PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA

Na abertura do mês de maio, o dia de São José Operário


1º de maio de 2023

   Dia De São José Operário.  

Abertura do mês mariano


                              Evangelho                                 

Mt 13,54-58

Naquele tempo, 54dirigindo-se para a sua terra, Jesus ensinava na sinagoga, de modo que ficavam admirados. E diziam: “De onde lhe vêm essa sabedoria e esses milagres? 55Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? 56E suas irmãs não moram conosco? Então, de onde lhe vem tudo isso?” 57E ficaram escandalizados por causa dele. Jesus, porém, disse: “Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!” 58E Jesus não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham fé.


                                Meditação.                               

Não é ele o filho do carpinteiro? (Mt 13, 55)

Jesus estava na sinagoga de sua terra, Nazaré. A sua pregação não foi bem acolhida. Murmuravam, estranhando a sabedoria que ele demonstrava e a fama dos seus milagres. Não lhe deram valor. Jesus disse: “Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!”

Isso que Jesus falou "nenhum profeta é bem recebido em sua pátria" foi uma afirmação, uma reclamação ou uma lamentação? Seus conterrâneos de Nazaré não quiseram lhe dar crédito. Ele estava explicando que as palavras do livro santo estavam se cumprindo naquela ocasião, em sua missão. Começaram a murmurar, achando que Jesus estava indo longe demais. Todos o conheciam, era o filho do carpinteiro. Seus parentes eram todos conhecidos naquela vila de Nazaré. De onde lhe viria tanta sabedoria? E chegaram a expulsá-lo da sinagoga e da Vila. A acolhida fria, desconfiada e violenta dos seus conterrâneos dava razão ao ditado "nenhum profeta é bem recebido em sua pátria". Foi uma lamentação o que Jesus disse, não foi uma afirmação. Não é que tem que ser assim. Infelizmente, é assim que acontece.

"Santo de casa não faz milagres" é o ditado que ainda corre o mundo. Mas isto não quer dizer que seja uma coisa correta. Por que é que nós não damos valor à prata da casa? Por que vemos com desconfiança alguém que nós conhecemos que ascendeu na vida, que se tornou um profissional renomado ou assumiu uma posição de liderança em nossa vizinhança? Na verdade, quando desqualificamos alguém do nosso grupo, estamos desqualificando a nós mesmos. Não acredito no outro porque não acredito em mim. Aquele discípulo de Jesus, Natanael, quando ouviu falar de Jesus fez um comentário preconceituoso que representava boa parte da opinião corrente: "Por acaso de Nazaré pode sair alguma coisa boa?". Olha o preconceito! Será que os conterrâneos de Jesus tinham introjetado esse preconceito contra eles mesmos? Ou será que trancaram o coração por pura inveja? Ou quem sabe agiram como nós continuamos agindo porque não nos valorizamos, não damos valor ao que é da terra, considerando que o melhor é sempre o de fora, o do outro grupo, o da outra rua. Com certeza, foi tudo isso junto e muito mais.

Sobre São José, o Papa Francisco escreveu naquela carta Patris Corde, de 2020: "Um aspeto que carateriza São José – e tem sido evidenciado desde os dias da primeira encíclica social, a Rerum novarum de Leão XIII – é a sua relação com o trabalho. São José era um carpinteiro que trabalhou honestamente para garantir o sustento da sua família. Com ele, Jesus aprendeu o valor, a dignidade e a alegria do que significa comer o pão fruto do próprio trabalho." Ser filho de José, carpinteiro da Vila de Nazaré, só poderia ser motivo de honra e de orgulho para Jesus. 


Guardando a mensagem

Jesus, pregando na Sinagoga de Nazaré, sentiu fortemente o descrédito dos seus conterrâneos, dos seus amigos de infância, dos seus parentes. Refletiu que isso repetia a história deles mesmos: a desvalorização das pessoas de sua convivência, movidos, quem sabe, pelo preconceito, pela inveja ou pela alienação de seu próprio valor. Nessa lógica humana, mesquinha, alienada, Jesus para ser o salvador enviado por Deus devia ter chegado de fora, com toda pompa e poder, quem sabe arrodeado por um exército luminoso de anjos, sei lá... Que viesse de fora, de outro país, ou pelo menos de Jerusalém, da capital ou fosse membro das elites de Israel. Mas essa não foi a lógica de Deus e não foi assim que Jesus realizou sua missão. São João foi claro: "O verbo se fez carne". Ele abaixou-se, assumiu a nossa fraqueza. Encarnou-se na periferia do mundo, identificou-se com os humildes e nos resgatou desde lá de baixo. Essa é a lógica de Deus. É nessa lógica que podemos reconhecer Jesus e crescer em direção à plenitude. Acreditar em nós mesmos. Valorizar as possibilidades de nossa própria condição. Apostar que santo de casa é que faz milagre.

Não é ele o filho do carpinteiro? (Mt 13, 55)

Rezando a Palavra

Senhor Jesus,
na sinagoga de Nazaré, vê-se claramente como o preconceito produz exclusão e violência. Os teus conterrâneos de Nazaré te expulsaram da cidade. E alguns mais exaltados queriam te empurrar no precipício. Verdade, o preconceito produz violência. Ao desclassificar uma pessoa (por razão de cor, de religião, de opção sexual, de classe social,...), deixamos de reconhecer a sua dignidade e ela torna-se alvo fácil do ódio, da discriminação, da violência física. Fortalece, Senhor, com a força do teu Santo Espírito, o nosso caminho de conversão para agirmos sempre com verdadeiro acolhimento das pessoas, com grande respeito à sua dignidade e à sua liberdade. Teu pai aqui na terra era um carpinteiro, um trabalhador. Tinhas orgulho dele, quando as pessoas te reconheciam como ‘filho do carpinteiro’. Abençoa, Senhor, todo o povo trabalhador que hoje celebra o seu dia. Conforta com a tua bênção os desempregados, tão numerosos e os aposentados também. Sustenta-nos, com o teu Espírito, no caminho da fraternidade e da justiça. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a Palavra

Rezar o terço é meditar o evangelho: é rezar a vida de Jesus, ao lado de Maria.  O desafio deste mês é rezar o terço todo dia. O dia de começar é hoje, primeiro de maio, abertura do mês mariano. 
Você topa o desafio?

