PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: pequeninos
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A ovelhinha que se perdeu.


  10 de dezembro de 2024.  

Terça-feira da 2ª Semana do Advento


 Evangelho. 


Mt 18,12-14


Naquele tempo disse Jesus a seus discípulos: 12Que vos parece? Se um homem tem cem ovelhas, e uma delas se perde, não deixa ele as noventa e nove nas montanhas, para procurar aquela que se perdeu?

13Em verdade vos digo, se ele a encontrar, ficará mais feliz com ela, do que com as noventa e nove que não se perderam. 14Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequeninos.


 Meditação. 


O Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequeninos (Mt 18, 14)

Neste clima de advento, que nos fala de conversão, Jesus conta a história do homem que tem cem ovelhas e uma delas se perde. O pastor deixa as noventa e nove nas montanhas e vai procurar a que se perdeu. Se a encontrar, ficará mais feliz com ela do que com as noventa e nove que não se perderam. Jesus resumiu as lições de sua pequena história dizendo: “O Pai não deseja que se perca nenhum desses pequeninos”.

Você certamente já se perdeu alguma vez, ou não? Todo mundo, quando criança, alguma vez se perdeu dos pais. E pode lembrar o sofrimento que é se sentir perdido, sem ter mais a referência do pai ou da mãe. A criança fica apavorada, sobe uma angústia no peito, é um sofrimento impressionante. De repente, se sente sozinha, sem direção. Tem que procurar alguma saída, mas nem sabe por onde começar. Sente-se abandonada, assustada e desamparada. Essa é a condição da ovelha perdida.

Jesus anunciou que o Reino de Deus estava chegando. Foi assim que ele começou sua missão entre nós. Os evangelhos contam que Jesus, depois da morte de João Batista, voltou para a Galileia e começou a pregar. E era esse o conteúdo de sua pregação: "O tempo já se cumpriu, e o Reino de Deus está próximo. Convertam-se e creiam no evangelho" (Marcos 12, 14-15). Jesus convidava as pessoas a viverem esse novo momento, em que Deus estava muito próximo e vizinho de todos, o Reino de Deus. Com sua palavra, com curas e milagres, ele foi conduzindo muita gente para o caminho de Deus, para viver no seu amor. Com sua morte e ressurreição, o Pai deu aos que crerem no seu filho a possibilidade de viverem na completa comunhão consigo, como seus filhos.

Toda a obra de Jesus foi restabelecer a comunhão do povo com Deus. A Igreja é o resultado desta obra. É o povo novo que nasce da obra redentora de Jesus. Deus sempre quis abraçar o pecador e reintroduzi-lo em sua casa. O pecador é que se distanciou cada vez mais e não sabia mais retornar. A obra de Jesus foi a reconciliação: fez as pazes entre Deus e o povo. Fez o filho pródigo voltar pra casa. Proporcionou o abraço de reconciliação entre Deus e o pecador. Cada um de nós é único, é única. É a ovelha que se perdeu. Sozinhos, não temos como voltar pra casa. Jesus vem nos encontrar. É essa a sua missão: vir buscar e salvar a ovelha perdida.




Guardando a mensagem

O pecador é a ovelha que se perdeu. E a sensação de estar perdido, de se estar sozinho, de se sentir sem chão você conhece, desde criança, quando se perdia de sua mãe ou de seu pai. Conversão seria, assim, nos reconhecermos desgarrados e perdidos e acolhermos o amor do pastor que vem nos resgatar. Na história que Jesus contou, ficamos sabendo que não fomos esquecidos, que ele vem ao nosso encontro, não descansa enquanto não nos resgata, e nos integra no rebanho de Deus, a sua Igreja. É assim que ele faz conosco, quando nos perdemos, quando o pecado nos afasta de Deus e dos irmãos. É assim que precisamos fazer uns com os outros, não abandonando quem se perde ou se afasta.

O Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequeninos (Mt 18, 14)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
tu és o pastor que estás preocupado e comprometido com o resgate da ovelha que se perdeu. Sabemos que não estamos na conta das noventa e nove, pois também nós precisamos de conversão. Somos, isto sim, ovelhas resgatadas por tua misericórdia, transportadas em teus ombros e inseridas na família de Deus. Dá-nos, Senhor, a graça de participar da grande alegria do teu coração de encontrar e salvar a ovelha perdida; e de estar contigo, apoiando, ajudando e participando de tua missão redentora. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

A sugestão, hoje, é que você reze o Salmo 22 (ou 23). É o salmo do bom pastor: O Senhor é o meu pastor, nada me falta.

Comunicando

Vem aí a Novena de Natal dos Associados da AMA, começando quinta-feira próxima, com a santa Missa das 11 horas. 


Pe. João Carlos Ribeiro, sdb 




O Reino é um dom.



   03 de dezembro de 2024.   

Memória de São Francisco Xavier

   Evangelho.   



