PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA

A PALAVRA ESTÁ MUDANDO SUA VIDA?




20 de julho de 2022

Quarta-feira da 16ª Semana do Tempo Comum



EVANGELHO


Mt 13,1-9


1Naquele dia, Jesus saiu de casa e foi sentar-se às margens do mar da Galileia. 2Uma grande multidão reuniu-se em volta dele. Por isso Jesus entrou numa barca e sentou-se, enquanto a multidão ficava de pé, na praia. 3E disse-lhes muitas coisas em parábolas: “O semeador saiu para semear. 4Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho, e os pássaros vieram e as comeram. 5Outras sementes caíram em terreno pedregoso, onde não havia muita terra. As sementes logo brotaram, porque a terra não era profunda. 6Mas, quando o sol apareceu, as plantas ficaram queimadas e secaram, porque não tinham raiz.
7Outras sementes caíram no meio dos espinhos. Os espinhos cresceram e sufocaram as plantas. 8Outras sementes, porém, caíram em terra boa, e produziram à base de cem, de sessenta e de trinta frutos por semente. 9Quem tem ouvidos, ouça!”



MEDITAÇÃO


Outras sementes, porém, caíram em terra boa, e produziram à base de cem, de sessenta e de trinta frutos por semente (Mt 13, 8)

Com certeza, você tem tido muitas oportunidades de ouvir a Palavra de Deus, não é verdade? Na leitura pessoal da Bíblia, na pregação da Missa, na Meditação (a leitura orante), na conversa com outras pessoas... de muitas maneiras, a Palavra vem sendo semeada em sua vida. E você fica feliz e agradece a Deus por isso, estou certo? Agora, essa Palavra tem feito algum efeito em sua vida? Essa é a pergunta do evangelho hoje. Essa Palavra tem produzido alguma mudança em sua vida?

Jesus estava falando com o povo exatamente sobre isso: sobre como cada um estava recebendo a mensagem do Reino de Deus. Foi assim que ele contou uma parábola, uma história de agricultor. Era como se ele estivesse dividindo as pessoas ali presentes em quatro grupos, em quatro terrenos. Cada grupo, cada terreno é uma resposta à pergunta: “A Palavra tem produzido alguma mudança em sua vida?”.

Primeiro grupo. Veja se não é esse o seu caso. Quem está neste grupo, responde assim: ‘Sabe de uma coisa, eu não compreendo a Bíblia, é uma coisa muito complicada. Na verdade, de tudo que eu escuto, não fica quase nada’. É o seu caso? Jesus comparou essa primeira situação com a semente que caiu à beira do caminho. Veio o maligno e roubou o que foi semeado. E, claro, não nasceu nada. Sabe o que é isso? Não compreender o que é anunciado. E o recado é simples: prestar atenção, dedicar-se mais à escuta da Palavra, pedir a assistência do Espírito Santo. Sem compreender, não se pode dar nem o primeiro passo.

Segundo grupo. Pode ser o seu caso. Quem está neste grupo, diz assim: “Ah, eu fico muito feliz em ouvir a Palavra de Deus. Eu gosto demais. Se ela faz algum efeito? Acho que pouco. Na verdade, quando a gente volta para a vida real, nem se lembra mais”. É o seu caso? Jesus comparou essa segunda situação com a semente que caiu num terreno pedregoso. Nasceu, mas não pode se enraizar. Morreu queimada pelo sol. A Palavra precisa se enraizar na vida da gente. Qual é o problema? A superficialidade. Não deixar que a Palavra penetre na própria vida. O recado é simples: dedicar mais tempo à Palavra de Deus, rezar mais. Isso é como cavar mais para que a Palavra se enraíze.

Terceiro grupo. Vai ver que esse é que é o seu caso. A pessoa diz assim: ‘Olha, é uma bênção a Palavra de Deus na minha vida. Na hora, é aquela alegria que me dá! Agora, tudo aquilo que eu ouço, que eu entendo, que eu abraço, acaba se esvaziando no meu corre-corre, no meio de tanta preocupação, de tantas distrações’. É esse o seu caso? Jesus comparou essa terceira situação com a semente que caiu no meio de espinhos. Ela germinou, cresceu, mas não deu frutos, porque os espinhos a sufocaram. E os espinhos, o que seria? Ele lembrou duas coisas: as preocupações do mundo e a ilusão da riqueza. Isso tudo sufoca a Palavra que está no nosso coração e a torna estéril. O recado é simples: Dê mais importância à Palavra, que ela seja a primeira na sua vida, a luz mais importante. A Palavra ajuda você a conhecer a vontade de Deus. É com essa luz que você vai olhar tudo ao seu redor, sua família, seu trabalho, seu lazer.

Quarto grupo. Se até agora, você não se encontrou... com certeza, esse é o seu caso. A pessoa diz assim: ‘Sou muito feliz porque na Palavra, eu encontro o próprio Deus que me orienta e me dá forças para caminhar. A Palavra tem modificado minha vida. Estou me tornando um cristão mais amoroso e um cidadão mais consciente’. Tomara que seja o seu caso! Jesus comparou essa quarta situação com a semente que caiu em terreno fértil. Germinou, cresceu e frutificou. Deu frutos: 30, 60 e até 100%. Quer dizer, alguns bem que poderiam estar rendendo mais... um chegou a 30, outro a 60. O recado é smples: que bom que a Palavra esteja dando frutos na sua vida! Mas, ela pode dar mais frutos ainda...


Guardando a mensagem

Para que a Palavra produza muito fruto em sua vida, quatro recomendações. Primeira – dê a atenção que a Palavra merece, isto é não a escanteie numa área marginal de sua vida (à beira do caminho). Segunda recomendação – dê mais espaço à Palavra, para que ela crie raízes em sua vida. Terceira – dê à Palavra o lugar que ela merece, ela é a luz para iluminar seus problemas, suas escolhas, suas lutas. Quarta recomendação - não se contente com o que a Palavra já fez na sua vida. Ela pode produzir muito mais.

Outras sementes, porém, caíram em terra boa, e produziram à base de cem, de sessenta e de trinta frutos por semente (Mt 13, 8)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
No nosso terreno, tem uns espinhozinhos, não vamos negar. Mas, sabemos que a tua própria palavra é uma força para nos ajudar a removê-los. Contamos com a tua graça. Queremos que a tua palavra, que recebemos cada dia com grande alegria, seja a luz a orientar a nossa vida. Dá-nos, Senhor, a paciência do agricultor que prepara o terreno, rega a plantinha, limpa os matos e espera pacientemente que ela cresça e produza frutos. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

No seu caderno espiritual, responda a esta pergunta: A Palavra tem produzido alguma mudança em sua vida?

