Deus. Uma comunidade chamada Madalena.

Podemos também pensar que Madalena, além de representar a comunidade cristã, pode ser uma representante de cada discípulo ou discípula de Jesus. Podemos, então, nos enxergar nela, em suas palavras e atitudes. Madalena, sou eu. Madalena é você. Vamos pensar direitinho.

Em primeiro lugar, Madalena é uma discípula, uma pessoa resgatada por Jesus. O discípulo é alguém que foi restaurado de sua condição de pecador. Nós fomos atraídos para ele, pelo Pai. Fomos redimidos em sua cruz. Lavados, no batismo, em sua morte redentora. Renascemos, na sua ressurreição. Igualzinho à Madalena, nós fomos resgatados por Jesus. Somos seus discípulos. Nossa vida agora é caminhar com ele. Nele, reconhecemos a vida e a graça que nos renovam. Somos Madalena.

Em segundo lugar, a discípula Madalena ama Jesus. O discípulo ama Jesus. Ama, respondendo ao seu amor, à sua amizade. Ele tinha dito: “Já não chamo vocês de servos, vocês são meus amigos”. Ele é o bom pastor que ama suas ovelhas e por elas entrega a própria vida; bom pastor que conhece as ovelhas pelo nome e estas conhecem a sua voz. Quando Jesus chamou-a pelo nome “Maria”, ela o reconheceu. Ela é a ovelha que reconhece a voz do pastor e o ama. Madalena somos nós que amamos Jesus e conhecemos sua palavra. Somos Madalena.

Em terceiro lugar, a discípula Madalena anuncia Jesus. O discípulo assume a missão de Jesus. “Vocês serão minhas testemunhas”, disse ele. A missão é levar a todos o testemunho do nosso encontro com Cristo e do nosso amor a ele. Nosso encontro com Jesus não é tê-lo, possui-lo como um bem. Talvez seja por isso que ele disse a Madalena: “não me retenhas”. Madalena recebe a missão: “Vai dizer aos meus irmãos”. “Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: “Eu vi o Senhor!”, e contou o que Jesus lhe tinha dito”. Madalena foi uma missionária de Jesus. Nós somos testemunhas de Jesus, somos seus missionários. Somos Madalena.




Guardando a mensagem

Madalena é, com certeza, uma representação da própria comunidade cristã que caminha da escuridão da noite para a luz do novo dia, acolhendo aos poucos a novidade da ressurreição de Cristo. Podemos também, como discípulos, nos reconhecer nela, percebendo que ela está nos representando. Ela é uma discípula de Jesus, uma mulher resgatada pelo amor de Cristo, como nós que fomos restaurados como novas criaturas, no batismo. Ela é modelo do discípulo que ama Jesus, que sofre por ele, que se arrisca por ele, que conhece a sua voz. Ele é a missionária de Jesus, que leva o testemunho do seu encontro com ele e suas palavras à comunidade e ao mundo. Somos Madalena.

Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: “Eu vi o Senhor!”, e contou o que Jesus lhe tinha dito (Jo 20, 18)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
contemplamos, hoje, em tua discípula Maria Madalena, a caminhada que cada um de nós vai fazendo para te encontrar e te anunciar aos irmãos. E o que fez toda diferença foi tu a teres chamado pelo nome: “Maria”. Ela reconheceu tua voz, ela se sentiu conhecida e amada por ti. Foi uma experiência de encontro pessoal contigo, uma experiência maravilhosa. Sem esse encontro pessoal contigo, permanecemos tateando, procurando, meio perdidos. Tu nos chamas pelo nome, o nome que recebemos no batismo, quando acolhemos a vida nova da graça. Tu que confiaste a Maria Madalena o primeiro anúncio da alegria pascal, dá-nos, por suas preces e a seu exemplo, anunciar também que tu vives e contemplar-te na glória do teu Reino. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Quando Jesus chamou Madalena pelo nome “Maria”, ela voltou-se e exclamou em sua língua “Rabbuni’ (que quer dizer “Mestre”). Repita essa palavra várias vezes no dia, contemplando essa cena do encontro do Ressuscitado com sua discípula.

Comunicando

E hoje tem Segunda Bíblica, nosso encontro semanal de estudo da Palavra de Deus. Nós concluíremos hoje o 2º Módulo sobre o livro do Profeta Ezequiel. Na semana que vem, começaremos o 3º módulo, com um repasse do que foi estudado até agora, para facilitar a participação de quem estiver chegando. Nosso encontro é no canal do Youtube Padre João Carlos e começa às oito e meia da noite.

Antes da Segunda Bíblica, você pode nos acompanhar, também pelo Youtube, na Missa do Encontro dos Ouvintes, no Recife, às 19 horas. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Acolher Jesus, como Maria.


           24 de dezembro de 2023.   

4° Domingo do Advento

 
   Evangelho.   


Lc 1,26-38

Naquele tempo, 26 o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27 a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria. 28 O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!”
29 Maria ficou perturbada com essas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. 30 O anjo, então, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. 31 Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. 32 Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. 33 Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”.
34 Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?”
35 O anjo respondeu: “O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. 36 Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, 37 porque para Deus nada é impossível”. 38 Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o anjo retirou-se.


    Meditação   



Para Deus, nada é impossível (Lc 1, 37).

Estamos bem pertinho do Natal. Na tarde de hoje, já se celebra a Missa da Vigília e, à noite, a Missa da Noite do Natal do Senhor. Mas, este é o 4º Domingo do Advento. 

Estamos concluindo o Tempo do Advento, tempo em que cultivamos a espera de Jesus que vem. Uma espera ativa (de gente desperta), convertida (voltados para Deus), operosa (de construção do bem), piedosa (de contemplação e oração). E neste domingo, olhamos para a Virgem Maria, modelo dos que esperam e acolhem Cristo. Ela, como ninguém, fez um santo advento: esperou a vinda de Jesus na fé, na esperança e na caridade. 

Isabel elogiou a Virgem Maria, quando ela chegou em sua casa: "Bem-aventurada aquela que acreditou". Ela creu, teve fé. Maria preparou a vinda de Jesus, na fé. Na fé, ela recebeu a mensagem do anjo e colocou-se à disposição de Deus: "Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra". O encontro com o Senhor que vem precisa ser cultivado num clima de fé, como Maria o fez. Fé é a abertura do coração para acolher o que o Senhor nos diz e a sua ação em nossa vida. 