Comunicando

O Mês de Maio é uma oportunidade preciosa para a evangelização de nossas famílias. Vou lhe deixar dois conselhos: o primeiro é que, neste mês, tenha, em sua casa, um altarzinho dedicado a Nossa Senhora. E o segundo: faça todo esforço para ser fiel à récita diária do terço mariano, neste mês.

Estou lhe enviando um página com orientações de como rezar o terço e fazer a contemplação dos mistérios. É só seguir o link que lhe enviei pelo celular. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb


          COMO REZAR O TERÇO           




“PELO SINAL da Santa Cruz, livrai-nos, Deus, Nosso Senhor, dos nossos inimigos”. “Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.”

Oferecimento do Terço
“Divino Jesus, nós vos oferecemos este terço que vamos rezar, contemplando os mistérios da nossa Redenção. Concedei-nos pela intercessão de Maria, vossa Mãe Santíssima, a quem nos dirigimos, as virtudes para bem rezá-lo e a graça de ganharmos as indulgências desta santa devoção. Oferecemos particularmente (colocam-se as intenções).”

Oração do Credo - (Na Cruzinha)
Creio em Deus Pai, todo poderoso, criador do céu e da terra, e em Jesus Cristo seu único Filho, Nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus e está sentado à direita de Deus Pai todo poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos; creio no Espírito Santo, na santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na Ressurreição da carne e na vida eterna. Amém.

Oração do Pai-Nosso (em todas as bolinhas maiores)
Pai nosso, que estais no céu, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.

Oração da Ave-Maria (em todas as dezenas - bolinhas menores)
Ave-Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.

Glória ao Pai (ao final de cada dezena)
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém!

Jaculatória (após os Glória ao Pai)
Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente as que mais precisarem.


CONTEMPLANDO OS MISTÉRIOS

Mistérios Gozosos (segunda e sábado)
1. No primeiro mistério contemplamos a Anunciação do anjo e a Encarnação do Verbo.
2. No segundo mistério contemplamos a Visitação de Nossa Senhora a sua prima Santa Isabel.
3. No terceiro mistério contemplamos o Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo em Belém.
4. No quarto mistério contemplamos a Apresentação do Menino Jesus no Templo e a Purificação de Nossa Senhora.
5. No quinto mistério contemplamos a perda e o encontro do Menino Jesus.

Mistérios Dolorosos (terça e sexta)
1. No primeiro mistério contemplamos a Agonia de Jesus no Horto das Oliveiras.
2. No segundo mistério contemplamos a Flagelação de Nosso Senhor Jesus Cristo.
3. No terceiro mistério contemplamos a Coroação de espinhos de Nosso Senhor.
4. No quarto mistério contemplamos Nosso Senhor carregando penosamente a Cruz até o alto do Calvário.
5. No quinto mistério contemplamos a Crucifixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Mistérios Gloriosos (quarta e domingo)
1. No primeiro mistério contemplamos a Ressurreição de Jesus Cristo.
2. No segundo mistério contemplamos a Ascensão de Jesus aos Céus.
3. No terceiro mistério contemplamos a descida do Espírito Santo sobre Nossa Senhora e os Apóstolos no Cenáculo.
4. No quarto mistério contemplamos a Assunção de Nossa Senhora aos Céus.
5. No quinto mistério contemplamos a gloriosa coroação de Maria Santíssima como Rainha do Céu e da Terra.

Mistérios Luminosos (quinta)
1. No primeiro mistério contemplamos o Batismo de Jesus no Rio Jordão.
2. No segundo mistério contemplamos a auto-revelação nas Bodas de Caná por intercessão da Virgem Maria.
3. No terceiro mistério contemplamos o Anúncio do Reino de Deus convidando à conversão.
4. No quarto mistério contemplamos a Transfiguração de Jesus.
5. No quinto mistério contemplamos a instituição da Eucaristia

Agradecimento (Última oração ao final do terço)
Infinitas graças vos damos, Soberana Rainha, pelos benefícios que todos os dias recebemos de vossas mãos liberais. Dignai-vos, agora e para sempre tomar-nos debaixo do vosso poderoso amparo e para mais vos agradecer, vos saudamos com uma Salve Rainha:

SALVE RAINHA, Mãe de misericórdia, vida e doçura, esperança nossa Salve! A vós bradamos, os degradados filhos de Eva; a vós suspiramos gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro nos mostrai-nos a Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó Clemente, ó Piedosa, ó Doce, sempre Virgem Maria. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.

Fonte: https://www.nospassosdemaria.com.br/04-ComoRezarTerco.html

Neste Domingo do Bom Pastor, rezemos pelas Vocações.

 


30 de abril de 2023

4º Domingo da Páscoa 

  Domingo do Bom Pastor. 