Comunicando

Agosto é o mês de aniversário de nossa Associação Missionária Amanhecer, a AMA. Será que você teria alguma sugestão sobre como poderíamos organizar esse nosso mês de aniversário? Bom, estou deixando um formulário pra você  anotar a sua sugestão.

Até amanhã, se Deus quiser. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

ESCUTE O QUE JESUS ESTÁ FALANDO


19 de julho de 2022


Terça-feira da 16ª Semana do Tempo Comum


EVANGELHO


Mt 12,46-50

Naquele tempo, 46enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. 47Alguém disse a Jesus: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo”. 48Jesus perguntou àquele que tinha falado: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” 49E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. 50Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.

MEDITAÇÃO


Enquanto Jesus falava às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele (Mt 12, 46)

Esse texto foi lido outro dia. Os parentes de Jesus estavam do lado de fora. E Jesus indicou que seus verdadeiros parentes eram aqueles que faziam a vontade do seu Pai. E até refletimos que Maria é celebrada nos evangelhos como a serva obediente. “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra”. Temos que ser como Jesus e como Maria: filhos obedientes, realizadores da vontade do Senhor.

Mas, a palavra do Senhor é sempre nova. Por ela, ele nos diz sempre coisas surpreendentes. Relendo esse texto, me dei conta da repetição do verbo “falar”. Vou reler, com você, os versículos em que aparece esse verbo e você, por favor, conte quantas vezes essa palavra se repete. “Jesus estava falando às multidões. Sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. Alguém lhe disse: Olha, tua mãe e teus irmãos estão querendo falar contigo. Aí Jesus fez uma pergunta a quem tinha lhe falado isso”. Contou? Quantas vezes aparece o verbo “falar”? Quatro vezes. Quatro é um número completo, como os quatro pontos cardeais. “Falar” deve ser um elemento importante pra se prestar atenção no texto.

Jesus está falando ao povo. Coisa importante: ele estava ensinando, revelando as coisas do Reino de Deus, como sempre fazia. Haveria coisa mais importante do que isto, ouvir Jesus falando? Prestar atenção na palavra dele? Você se lembra de Marta e Maria. Maria estava escutando Jesus, sentadinha aos seus pés. Marta, toda ocupada, pra frente e pra trás, fazendo as tarefas de casa. O que lhe disse Jesus: “Marta, Marta, uma só coisa é necessária”. Ouvir a palavra é fundamental.

Então, Jesus está falando ao povo as coisas do Reino. E chegam os seus parentes, querendo o quê? Querendo falar com ele. Mandaram um recado por uma pessoa: “Teus parentes estão lá fora querendo falar contigo”. Por que eles não entraram para ouvir Jesus que está ensinando? Podemos pensar: ah, a casa estava cheia. Mas, o texto não está dizendo isto. Diz que ficaram do lado de fora. E que queriam falar com Jesus. Então, o assunto deles é mais importante do que a de Jesus? Então, quem dá a pauta são eles?

Está me ocorrendo o seguinte. Muitas vezes, não estamos interessados no que Jesus está falando, no que ele está dizendo, em sua pregação. Estamos interessados no nosso assunto, temos os nossos interesses, queremos que ele nos escute. Não entramos para escutar a palavra do Senhor, ficamos fora querendo que ele venha ao encontro dos nossos interesses. Está me seguindo? Esse é o problema. Muita gente não quer ouvir Jesus, quer falar-lhe o seu assunto.

Se você estiver entendendo o que eu estou dizendo – e eu sei que está -, vai entender direitinho o que está no salmo 94: “Oxalá, vocês ouvissem hoje a sua voz! Não endureçam o coração, como no tempo do deserto” (Sl 94, 7-8). A tentação é a gente não ouvir a voz de Deus, fechar o coração para a palavra de Jesus. Não temos interesse nela. Estamos interessados na nossa palavra, no que nós queremos dizer. E podemos ficar de fora, apenas querendo apresentar nossos pleitos, nossos pedidos, representar nossos interesses. Nada de escutar o que Deus tem para nos dizer. E assim nos comprometer com a sua vontade, não com a nossa.


Guardando a mensagem

Impressionante a palavra do Senhor. Nessa cena, em que os parentes de Jesus estão do lado de fora e querem falar com ele, chama à atenção a repetição do verbo “falar”. Jesus está falando ao povo, dentro da Casa. Os parentes estão do lado de fora, querendo falar-lhe. Não querem ouvir Jesus. Querem que Jesus os ouça. É o retrato da situação de muitos de nós. Alguns não estão interessados na palavra de Jesus. Estão interessados no seu problema, na sua necessidade, no que lhes parece importante. Sem ouvir a Palavra, não conhecemos a vontade de Deus. E se não realizamos a vontade de Deus, não temos parte com Jesus.

Enquanto Jesus falava às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele (Mt 12, 46)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
nesta palavra de hoje, fica muito claro o lugar onde devemos ouvir tua palavra, onde tua palavra ganha sentido: a Casa, isto é, a comunidade, a Igreja. Não queremos ficar do lado de fora, Senhor, queremos nos integrar sempre mais na Comunidade-Igreja-Casa onde estás com teus discípulos. Este é o lugar certo para se escutar e viver a tua palavra. Do lado de fora, podemos apenas requisitar que escutes a nossa palavra, que sirvas aos nossos propósitos. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

No seu caderno espiritual, responda a esta pergunta: Você tem cultivado essa capacidade de escuta de Deus?

Comunicando

Quando puder, dê uma olhadinha no meu site: www.padrejoaocarlos.com.br. 

Até amanhã, se Deus quiser!

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

VOCÊ SABE O QUE É O SINAL DE JONAS?



18 de julho de 2022

Segunda-feira da 16º Semana do Tempo Comum



EVANGELHO


Mt 12,38-42

Naquele tempo, 38alguns mestres da Lei e fariseus disseram a Jesus: “Mestre, queremos ver um sinal realizado por ti”. 39Jesus respondeu-lhes: “Uma geração má e adúltera busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal do profeta Jonas.
40Com efeito, assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim também o Filho do Homem estará três dias e três noites no seio da terra. 41No dia do juízo, os habitantes de Nínive se levantarão contra essa geração e a condenarão, porque se converteram diante da pregação de Jonas. E aqui está quem é maior do que Jonas.
42No dia do juízo, a rainha do Sul se levantará contra essa geração, e a condenará, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E aqui está quem é maior do que Salomão”.