Lc 10,21-24


21Naquele momento, Jesus exultou no Espírito Santo e disse: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 22Tudo me foi entregue pelo meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho, a não ser o Pai; e ninguém conhece quem é o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. 23Jesus voltou-se para os discípulos e disse-lhes em particular: “Felizes os olhos que veem o que vós vedes! 24Pois eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais vendo, e não puderam ver; quiseram ouvir o que estais ouvindo, e não puderam ouvir”.


   Meditação.   



Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos (Lc 10, 21)

Jesus gosta dessa palavra “pequeninos”. Pode ver que. o tempo todo, ele está cercado por gente sem grande expressão social do seu tempo: pobres, doentes, mulheres, crianças, sofredores de todo tipo. Eles são os pequeninos. Quase toda a atividade de Jesus ocorreu na periferia do mundo judaico, na Galiléia, norte do país, terra de agricultores, artesãos, pescadores, moradores de vilas e pequenas cidades. Os evangelhos nem chegam a citar a capital da Galileia, Tiberíades, onde morava o rei Herodes. Em Jerusalém, capital da Judéia, Jesus ia, basicamente, nas grandes romarias.


Os grandes, os importantes, os ricos tinham mais dificuldade de acolher o Reino. Basta lembrar o episódio do encontro com o jovem rico e o comentário que Jesus fez em seguida: “como é difícil o rico entrar no Reino de Deus”. A Nicodemos, um membro importante do Sinédrio que o procurou à noite, Jesus explicou que ele precisava nascer de novo, renascer do alto. Muitas vezes disse aos discípulos e discípulas que só dava para entrar no Reino de Deus quem fosse como as crianças, isto é, quem se tornasse como os pequeninos ou fosse solidário com eles.


No evangelho de hoje, Jesus está em oração. Ele louva o Pai porque o Reino está sendo revelado aos pequeninos. Igualmente o louva porque, revelando o Reino a uns, o Pai o esconde a outros, os sábios e entendidos. E o que é que está havendo com os sábios e entendidos, isto é, com os estudados, os professores da Lei, os que se sentem conhecedores da Palavra de Deus? Estes fecharam o coração. Não conseguiram ver em Jesus de Nazaré a revelação do Pai amoroso e fiel que fez aliança com Israel. Encheram o peito de presunção de que já sabiam de tudo. E de inveja, sentindo-se ameaçados pela popularidade de Jesus, de seus ensinamentos e de seus milagres.


Embora Jesus pregasse pra todo mundo, a todos procurasse iniciar no Reino, via-se cercado de gente simples e pobre, pecadores, sofredores. Os grandes também se aproximavam, mas quase sempre para censurar, para tentar coibir a sua palavra, para desafiá-lo... Estes tentavam desmoralizar o seu ministério ou encontrar motivo para denúncias e perseguições. Os grandes fecharam o coração. Os pequenos abriram-se à obra de Deus. É o que Jesus está vendo. E por isso está louvando o Pai.





Guardando a mensagem


Jesus rezou, publicamente, louvando o Pai porque este estava revelando o Reino aos pequeninos. E o estava revelando por meio do Filho. Em Jesus, reconhecemos a bondade e a misericórdia do nosso Deus, atuando em favor do seu povo. Os grandes fecharam o coração. Os grupos de poder rejeitaram Jesus. Os pobres e os pecadores aproximaram-se dele, acolhendo o Reino que ele anunciava. A lógica de Jesus é a lógica do Pai. Ele escolhe os pequenos. A lógica de Jesus deve ser a nossa também. Valorizemos os pequenos. O Reino é deles. No sermão da Montanha ele disse: “Felizes os pobres porque o Reino de Deus é deles”. Tornemo-nos pequenos, sejamos solidários com eles, se quisermos ter parte no Reino.


Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos (Lc 10, 21)

Rezando a palavra


Senhor Jesus,

na oração que nos ensinaste, pedimos ao Pai: “venha a nós o vosso Reino!” Tu nos ensinaste a rezar assim para que entendamos que o Reino é um dom que nos vem do Pai, não é uma conquista de nossas obras, de nossa inteligência ou de nossa santidade. O Reino vem a nós por pura bondade e graça de Deus, nosso Pai. E és tu, Senhor Jesus, que nos revelas o Pai, que nos comunicas o seu Reino, sua presença amorosa em nossa história. Venha a nós o vosso Reino! Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra


Hoje, durante o dia, reze com Jesus, mais de uma vez: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos”.


Comunicando


O nosso programa no rádio é transmitido em cerca de 200 emissoras parceiras. Ontem, demos as boas vindas à Rádio Pajeú FM, de Afogados da Ingazeira, no sertão pernambucano. Hoje, as boas vindas são para a Rádio Ecclesia FM, da cidade de Benguela, em Angola, na África. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Os que abriram o coração.



  05 de outubro de 2024.  

Sábado da 26ª Semana do Tempo Comum


  Evangelho.  