Na casa de Isabel, cheia do Santo Espírito, Maria louvou a Deus: "O Senhor fez em mim maravilhas. Olhou para a condição humildade de sua serva. Manifestou o poder de seu braço, dispersou os soberbos, exaltou os humildes. Como prometera a Abraão e à sua descendência, para sempre". Maria confia em Deus e reconhece que ele está agindo na sua vida e na história do seu povo. Ele é fiel às suas promessas. É a virtude da Esperança. Viver e mover-se com confiança em Deus, que está realizando suas promessas. Ele as realizará perfeitamente mais adiante, mas já as está realizando agora. Maria move-se na esperança. 

"Maria ficou três meses com Isabel e depois voltou pra casa". A visita de Maria foi de solidariedade. Ela "foi apressadamente às montanhas de Judá" para ajudar sua parenta, para estar-lhe próxima em todas as suas necessidades. Esteve lá como servidora. Maria preparou a vinda de Jesus também na caridade. Caridade é o amor a Deus e aos irmãos, como ensinou Jesus. 




Guardando a mensagem 

Neste Natal, acolhamos Jesus como Maria o fez: na fé, na esperança e na caridade. No emaranhado dos apelos de nossa sociedade consumista, reconheçamos a presença central de Jesus em nossa vida e em nossa história. Na criança de Belém, tudo recomeça. É a virtude da fé. No cenário doloroso de guerras, eventos extremos pelas mudanças do clima, enfraquecimento dos laços familiares, crescimento da indiferença e da solidão, movamo-nos com quem vê mais e melhor. É a virtude da Esperança. Confiamos que a história está nas mãos de Deus. Ele continua agindo, protegendo, salvando, conduzindo-nos. Enquanto parece triunfar o egoísmo, a desigualdade social, o desprezo pelos mais pobres e sofredores, fazemos nosso o mandamento do amor: amar a Deus e aos irmãos e irmãs. E amá-los é defendê-los, protegê-los, confiar na sua força, acudi-los em suas necessidades. É a virtude da Caridade. 

Para Deus, nada é impossível (Lc 1, 37).

Rezando a palavra

A encarnação do Verbo e a participação de Maria no plano de  de Deus, são celebradas, de maneira especial, com a oração do ÂNGELUS. 

Guia: O Anjo do Senhor anunciou a Maria. 
Todos: E Ela concebeu do Espírito Santo. 

Guia: Eis aqui a serva do Senhor. 
Todos: Faça-se em mim segundo a tua palavra. 

Guia: E o Verbo se fez carne. 
Todos: E habitou entre nós. 

Guia: Rogai por nós, Santa Mãe de Deus! 
Todos: Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. 

Guia: Oremos. Derramai, ó Deus, a vossa graça em nossos corações, para que, conhecendo pela mensagem do anjo a encarnação do vosso Filho, cheguemos, por sua paixão e cruz, à glória da ressurreição. Por Cristo, nosso Senhor. 
Todos: Amém. 

Vivendo a palavra

Concluímos bem os nove dias da Novena de Natal. Agradeço a sua participação, nos acompanhando no rádio e em nosso Canal no Youtube. Hoje, véspera de Natal, teremos, no mesmo Canal, a Celebração do Natal em Família. Começa às 20 horas. Não podendo assistir neste horário, veja-o em outro momento. 

Uma abençoada noite de Natal pra você e sua família.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb 

Sem a oração, a correria não leva a nada.



   10 de outubro de 2023.   

Terça-feira do 27a. Semana do Tempo Comum


   Evangelho.   


Lc 10,38-42

Naquele tempo, 38Jesus entrou num povoado, e certa mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa. 39Sua irmã, chamada Maria, sentou-se aos pés do Senhor, e escutava a sua palavra. 40Marta, porém, estava ocupada com muitos afazeres. Ela aproximou-se e disse: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha, com todo o serviço? Manda que ela me venha ajudar!” 41O Senhor, porém, lhe respondeu: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. 42Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada”.

   Meditação.   


Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas (Lc 10, 41)

Normalmente, vivemos ocupados e preocupados com muita coisa. Imaginamos que estamos fazendo muita coisa pela família, pelos outros e até mesmo para Deus. Talvez sua família precise de mais atenção do que de coisas. Com certeza, mais importante do que sua frenética ação é a direção do que você faz.

Jesus entrou num povoado e hospedou-se na casa de Marta. Sua irmã, Maria, sentou-se aos pés do Senhor e escutava sua palavra. Marta, ocupada com muitos afazeres, reclamou porque sua irmã não a estava ajudando no serviço da casa. Jesus observou que Marta estava muito ocupada com tanta coisa, quando uma só coisa é necessária.

Marta mostrou-se muito trabalhadora, muito preocupada com os afazeres da casa, super atarefada, tudo para receber bem o Senhor. Uma excelente anfitriã. Maria sentou-se aos pés de Jesus, como faziam os discípulos nas escolas dos rabinos. Estava escutando a sua palavra. Como discípula, estava aprendendo, atenta, interessada nos ensinamentos do Mestre. Ouvir a palavra do Senhor é fundamental para encontrar o sentido e a direção do que precisamos fazer. Na palavra do Senhor, o discípulo encontra a orientação de sua ação. Maria é modelo de discípula.

Jesus corrigiu Marta. ‘Uma coisa só é necessária, Marta. Você se preocupa e anda agitada com tanta coisa!’. O que será essa coisa necessária? A coisa necessária foi a que Maria escolheu. Podemos pensar assim: Marta está se ocupando com muitas coisas. Maria está se ocupando de Jesus. Marta atira para todos os lados, nos seus compromissos de dona de casa. Maria, escutando Jesus, está acolhendo uma direção para sua existência e para os seus compromissos.

De verdade, a gente, normalmente, faz muita coisa, corre muito, e sempre há mais o que fazer. O mais importante não é fazer muitas coisas, mesmo que seja para Deus. O necessário mesmo é ocupar-se de Deus, curtir a sua presença, acolher a sua palavra. E assim, encontrar um sentido e uma direção para sua vida e para suas atividades.