MEDITAÇÃO


Nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal do profeta Jonas (Mt 12, 39).

Estamos começando a semana com um apelo muito forte da parte do Senhor: a nossa conversão. Fale a verdade: Deus já lhe deu muitas oportunidades para você tornar-se um fervoroso seguidor de Jesus, uma fervorosa discípula do Senhor, não é verdade? Quantas chances, Deus já lhe deu para você mudar de vida, converter-se? Agora, é bem capaz que você esteja esperando algo de grande impacto para que finalmente se entregue a esse grande amor! E é precisamente de amor que estamos falando. A conversão é um ato de amor: mudar o rumo de sua vida, colocando-a na direção do imenso amor de Deus. E ele nos ama por primeiro.

Você lembra: outro dia, Jesus estava se queixando das cidades de Corazim, Betsaida e Cafarnaum. Viram tantos milagres, mas não se converteram. Hoje, fariseus e mestres da lei, opositores de Jesus, estão lhe pedindo um milagre: ‘Mestre, queremos ver um sinal realizado por ti’. Jesus deve ter ficado aborrecido. Pessoas mesquinhas como aquelas pedindo para presenciar um milagre, mas olhe só! Jesus não fazia milagres pra se mostrar. Àquela altura, Jesus já tinha tomado uma decisão: não iria mais fazer milagre nenhum. Ele chamou aquele povo de geração má e adúltera. ‘Essa geração está pedindo sinais, milagres. Não vai ter mais. Só um sinal, eles vão ter agora: o sinal de Jonas’.

Você se lembra do profeta Jonas?! Deus o mandou pregar em Nínive, capital da Assíria. Jonas calculou bem: Nínive, uma capital pagã... uma missão muito difícil, perigosa, tempo perdido. E logo o que tinha que anunciar: que Deus iria destruir tudo por ali. Nem pensar. Jonas pegou um navio numa rota contrária. Sujeito teimoso esse Jonas. No meio da viagem, o mar ficou tão enfurecido que os marinheiros desconfiaram que alguém ali estivesse em falta muito grave contra o seu Deus. Jonas confessou que estava fugindo de Deus e da missão difícil que ele lhe confiara. Para salvar a tripulação e o navio, não houve outro jeito. Foi atirado no mar. O que aconteceu foi incrível e você recorda. Um peixe o engoliu e três dias e três noites depois ele foi vomitado na praia. Deus o mandou de volta para a tarefa que lhe tinha confiado.

Jesus disse que não teriam mais nenhum sinal, mais nenhum milagre. Só um: o de Jonas. E ele mesmo explicou: ‘assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim também o Filho do Homem estaria três dias e três noites no seio da terra’ (Mt 12, 40). Ele está falando, então, de sua morte e de sua ressurreição. Este seria o grande sinal, o milagre pelo qual lhes seria mostrado sua condição de Messias, enviado de Deus. Esse milagre é um dos mistérios centrais de nossa fé. Mistério recordado em cada celebração. Dele fazemos memória na Santa Missa. Como Jonas engolido pelo peixe e devolvido vivo, ao terceiro dia. Morte e ressurreição. Esse é o grande sinal.



Guardando a mensagem

Fariseus e mestres da Lei queriam ver um sinal para acreditar em Jesus. Ele já tinha feito tantos, mas nunca para se mostrar, para se exibir. Na corte de Herodes, também lhe pediram um milagre para divertir a corte. Jesus ficou quieto. Chega de milagres, foi a decisão de Jesus. Ele já estava chateado com a pouca conversão nas cidades onde tinha feito tantos milagres... Afinal, haveria um só sinal, o de Jonas. A morte e a ressurreição de Jesus é o milagre prefigurado no sinal de Jonas. Depois de três dias no seio da terra, Jesus foi devolvido vivo, ressuscitado.

Nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal do profeta Jonas (Mt 12, 39).

Rezando a Palavra

Senhor Jesus,
disseste que, no dia do juízo, os moradores de Nínive iriam condenar a geração do teu tempo, porque se converteram à pregação de Jonas, diferentemente de grande parte dos que te escutaram. Dá-nos, Senhor, a graça da conversão. Que à tua Palavra, respondamos prontamente, acolhendo o teu amor, na graça da fé e no seguimento do teu evangelho. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

A conversão é a nossa resposta à Palavra de Deus. A conversão é obra nossa e do Espírito Santo de Deus em nós. Assim, no dia de hoje, peça ao Santo Espírito, mais de uma vez, a graça da conversão.

Comunicando

No Recife, temos hoje o Encontro dos Ouvintes, às 11 horas, na Igreja da Conceição dos Militares. Reze conosco, nos acompanhando pelo rádio ou pelas redes sociais.

Pe. Joao Carlos Ribeiro, sdb

PRA JESUS, O MELHOR




17 de julho de 2022

16º Domingo do Tempo Comum


EVANGELHO


Lc 10,38-42


Naquele tempo, 38Jesus entrou num povoado, e certa mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa. 39Sua irmã, chamada Maria, sentou-se aos pés do Senhor, e escutava a sua palavra.
40Marta, porém, estava ocupada com muitos afazeres. Ela aproximou-se e disse: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha, com todo o serviço? Manda que ela me venha ajudar!”
41O Senhor, porém, lhe respondeu: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. 42Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada”.




MEDITAÇÃO


Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas (Lc 10, 41)

Um belo domingo para darmos uma volta com Jesus. Uma volta, não. Vamos acompanhá-lo na sua caminhada. Ele está indo para Jerusalém. Com ele, vão seus discípulos e um grupo de discípulas. E nós também, que já estamos caminhando com eles. Vamos devagar, pra ninguém ficar pra trás. Chegamos ao povoado de Betânia. Hora de descansar um pouco. A chegada de Jesus é motivo de alvoroço no povoado, claro. Uma família oferece hospedagem. O evangelho não diz se todo o grupo ficou hospedado ali ou se ficaram em várias casas. Mas, nós vamos ficar com ele, pra gente não perder nada, claro.