Lc 10,17-24

Naquele tempo, 17os setenta e dois voltaram muito contentes, dizendo: “Senhor, até os demônios nos obedeceram por causa do teu nome”.
18Jesus respondeu: “Eu vi Satanás cair do céu, como um relâmpago. 19Eu vos dei o poder de pisar em cima de cobras e escorpiões e sobre toda a força do inimigo. E nada vos poderá fazer mal. 20Contudo, não vos alegreis porque os espíritos vos obedecem. Antes, ficai alegres porque vossos nomes estão escritos no céu”.
21Naquele momento, Jesus exultou no Espírito Santo e disse: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado.
22Tudo me foi entregue pelo meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho, a não ser o Pai; e ninguém conhece quem é o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”.
23Jesus voltou-se para os discípulos e disse-lhes em particular: “Felizes os olhos que veem o que vós vedes! 24Pois eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais vendo, e não puderam ver; quiseram ouvir o que estais ouvindo, e não puderam ouvir”.



  Meditação.  


Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos (Lc 10, 21).

Depois que os setenta e dois discípulos voltam da missão, eles, muito contentes, contam a Jesus todo o bem que fizeram e presenciaram. Foram bem recebidos, levaram a notícia de que Jesus iria visitar aquelas localidades, rezaram pelos doentes.. a missão fora um sucesso. Jesus também fica contente com as notícias que eles trouxeram, diz palavras de incentivo e, cheio do Espírito Santo, faz uma linda louvação a Deus: 
“Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos”.

Ele louva o Pai porque o Reino estava sendo revelado aos pequeninos. Igualmente o louva porque, revelando o Reino a uns, o Pai o esconde a outros, os sábios e entendidos. E o que é que está havendo com os sábios e entendidos, isto é, com os estudados, os professores da Lei, os que se sentiam conhecedores da Palavra de Deus? Estes fecharam o coração. Não conseguiram ver em Jesus de Nazaré a revelação do Pai amoroso e fiel que fizera aliança com Israel. Encheram o peito de presunção de que já sabiam de tudo e de inveja, sentindo-se ameaçados pela fama de Jesus, de seus ensinamentos e de seus milagres.

Embora Jesus pregasse pra todo mundo, a todos procurasse iniciar no Reino, via-se cercado de gente simples e pobre, pecadores, sofredores de todo tipo. Os grandes também se aproximavam, mas, em geral, para censurar, para tentar coibir a sua palavra, para desafiá-lo... Estes tentavam desmoralizar o seu ministério ou encontrar motivo para denúncias e perseguições. Os grandes fecharam o coração. Os pequenos abriram-se à obra de Deus. É o que Jesus está vendo. E por isso está louvando o Pai.




Guardando a mensagem

Jesus rezou, publicamente, louvando o Pai porque este estava revelando o Reino aos pequeninos. E o estava revelando por meio do Filho. Em Jesus, reconhecemos a bondade e a misericórdia do nosso Deus, atuando em favor do seu povo. Os grandes fecharam o coração. As elites rejeitaram Jesus. Os pobres e os pecadores aproximaram-se dele, acolhendo o Reino que ele anunciava. Aprendamos com Jesus, aprendamos com o Pai. Valorizemos os pequenos. O Reino é deles. Tornemo-nos pequenos, sejamos solidários com eles, se quisermos ter parte no Reino.

Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos (Lc 10, 21)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
na oração que nos ensinaste, pedimos ao Pai: “venha a nós o vosso Reino!” . Tu nos ensinaste a rezar assim para que entendamos que o Reino é um dom que nos vem do Pai, não é uma conquista de nossas ações ou de nossa santidade. O Reino vem a nós por pura bondade e graça de Deus, nosso Pai. E és tu, Senhor Jesus, que nos revelas o Pai, que nos comunicas o seu Reino, a sua presença amorosa em nossa história. Venha a nós o vosso Reino! Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Hoje, reze com Jesus, mais de uma vez: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos”.

O exercício da cidadania é uma área importante de nossa vida, como seguidores de Cristo. O nosso voto, amanhã, seja um ato de louvor a Deus e de comunhão com o nosso povo, sobretudo com os pequeninos, os mais sofridos. Assim, seja um voto consciente, livre, responsável.


Comunicando

Estamos praticamente no início desse Mês do Rosário. Por isso, relembro: o desafio desse mês é rezar o terço todos os dias. Será que você vai topar o desafio? Se você não se achar em condições de enfrentar o desafio, pelo menos aceite rezar um mistério do terço, cada dia: um Pai Nosso e 10 Ave Marias. 

Segunda-feira, temos o Encontro dos Ouvintes, no Recife. Será na Paróquia da Mustardinha. E você pode nos acompanhar pelo rádio ou pelo Youtube. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb 

Os pequenos acolhem o Reino.



   05 de dezembro de 2023.   

Terça-feira da 1ª Semana do Advento

   Evangelho.   