Guardando a mensagem

Marta foi uma boa anfitriã, fazendo coisas pra Jesus, ocupada com tantos afazeres na preparação da casa e do almoço. Maria foi uma discípula exemplar, ocupando-se de Jesus, atenta à sua pessoa, à sua palavra. O principal não é fazer coisas para os filhos, por mais necessário que pareça, como é trabalhar, fazer a feira, arrumar a casa, levar o filho para a escola. O mais importante não é fazer coisas pelos filhos ou enchê-los de presentes. É estar ao seu lado, participar de sua vida e do seu crescimento, curtir a sua presença, estar com eles. Estar presente. Isso é o mais importante. Marta se ocupa com muito trabalho. Precisa fazer como Maria: ocupar-se de Jesus.

Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas (Lc 10, 41)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
é muito nobre a ação, como também o compromisso do trabalho e o exercício da missão. É santo o tempo da oração, da escuta amorosa da tua palavra, para encontrar sentido para a ação, pra gente não virar escravo do trabalho, mas sermos sempre operários de tua vinha. Sem a oração, Senhor, nossa correria fica estéril. Fazemos muito e colhemos pouco. Com a oração, nosso esforço ganha luz e sentido. Fazemos menos e colhemos mais. Senhor, dá-nos um pouco de Maria, porque de Marta já temos bastante. Tranquiliza-nos aos teus pés, orienta-nos com tua palavra, conduze-nos com a tua luz. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Estamos no Mês Missionário, um mês para nos ajudar a crescer no compromisso da missão. E a missão se faz com o anúncio, o testemunho, a caridade, sustentados pela oração, pela comunhão com Deus. 

Comunicando

Participo, hoje, de um festival literário, na cidade de Carpina, a 58 km do Recife. Sábado que vem, vamos encontrar todos os voluntários e voluntárias da AMA, num dia de passeio e confraternização.  

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb 

Quem está precisando crer em Jesus?


26 de março de 2023

5º Domingo da Quaresma



EVANGELHO


Jo 11,3-7.17.20-27.33b-45

Naquele tempo, 3as irmãs de Lázaro mandaram dizer a Jesus: “Senhor, aquele que amas está doente”.
4Ouvindo isto, Jesus disse: “Esta doença não leva à morte; ela serve para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela”.
5Jesus era muito amigo de Marta, de sua irmã Maria e de Lázaro. 6Quando ouviu que este estava doente, Jesus ficou ainda dois dias no lugar onde se encontrava. 7Então, disse aos discípulos: “Vamos de novo à Judeia”.
17Quando Jesus chegou, encontrou Lázaro sepultado havia quatro dias. 20Quando Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada em casa. 21Então Marta disse a Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. 22Mas mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele te concederá”.
23Respondeu-lhe Jesus: “Teu irmão ressuscitará”.
24Disse Marta: “Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia”.
25Então Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. 26E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês isto?”
27Respondeu ela: “Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo”.
33bJesus ficou profundamente comovido 34e perguntou: “Onde o colocastes?”
Responderam: “Vem ver, Senhor”. 35E Jesus chorou. 36Então os judeus disseram: “Vede como ele o amava!”
37Alguns deles, porém, diziam: “Este, que abriu os olhos ao cego, não podia também ter feito com que Lázaro não morresse?”
38De novo, Jesus ficou interiormente comovido. Chegou ao túmulo. Era uma caverna, fechada com uma pedra. 39Disse Jesus: “Tirai a pedra!”
Marta, a irmã do morto, interveio: “Senhor, já cheira mal. Está morto há quatro dias”.
40Jesus lhe respondeu: “Não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?”
41Tiraram então a pedra. Jesus levantou os olhos para o alto e disse: “Pai, eu te dou graças porque me ouviste. 42Eu sei que sempre me escutas. Mas digo isto por causa do povo que me rodeia, para que creia que tu me enviaste”.
43Tendo dito isso, exclamou com voz forte: “Lázaro, vem para fora!”
44O morto saiu, atado de mãos e pés com os lençóis mortuários e o rosto coberto com um pano. Então Jesus lhes disse: “Desatai-o e deixai-o caminhar!”
45Então, muitos dos judeus que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele.



MEDITAÇÃO


Tendo dito isso, Jesus exclamou com voz forte: 'Lázaro, vem para fora!' (Jo 11, 43)

A morte é uma realidade muito dolorosa. Quando se perde um parente ou mesmo uma pessoa amiga, vive-se momentos de muito sofrimento, mergulha-se numa grande tristeza. Quanto mais próxima a pessoa falecida - um pai, uma mãe, um irmão, um amigo do peito - mais dolorosa é a separação, o sentimento de impotência diante da morte, a sensação de perda. Ainda assim, a morte pode ser um momento de grande revelação de Deus em nossa vida. Foi assim com a família de Marta, Maria e Lázaro.

Em um povoado perto de Jerusalém, chamado Betânia, morava essa família de quem Jesus era muito próximo. Marta, Maria e Lázaro eram amigos de Jesus. Lázaro caiu muito doente. E as irmãs mandaram avisar a Jesus que estava longe. Jesus demorou a chegar. Quando chegou, o rapaz já estava morto, enterrado há quatro dias. Tinha sido sepultado numa gruta fechada com uma pedra, como era costume. Marta foi ao seu encontro. Jesus a consolou e a estimulou a crer nele. Maria também foi falar com Jesus e o comoveu com sua dor. Jesus quis ver o túmulo. Mandou rolar a pedra. Rezou ao Pai. E chamou Lázaro para fora. Foi uma grande comoção. Além das irmãs, estavam presentes também os discípulos de Jesus e muitos judeus. Nessa ocasião, muitos creram nele.

Nós estamos lendo hoje o Evangelho de São João, capítulo 11, onde se conta essa linda história da ressurreição de Lázaro. É o final do chamado livro dos sinais (capítulos 1 a 11). Em todo o Evangelho de João, estão descritos sete sinais. Os sinais nos ajudam a entender quem é Jesus, quem o enviou e como podemos viver a vida nova que ele nos trouxe. A ressurreição de Lázaro é o sétimo sinal, portanto uma manifestação muito especial de quem é Jesus, um convite a crermos nele.

E quem estava precisando reconhecer Jesus, acolhê-lo como o enviado do Pai, crer nele? Quem está precisando fazer essa experiência de Deus que comunica a vida, por meio do seu filho Jesus? Marta, Maria, os discípulos, as pessoas amigas da família, você, eu... todo mundo está precisando fazer essa experiência.