60º Dia Mundial de Oração pelas Vocações 


                                Evangelho                              


Jo 10,1-10                                                   

Naquele tempo, disse Jesus: 1“Em verdade, em verdade vos digo, quem não entra no redil das ovelhas pela porta, mas sobe por outro lugar, é ladrão e assaltante. 2Quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. 3A esse o porteiro abre, e as ovelhas escutam a sua voz; ele chama as ovelhas pelo nome e as conduz para fora. 4E, depois de fazer sair todas as que são suas, caminha à sua frente, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz. 5Mas não seguem um estranho, antes fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos”.
6Jesus contou-lhes esta parábola, mas eles não entenderam o que ele queria dizer. 7Então Jesus continuou: “Em verdade, em verdade vos digo, eu sou a porta das ovelhas. 8Todos aqueles que vieram antes de mim são ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os escutaram. 9Eu sou a porta. Quem entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem. 10O ladrão só vem para roubar, matar e destruir
. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”.


                              Meditação                                  


Eu sou a porta. Quem entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem (Jo 10, 9)

Estamos celebrando o Domingo do Bom Pastor. No evangelho, Jesus nos diz: “Eu sou a porta das ovelhas”. Como podemos entender essa palavra?

Jesus entra pela porta. Consideremos, em primeiro lugar, que Jesus, como bom pastor, entra pela porta das ovelhas. A porta do redil é o portão do cercado onde estão as ovelhas reunidas, durante a noite. O bom pastor entra pela porta, não pula o muro. Quem pula o muro é o assaltante. Jesus entrou em nossa história pela porta. Não caiu de paraquedas. Ele, sendo Deus, abaixou-se e fez-se um de nós, convivendo conosco, andando pelos nossos caminhos. É o que celebramos no mistério da encarnação. “O Verbo se fez carne e habitou entre nós”. Pastor pra valer tem que ser como Jesus, entra pela porta: a porta do coração, a porta da convivência, a porta da inculturação.

A porta é de entrada. Consideremos, em segundo lugar, que nós, como ovelhas do rebanho de Deus, entramos na comunhão com Deus e com os irmãos, através da porta que é Cristo. O bom pastor comunica a vida às suas ovelhas, não é como o ladrão que se aproveita delas. O bom pastor, renunciando aos seus interesses pessoais, sacrifica-se pelo rebanho. E como é que o pastor Jesus comunica a vida? Por sua presença, por sua pregação, e, sobretudo, por sua vida entregue na cruz. É por ele que vamos ao Pai. É pela fé nele e pelo batismo em sua morte e ressureição que encontramos a salvação e nos tornamos filhos de Deus.

A porta é de saída. Consideremos, em terceiro lugar, que nós, como ovelhas do rebanho de Deus, estamos em êxodo para a vida plena, pela porta que é Cristo. A porta também dá acesso à saída das ovelhas para suas andanças para pastos e locais com água de beber. Ele disse: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância”. Com ele, que vai à nossa frente, estamos a caminho da terra prometida, como no antigo êxodo. A vida plena que ele nos dá é a plena realização de nossa existência humana e de nossa condição de filhos de Deus. Ele nos dá a sua própria vida, no sentido que se oferece por nós e no sentido que nos comunica a sua vida de ressuscitado. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas.

Também nós somos pastores. Consideremos, em quarto lugar, que somos chamados a participar do pastoreio de Cristo, como ovelhas, mas também como pastores. Em sua mensagem para a Jornada Mundial de Oração pelas Vocações deste ano, o Papa Francisco escreveu: O Dia Mundial de Oração pelas Vocações "visa ajudar os membros do Povo de Deus a responder, pessoalmente e em comunidade, ao chamado e à missão que o Senhor confia a cada um no mundo de hoje, com as suas feridas e as suas esperanças, os seus desafios e as suas conquistas".




Guardando a mensagem

Jesus, o bom pastor, entrou em nossa história pela porta. Sendo Deus, abaixou-se à nossa condição humana para nos encontrar, para nos falar, para nos conduzir. Ele é também a porta, por onde entramos em comunhão com Deus: porta de entrada, pois por ele temos acesso à vida eterna; porta de saída, pois por ele, enche-se de significado a nossa existência humana, a nossa peregrinação em busca das eternas pastagens. Não há outra via, outro caminho de acesso ao Pai, senão Jesus Cristo. Pais e mães de família, animadores, profissionais, líderes em nossos ambientes… somos todos pastores. Em nosso serviço de liderança, precisamos imitá-lo, ser bons pastores. Esforcemo-nos para levar o rebanho para boas pastagens, para a vida em abundância. Isso exige sacrifício de nossa parte, renúncia, fidelidade. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas.

Eu sou a porta. Quem entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem (Jo 10, 9)

Rezando a palavra

Rezemos a oração composta por São Paulo VI para o 1º Dia Mundial das Vocações:

Ó Jesus, divino Pastor das almas, que chamaste os Apóstolos para fazer deles pescadores de homens, continua a atrair para ti almas ardentes e generosas de jovens, a fim de fazer deles teus seguidores e teus ministros; torna-os participantes da tua sede de redenção universal, (…) abre-lhes os horizontes do mundo inteiro, (…) para que, respondendo ao teu chamado, prolonguem aqui na terra a tua missão, edifiquem o teu Corpo místico, que é a Igreja, e sejam “sal da terra”, “luz do mundo” (Mt 5, 13). 
Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a Palavra

Rezemos para que o Senhor dê à sua Igreja numerosos e santos sacerdotes, consagrados e consagradas na vida religiosa, missionários e servidores leigos e leigos, caminhando todos em unidade no compromisso da missão.

Comunicando

Segunda-feira, começa o mês de maio. O desafio do mês será rezar o terço mariano, todos os dias desse mês. Você encontra o melhor horário e reza o seu terço (sozinho, com sua família ou com sua comunidade). Diariamente, estarei rezando com os ouvintes de diversas emissoras, às 18 horas, de segunda a sábado. Você pode nos acompanhar pela Rádio Amanhecer (é bom já baixar o aplicativo da Radio Amanhecer no seu celular).