Lc 10,21-24


21Naquele momento, Jesus exultou no Espírito Santo e disse: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 22Tudo me foi entregue pelo meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho, a não ser o Pai; e ninguém conhece quem é o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. 23Jesus voltou-se para os discípulos e disse-lhes em particular: “Felizes os olhos que veem o que vós vedes! 24Pois eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais vendo, e não puderam ver; quiseram ouvir o que estais ouvindo, e não puderam ouvir”.


   Meditação.   



Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos (Lc 10, 21)

Jesus gosta dessa palavra “pequeninos”. Pode ver que. o tempo todo, ele está cercado por gente sem grande expressão social do seu tempo: pobres, doentes, mulheres, crianças, sofredores de todo tipo. Eles são os pequeninos. Quase toda a atividade de Jesus ocorreu na periferia do mundo judaico, na Galiléia, norte do país, terra de agricultores, artesãos, pescadores, moradores de vilas e pequenas cidades. Os evangelhos nem chegam a citar a capital da Galileia, Tiberíades, onde morava o rei Herodes. Em Jerusalém, capital da Judéia, Jesus ia, basicamente, nas grandes romarias.


Os grandes, os importantes, os ricos tinham mais dificuldade de acolher o Reino. Basta lembrar o episódio do encontro com o jovem rico e o comentário que Jesus fez em seguida: “como é difícil o rico entrar no Reino de Deus”. A Nicodemos, um membro importante do Sinédrio que o procurou à noite, Jesus explicou que ele precisava nascer de novo, renascer do alto. Muitas vezes disse aos discípulos e discípulas que só dava para entrar no Reino de Deus quem fosse como as crianças, isto é, quem se tornasse como os pequeninos ou fosse solidário com eles.


No evangelho de hoje, Jesus está em oração. Ele louva o Pai porque o Reino está sendo revelado aos pequeninos. Igualmente o louva porque, revelando o Reino a uns, o Pai o esconde a outros, os sábios e entendidos. E o que é que está havendo com os sábios e entendidos, isto é, com os estudados, os professores da Lei, os que se sentem conhecedores da Palavra de Deus? Estes fecharam o coração. Não conseguiram ver em Jesus de Nazaré a revelação do Pai amoroso e fiel que fez aliança com Israel. Encheram o peito de presunção de que já sabiam de tudo. E de inveja, sentindo-se ameaçados pela popularidade de Jesus, de seus ensinamentos e de seus milagres.


Embora Jesus pregasse pra todo mundo, a todos procurasse iniciar no Reino, via-se cercado de gente simples e pobre, pecadores, sofredores. Os grandes também se aproximavam, mas quase sempre para censurar, para tentar coibir a sua palavra, para desafiá-lo... Estes tentavam desmoralizar o seu ministério ou encontrar motivo para denúncias e perseguições. Os grandes fecharam o coração. Os pequenos abriram-se à obra de Deus. É o que Jesus está vendo. E por isso está louvando o Pai.





Guardando a mensagem


Jesus rezou, publicamente, louvando o Pai porque este estava revelando o Reino aos pequeninos. E o estava revelando por meio do Filho. Em Jesus, reconhecemos a bondade e a misericórdia do nosso Deus, atuando em favor do seu povo. Os grandes fecharam o coração. Os grupos de poder rejeitaram Jesus. Os pobres e os pecadores aproximaram-se dele, acolhendo o Reino que ele anunciava. A lógica de Jesus é a lógica do Pai. Ele escolhe os pequenos. A lógica de Jesus deve ser a nossa também. Valorizemos os pequenos. O Reino é deles. No sermão da Montanha ele disse: “Felizes os pobres porque o Reino de Deus é deles”. Tornemo-nos pequenos, sejamos solidários com eles, se quisermos ter parte no Reino.


Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos (Lc 10, 21)

Rezando a palavra


Senhor Jesus,

na oração que nos ensinaste, pedimos ao Pai: “venha a nós o vosso Reino!” Tu nos ensinaste a rezar assim para que entendamos que o Reino é um dom que nos vem do Pai, não é uma conquista de nossas obras, de nossa inteligência ou de nossa santidade. O Reino vem a nós por pura bondade e graça de Deus, nosso Pai. E és tu, Senhor Jesus, que nos revelas o Pai, que nos comunicas o seu Reino, sua presença amorosa em nossa história. Venha a nós o vosso Reino! Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra


Hoje, durante o dia, reze com Jesus, mais de uma vez: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos”.


Comunicando


Em nome da Associação Missionária Amanhecer (AMA), fica aqui a nossa gratidão a você que participou ontem da Campanha 'Oferta de Final de Ano'. Estamos rezando por você e sua família, pedindo ao Bom Deus que o seu natal seja de paz, saúde e prosperidade.

Nesta semana, faço show no Recife, na quinta-feira, dia 07, na festa do Morro da Conceição e na cidade de Grossos, Rio Grande do Norte, na sexta, dia 08, na festa da emancipação do município.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Sob a proteção dos arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael




   29 de setembro de 2023.   