Os discípulos estavam precisando fazer essa experiência. Eles estavam paralisados com a preocupação da morte anunciada por Jesus. Aconselharam Jesus a não ir a Betânia, por causa da perseguição. Na Judeia, Jesus já tinha se livrado de ser preso e apedrejado. Diante dos argumentos de Jesus, Tomé concluiu: “Vamos nós também para morrermos com ele”. Olha o que Jesus disse, querendo que eles fossem com ele a Betânia: “para que vocês creiam”. Os discípulos estavam precisando crer.

Marta também estava precisando fazer essa experiência. Ela, como discípula que era, acreditava em Jesus, sabia que ele estava muito próximo de Deus. Acreditava na ressurreição dos mortos no último dia. Mas, não sabia que Jesus é a ressurreição e a vida. Quem nele crê, mesmo morto, tem a vida. E se vive e nele crê, não morre. Olha a pergunta de Jesus a Marta: “Crês isto?”. Marta também estava precisando crer.

E Maria, será que Maria estava precisando também fazer essa experiência? Ela foi avisada por Marta que Jesus tinha chegado. Os judeus a acompanharam. Ela correu e ajoelhou-se chorando aos pés de Jesus. Jesus ficou comovido, chorou também com eles. Maria o levou ao lugar do túmulo. Jesus mandou retirar a pedra. Ela discordou: “Não faça isso. Já está sepultado há quatro dia, cheira mal”. Olha a palavra de Jesus: “Não te disse: se creres, verás a glória de Deus?”. Então, Maria também estava precisando crer.

E aquele povo que tinha ido consolar as irmãs enlutadas e estavam ali também diante do túmulo? Também aquela gente precisava fazer aquela experiência. Olha a oração de Jesus: 'Pai, eu sei que sempre me escutas. Mas digo isto por causa do povo que me rodeia, para que creia que tu me enviaste.' Também eles precisavam crer.

Foi aí que Jesus deu um grito: “Lázaro, vem para fora”. E o morto saiu, todo enrolado com as faixas de pano... Jesus mandou alguém desatar aquelas faixas para ele poder andar. Veja o que o evangelista anotou: “Então, muitos dos judeus que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele”.


Guardando a mensagem

Então, você notou, o foco dessa narrativa, desse sinal, não é o milagre. É a fé que quer suscitar. É a experiência de Deus que podemos fazer também nos momentos difíceis da morte de alguém muito querido. Se nós cremos, a morte não nos assusta mais. A fé nos une a Cristo, que é a ressurreição e a vida. Estando com ele, a morte biológica é apenas uma passagem, porque a vida plena e verdadeira, já a temos em nós.

Tendo dito isso, Jesus exclamou com voz forte: 'Lázaro, vem para fora!' (Jo 11, 43)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
nós enfrentamos esta nossa vida humana que nos deste, no meio de muitas dificuldades e sofrimentos. A doença e a morte nos assustam. Este teu evangelho de hoje nos traz alento, Senhor. A tua solidariedade com aquela família de Betânia, o teu sentimento pela perda do teu amigo Lázaro e o teu ensinamento sobre a ressurreição e a vida nos confortam. Na tua misericórdia, lembra-te dos nossos falecidos e de todos os enlutados. Senhor, te pedimos: aumenta a nossa fé, fortalece-nos na solidariedade; que a meditação sobre a ressurreição de Lázaro nos prepare para a contemplação de tua paixão, morte e ressurreição. 
Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Dedique, hoje, uma prece especial pelos seus falecidos. Alimente no seu coração a fé em Cristo. Ele nos comunica a vida de Deus, a vida eterna. Para quem está em Cristo, a morte é só uma passagem. Na ressurreição do último dia, nossa vida finalmente aparecerá plena e perfeita. A fé em Cristo, nosso irmão, nosso amigo, nosso Deus e Salvador, faz toda diferença em nossa vida e em nossa morte. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb


Música de hoje: 

ODAS AS COISAS:  https://is.gd/BQFHhx

Uma coisa só é necessária



4 de outubro de 2022

Dia de São Francisco de Assis


EVANGELHO


Lc 10,38-42

Naquele tempo, 38Jesus entrou num povoado, e certa mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa. 39Sua irmã, chamada Maria, sentou-se aos pés do Senhor, e escutava a sua palavra. 40Marta, porém, estava ocupada com muitos afazeres. Ela aproximou-se e disse: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha, com todo o serviço? Manda que ela me venha ajudar!” 41O Senhor, porém, lhe respondeu: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. 42Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada”.

MEDITAÇÃO


Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas (Lc 10, 41)

Normalmente, vivemos ocupados e preocupados com muita coisa. Imaginamos que estamos fazendo muita coisa pela família, pelos outros e até mesmo para Deus. Talvez sua família precise de mais atenção do que de coisas. Com certeza, mais importante do que sua frenética ação é a direção do que você faz.

Jesus entrou num povoado e hospedou-se na casa de Marta. Sua irmã, Maria, sentou-se aos pés do Senhor e escutava sua palavra. Marta, ocupada com muitos afazeres, reclamou porque sua irmã não a estava ajudando no serviço da casa. Jesus observou que Marta estava muito ocupada com tanta coisa, quando uma só coisa é necessária.

Marta mostrou-se muito trabalhadora, muito preocupada com os afazeres da casa, super atarefada, tudo para receber bem o Senhor. Uma excelente anfitriã. Maria sentou-se aos pés de Jesus, como faziam os discípulos nas escolas dos rabinos. Estava escutando a sua palavra. Como discípula, estava aprendendo, atenta, interessada nos ensinamentos do Mestre. Ouvir a palavra do Senhor é fundamental para encontrar o sentido e a direção do que precisamos fazer. Na palavra do Senhor, o discípulo encontra a orientação de sua ação. Maria é modelo de discípula.

Jesus corrigiu Marta. ‘Uma coisa só é necessária, Marta. Você se preocupa e anda agitada com tanta coisa!’. O que será essa coisa necessária? A coisa necessária foi a que Maria escolheu. Podemos pensar assim: Marta está se ocupando com muitas coisas. Maria está se ocupando de Jesus. Marta atira para todos os lados, nos seus compromissos de dona de casa. Maria, escutando Jesus, está acolhendo uma direção para sua existência e para os seus compromissos.