A casa é da família dos irmãos Marta, Maria e Lázaro. Pelo jeito, Jesus já é conhecido e se ainda não for amigo deles, pode contar, vão ficar muito próximos. Marta é a irmã mais velha, a dona de casa. E ela recebe Jesus, com muita alegria. Jesus entra. Nós também. Toma água. Pergunta pelo amigo Lázaro. Está em viagem. Senta-se. As coisas vão voltando ao normal. Claro, tem sempre alguém do povoado passando pra conferir. Muita gente quer ver Jesus de perto. Maria, a irmã de Marta, está ao lado de Jesus. E senta-se aos seus pés, como outros discípulos também. Esse negócio de se sentar no chão, pertinho do Mestre, era uma coisa comum. O apóstolo Paulo, por exemplo, que foi aluno de um famoso professor da Lei chamado Gamaliel, conta que se sentava aos pés do seu mestre para aprender os seus ensinamentos. Você não quer se sentar também aos pés de Jesus? Fique à vontade.

Jesus começa a conversar sobre as coisas de Deus, sobre o Reino. Fala com uma voz mansa, gostosa de se ouvir. Conta histórias, os discípulos riem... E Maria, ali, sentadinha aos pés do mestre, escutando suas palavras. Nós também. Que momento lindo! E onde anda Marta, a irmã mais velha, a dona da casa? Pela batidas das panelas, está na cozinha preparando a refeição. Ajeita uma coisa, ajeita outra. Mexe uma panela, lava um prato, tira um negócio do armário. Vai pra lá, vai pra cá, toda preocupada. Quer fazer o melhor e tem pressa. Pra Jesus, o melhor.

E Jesus contando suas histórias, conversando coisas tão simples e tão profundas... Lá vem Marta, interrompendo a conversa. Cara de aborrecida, avental azul claro, com o pano de prato na mão. Reclamou da irmã e de Jesus também, ao que parece. “Senhor, tu não te importas que minha irmã me deixe sozinha com todo o serviço?”. Eita! Deu aquele silêncio... Jesus respirou fundo... “Marta, Marta, tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. Porém, uma coisa só é necessária”. E disse mais alguma coisa como “Maria escolheu a coisa melhor. Não vamos tirar isso dela”.

Marta voltou pra cozinha, pensativa. E a conversa continuou na sala, até que chegou a hora da refeição.


Guardando a mensagem

Há uma grande diferença quando você se hospeda num hotel ou numa casa de amigos. No hotel, fazem tudo pra você: carregam sua mala, entregam a chave do apartamento, informam a que horas abre o restaurante. São gentis e educados. E lhe deixam só. Em casa de amigos, você é recebido com um abraço, servem logo um cafezinho, querem saber como você vai, tomam a refeição com você e mal lhe deixam descansar um pouco no quarto, pois vêm logo perguntar se está precisando de alguma coisa. Não fazem apenas coisas pra você, dão atenção a você, estão com você. É muito diferente.

Marta estava fazendo coisas pra Jesus, preparando a refeição, a mesa, a louça. Maria estava com Jesus, conversando com ele, ouvindo suas palavras. Discípulo não é quem faz coisas pra Jesus, mesmo que sejam coisas boas e necessárias: participar no dízimo, limpar a capela, participar da campanha para os pobres. Coisas boas, necessárias. Discípulo é quem está com Jesus, ouvindo sua palavra, conversando com ele, aprendendo a viver com ele. É isso que dá sentido a tudo o mais.

Jesus não reclamou que Marta não estivesse também sentada escutando suas palavras. Disse que ela estava preocupada, ansiosa demais, agitada por muitas coisas. A coisa mais necessária seria prestar atenção ao seu hóspede, estar com ele, não apenas fazer coisas para ele.

Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas (Lc 10, 41)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
nós temos alguma coisa de Marta e de Maria. Como elas, nós te acolhemos em nossa vida, em nossa casa. Às vezes, ficamos tão ocupados com coisas a fazer, que te esquecemos na sala. Andamos ansiosos, preocupados, tensos demais com as responsabilidades da vida e perdemos de estar ao teu lado, colocando-te no centro de nossa existência e aprendendo contigo o sentido de tudo o que fazemos. Tens razão. Sem darmos atenção e prioridade à escuta da Palavra e à Oração, nos perdemos no corre-corre da vida, dos afazeres da casa, em nossos empenhos profissionais. Senhor, queremos estar contigo, como Maria. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Deste seu dia de 24 horas, quanto tempo você reservou hoje para estar com o Senhor? Você tem muitas coisas pra fazer, mas uma só é fundamental. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

NOSSA SENHORA DO CARMO



16 de julho de 2022

Dia de Nossa Senhora do Carmo


EVANGELHO


Mt 12,46-50

Naquele tempo, 46enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. 47Alguém disse a Jesus: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo”. 48Jesus perguntou àquele que tinha falado: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” 49E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. 50Pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.

MEDITAÇÃO


Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe (Mt 12, 50).

No evangelho de hoje, temos uma cena da vida pública de Jesus, onde está inserida sua mãe. Claro, hoje é o dia da Senhora do Carmo. Olhamos para Maria, hoje, no grupo dos parentes de Jesus, sendo testemunha ocular de um ensinamento precioso do Mestre.

Jesus está falando ao povo. Um grupo de parentes chega e fica do lado de fora, não se integra. E manda um aviso que quer falar com ele. Jesus ensina que o verdadeiro laço de parentesco com ele é a obediência à vontade do Pai. É isso que o define: ser cumpridor da vontade de Deus. Assim, ele deixa claro que o lugar dos parentes é dentro da casa ou da comunidade, como discípulos, aprendendo o caminho do Reino. Eles estão do lado de fora. Então, a palavra de Jesus é um convite para eles se tornarem discípulos, para entrarem.

O recado que Jesus recebeu foi este: “Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo”. “Tua mãe e teus irmãos” é uma expressão que se repete várias vezes nesse texto. Refere-se, claro, aos parentes próximos de Jesus. Irmãos são seus primos, ao lado de quem se criara em Nazaré. A Bíblia chama primos de irmãos.

O texto nos ajuda a perceber como os parentes próximos de Jesus tiveram dificuldade para entender o que ele andava fazendo. Houve um tempo em que eles pensaram que Jesus tinha ficado louco. Só aos poucos, eles foram se integrando na grande comunidade que se formou ao redor dele. A resposta de Jesus é um convite claro a que eles se integrem, não fiquem do lado de fora. Este é o verdadeiro laço de parentesco que vai contar: fazer a vontade do Pai.

Olha a palavra de Jesus, apontando para os discípulos: “Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. Fazer a vontade de Deus é que nos faz discípulos, parentes de Jesus.