Dia dos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael


   Evangelho.   


Jo 1,47-51


Naquele tempo, 47Jesus viu Natanael que vinha para ele e comentou: “Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade”. 48Natanael perguntou: “De onde me conheces?” Jesus respondeu: “Antes que Filipe te chamasse, enquanto estavas debaixo da figueira, eu te vi”. 49Natanael respondeu: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel”. 50Jesus disse: “Tu crês porque te disse: ‘Eu te vi debaixo da figueira?’ Coisas maiores que esta verás!” 51E Jesus continuou: “Em verdade, em verdade eu vos digo: Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”.


   Meditação.   


Vocês verão o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem (Jo 1, 51)


Jesus chamou Felipe para segui-lo. Filipe encontrou-se com Natanael e lhe contou que tinha encontrado o Messias, Jesus de Nazaré. Mesmo cheio de preconceito contra o povo de Nazaré, Natanael acompanhou Felipe que o levou até Jesus. Na verdade, Jesus já o conhecia, para admiração de Natanael. Foi quando Jesus lhe disse que ele iria presenciar coisas muito maiores. “Vocês verão o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem” (Jo 1, 51)


Para entender essa palavra de Jesus a Natanael é preciso lembrar o sonho de Jacó, contado no livro do Gênesis cap. 28. Jacó, em viagem, dormindo ao relento, teve um sonho. Viu uma escada apoiada no chão e com a outra ponta tocando o céu. Por essa escada, os anjos de Deus subiam e desciam. Lá, no topo, da escada, lá em cima no céu, estava Deus sentado no seu trono. E ele se apresentou a Jacó. Disse que era o Deus de Abraão, seu antepassado, Deus de Isaac, seu pai. E que lhe daria toda aquela terra por onde ele e sua família peregrinavam.


Qual será o significado desse sonho de Jacó? O que seria essa escada da terra ao céu com os anjos subindo e descendo por ela? Esse sonho foi uma profunda experiência de Deus em que o Senhor revelou ao seu servo uma comunicação direta entre o céu e a terra, entre Deus e o seu povo. Estava aberto um canal de comunicação direta com o Senhor. Os anjos são seus mensageiros, vêm da parte de Deus. E levam a Deus nossas preces, os nossos rogos, nossos louvores. O céu aberto e os anjos indo e vindo pela escada é o tempo novo da comunhão entre o céu e a terra, entre Deus e os seus servos. Esse tempo sonhado por Jacó chegou plenamente com a presença de Jesus entre nós.


É o que Jesus disse a Natanael: Vocês verão o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem. Note essa parte: os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem. O Filho do homem é Jesus. Jesus nos abriu as portas do céu. A escada é ele mesmo. Jesus é a comunicação perfeita com o Pai, é aquele que nos liga ao Pai, é por ele que o Pai nos fala e se comunica conosco. Note que em todas as orações da Igreja, concluímos sempre dizendo: “Por Cristo, nosso Senhor”. ‘Por Cristo’ quer dizer por meio dele. Ele é o mediador entre o céu e a terra, a escada por onde nos comunicamos com o céu e por onde o Pai se comunica conosco.





Guardando a mensagem


Quando Natanael começou a seguir Jesus, o Mestre lhe disse que ele iria ver o céu aberto e os anjos subindo e descendo. Era uma referência ao sonho de Jacó, a comunicação direta entre o céu e a terra. Com Jesus, temos agora um canal de comunicação direta com Deus, o Pai, uma escada por onde podemos ascender ao céu. Lembre o que Jesus falou: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim”. É por ele que chegamos ao Pai. É por ele, que o Pai nos abençoa e nos conduz. Ele é o mediador entre o céu e a terra. Ele é a escada.


Vocês verão o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem (Jo 1, 51)


Rezando a palavra


Senhor Jesus,

hoje festejamos os anjos Miguel, Gabriel e Rafael. Na visão que Jacó teve da escada que unia a terra ao céu, ele viu os anjos subindo e descendo por ela. Com a tua obra redentora, Senhor Jesus, chegou esse tempo de comunhão entre o céu e a terra. Agora, sim, agora os anjos mensageiros de Deus e portadores de nossas preces podem estar em plena ação. Pois agora, essa comunicação entre o céu e a terra é possível por meio de ti, mediador da humanidade junto do Pai. Obrigado, Senhor. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra


Jesus chamou Felipe para segui-lo. E Felipe chamou Natanael para conhecer Jesus. Se hoje, aparecer uma oportunidade para falar de Jesus a alguém... faça como Felipe. Não se deixe intimidar pelo preconceito. Fale do seu encontro com Jesus a essa pessoa.


Comunicando

Chegamos hoje ao penúltimo dia do Curso Bíblico sobre a Carta aos Efésios. Vai ter um tempinho hoje? Você só tem a ganhar.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

A quem Deus revela o seu Reino.