De verdade, a gente, normalmente, faz muita coisa, corre muito, e sempre há mais o que fazer. O mais importante não é fazer muitas coisas, mesmo que seja para Deus. O necessário mesmo é ocupar-se de Deus, curtir a sua presença, acolher a sua palavra. E assim, encontrar um sentido e uma direção para sua vida e para suas atividades.


Guardando a mensagem

Marta foi uma boa anfitriã, fazendo coisas pra Jesus, ocupada com tantos afazeres na preparação da casa e, quem sabe, do almoço ou do jantar. Maria foi uma discípula exemplar, ocupando-se de Jesus, atenta à sua pessoa, à sua palavra. Como estamos nas proximidades da Semana da Criança, podemos lembrar que o mais importante não é fazer coisas pelos filhos ou enchê-los de presentes. É estar ao seu lado, participar de sua vida e do seu crescimento, estar com eles. Estar presente. Isso é o mais importante. Marta se ocupa com muito trabalho. Precisa fazer como Maria: ocupar-se de Jesus. Sendo hoje dia de São Francisco de Assis, podemos ver como nele esse evangelho ganha atualidade. Acolhendo a graça de Deus em seu coração, o jovem Francisco colocou Deus no centro de sua vida, assumindo, com largueza de coração, a busca da fraternidade e da paz, com simplicidade, convivência com os sofredores e contemplação amorosa da obra de Deus. 

Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas (Lc 10, 41)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
é muito nobre a ação, como também o compromisso do trabalho e o exercício da missão. É santo o tempo da oração, da escuta amorosa da tua palavra, para encontrar sentido para a ação, pra gente não virar escravo do trabalho, mas sermos sempre operários de tua vinha. Sem a oração, Senhor, nossa correria fica estéril. Fazemos muito e colhemos pouco. Com a oração, nosso esforço ganha luz e sentido. Fazemos menos e colhemos mais. Senhor, dá-nos um pouco de Maria, porque de Marta já temos bastante. Tranquiliza-nos aos teus pés, orienta-nos com tua palavra, conduze-nos com a tua luz. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Estamos no Mês Missionário, um mês para nos ajudar a crescer no compromisso da missão. E a missão se faz com o anúncio, o testemunho, a caridade, sustentados pela oração, pela contemplação. E é aqui que pode entrar a oração do terço mariano.

Comunicando

Lembro o desafio desse mês: rezar, diariamente, o terço mariano. No formulário que enviei com a Meditação de ontem, 923 pessoas já responderam positivamente, aceitando o desafio. E você, também vai topar o desafio? Então, ponha seu nome na lista. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

UMA LINDA PRECE CELEBRANDO A ENCARNAÇÃO DO VERBO



20 de dezembro de 2021

EVANGELHO


Lc 1,26-38

26No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria. 28O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!”
29Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. 30O anjo então disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. 31Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. 32Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. 33Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”.
34Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?” 35O anjo respondeu: “O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. 36Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, 37porque para Deus nada é impossível”. 38Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o anjo retirou-se.

MEDITAÇÃO


Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo! (Lc 1, 28).

A Ave Maria é uma oração que está permanentemente em nossos lábios. E há até quem a identifique com uma oração infantil, tão simples nos parece e tão curta se apresenta. No terço, nós a repetimos pelo menos 50 vezes. É possível que a rotina acabe esvaziando o profundo significado dessa bela prece.

Uma breve oração, é verdade, mas que retoma as palavras do anjo Gabriel, de Izabel, do Concílio de Éfeso e da piedade popular. Quatro autores numa obra que foi se cristalizando ao longo dos séculos.

O que dizemos na Ave Maria? Começamos saudando a Virgem: “Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco”. Foi o anjo Gabriel que disse isso: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo”. Gabriel veio da parte de Deus com uma mensagem especial. Séculos antes de Gabriel aparecer, o profeta Sofonias tinha levado uma mensagem ao povo de Deus, no meio de um grande sofrimento: “Alegra-te, filha de Sião. O Senhor está em teu meio”. A filha de Sião é a comunidade fiel que aguarda a realização das promessas de Deus, um tempo de liberdade e de paz. Maria é a filha de Sião. As promessas de Deus estão se cumprindo para o seu povo.

Gabriel a saudou como “cheia de graça”, plena da graça de Deus. São Paulo explicou, na carta aos Efésios, que Deus quis, em Cristo, nos cumular de todas as bênçãos espirituais (Cf. Ef 1, 3). E que, antes da criação do mundo, ele já nos tinha predestinado a sermos seus filhos adotivos, para o louvor de sua graça. E que isso foi possível porque Jesus remiu os nossos pecados.

Dizendo a Maria que ela estava “cheia da graça de Deus”, o anjo Gabriel estava dizendo que Deus a cumulou de toda bênção, da plenitude de sua graça. E, se por causa de Jesus, antes da criação do mundo, Deus já nos tinha predestinado a ter a sua graça em abundância como seus filhos, o mesmo fez com Maria. E o fez bem mais. Como nos explica a Igreja, no dogma da imaculada conceição, em vista dos merecimentos de Cristo, Deus a preservou da herança do pecado original, do qual todos nós participamos. E assim, sem vínculo com o pecado, ela pode conceber o santo filho do Altíssimo, que já era um com ele, desde toda a eternidade.

Saudando Maria como cheia de graça, estamos celebrando o plano de salvação de Deus, o seu imenso amor por nós que o levou a enviar o seu amado filho para assumir nossa condição humana, remir os nossos pecados e ser o nosso guia e pastor em nossa peregrinação terrena.

Guardando a mensagem

Não, a Ave Maria não é só um louvor a Maria. É, antes de mais nada, um louvor a Deus, à sua intervenção na história em nosso favor. No seu canto, Maria reconheceu isso, cantando as misericórdias de Deus em sua vida e na vida do seu povo.

Não, a Ave Maria não é uma oração infantil. É um louvor a Deus que cumulou uma mulher de toda graça, antecipando para ela os merecimentos que o Salvador conquistaria na cruz em favor de todos nós, unindo-a a si como sua filha mais querida e mãe do seu eterno filho.

Não, a Ave Maria não é uma oração enfadonha e repetitiva. É a proclamação da nossa redenção que chegou pela encarnação do Vergo no seio virginal de Maria, como iniciativa de Deus e da resposta de fé humilde e generosa de sua serva.

Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo! (Lc 1, 28).

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
A cena da anunciação enche o nosso coração de alegria. Nela, nós vemos um Deus misericordioso e fiel que, pensando em nós com tanto carinho, escolheu uma mãe para ti, cumulando-a da plenitude de sua graça, em vista da reconciliação que nos alcançarias na tua entrega na cruz. Como disse um dos antigos padres da Igreja, assim ela se tornou filha do redentor, antes mesmo de ser sua mãe. Na anunciação, nós vemos, Jesus, uma jovem santificada pela graça de Deus, toda em comunhão com o Criador, que responsavelmente quis saber como seria possível ser mãe virgem e, cheia de fé, disse um “sim” generoso, com a humildade de serva do Senhor. Na anunciação, vemos, Jesus, a tua própria entrada neste mundo, na tua encarnação. E nesta tua vinda, igualmente contemplamos tua obediência filial, como nos diz a carta aos Hebreus: vieste, com alegria, fazer a vontade do nosso Pai. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra
 
Celebro hoje a Missa de Natal de Ouvintes e Associados. Será na Basílica do Carmo, no centro do Recife, às 11 horas. Você pode acompanhá-la pela Rádio Amanhecer. Aproveite e baixe o aplicativo da rádio no seu celular.

Hoje, é o 6º Encontro de nossa Novena de Natal "Nos caminhos de José e Maria".  O tema de hoje: "A cisma e a obediência de José". Nossa oração, hoje, é pedindo a luz do Santo Espírito para o discernimento, sua participação nas decisões mais importantes de nossas vidas. A novena começa às três da tarde. Estou já lhe enviando o link do Youtube e vou esperar por você. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

UMA COMUNIDADE CHAMADA MADALENA

Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: “Eu vi o Senhor!” (Jo 20, 18)


14 de abril de 2020.

Madalena não é só uma personagem da história de Jesus. Ela, com certeza, é uma representante da primeira comunidade cristã. Nesse texto, ela pode estar representando a própria comunidade dos seguidores de Jesus, nos seus inícios. Quem é Madalena? Uma discípula. Uma pessoa resgatada por Jesus. Marcos e Lucas relatam que Jesus a libertou de sete demônios. Lucas relata que um grupo de mulheres andava com Jesus, várias delas libertadas de enfermidades ou de espíritos maus. Afinal, o que era a comunidade cristã, senão um grupo de pessoas resgatadas por Jesus da doença, da opressão da Lei, da exclusão social, do pecado? É isso que é a Igreja, o povo redimido, lavado do pecado no Batismo. Um povo de pecadores restaurados na graça de Deus, uma comunidade chamada Madalena.

A cena mostra sete passos da caminhada que a comunidade fez até descobrir que Jesus havia ressuscitado e anunciá-lo abertamente. Madalena representa a comunidade. Olha os passos... 1º. Ela vai ao túmulo, ainda escuro. 2º. Ela vê que a pedra foi retirada do túmulo. 3º. Ela sai correndo para avisar que tiraram o corpo de Jesus. 4º. Ela vê dois anjos vestidos de branco sentados no lugar do corpo. 5º. Ela vê Jesus de pé, achando que ele era o jardineiro. 6º. Ela reconhece Jesus ao ouvi-lo chamar seu nome. 7º. Ela vai anunciar aos discípulos: Eu vi o Senhor. Sete passos de Madalena, sete passos da comunidade cristã na descoberta de Jesus ressuscitado.

Veja que, no começo, tudo está meio em trevas. São os primeiros passos. Foi ao túmulo, quando ainda estava escuro, diz o texto. Esse é começo de nossa caminhada de fé, não é verdade? Muita gente hoje só vê a morte de Jesus. Não é à toa que a sexta-feira da paixão reúne mais gente que o sábado de aleluia. Nesse texto, as palavras ‘túmulo’ e ‘choro’ se repetem várias vezes. O começo é ainda a escuridão da noite da dor, do sofrimento. A primeira descoberta é que o túmulo está aberto. Um pouco mais adiante, percebe que o túmulo está vazio. É o segundo passo. Pressente alguma coisa, mas sem entender a sua profundidade. No terceiro passo, ela vai, aflita, comunicar aos discípulos que roubaram o corpo de Jesus. Ainda não tem a visão da fé. Depois, no quarto passo, vem o encontro com a tradição da fé que pode iluminar a compreensão da comunidade. Qual é, no fundo, o drama? Pelo pecado, fomos expulsos do paraíso. Conta o livro do Gênesis, que ficaram dois anjos na porta do Éden para não deixar ninguém entrar. Mas, Jesus veio para reabrir as portas do paraíso, da graça de Deus. Com ele, chegou o Reino de Deus. Os dois anjos estão ali, perguntando se ainda há razões para chorar. Da escuridão para a luz ... é este o caminho de Madalena, o caminho da comunidade. Bom, até aqui foram quatro passos.

Prosseguindo um pouco mais - é o quinto passo - ela encontra Jesus. Ela o encontra, mas pensa que é o jardineiro e quer saber onde ele colocou o morto. Está perto de Jesus, mas não o encontrou de verdade. Olha que tem muita gente nesse ponto! Mas, olha o sexto passo: ela voltou-se ao ouvir o seu nome, pronunciado por Jesus. É aqui que o laço se desata: em sentir-se conhecida e amada por Jesus. Aí o coração finalmente encontra o Mestre. E é aí que o discípulo se torna missionário. ‘Vai dizer aos meus irmãos que eu vou subir para o meu Pai e vosso Pai’... disse Jesus, é a missão. E o sétimo passo é esse mesmo: anunciar aos outros “Eu vi o Senhor!”

Guardando a mensagem

Madalena é uma discípula de Jesus. É uma mulher resgatada pelo amor de Cristo, como nós que fomos restaurados como novas criaturas, no batismo. Podemos pensar que, nesse texto, ela esteja representando a comunidade cristã, a de ontem e as de hoje. Podemos ver neste evangelho, os sete passos ou melhor o caminho da comunidade que aos poucos vai assimilando a obra redentora de Jesus, realizada por sua morte e ressurreição. Da escuridão inicial (a não compreensão, a falta de fé), cada discípulo vai progredindo passo a passo, passando pela luz da Palavra de Deus, até chegar a um encontro pessoal com o Senhor e se tornar seu missionário, anunciador de sua vitória sobre o mundo.

Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: “Eu vi o Senhor!” (Jo 20, 18)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
No evangelho de hoje, contemplamos, em Madalena, a caminhada que cada um de nós vai fazendo para te encontrar e te anunciar aos irmãos. No começo, ela viu que a pedra foi retirada do túmulo. Foi uma primeira descoberta. Depois, ela viu que o túmulo estava vazio. Foi aí que ela viu os anjos de branco, a Palavra de Deus ajudando a enxergar melhor e ver que as portas do paraíso foram reabertas. Finalmente, tendo te encontrado, ela pode ser tua testemunha: Eu vi o Senhor! Ajuda-nos, Jesus, a não ficar marcando o passo, mas progredir no conhecimento da verdade, para que ela nos ilumine e com ela possamos iluminar os outros. Tu és o caminho, a verdade, a vida. Amém.

Vivendo a palavra

No seu caderno espiritual, anote os sete passos de Madalena. Eles são os sete passos do seu próprio crescimento em Cristo.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

A SOLIDARIEDADE DE JESUS NO LUTO


Tendo dito isso, exclamou com voz forte: 'Lázaro, vem para fora!' (Jo 11, 43)

29 de março de 2020



A morte é uma realidade muito dolorosa. Quando se perde um parente ou mesmo uma pessoa amiga, vive-se momentos de muito sofrimento espiritual, mergulha-se numa grande tristeza. Quanto mais próxima a pessoa falecida - um pai, uma mãe, um irmão, um amigo do peito - mais dolorosa é a separação, o sentimento de impotência diante da morte, a sensação de perda irreparável. Ainda assim, a morte pode ser um momento de grande revelação de Deus em nossa vida. Foi assim com a família de Marta, Maria e Lázaro. 

Em um povoado perto de Jerusalém, chamado Betânia, morava essa família de quem Jesus era muito próximo. Marta, Maria e Lázaro eram amigos de Jesus. Lázaro caiu muito doente. E as irmãs mandaram avisar a Jesus, que estava longe. Jesus demorou a chegar. Quando chegou, o rapaz já estava morto há quatro dias. Tinha sido sepultado numa gruta fechada com uma pedra. Marta foi ao seu encontro. Jesus a consolou e a estimulou a crer nele. Maria também foi falar com Jesus e o comoveu com sua dor. Jesus quis ver o túmulo. Mandou rolar a pedra. Rezou ao Pai. E chamou Lázaro para fora. Foi uma grande comoção. Além das irmãs, estavam presentes também os discípulos de Jesus e muitos judeus. Nessa ocasião, muitos creram nele. 

Nós estamos lendo hoje o Evangelho de São João, capítulo 11, onde se conta essa linda história da ressurreição de Lázaro. É o final do chamado livro dos sinais (capítulos 1 a 11). Em todo o evangelho de João, estão descritos sete sinais. Os sinais nos ajudam a entender quem é Jesus, quem o enviou e como podemos viver a vida nova que ele nos trouxe. A ressurreição de Lázaro é o sétimo sinal, portanto uma manifestação muito especial de quem é Jesus, um convite a crermos nele. 

E quem estava precisando reconhecer Jesus, acolhê-lo como o enviado do Pai, crer nele? Quem está precisando fazer essa experiência de Deus que comunica a vida, por meio do seu filho Jesus? Marta, Maria, os discípulos, as pessoas amigas da família, você, eu... todo mundo está precisando fazer essa experiência. 

Os discípulos estavam precisando fazer essa experiência. Eles estavam paralisados com a preocupação da morte. Aconselharam Jesus a não ir a Betânia, por causa da perseguição. Na Judeia, Jesus já tinha se livrado de ser preso e de ser apedrejado. Diante dos argumentos de Jesus, Tomé concluiu: “Vamos nós também para morrermos com ele”. Olha o que Jesus disse, querendo que eles fossem com ele a Betânia: “para que vocês creiam”. Os discípulos estavam precisando crer. 

Marta também estava precisando fazer essa experiência. Ela, como discípula que era, acreditava em Jesus, sabia que ele estava muito próximo de Deus. Acreditava na ressurreição dos mortos no último dia. Mas, não sabia que Jesus é a ressurreição e a vida. Quem nele crê, mesmo morto, tem a vida. E se vive e nele crê, não morre. Olha a pergunta de Jesus a Marta: “Crês isto?”. Marta também estava precisando crer. 

E Maria, será que Maria estava precisando também fazer essa experiência? Ela foi avisada por Marta que Jesus tinha chegado. Os judeus a acompanharam. Ela correu e ajoelhou-se chorando aos pés de Jesus. Jesus ficou comovido, chorou também com eles. Maria o levou ao lugar do túmulo. Jesus mandou retirar a pedra. Ela discordou: “Não faça isso. Já está sepultado há quatro dia, cheira mal”. Olha a palavra de Jesus: “Não te disse: se creres, verás a glória de Deus?”. Então, Maria também estava precisando crer. 

E aquele povo que tinha ido consolar as irmãs enlutadas e estavam ali também diante do túmulo? Também aquela gente precisava fazer aquela experiência. Olha a oração de Jesus: 'Pai, eu sei que sempre me escutas. Mas digo isto por causa do povo que me rodeia, para que creia que tu me enviaste.' Também eles precisavam crer. 

Foi aí que Jesus deu um grito: “Lázaro, vem para fora”. E o morto saiu, todo enrolado com as faixas de pano... Jesus mandou alguém desatar aquelas faixas para ele poder andar. Veja o que o evangelista anotou: “Então, muitos dos judeus que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele”.

Guardando a mensagem

Então, você notou, o foco dessa narrativa, desse sinal, não é o milagre. É a fé que quer suscitar. É a experiência de Deus que podemos fazer também nos momentos difíceis da morte de alguém muito querido. Se nós cremos, a morte não nos assusta mais. A fé nos une a Cristo, que é a ressurreição e a vida. Estando com ele, a morte biológica é apenas uma passagem, porque a vida plena e verdadeira, já a temos em nós. 