E Maria, estava no meio daqueles parentes que não estavam entendendo Jesus? Bom, dizer “tua mãe e teus irmãos” é uma forma de falar da família dele, cujo pai não vivia mais. Se o principal é fazer a vontade de Deus, então isso é um elogio à sua mãe. De fato, Maria foi elogiada no Evangelho por ser cumpridora fiel da vontade do Pai. Izabel a bendisse porque ela acreditou na Palavra do Senhor que lhe fora comunicada. A vontade de Deus, na sua vida, estava acima de qualquer interesse ou projeto pessoal. Ela prontamente aceitou cumpri-la, quando o anjo Gabriel lhe comunicou o que Deus queria dela.

Santo Agostinho, em um de seus sermões, escreveu: “Acaso a Virgem Maria não fez a vontade do Pai, ela que creu pela fé, que pela fé concebeu, que foi escolhida dentre os homens para que dela nos nascesse a salvação? Ela foi criada por Cristo antes que Cristo nela fosse criado. Ela fez totalmente a vontade do Pai e por isto mais valeu para ela ser discípula de Cristo do que sua mãe”.


Guardando a mensagem

O que nos faz próximos ou parentes de Jesus é a obediência à vontade do nosso Deus e Pai, mais do que qualquer laço sanguíneo ou qualquer cargo na Igreja. Parente de Jesus é aquele que cumpre a vontade de Deus, da qual ele é o primeiro cumpridor. O discípulo fiel imita Maria, sua mãe, a Virgem obediente. Maria sempre colocou a vontade de Deus acima de tudo e de todos. A vontade de Deus é a lei que rege a vida daquele que crê. Ela é modelo para todo discípulo.

Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe (Mt 12, 50).

Rezando com quem usa o escapulário:

Ó Senhora do Carmo, 
revestido de vosso escapulário,
eu vos peço que ele seja para mim 
sinal de vossa maternal proteção, 
em todas as necessidades,
nos perigos e nas aflições da vida.
Acompanhai-me com vossa intercessão,
para que eu possa crescer na fé,
na esperança e na caridade,
seguindo a Jesus e praticando sua Palavra.
Ajudai-me, ó mãe querida, para que,
levando com devoção vosso santo Escapulário,
mereça a felicidade de morrer piedosamente com ele,
na graça de Deus, e assim, alcançar a vida eterna.
Amém.

Vivendo a palavra

Hoje, dia de Nossa Senhora do Carmo, lembramo-nos do Monte Carmelo, onde o profeta Elias defendeu a fé no Deus verdadeiro. Maria é este monte onde Deus se revela amoroso e fiel em seu filho Jesus Cristo. Recomende-se à Virgem do Carmo, hoje, com três ave-marias.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

A CARIDADE É O PRIMEIRO LOUVOR A DEUS




15 de julho de 2022

Dia de São Boaventura, doutor da Igreja

Dia Missionário da AMA


EVANGELHO


Mt 12,1-8

1Naquele tempo, Jesus passou no meio de uma plantação num dia de sábado. Seus discípulos tinham fome e começaram a apanhar espigas para comer. 2Vendo isso, os fariseus disseram-lhe: “Olha, os teus discípulos estão fazendo o que não é permitido fazer em dia de sábado!”
3Jesus respondeu-lhes: “Nunca lestes o que fez Davi, quando ele e seus companheiros sentiram fome? 4Como entrou na casa de Deus e todos comeram os pães da oferenda que nem a ele nem aos seus companheiros era permitido comer, mas unicamente aos sacerdotes? 5Ou nunca lestes na Lei, que em dia de sábado, no Templo, os sacerdotes violam o sábado sem contrair culpa alguma?
6Ora, eu vos digo: aqui está quem é maior do que o Templo. 7Se tivésseis compreendido o que significa: ‘Quero a misericórdia e não o sacrifício’, não teríeis condenado os inocentes. 8De fato, o Filho do Homem é senhor do sábado”.


MEDITAÇÃO



Eu quero a misericórdia e não o sacrifício (Mt 12, 7)

Em caminhada com Jesus, em dia de sábado, os discípulos, com fome, passando no meio de uma plantação, apanharam espigas para comer. Pronto, isso foi o suficiente para escandalizar os fariseus. Acusaram os discípulos de estarem profanando o sábado.

Os judeus guardam o sábado, pensando no descanso de Deus no final da obra da criação. Nós cristãos guardamos o domingo, por causa da ressurreição de Jesus. Os muçulmanos já guardam a sexta, festejando o dia em que Deus – Alá – criou o homem. No tempo de Jesus, a interpretação que os hebreus faziam do sábado era muito rigorosa, cheio de normas e detalhes. Não se podia trabalhar, de jeito nenhum. Até os passos deviam ser contados para não se ofender a santidade do sábado, o shabat.

Jesus chamou os seus opositores à razão: a necessidade humana está acima de uma norma religiosa. Se eles estavam com fome, é justo que procurassem conseguir o alimento. Note que a reclamação não foi porque arrancaram espigas da plantação. Isto era possível. O que não se podia era fazer isso em dia de sábado. Jesus relembrou que Davi e seus soldados, voltando de uma campanha, mortos de fome, comeram os pães das oferendas do Templo, o que não era permitido. E estava tudo certo.

Religião sem caridade vira uma coisa desumana. Jesus recordou um ensinamento escrito no Profeta Oséias, no Antigo Testamento “Quero a misericórdia e não o sacrifício”. Quando você ouvir essa palavra “sacrifício” na Bíblia, lembre que ela se refere aos sacrifícios de animais que se fazia no Templo de Jerusalém (bois, carneiros, aves). O sacrifício é uma forma de culto muito comum nas religiões antigas. Então, Deus está dizendo nesta palavra do profeta que prefere a misericórdia ao sacrifício de animais. O verdadeiro culto é o da misericórdia, do amor, da caridade para com o próximo.

No livro do Profeta Isaías, também no Antigo Testamento, há uma reclamação de Deus. Deus reclama do culto que está recebendo: tantos sacrifícios de animais, ofertas, mas tanta injustiça, tanta violência no meio do povo, e nas mãos e no coração de quem está celebrando o culto! Isso sim é uma ofensa a Deus. "Meu sacrifício, ó Senhor, é um espírito contrito, um coração arrependido e humilhado", rezamos no Salmo 50.

Os fariseus estavam reclamando porque, em dia de sábado, os discípulos, que estavam com fome, estavam colhendo espigas para comer, durante o trajeto. O que vai agradar mais a Deus: seguir à risca a lei do sábado ou dar de comer a quem está com fome? O sacrifício ou a misericórdia?