   19 de julho de 2023.   

Quarta-feira da 15ª Semana do Tempo Comum


   Evangelho.   


Mt 11,25-27


25Naquele tempo, Jesus pôs-se a dizer: “Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. 26Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 27Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”


   Meditação.   


Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos (Mt 11, 25)


Jesus usa muito a palavra “pequeninos”. O tempo todo, ele está cercado por gente sem grande expressão social, pobres, doentes, mulheres, crianças, sofredores de todo tipo. Eles são os pequeninos. Quase toda a atividade de Jesus ocorreu na periferia do mundo judaico, na Galiléia, norte do país, terra de agricultores, artesãos, pescadores, moradores de vilas e pequenas cidades. Os evangelhos nem chegam a citar a capital da Galileia, Tiberíades, onde morava o rei Herodes. Em Jerusalém, capital da Judéia, Jesus ia, basicamente, nas grandes romarias.


Os grandes, os importantes, os ricos tinham mais dificuldade de acolher o Reino. Basta lembrar o episódio do encontro com o jovem rico e o comentário que Jesus fez em seguida: “Como é difícil o rico entrar no Reino de Deus”. A Nicodemos, um membro importante do Sinédrio que o procurou à noite, Jesus explicou que ele precisava nascer de novo, renascer do alto. Muitas vezes disse aos discípulos e discípulas que só dava para entrar no Reino de Deus quem fosse como as crianças, isto é, quem se tornasse como os pequeninos ou fosse solidário com eles.


No evangelho de hoje, Jesus está em oração. Ele louva o Pai porque o Reino está sendo revelado aos pequeninos. Igualmente o louva porque, revelando o Reino a uns, o Pai o esconde a outros, os sábios e entendidos. E o que é que está havendo com os sábios e entendidos, isto é, com os estudados, os professores da Lei, os que se sentiam conhecedores da Palavra de Deus? Estes fecharam o coração. Não conseguiram ver em Jesus de Nazaré a revelação do Pai amoroso e fiel que fez aliança com Israel. Encheram o peito de presunção de que já sabiam de tudo. E de inveja, sentindo-se ameaçados pela popularidade de Jesus, por seus ensinamentos e por seus milagres.


Embora Jesus pregasse pra todo mundo, a todos procurasse iniciar no Reino, via-se cercado de gente simples e pobre, pecadores, sofredores. Os grandes também se aproximavam, mas quase sempre para censurar, para tentar coibir a sua palavra, para desafiá-lo... Estes tentavam desmoralizar o seu ministério ou encontrar motivo para denúncias e perseguições. Os grandes fecharam o coração. Os pequenos abriram-se à obra de Deus. É o que Jesus está vendo. E por isso está louvando o Pai.



Guardando a mensagem


Jesus rezou, publicamente, louvando o Pai porque este estava revelando o Reino aos pequeninos. E o estava revelando por meio do Filho. Em Jesus, reconhecemos a bondade e a misericórdia do nosso Deus, atuando em favor do seu povo. Os grandes fecharam o coração. Os grupos de poder rejeitaram Jesus. Os pobres e os pecadores aproximaram-se dele, acolhendo o Reino que ele anunciava. A lógica de Jesus é a lógica do Pai. Ele escolhe os pequenos. A lógica de Jesus deve ser a nossa também. Valorizemos os pequenos. O Reino é deles. No sermão da Montanha ele disse: “Felizes os pobres porque o Reino de Deus é deles”. Tornemo-nos pequenos, sejamos solidários com eles, se quisermos ter parte no Reino.


Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos (Mt 11, 25)


Rezando a palavra


Senhor Jesus,

na oração que nos ensinaste, pedimos ao Pai: “venha a nós o vosso Reino!”. Tu nos ensinaste a rezar assim para que entendamos que o Reino é, antes de tudo, um dom que nos vem do Pai, não é uma conquista de nossas obras, de nossa inteligência ou de nossa santidade. O Reino vem a nós por pura bondade e graça de Deus, nosso Pai. E és tu, Senhor Jesus, que nos revelas o Pai, que nos comunicas o seu Reino, sua presença amorosa em nossa história. Venha a nós o vosso Reino! Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém


Vivendo a palavra


Hoje, durante o dia, reze com Jesus, mais de uma vez: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos”.


Comunicando

Como todas as quartas-feia, hoje é dia de Encontros no Youtube. O convidado de hoje é o missionário Hamilton Apolônio, fundador da Comunidade Católica Boa Nova. Hamilton é também criador de inspiradas canções religiosas. Canal Padre João Carlos, no YouTube. É hoje, às oito da noite. Espero por você.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Descubra quem foi a ovelha que se perdeu.

 


06 de dezembro de 2022

Terça-feira da 2ª Semana do Advento

EVANGELHO


Mt 18,12-14


Naquele tempo disse Jesus a seus discípulos: 12Que vos parece? Se um homem tem cem ovelhas, e uma delas se perde, não deixa ele as noventa e nove nas montanhas, para procurar aquela que se perdeu?