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Só Jesus tem palavras de vida eterna.



29 de abril de 2023

Dia de Santa Catarina de Sena

                            Evangelho                                  


Jo 6,60-69

Naquele tempo, 60muitos dos discípulos de Jesus, que o escutaram, disseram: “Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?” 61Sabendo que seus discípulos estavam murmurando por causa disso mesmo, Jesus perguntou: “Isto vos escandaliza? 62E quando virdes o Filho do Homem subindo para onde estava antes? 63O Espírito é que dá vida, a carne não adianta nada. As palavras que vos falei são espírito e vida. 64Mas entre vós há alguns que não creem”. Jesus sabia, desde o início, quem eram os que não tinham fé e quem havia de entregá-lo.
65E acrescentou: “É por isso que vos disse: ninguém pode vir a mim a não ser que lhe seja concedido pelo Pai”. 66A partir daquele momento, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele. 67Então, Jesus disse aos doze: “Vós também vos quereis ir embora?” 68Simão Pedro respondeu: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. 69Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”.

                            Meditação                                    


A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna (Jo 6, 68)

Estamos terminando a leitura do capítulo 6 do Evangelho de São João. Nesta passagem, Jesus falou de si e da realização de sua missão com as imagens do maná e do cordeiro sacrificado na páscoa. O maná foi já uma preparação para a revelação do verdadeiro pão do céu. Jesus é que o verdadeiro pão descido do céu para alimentar o seu povo. A páscoa celebrada na saída do Egito é uma imagem da páscoa definitiva, no sangue do cordeiro de Deus. Jesus é o verdadeiro cordeiro oferecido em sacrifício, verdadeiro alimento dos que circundam a mesa da páscoa.

Por um lado, Jesus reafirma a sua decisão de se entregar pelos seus, enfrentando a morte de cruz. Por outro lado, celebra, com os seus discípulos, esta sua entrega radical na ceia pascal. A ceia torna-se o memorial de sua paixão, morte e ressurreição. Ali se atualiza essa entrega fiel de Jesus, na cruz. A morte é celebrada como expressão maior de seu amor. E a sua ressurreição como a resposta amorosa do Pai, aprovando o sacrifício do filho e dando vida nova a todos os que crerem nele.

Diante dessa revelação de Jesus – vai sofrer, vai morrer, vai dar a vida – muitos dos seus seguidores entraram em crise. Ninguém quer saber de perseguição, de fracasso, de morte. Está escrito: “A partir daquele momento, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele”.

Mesmo diante da deserção de muitos discípulos, Jesus não amenizou o seu discurso. Sim, ele daria a sua vida pelos seus: sua carne e seu sangue, sua vida humana. Ele é o cordeiro da páscoa. Ter parte com ele é acolher o seu sacrifício. Comer o pão na sua mesa, comungar, é entrar em profunda sintonia com ele, acolhendo o modo como ele redime a humanidade, dando a sua vida pelos pecadores. Ele é o alimento que sustenta e comunica a vida de Deus, a vida eterna.


Guardando a mensagem

Muita gente não largou ainda a ideia de um messias poderoso que impõe o seu reinado com a força de Deus. Jesus escolheu outro caminho para realizar a sua missão, ele escolheu o caminho do esvaziamento, da solidariedade com os sofredores, do aparente fracasso da morte de cruz. O seu abaixamento como servo, a sua renúncia à grandeza humana continuam desiludindo muita gente, que se afasta, que se desinteressa ou que não mergulha no sentido da ceia do Senhor, a Santa Missa. A Missa é a ceia de páscoa onde Jesus de novo, como servo, purifica os seus discípulos, lavando os seus pés. Sua morte nos lava do pecado. A Missa é a ceia de páscoa onde o cordeiro imolado é o alimento do povo que vive em aliança com Deus e em comunhão com os seus semelhantes.

A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna (Jo 6, 68)

Rezando a Palavra

Senhor Jesus,
diante da desistência de muitos discípulos, do estranhamento de outros, perguntaste aos doze: “Vocês também querem ir embora?”. Esta é a mesma pergunta que nos fazes hoje. “Não, Senhor, não vamos embora, nós queremos ficar. Nós cremos no teu sacrifício redentor na cruz, renovado em cada celebração eucarística. Nós cremos na tua ressurreição gloriosa, pela qual nos deste a vida nova. Nós cremos que estás realmente presente - em corpo, sangue, alma e divindade – no pão e no vinho consagrados, como disseste, para nos alimentar e nos fortalecer no caminho do Reino. Na Santa Missa, anunciamos a tua morte e proclamamos a tua ressurreição, enquanto aguardamos a tua nova vinda. Hoje, dizemos como Pedro, “Aonde nós iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna”. Amém.

Vivendo a palavra

Aproveite o dia de hoje para preparar-se bem para o dia do Senhor. A Missa é o centro do nosso dia. É o coração do nosso domingo. E amanhã, com o Domingo do Bom Pastor, teremos o Dia Mundial de Oração pelas Vocações. 


Comunicando

Segunda-feira, começa o mês de maio. O desafio do mês será rezar o terço mariano, todos os dias desse mês. Você encontra o melhor horário e reza o seu terço (sozinho, com sua família ou com sua comunidade). Diariamente, estarei rezando com os ouvintes de diversas emissoras, às 18 horas, de segunda a sábado. Você pode nos acompanhar pela Rádio Amanhecer (é bom já baixar o aplicativo da Radio Amanhecer no seu celular). 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

A beleza e a grandeza da Santa Missa


 
28 de abril de 2023

  Sexta-feira da 3ª Semana da Páscoa. 