Guardando a mensagem

Os fariseus do tempo de Jesus faziam uma interpretação muito rígida da lei do sábado, uma norma religiosa que visava o louvor de Deus, mas também o descanso do trabalho nesse dia. Eles viram os discípulos colhendo espigas no sábado e ficaram revoltados. Para eles, com esse trabalho, o sábado estava sendo profanado. ‘Misericórdia eu quero, não sacrifícios’, disse o Senhor pela boca dos profetas. O amor está acima de tudo. O primeiro louvor a Deus é o amor. E não dá para mostrar amor a Deus e não amar o seu irmão. Deus não fica contente com um culto bonito ou um louvor arrebatador que não esteja comprometido com a caridade, a compaixão para com os sofredores. Ele se agrada mesmo da misericórdia, do amor pelo pequeno. É isso que dá sentido e verdade ao nosso culto, ao nosso louvor.

Eu quero a misericórdia e não o sacrifício (Mt 12, 7)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
às vezes, não vemos a ligação que existe entre o culto que te prestamos e a caridade que devemos ao próximo. Na misericórdia, no amor solidário pelos mais sofridos, começa o verdadeiro culto que se explicita depois nos ritos, nas celebrações religiosas. Amar os irmãos, sobretudo defendendo, protegendo os doentes, os presos, os pobres, os mais frágeis, é uma forma de louvor a Deus. Senhor, ajuda-nos a viver nossa vida cristã e nossas práticas religiosas em sintonia com o amor ao próximo. Que a nossa devoção e o culto que te dirigimos tenham sua versão concreta no serviço aos mais pobres, no respeito aos idosos, na defesa da vida, pois preferes a misericórdia ao sacrifício. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Muita coisa, podemos fazer pelos irmãos e irmãs mais sofridos. A Igreja até fala das obras de misericórdia. E a tradição colecionou sete obras de misericórdia corporais e sete obras de misericórdia espirituais. Você as conhece? No final do texto da Meditação de hoje, vou deixar a lista completa das obras de misericórdia. Dê uma olhadinha em www.padrejoaocarlos.com. Para quem recebe a Meditação pelos aplicativos, é só clicar no link que estamos enviando. Jesus nos quer misericordiosos, como ele.

Comunicando

Em nossa Associação Missionária Amanhecer (AMA),  dedicamos todo dia 15 a um Dia Missionário. O objetivo é manter o nosso coração missionário aquecido. Não podemos nos acomodar, nem nos omitir. Cada um pode fazer alguma coisa ou até muita coisa pela missão. Neste 15 de julho, vamos nos dedicar a uma tarde de adoração em nossa Capela (a Capela de N. Sra. Auxiliadora, em nossa sede) e ao lançamento de um whatsapp com assistente virtual: o 81 3224-9284. O convite pra você é duplo: fazer contato conosco através deste whatsapp 81 3224-9284 e associar-se também à AMA. O convite está valendo.

Um abençoado 15 de julho, preparando-nos para a festa de Nossa Senhora do Carmo!

Até amanhã, se Deus quiser.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb





AS OBRAS DE MISERICÓRDIA



Há catorze Obras de Misericórdia: sete corporais e sete espirituais.

Obras de misericórdia corporais:

1) Dar de comer a que tem fome
2) Dar de beber a quem tem sede
3) Dar pousada aos peregrinos
4) Vestir os nus
5) Visitar os enfermos
6) Visitar os presos
7) Enterrar os mortos

Obras de misericórdia espirituais:

1) Ensinar os ignorantes
2) Dar bom conselho
3) Corrigir os que erram
4) Perdoar as injúrias
5) Consolar os tristes
6) Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo
7) Rezar a Deus por vivos e defuntos

As Obras de misericórdia corporais encontram-se, na sua maioria, na lista enunciada pelo Senhor na descrição do Juízo Final.

A lista das obras de misericórdia espirituais tirou-a a Igreja de outros textos que se encontram ao longo da Bíblia e de atitudes e ensinamentos do próprio Cristo: o perdão, a correção fraterna, o consolo, suportar o sofrimento, etc.

VENHAM A MIM E EU LHES DAREI DESCANSO




14 de julho de 2022

Dia de São Camilo de Lellis


EVANGELHO


Mt 11,28-30

Naquele tempo, tomou Jesus a palavra e disse: 28 “Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso.
29Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. 30Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.



MEDITAÇÃO


Venham a mim todos vocês que estão cansados e fatigados sob o peso dos seus fardos e eu lhes darei descanso (Mt 11, 28).

Que fardos são esses? Esses fardos eram, em primeiro lugar, no tempo de Jesus, as obrigações que a Lei de Moisés impunha, ou melhor, a interpretação da Lei feita pelos mestres e fariseus. Era uma carga pesada demais, oprimindo e afastando as pessoas de Deus. A religião como obrigação continua sendo um fardo pesado para muita gente, hoje. Mas, como Jesus pode aliviar esse nosso peso? O seu ensinamento nos liberta, torna leve a nossa carga. O seu maior ensinamento é que Deus nos ama como um pai. Ele compreende a nossa fraqueza. Ele enviou seu filho para nos conduzir no caminho. O Filho se revestiu de nossa humanidade e tornou-se agora o nosso guia. A fé é nossa melhor resposta. O seu ensinamento alivia o nosso peso.

Que fardos são esses? O peso do nosso pecado e de suas consequências. E Jesus alivia esse nosso peso pela reconciliação. Ele está nos sugerindo que troquemos os fardos que estamos carregando pelo seu peso que é leve, o nosso coração inquieto pelo seu coração manso e humilde. Ele nos revela que o Pai nos perdoa e nos reconcilia consigo pelo sacrifício de sua cruz. Assim, o peso do pecado nos é retirado das costas. Podemos caminhar com mais leveza e esperança. O amor de Deus nos liberta. O perdão nos tira o peso do pecado das costas.

Que fardos são esses? O peso massacrante da vida. Diante de pessoas acachapadas pelo sofrimento, pelo medo, pelo cansaço do trabalho com pouco retorno, pela falta de horizonte, Jesus se apresenta com um convite: Venham a mim todos vocês que estão cansados e fatigados sob o peso dos seus fardos, e eu lhes darei descanso. Ele nos tranquiliza: o Pai cuida de nós, nos sustenta, nos socorre. Não estamos sós. Não lutamos apenas com as nossas forças. Sendo assim, o peso de nossas obrigações já fica mais leve. O amor a Deus e ao próximo, ensinado por Jesus, liberta o nosso trabalho da marca da obrigação desumanizadora. Nossas responsabilidades, na lógica do amor, passam a ser serviço criativo e amoroso. O amor nos liberta do massacrante peso da obrigação.