13Em verdade vos digo, se ele a encontrar, ficará mais feliz com ela, do que com as noventa e nove que não se perderam. 14Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequeninos.


MEDITAÇÃO


O Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequeninos (Mt 18, 14)

Neste clima de advento, que nos fala de conversão, Jesus conta a história do homem que tem cem ovelhas e uma delas se perde. O pastor deixa as noventa e nove nas montanhas e vai procurar a que se perdeu. Se a encontrar, ficará mais feliz com ela do que com as noventa e nove que não se perderam. Jesus resumiu as lições de sua pequena história dizendo: “O Pai não deseja que se perca nenhum desses pequeninos”.

Você certamente já se perdeu alguma vez, ou não? Todo mundo, quando criança, alguma vez se perdeu dos pais. E pode lembrar o sofrimento que é se sentir perdido, sem ter mais a referência do pai ou da mãe. A criança fica apavorada, sobe uma angústia no peito, é um sofrimento impressionante. De repente, se sente sozinha, sem direção. Tem que procurar alguma saída, mas nem sabe por onde começar. Sente-se abandonada, assustada e desamparada. Essa é a condição da ovelha perdida.

Jesus anunciou que o Reino de Deus estava chegando. Foi assim que ele começou sua missão entre nós. Os evangelhos contam que Jesus, depois da morte de João Batista, voltou para a Galileia e começou a pregar. E era esse o conteúdo de sua pregação: "O tempo já se cumpriu, e o Reino de Deus está próximo. Convertam-se e creiam no evangelho" (Marcos 12, 14-15). Jesus convidava as pessoas a viverem esse novo momento, em que Deus estava muito próximo e vizinho de todos, o Reino de Deus. Com sua palavra, com curas e milagres, ele foi conduzindo muita gente para o caminho de Deus, para viver no seu amor. Com sua morte e ressurreição, o Pai deu aos que crerem no seu filho a possibilidade de viverem na completa comunhão consigo, como seus filhos.

Toda a obra de Jesus foi restabelecer a comunhão do povo com Deus. A Igreja é o resultado desta obra. É o povo novo que nasce da obra redentora de Jesus. Deus sempre quis abraçar o pecador e reintroduzi-lo em sua casa. O pecador é que se distanciou cada vez mais e não sabia mais retornar. A obra de Jesus foi a reconciliação: fez as pazes entre Deus e o povo. Fez o filho pródigo voltar pra casa. Proporcionou o abraço de reconciliação entre Deus e o pecador. Cada um de nós é único, é única. É a ovelha que se perdeu. Sozinhos, não temos como voltar pra casa. Jesus vem nos encontrar. É essa a sua missão: vir buscar e salvar a ovelha perdida.


Guardando a mensagem

O pecador é a ovelha que se perdeu. E a sensação de estar perdido, de se estar sozinho, de se sentir sem chão você conhece, desde criança, quando se perdia de sua mãe ou de seu pai. Conversão seria, assim, nos reconhecermos desgarrados e perdidos e acolhermos o amor do pastor que vem nos resgatar. Na história que Jesus contou, ficamos sabendo que não fomos esquecidos, que ele vem ao nosso encontro, não descansa enquanto não nos resgata, e nos integra no rebanho de Deus, a sua Igreja. É assim que ele faz conosco, quando nos perdemos, quando o pecado nos afasta de Deus e dos irmãos. É assim que precisamos fazer uns com os outros, não abandonando quem se perde ou se afasta.

O Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequeninos (Mt 18, 14)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
tu és o pastor que estás preocupado e comprometido com o resgate da ovelha que se perdeu. Sabemos que não estamos na conta das noventa e nove, pois também nós precisamos de conversão. Somos, isto sim, ovelhas resgatadas por tua misericórdia, transportadas em teus ombros e inseridas na família de Deus. Dá-nos, Senhor, a graça de participar da grande alegria do teu coração de encontrar e salvar a ovelha perdida; e de estar contigo, apoiando, ajudando e participando de tua missão redentora. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

A sugestão, hoje, é que você reze o Salmo 22 (ou 23). É o salmo do bom pastor: O Senhor é o meu pastor, nada me falta.

Comunicando

Dia 15, começa a Novena de Natal. Nós, da AMA (Associação Missionária Amanhecer) preparamos a Novena do Emanuel para rezar com vocês pelo rádio e pelas redes sociais, de 15 a 23 de dezembro. Nós vamos enviar o arquivo para quem quiser imprimir o texto da novena. Também enviaremos o e-book para quem quiser seguir pelo celular. Mas, estamos em dúvida quanto ao horário em que vamos apresentar a Novena: à tarde, como no ano passado (às 15 horas) ou à noite (20 horas)? Gostaríamos de ouvir sua opinião. Está seguindo um formulário para você votar no melhor horário.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb 

Os pequeninos acolhem o Reino de Deus




29 de novembro de 2022

Terça-feira da 1ª Semana do Advento

EVANGELHO



Lc 10,21-24


21Naquele momento, Jesus exultou no Espírito Santo e disse: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 22Tudo me foi entregue pelo meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho, a não ser o Pai; e ninguém conhece quem é o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. 23Jesus voltou-se para os discípulos e disse-lhes em particular: “Felizes os olhos que veem o que vós vedes! 24Pois eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais vendo, e não puderam ver; quiseram ouvir o que estais ouvindo, e não puderam ouvir”.