                                Evangelho                               


Jo 6,52-59

Naquele tempo, 52os judeus discutiam entre si, dizendo: “Como é que ele pode dar a sua carne a comer?” 53Então Jesus disse: “Em verdade, em verdade vos digo, se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. 54Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. 55Porque a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue, verdadeira bebida. 56Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. 57Como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo por causa do Pai, assim o que me come viverá por causa de mim. 58Este é o pão que desceu do céu. Não é como aquele que os vossos pais comeram. Eles morreram. Aquele que come este pão viverá para sempre”.
59Assim falou Jesus, ensinando na sinagoga em Cafarnaum.


                             Meditação                                

Aquele que come este pão viverá para sempre (Jo 6, 59)

O capítulo 6 do Evangelho de São João é uma linda catequese sobre a obra redentora de Jesus, celebrada na Eucaristia. Ele falou muitas vezes sobre o alimento que ele daria para a vida eterna: sua carne e seu sangue. Muita gente achou aquilo muito estranho e se afastou. Mas, quando as comunidades começaram a celebrar do jeito que Jesus fez na última ceia, começaram a entender esse seu ensinamento.

E o que Jesus fez na última ceia? Ele antecipou a sua entrega na cruz, entregando-se ao Pai em nosso favor. Na cruz, ele deu a sua vida por nós. Aquela oferta generosa e obediente de si mesmo na cruz foi a mesma da ceia. É a mesma da Missa. A Missa renova aquela oferta do calvário, a sua morte redentora em favor da humanidade. A morte cruenta foi uma única vez. Mas, na Missa, como na última ceia, esse sacrifício é renovado, reapresentado a Deus.

Jesus fez sua celebração com os discípulos na ceia da páscoa. A última ceia foi uma ceia de páscoa. Na ceia da páscoa, comia-se o cordeiro assado, cordeiro que tinha sido antes oferecido em sacrifício a Deus. Na ceia de Jesus, não houve cordeiro sacrificado. O cordeiro era Jesus. Ele seria sacrificado. Ele seria o alimento a ser comido, na ceia da páscoa.

A Missa é a ceia da páscoa. O cordeiro que comemos, em família, em ação de graças pela libertação, é o próprio Jesus. Jesus está sacramentalmente presente no pão e no vinho consagrados. “Comam. Este é o meu corpo”. “Bebam. Este é o meu sangue”.

Na ceia pascal, a grande família rendia graças a Deus por todas as maravilhas que o Senhor realizara na história do seu povo, desde a criação, a escolha daquele povo, a libertação do cativeiro do Egito, a posse da terra prometida e muito mais. Na ceia dos cristãos, tudo é ação de graças ao Pai, por tudo que ele fez desde a criação até a vinda de Jesus e do Santo Espírito. Ação de Graças virou o nome da ceia pascal dos cristãos, Eucaristia.

Ele disse ao povo: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia”. De fato, por sua morte, ele nos trouxe a vida. Ressuscitado, ele apresentou-se aos discípulos e lhes comunicou a paz e o Espírito. A sua vida entregue expiou o nosso pecado. Ressuscitado, ele nos abriu as portas da casa de Deus: pelo dom do seu Espírito, agora somos filhos Deus. Na sua morte, ele nos deu a vida.

Na missa, na nossa ceia pascal, nos unimos a Cristo pela fé, pela caridade, pela oração e, muito especialmente, pela comunhão no pão e no vinho consagrados. Nós nos associamos ao seu sacrifício com nossas dores, nossos sofrimentos, nossas lutas. “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele”. Na comunhão, nos unimos a ele e ele se une a nós.


Guardando a mensagem

Jesus falou de sua carne e de seu sangue que ele daria para a vida do mundo. Ninguém entendeu. E muitos se afastaram. De fato, foi o sacrifício de sua vida na cruz – corpo entregue e sangue derramado – que nos trouxe a vida, a salvação. Jesus celebrou essa entrega obediente de sua morte na ceia pascal, a última ceia. Do pão, fez sacramento do seu corpo e o deu em alimento. Do vinho, fez sacramento do seu sangue e o deu em bebida. No lugar do cordeiro sacrificado da ceia pascal, comemos pão e vinho, que, pelas palavras do Salvador e pela efusão do Espírito Santo, tornam-se substancialmente corpo e sangue de Cristo. Pela comunhão no seu corpo e no seu sangue, nos unimos profundamente a ele e ele a nós. Na Missa, elevamos ao Pai - com Cristo, em Cristo e por Cristo – a mais alta louvação e dele recebemos as mais elevadas graças e bênçãos.

Aquele que come este pão viverá para sempre (Jo 6, 59)

Rezando a Palavra

Esta é uma oração medieval rezada por Santo Inácio de Loyola, que continua sendo usada por milhões de cristãos após a comunhão.

Alma de Cristo, santificai-me.
Corpo de Cristo, salvai-me.
Sangue de Cristo, inebriai-me.
Água do lado de Cristo, lavai-me.
Paixão de Cristo, confortai-me.
Ó bom Jesus, ouvi-me.
Dentro de vossas chagas, escondei-me.
Não permitais que me separe de vós.
Do espírito maligno, defendei-me.
Na hora da minha morte, chamai-me.
e mandai-me ir para vós,
para que vos louve com os vossos Santos,
por todos os séculos.
Amém.

Vivendo a palavra

Fale com alguém sobre esse evangelho de hoje. Você pode começar perguntando se ele (ou ela) participa da comunhão.