Guardando a mensagem

Jesus encontrou o povo de Deus oprimido por muitas situações de exploração, violência e dominação. Por isso, o evangelho está cheio de doentes, leprosos, cegos, possessos, encurvados. Ele chamou a si esse povo humilhado, oferecendo-lhe a vida, a liberdade, a felicidade. Ele nos revelou o amor do Pai e o seu amor por nós. Ele carregou-se de nossas dores e nos abriu o caminho da vitória sobre toda opressão por meio de sua palavra, de suas atitudes, de sua morte na cruz, de sua ressurreição.

Venham a mim todos vocês que estão cansados e fatigados sob o peso dos seus fardos e eu lhes darei descanso (Mt 11, 28).

Vivendo a palavra

Senhor Jesus,
é grande o peso dos nossos fardos: a condição imposta pelos limites de nossa condição biológica; as dificuldades na luta pela sobrevivência e a manutenção de nossas famílias; os desencontros, os drama da vida familiar; o desencanto com a situação do país... cansados e fatigados, sob o peso dos nossos fardos, nos aproximamos de ti, implorando a graça do teu abrigo, do teu repouso, da tua paz. Dá-nos a sabedoria que nos vem do Santo Espírito para encontrarmos as melhores soluções e a serenidade para atravessarmos com paciência as horas difíceis, na fé de que estás sempre conosco e nos conduzes como bom pastor de nossas vidas. 
E sendo hoje o dia de São Camilo de Lellis, patrono dos enfermos, dos hospitais e dos profissionais da saúde, por sua intercessão, nós pedimos sobre eles a tua bênção e a tua proteção. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Que tal você atender a essa palavra de Jesus “Venham a mim todos vocês que estão cansados e sobrecarregados”? Vou lhe deixar uma sugestão. Reserve, hoje, um tempinho para um momento de oração. A sós com Deus, fale de sua vida... Alguma coisa muito importante, ele tem para lhe dizer.

Comunicando

Podendo, participe conosco da Santa Missa das 11 horas, transmitida pelo rádio e pelas redes sociais. Deixe a sua intenção para a Missa no formulário que está no final do texto da Meditação. É só clicar no link que estou lhe enviando.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb


UM MOTIVO PARA LOUVAR A DEUS



 13 de julho de 2022

Quarta-feira da 15ª Semana do Tempo Comum


EVANGELHO


Mt 11,25-27


25Naquele tempo, Jesus pôs-se a dizer: “Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. 26Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 27Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”


MEDITAÇÃO



Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos (Mt 11, 25)


Jesus usa muito a palavra “pequeninos”. O tempo todo, ele está cercado por gente sem grande expressão social, pobres, doentes, mulheres, crianças, sofredores de todo tipo. Eles são os pequeninos. Quase toda a atividade de Jesus ocorreu na periferia do mundo judaico, na Galiléia, norte do país, terra de agricultores, artesãos, pescadores, moradores de vilas e pequenas cidades. Os evangelhos nem chegam a citar a capital da Galileia, Tiberíades, onde morava o rei Herodes. Em Jerusalém, capital da Judéia, Jesus ia, basicamente, nas grandes romarias.


Os grandes, os importantes, os ricos tinham mais dificuldade de acolher o Reino. Basta lembrar o episódio do encontro com o jovem rico e o comentário que Jesus fez em seguida: “Como é difícil o rico entrar no Reino de Deus”. A Nicodemos, um membro importante do Sinédrio que o procurou à noite, Jesus explicou que ele precisava nascer de novo, renascer do alto. Muitas vezes disse aos discípulos e discípulas que só dava para entrar no Reino de Deus quem fosse como as crianças, isto é, quem se tornasse como os pequeninos ou fosse solidário com eles.


No evangelho de hoje, Jesus está em oração. Ele louva o Pai porque o Reino está sendo revelado aos pequeninos. Igualmente o louva porque, revelando o Reino a uns, o Pai o esconde a outros, os sábios e entendidos. E o que é que está havendo com os sábios e entendidos, isto é, com os estudados, os professores da Lei, os que se sentiam conhecedores da Palavra de Deus? Estes fecharam o coração. Não conseguiram ver em Jesus de Nazaré a revelação do Pai amoroso e fiel que fez aliança com Israel. Encheram o peito de presunção de que já sabiam de tudo. E de inveja, sentindo-se ameaçados pela popularidade de Jesus, por seus ensinamentos e por seus milagres.


Embora Jesus pregasse pra todo mundo, a todos procurasse iniciar no Reino, via-se cercado de gente simples e pobre, pecadores, sofredores. Os grandes também se aproximavam, mas quase sempre para censurar, para tentar coibir a sua palavra, para desafiá-lo... Estes tentavam desmoralizar o seu ministério ou encontrar motivo para denúncias e perseguições. Os grandes fecharam o coração. Os pequenos abriram-se à obra de Deus. É o que Jesus está vendo. E por isso está louvando o Pai.



Guardando a mensagem


Jesus rezou, publicamente, louvando o Pai porque este estava revelando o Reino aos pequeninos. E o estava revelando por meio do Filho. Em Jesus, reconhecemos a bondade e a misericórdia do nosso Deus, atuando em favor do seu povo. Os grandes fecharam o coração. Os grupos de poder rejeitaram Jesus. Os pobres e os pecadores aproximaram-se dele, acolhendo o Reino que ele anunciava. A lógica de Jesus é a lógica do Pai. Ele escolhe os pequenos. A lógica de Jesus deve ser a nossa também. Valorizemos os pequenos. O Reino é deles. No sermão da Montanha ele disse: “Felizes os pobres porque o Reino de Deus é deles”. Tornemo-nos pequenos, sejamos solidários com eles, se quisermos ter parte no Reino.


Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos (Mt 11, 25)


Rezando a palavra


Senhor Jesus,

na oração que nos ensinaste, pedimos ao Pai: “venha a nós o vosso Reino!”. Tu nos ensinaste a rezar assim para que entendamos que o Reino é, antes de tudo, um dom que nos vem do Pai, não é uma conquista de nossas obras, de nossa inteligência ou de nossa santidade. O Reino vem a nós por pura bondade e graça de Deus, nosso Pai. E és tu, Senhor Jesus, que nos revelas o Pai, que nos comunicas o seu Reino, sua presença amorosa em nossa história. Venha a nós o vosso Reino! Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém


Vivendo a palavra


Hoje, durante o dia, reze com Jesus, mais de uma vez: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos”.