Tendo dito isso, exclamou com voz forte: 'Lázaro, vem para fora!' (Jo 11, 43)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,

Estamos vivendo um momento muito doloroso no mundo, no meio de uma pandemia de um novo vírus que ainda não tem vacina nem remédio. O número de infectados e de mortes representa uma grande tragédia, Senhor. Em nosso país, estamos apenas começando. O número de infectados e de óbitos multiplica-se a cada dia. Estamos em isolamento social, tentando não receber e não passar adiante o vírus. Vamos passar mais esse domingo sem participar da Missa na igreja, só pelos meios de comunicação. Este teu evangelho de hoje nos traz alento, Senhor. A tua solidariedade com aquela família de Betânia, o teu sentimento pela perda do teu amigo Lázaro e o teu ensinamento sobre a ressurreição e a vida nos confortam. Senhor, te pedimos: aumenta a nossa fé, fortalece-nos na solidariedade, liberta-nos desse vírus. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Reze, hoje, pelas pessoas que, mundo afora, faleceram nesses últimos dias, por conta dessa pandemia. Reze pelas vítimas, por suas famílias, pelos profissionais da saúde, da segurança, da limpeza, do comércio de alimentos e por todos os profissionais que estão trabalhando em funções essenciais para a população e por todas as lideranças civis. Deus nos conduza nesse momento tão difícil do país e do mundo.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

A LIÇÃO DE SANTA MARTA

Quando Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada em casa ( Jo 11, 20).

29 de julho de 2019

Na Igreja, hoje estamos festejando a discípula de Jesus de nome Marta. Marta é a figura de uma cristã cheia de fé, especialmente nos momentos de maior dificuldade e sofrimento. O caminho de fé de Marta é o caminho de fé da comunidade cristã e de cada um de nós.

Marta -  você lembra dela -  é a irmã de Maria e de Lázaro, amigos de Jesus que moravam em Betânia. Maria é aquela que ficou sentada aos pés de Jesus, escutando seu ensinamento, enquanto Marta ocupava-se dos afazeres da casa, lembra?! Na cena de hoje, Marta foi ao encontro de Jesus quando ele estava chegando e Maria ficou em casa, sentada. Curioso esse detalhe. Marta foi encontrar Jesus. Maria ficou sentada.
Bom, tinha acontecido uma coisa muito triste. Lázaro tinha morrido.  Elas, suas irmãs, tinham mandado chamar Jesus quando ele ainda estava gravemente enfermo. Mas, Jesus não apareceu. Quando ele veio chegar, Lázaro já estava morto há quatro dias.  A cena é essa: Jesus está chegando... Marta vai ao encontro dele, antes dele visitar o túmulo do amigo.

Vamos prestar atenção nas quatro coisas que Marta disse a Jesus:

A primeira palavra de Marta foi essa: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido”. Na verdade, isso é uma queixa, porque Jesus demorou a ir ver o seu amigo. Elas contavam que Jesus o curasse da doença. Nós também passamos por momentos de muita dificuldade. Clamamos por Deus. Às vezes, parece que ele não vem nos socorrer. Nossa oração toma então um tom de reclamação.

Vamos à segunda palavra de Marta: “Mas mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele te concederá”. Uma palavra que mostra sua confiança no poder de Deus que opera em Jesus. Seu coração está aberto à ação de Deus. Mesmo não sendo prontamente atendidos como pretendíamos, manifestamos ao Senhor nossa confiança. Confiamos nele. Não entendemos os seus planos, mas confiamos nele.

A terceira palavra de Marta no diálogo com Jesus foi essa: “Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia”. Ela tem a crença que boa parte do seu povo tem: no último dia haverá a ressurreição dos mortos. Sabe que Deus agirá no tempo dele. Nós também temos uma fé como a de Marta. Acreditamos que Deus é Senhor de tudo e lá no fim da história vai realizar todas as suas promessas.

A quarta e última palavra de Marta foi impressionante.  “Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo”. É uma bela afirmação de sua fé. Reconhece que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, o prometido. Ela está dizendo que crê em Jesus que está ali presente, a revelação plena do Pai. Jesus tinha lhe dito: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais”. Ela confessa sua fé em Jesus, que está ali diante dela. O dom de Deus é não só para o final de nossa jornada. O dom de Deus, em Cristo, é já para hoje. Ele é a ressurreição e a vida.
Marta fez o caminho de fé, os quatro passos. Está pronta para o sinal da ressurreição do seu irmão Lázaro.

Guardando a mensagem  

Marta é uma discípula de Jesus. O seu caminho de fé é também o caminho de cada cristão, o nosso caminho. No seu caminho de fé, ela deu quatro passos no seu encontro com Jesus: passou da queixa para a confiança nele; e de uma fé genérica para uma fé pessoal em Jesus Salvador. Que bom que você possa percorrer esse mesmo itinerário: da queixa passar à confiança em Jesus; da fé genérica passar para uma adesão pessoal a Jesus Salvador. Nele, manifestou-se a vida de Deus. 

Quando Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada em casa ( Jo 11, 20).

Rezando a palavra

Senhor Jesus, 
Como Marta, que perdeu seu irmão Lázaro, muitos de nós estão passando pela perda de um ente querido. É uma dor profunda, uma tristeza muito grande que se experimenta, sobretudo se se tratar de um pai, de uma mãe ou de um filho ou filha. Em muitas situações, rogou-se ardorosamente pela cura daquela pessoa e o milagre aparentemente não aconteceu. Perdoa, Senhor, se não compreendemos os teus desígnios. Essa vida biológica que nos deste se esgota com o tempo. Mas, a vida que nos deste não termina na morte do corpo. Olhamos para ti, Jesus, e contemplamos a tua ressurreição. Cremos que venceste a morte e estás vivo e ressuscitado. Cremos na ressurreição da carne. Como tu, seremos ressuscitados para vivermos sempre contigo, na comunhão do Pai e do Santo Espírito. Sabemos, na fé, que a ressurreição será plena e total, quando chegar o dia da ressurreição da carne, na tua volta. Queremos viver, Senhor, nessa fé. E acompanhar, na oração, os que partiram. Recebe a todos eles na tua santa morada. E conforta os corações sofridos pela ausência dos seus entes queridos. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vamos viver a palavra

Reze, hoje, pelos seus falecidos. E, aparecendo oportunidade conforte alguém enlutado com as palavras da fé.

A gente se reencontra, hoje, às 22 horas, no facebook.

Pe. João Carlos Ribeiro – 29 de julho de 2019

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