Comunicando

O mês de maio começa segunda-feira. O desafio de maio será rezar o terço mariano, todos os 31 dias do mês. Vá pensando no que isso significa pra você. Amanhã, vou lhe perguntar se topa o desafio.

Pe. João Carlos Ribeiro, SDB

Pelas mãos da Igreja, na Santa Missa, Jesus se oferece pela salvação de todos.

 


27 de abril de 2023

  Quinta-feira da 3ª Semana da Páscoa.  


                            Evangelho                                   


Jo 6,44-51

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 44“Ninguém pode vir a mim, se o pai que me enviou não o atrai. E eu o ressuscitarei no último dia. 45Está escrito nos Profetas: ‘Todos serão discípulos de Deus’. Ora, todo aquele que escutou o Pai e por ele foi instruído, vem a mim. 46Não que alguém já tenha visto o Pai. Só aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. 47Em verdade, em verdade vos digo, quem crê possui a vida eterna.
48Eu sou o pão da vida. 49Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. 50Eis aqui o pão que desce do céu: quem dele comer, nunca morrerá. 51Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”.


                           Meditação                                   


E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo (Jo 6, 51)

Esse capítulo 6 de São João é uma bela catequese de Jesus sobre a Eucaristia. O povo que o rodeava depois da multiplicação dos pães e nós hoje também, todos precisamos dessa catequese. Só assim poderemos viver melhor o sacramento da Eucaristia, que ele celebrou na última Ceia.

Pão é uma representação universal do alimento, de tudo que precisamos para viver. E Jesus, na sua catequese ao povo, em Cafarnaum, se compara com o pão. “Eu sou o pão da vida”. E retoma aquela imagem do Antigo Testamento, o maná. No deserto, quando caminhava para a terra prometida, o povo de Deus foi alimentado pelo maná. Era o pão descido do céu. O verdadeiro pão descido do céu, esse sim, é um pão que garante a vida eterna. Quem dele come, vence a morte. Esse pão é o próprio Jesus. ‘Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo’.

A Eucaristia, nos ensina a Igreja, é o memorial da Páscoa de Cristo, isto é, da obra da salvação realizada pela vida, morte e ressurreição de Cristo (Catecismo da Igereja Católica 1409). Jesus se ofereceu por nós, em sacrifício. Ele se deu por nós. Na ceia com os discípulos, ele fez a oferta de si mesmo a Deus. Na cruz, ele realizou essa oferta de sua vida. A Missa torna presente o sacrifício da cruz que foi oferecido uma única vez, em favor da humanidade.

E Jesus nos une ao seu sacrifício. Nós nos unimos a ele pela fé, pela escuta de sua palavra, pela comunhão no seu sacrifício. Na Missa, unimos nossos sofrimentos, nossas dores com a dele. Estamos unidos com ele na oferta de sua vida. Estamos unidos com ele nos frutos de sua morte e ressurreição.

A ceia de páscoa com os discípulos foi também um grande louvor a Deus: pelos dons da criação, pela história da salvação, pela entrega obediente de Jesus. A Missa é uma grande ação de graças, um grande louvor. A palavra Eucaristia quer dizer ação de graças. E, com Jesus, damos graças a Deus pela criação, pela redenção, pela santificação, pela obra maravilhosa de Deus entre nós. Louvamos a Deus, particularmente, pela morte e ressurreição de Jesus.

É assim que, começamos a compreender melhor o que ele disse ao povo: “Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para vida do mundo”.


Guardando a mensagem

O sacrifício de Jesus na cruz e a sua ressurreição nos trouxeram vida, alcançando-nos o perdão dos nossos pecados e a vida nova de filhos de Deus. O sacrifício foi o oferecimento de sua vida. Carne e sangue representam a sua vida humana sacrificada. Na última ceia, Jesus antecipou sua oferta na cruz, celebrando a ceia da páscoa com os seus discípulos. Foi na ceia que ele tomou o pão e o vinho e disse aos discípulos que comessem e bebessem deles, pois era o seu corpo entregue e o seu sangue derramado. E pediu aos discípulos: “Façam isso em memória de mim”. A Missa é o memorial de sua morte e de sua ressurreição. Nela, continuamos a apresentar ao Pai a oferta de Jesus em sua cruz. Nela, entramos em profunda comunhão com ele, escutando sua palavra e comungando no seu corpo e no seu sangue. A Missa é o grande louvor que elevamos a Deus, por Cristo, com Cristo e em Cristo.

E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo (Jo 6, 51)

Rezando a Palavra

Senhor Jesus,
quando a comunidade cristã, a Igreja, se reúne para celebrar a Ceia do Senhor, estás presente e ages entre nós: na assembleia dos irmãos, na palavra proclamada, no ministro que te representa e, de maneira muito especial, no sacramento do pão e do vinho consagrados. E, nós, Senhor, nesta ceia santa, estamos unidos a ti. E é por ti que sobem ao Pai os nossos louvores, a nossa confissão de fé, a nossa intercessão pelas necessidades da Igreja e do mundo. E de novo, pelas mãos da Igreja, te ofereces pela salvação de todos. E por teu intermédio, descem tantas bênçãos e graças do céu em nossas vidas! Tu és o pão vivo que desceu do céu para a vida do mundo. Bendito seja o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a Palavra

Vou lhe dizer uma palavra de Dom Bosco que eu musiquei: "A Santa Missa. Para mim não pode haver festa maior". Pense um pouco sobre isso.

Comunicando

Sendo possível, participe da Santa Missa desta quinta-feira (11 horas), que celebramos semanalmente pelos associados e ouvintes, com transmissão pelo Rádio e pelo Youtube. Hoje, preside o jovem padre salesiano Antonio Neto. Anote sua intenção no formulário. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Deus enviou Jesus para cuidar de nós e nos conduzir

 



26 de abril de 2023

  Quarta-feira da 3ª Semana de Páscoa.  