Comunicando


E partilho com vocês dois compromissos de amanhã, quinta-feira, 14 de julho: a Santa Missa das 11 horas pelo rádio e pelas redes sociais e o Show que faço na festa de N. Sra. do Carmo, no centro do Recife, às 21 horas.


Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

A RESPOSTA DA CONVERSÃO




12 de julho de 2022

Terça-feira da 15ª Semana do Tempo Comum


EVANGELHO


Mt 11,20-24

Naquele tempo, 20Jesus começou a censurar as cidades onde fora realizada a maior parte de seus milagres, porque não se tinham convertido.
21“Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se os milagres que se realizaram no meio de vós, tivessem sido feitos em Tiro e Sidônia, há muito tempo elas teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e cobrindo-se de cinza.
22Pois bem! Eu vos digo: no dia do julgamento, Tiro e Sidônia serão tratadas com menos dureza do que vós. 23E tu, Cafarnaum! Acaso serás erguida até o céu? Não! Serás jogada no inferno! Porque, se os milagres que foram realizados no meio de ti tivessem sido feitos em Sodoma, ela existiria até hoje! 24Eu, porém, vos digo: no dia do juízo, Sodoma será tratada com menos dureza do que vós!”

MEDITAÇÃO


Jesus começou a censurar as cidades onde fora realizada a maior parte de seus milagres, porque não tinham se convertido (Mt 11, 20)

Ganhar presente é uma coisa muito boa. Agora, mais importante do que o presente que a gente recebe é quem nos dá o presente, não é verdade? É decepcionante para alguém dar um presente e ver que quem o recebeu está interessado mesmo no que ganhou, não em quem lhe ofertou aquilo. É, tem muita gente interessada mais no presente do que no padrinho.

Hoje, em dia, fala-se muito de curas, de milagres. É verdade que Deus continua a ser bom e generoso para conosco, nos acudindo em nossas fraquezas e necessidades. Mas, será que as pessoas que recebem tantos favores de Deus voltam-se para ele de todo o coração, começam a andar na vida nova de sua graça, convertem-se de seus pecados? Você, o que acha? ... Será que muita gente está apenas se aproveitando de Deus e depois se esquecendo dele?

Olha o que temos no evangelho de hoje! Jesus mostrou-se decepcionado com as pessoas beneficiadas por seus milagres. Corazim e Betsaida eram pequenas cidades da Galileia. Cafarnaum era uma cidade um pouquinho maior, situada às margens do Mar da Galileia, onde Jesus morava. Nessas e em outras cidades, ele tinha feito muitas pregações e realizado muitos milagres. E ele estava ficando decepcionado com essas cidades. Tanta gente o procurava pedindo todo tipo de favor, e ele atendendo com tanta compaixão, manifestando o poder e o amor de Deus naqueles eventos extraordinários... Mas, àquela altura, ele já estava ficando irritado... onde estava a conversão daquele povo?

Ele mesmo comparou Corazim e Betsaida com duas grandes cidades pagãs, Tiro e Sidônia. Se nessas cidades pagãs tivessem acontecido aqueles milagres, estariam todos fazendo penitência, pedindo perdão a Deus. E o povo de Corazim e Betsaida continuava sua vidinha tranquila, sem dar sinais de conversão. E a própria Cafarnaum que já tinha visto todo tipo de milagres de Jesus - na sinagoga, na casa dele, na praça, no mar – e nem assim apresentava sinais de mudança. Aí ele fez outra comparação que certamente não agradou aos seus conterrâneos. Sodoma, a cidade que Deus destruíra com fogo por causa de sua maldade, teria se convertido se tivesse visto os seus milagres. No dia do juízo, as cidades pagãs e a própria Sodoma terão um tratamento mais brando do que aquela gente da Galileia, disse Jesus.

Era de se esperar que os milagres ajudassem o povo a se voltar para Deus, a se converter. Todo milagre é uma demonstração do amor de Deus que restaura a pessoa humana. Na história do paralítico, ficou claro que mais do que o milagre físico, Jesus veio comunicar o perdão dos nossos pecados. Ele salvou a adúltera que iria ser apedrejada, mas lhe disse: vá e não peque mais. A própria cura dos leprosos é uma amostra de como sua missão é nos purificar dos pecados. Jesus esperava, então, que essas pessoas alcançadas por gestos tão maravilhosos de Deus, passassem a caminhar na fé, voltassem-se para Deus, acolhessem o seu enviado.

Infelizmente, vê-se hoje uma corrida para a bênção, a cura e o milagre, com pouca ou nenhuma conversão, com pouca ou nenhuma adesão à sua Palavra, ao seu evangelho. Está na hora de escutarmos essa Palavra do Mestre: ‘Busquem em primeiro lugar o Reino de Deus e tudo o mais lhes será dado em acréscimo’.


Guardando a mensagem

Como acontece hoje, no tempo de Jesus, muita gente o procurava para alcançar a cura de suas doenças, a solução dos seus problemas. Mas, uma vez satisfeitos, esqueciam-se de Jesus e não mostravam nenhum interesse por seus ensinamentos. Jesus, apesar de tão bom e compassivo, ficou decepcionado com aquelas cidades onde ele tinha feito tantos milagres. Afirmou que, se cidades pagãs tivessem visto tantos milagres, teriam se convertido. E aproveitou para lembrar que, no dia do juízo, haverá uma cobrança muito maior para quem teve mais chances na evangelização. É, tem muita gente interessada mais no presente do que no padrinho.

Jesus começou a censurar as cidades onde fora realizada a maior parte de seus milagres, porque não tinham se convertido (Mt 11, 20)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Dá-nos a graça de nos deixarmos guiar pelo amor, não pelo interesse. Na lógica do amor, nós te buscamos porque nos sentimos amados e queremos te amar e viver no teu amor. Na lógica do interesse, alguém te busca para conseguir uma graça ou proteção e te esquece logo que alcança seu objetivo. Sabemos, Senhor, que antes que venhamos bater à tua porta, tu já bateste à nossa, aguardando que a abramos para cear conosco, como está escrito no Livro do Apocalipse. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Essa palavra de hoje merece um bom exame de consciência de sua parte. Pare uns minutinhos, assim que puder, e, em oração, se pergunte: O que o Senhor está me dizendo, hoje, com essa palavra?

Comunicando

Nesta quinta-feira, 14 de julho, temos dois compromissos: a Missa das 11 horas pelo rádio e pelas redes sociais e o Show-Mensagem no Recife, na festa de N. Senhora do Carmo, às 21 horas.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

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