MEDITAÇÃO



Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos (Lc 10, 21)

Jesus gosta dessa palavra “pequeninos”. Pode ver que. o tempo todo, ele está cercado por gente sem grande expressão social do seu tempo: pobres, doentes, mulheres, crianças, sofredores de todo tipo. Eles são os pequeninos. Quase toda a atividade de Jesus ocorreu na periferia do mundo judaico, na Galiléia, norte do país, terra de agricultores, artesãos, pescadores, moradores de vilas e pequenas cidades. Os evangelhos nem chegam a citar a capital da Galileia, Tiberíades, onde morava o rei Herodes. Em Jerusalém, capital da Judéia, Jesus ia, basicamente, nas grandes romarias.


Os grandes, os importantes, os ricos tinham mais dificuldade de acolher o Reino. Basta lembrar o episódio do encontro com o jovem rico e o comentário que Jesus fez em seguida: “como é difícil o rico entrar no Reino de Deus”. A Nicodemos, um membro importante do Sinédrio que o procurou à noite, Jesus explicou que ele precisava nascer de novo, renascer do alto. Muitas vezes disse aos discípulos e discípulas que só dava para entrar no Reino de Deus quem fosse como as crianças, isto é, quem se tornasse como os pequeninos ou fosse solidário com eles.


No evangelho de hoje, Jesus está em oração. Ele louva o Pai porque o Reino está sendo revelado aos pequeninos. Igualmente o louva porque, revelando o Reino a uns, o Pai o esconde a outros, os sábios e entendidos. E o que é que está havendo com os sábios e entendidos, isto é, com os estudados, os professores da Lei, os que se sentem conhecedores da Palavra de Deus? Estes fecharam o coração. Não conseguiram ver em Jesus de Nazaré a revelação do Pai amoroso e fiel que fez aliança com Israel. Encheram o peito de presunção de que já sabiam de tudo. E de inveja, sentindo-se ameaçados pela popularidade de Jesus, de seus ensinamentos e de seus milagres.


Embora Jesus pregasse pra todo mundo, a todos procurasse iniciar no Reino, via-se cercado de gente simples e pobre, pecadores, sofredores. Os grandes também se aproximavam, mas quase sempre para censurar, para tentar coibir a sua palavra, para desafiá-lo... Estes tentavam desmoralizar o seu ministério ou encontrar motivo para denúncias e perseguições. Os grandes fecharam o coração. Os pequenos abriram-se à obra de Deus. É o que Jesus está vendo. E por isso está louvando o Pai.



Guardando a mensagem


Jesus rezou, publicamente, louvando o Pai porque este estava revelando o Reino aos pequeninos. E o estava revelando por meio do Filho. Em Jesus, reconhecemos a bondade e a misericórdia do nosso Deus, atuando em favor do seu povo. Os grandes fecharam o coração. Os grupos de poder rejeitaram Jesus. Os pobres e os pecadores aproximaram-se dele, acolhendo o Reino que ele anunciava. A lógica de Jesus é a lógica do Pai. Ele escolhe os pequenos. A lógica de Jesus deve ser a nossa também. Valorizemos os pequenos. O Reino é deles. No sermão da Montanha ele disse: “Felizes os pobres porque o Reino de Deus é deles”. Tornemo-nos pequenos, sejamos solidários com eles, se quisermos ter parte no Reino.


Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos (Lc 10, 21)

Rezando a palavra


Senhor Jesus,

na oração que nos ensinaste, pedimos ao Pai: “venha a nós o vosso Reino!” Tu nos ensinaste a rezar assim para que entendamos que o Reino é um dom que nos vem do Pai, não é uma conquista de nossas obras, de nossa inteligência ou de nossa santidade. O Reino vem a nós por pura bondade e graça de Deus, nosso Pai. E és tu, Senhor Jesus, que nos revelas o Pai, que nos comunicas o seu Reino, sua presença amorosa em nossa história. Venha a nós o vosso Reino! Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra


Hoje, durante o dia, reze com Jesus, mais de uma vez: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos”.


Comunicando


Começamos o tempo do advento, tempo de preparação para a acolhida de Jesus que vem. Amanhã, começa a novena da Imaculada Conceição nas comunidades. E daqui a pouco chega a novena de natal. São iniciativas que nos ajudam a viver esse tempo do advento como tempo de conversão.


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