                               Evangelho                                


Jo 6,35-40

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 35“Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede. 36Eu, porém, vos disse que vós me vistes, mas não acreditais. 37Todos os que o Pai me confia virão a mim, e quando vierem, não os afastarei.
38Pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. 39E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. 40Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia”.

                                Meditação                                


Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna (Jo 6, 40)

Jesus diz ao povo que o Pai tinha lhe confiado muita gente para ele cuidar. E que veio exatamente para fazer a vontade do Pai que o enviou. Ele descreve a vontade do Pai de três formas: que ele, o Filho, não perca nenhum dos que o Pai lhe deu; que aquele que crê no Filho receba a vida eterna; e que o Filho o ressuscite no último dia.

Qual é o projeto de Deus, isto é, qual é a vontade de Deus? A vontade de Deus se manifesta em relação a Jesus e em relação a nós. E qual foi a tarefa que Jesus recebeu do Pai? O Pai o enviou a nós, nos confiou a ele, pediu que ele não perdesse nenhum de nós e nos ressuscitasse no último dia. O que Jesus finalmente tem para nos dar, para nos comunicar é a vida em plenitude. Um dia ele falou disso: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância”. Essa ‘vida em plenitude’ está dita de várias formas no evangelho: pão para saciar a fome, água para matar a sede, vida eterna, ressurreição no último dia. São formas de dizer ‘Deus quer dar a vocês a vida em plenitude’. E é isso que Jesus tem para nós.

E qual é a vontade de Deus a nosso respeito, isto é, o que Deus nos pede? O Pai nos pede para ir a Cristo, para crer nele. É assim que podemos ser cuidados por ele, alimentados por ele, conduzidos por ele. É crendo nele, acolhendo-o em nossa vida como nosso Deus e Senhor, que podemos receber o que ele tem para nos dar: a vida em plenitude.

Nós existimos porque Deus pensou em nós, nos chamou à existência. Nossa vida tem um propósito. Não nascemos por acaso. E foi o Pai que nos aproximou de Jesus, seu Filho. O Pai nos confiou a Jesus. É nele que encontramos o modelo acabado do ser humano, em sintonia perfeita com o Pai e em comunhão solidária com seus irmãos de humanidade. E não só nos deu Jesus como modelo-caminho-exemplo, mas no-lo deu também como guia de nossa humanidade. Pela ressurreição, Jesus tornou-se o nosso líder, o nosso mestre. Pedro, no dia de Pentecostes, disse à multidão: “Deus constituiu Senhor e Cristo a este Jesus que vocês crucificaram”.


Guardando a mensagem

Não estamos sozinhos neste mundo. Não estamos abandonados aos nossos próprios limites biológicos ou sociais. Deus nos deu um pastor, para nos acompanhar, para cuidar de nós. Jesus vem buscar a ovelha perdida e levá-la de volta ao redil, carregando-a nos ombros. Ele nos defende do lobo voraz, pondo em risco a própria vida. Ele dá a vida por suas ovelhas. Ele nos comunica a vida plena, a vida de Deus. Em Cristo, somos herdeiros de Deus. Viver bem é crer nele, amá-lo e segui-lo.

Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna (Jo 6, 40)


Rezando a palavra

Senhor Jesus,
o Pai nos confiou a ti. Ele espera que nós nos aproximemos de ti, que creiamos em ti, que te acolhamos como nosso pastor e guia. Dá-nos, Senhor, que te reconheçamos na fé e te sigamos com perseverança e amor. Também nós temos pessoas que o Pai nos confiou para cuidar, para acompanhar. Nós te pedimos por elas. Nós queremos conduzi-las a ti, pois só em ti a verdade, a graça, a salvação. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Pense bem nesse Evangelho de hoje e, com sinceridade, aproxime-se ainda mais de Jesus. Ele é o pastor que o Pai enviou para cuidar de nós. Ler o texto da Meditação pode ajudar você a perceber melhor a mensagem. 

Comunicando

Hoje, estarei na cidade de Bom Conselho, a 285 km do Recife, para participar, com meu show, das celebrações dos 170 anos de fundação da Congregação das Irmãs Franciscanas de N. Sra. do Bom Conselho. 

Pe. João Carlos Ribeiro, SDB

Uma tarefa para os seguidores de Jesus: continuar a sua missão.

 



25 de abril de 2023

  Dia do Evangelista São Marcos. 

                             Evangelho                              


Mc 16,15-20

Naquele tempo, Jesus se manifestou aos onze discípulos, 15e disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! 16Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. 17Os sinais que acompanharão aqueles que crerem serão estes: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; 18se pegarem em serpentes ou beberem algum veneno mortal não lhes fará mal algum; quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados”.
19Depois de falar com os discípulos, o Senhor Jesus foi levado ao céu, e sentou-se à direita de Deus. 20Os discípulos então saíram e pregaram por toda parte. O Senhor os ajudava e confirmava sua palavra por meio dos sinais que a acompanhavam.

                               Meditação                                 


Os discípulos então saíram e pregaram por toda parte (Mc 16, 20)

Bem no final do seu evangelho, o evangelista Marcos relata que Jesus deixou uma orientação muito clara para os seus discípulos. É quase um coroamento da narração do seu evangelho.

Na despedida de Jesus, uma orientação, um mandato, um envio. Ele volta ao Pai e deixa a sua missão com os seus discípulos. Até aquele momento, durante três anos, aquele pequeno grupo o tinha seguido, ouvido suas pregações, presenciado curas e milagres. E não só. Tinha acompanhado a perseguição à sua pessoa e à boa notícia que ele trazia. Testemunhas de sua morte, mas também testemunhas de sua ressurreição. Agora, o Senhor partia. E lhes deixava uma tarefa: continuar a sua missão.

Eles tinham uma boa notícia para anunciar ao mundo, um evangelho. A boa notícia era a de que o Pai enviou o Filho, Jesus, para a salvação de todos. E que o Filho, cheio do Espírito Santo, comunicou ao mundo, com palavras e ações, o amor libertador do Pai. O anúncio era também uma convocação: cada um, reconhecendo o amor de Deus, acolha Jesus Cristo como caminho, para encontrar a vida.

Crer é a resposta certa a esta boa notícia, a este evangelho. Crer é acolher a pessoa de Jesus, como o Messias enviado, e acolher sua obra redentora na cruz pela qual nos chega o perdão dos nossos pecados. Crer é a condição para celebrar a graça da restauração no Batismo. Não acolher essa boa notícia, não crer, é negar-se a acolher a salvação. Assim, quem não crer permanece na sua condenação. Mas, quem crer e for batizado, será salvo.

Essa boa notícia, esse evangelho, destina-se a todos, ao mundo inteiro. Por isso, os missionários precisam levar essa notícia boa a todas as pessoas e lugares. Todos precisam tomar conhecimento disso, o evangelho precisa chegar a toda criatura.

Esse mandato missionário foi entregue aos onze, aos líderes da comunidade de Jesus. Eles são os primeiros responsáveis. Mas, não são os únicos responsáveis. A missão é de todos os discípulos do Senhor, de todos os batizados. Os onze representam a comunidade. São onze porque um traiu o Senhor e deixou este mundo. Logo depois, eles elegeram o 12º, Matias. Os doze são representantes do novo Israel, a Igreja, o povo das 12 tribos. A missão é de todos.


Guardando a mensagem

O dia de hoje dedicado a São Marcos, o evangelista, é uma boa oportunidade pra você se perguntar em que medida está realizando o mandato do Senhor, de levar o evangelho a toda criatura. Se em algum momento, você deixou-se ficar de braços cruzados, apenas observando outros realizarem o trabalho missionário, deixe isso no passado. A hora é de mutirão. Todo mundo pode ajudar. Temos que levar ao mundo o conhecimento de Jesus Cristo e do seu Evangelho. Arregace as mangas e encontre o seu espaço nesse grande mutirão.

Os discípulos então saíram e pregaram por toda parte (Mc 16, 20)

Rezando a Palavra

Senhor Jesus,
obrigado por nos confiares a tua missão, apesar de nossas debilidades. Que ninguém de nós venha com a desculpa de não ter tempo, porque estamos em missão sempre, a toda hora, em qualquer lugar. Que ninguém de nós ache que não tem qualidades especiais para pregar a Palavra, porque a melhor pregação é o exemplo de vida. Que, na missão, ninguém queira ser maior do que os outros, porque o maior mesmo é o que serve com humildade e amor. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a Palavra

Eu disse, há pouco, arregace as mangas e encontre o seu espaço nesse grande mutirão. Estou falando do mutirão da evangelização, na qual todos podemos colaborar. Veja em que você pode contribuir aí em sua família, em sua comunidade, em sua paróquia Nós recebemos uma missão: "Vão pelo mundo todo, anunciem o evangelho a toda criatura". Não dá pra gente ficar de braços cruzados, esperando que alguém faça por nós. Na AMA, procuramos participar desse mutirão, atuando com a comunicação social. Veja onde você pode participar, contribuir, fazer sua parte. 

Comunicando

Ontem à noite, no programa do Youtube, tivemos uma conversa muito instrutiva sobre o Dia Internacional do Jovem Trabalhador. O programa está à disposição no Canal Padre João Carlos. Aproveite para se inscrever .

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Estamos buscando benefícios ou buscando o Senhor?

                                                            



24 de abril de 2023

  Segunda-feira da 3ª Semana da Páscoa. 



                               Evangelho                             

Jo 6,22-29

Depois que Jesus saciara os cinco mil homens, seus discípulos o viram andando sobre o mar. 22No dia seguinte, a multidão que tinha ficado do outro lado do mar constatou que havia só uma barca e que Jesus não tinha subido para ela com os discípulos, mas que eles tinham partido sozinhos.
23Entretanto, tinham chegado outras barcas de Tiberíades, perto do lugar onde tinham comido o pão depois de o Senhor ter dado graças. 24Quando a multidão viu que Jesus não estava ali, nem os seus discípulos, subiram às barcas e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum.
25Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: “Rabi, quando chegaste aqui?” 26Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. 27Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do homem vos dará. Pois este é quem o Pai marcou com seu selo”.
28Então perguntaram: “Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?” 29Jesus respondeu: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”.



                              Meditação                                 

Esforcem-se, não pelo alimento que se perde, mas pelo pão que permanece até a vida eterna (Jo 6, 27)

É, Jesus tinha razão. Aquele povo estava atrás de coisas e não dele. Mesmo andando atrás dele, não o estavam buscando, mas buscando as coisas que ele poderia lhes dar.

No dia anterior, Jesus tinha alimentado uma grande multidão com pouquíssimos pães e peixes. Terminado o dia, aquele povo todo tinha ido embora. Mas, no dia seguinte, começou a chegar de novo atrás dele. Quando notaram que ele e os discípulos tinham ido para o outro lado do grande lago, eles pegaram barcos e foram atrás de Jesus. Quando o encontraram, Jesus disse logo: vocês vieram atrás de mim por causa do pão que vocês comeram ontem.

Essa palavra de Jesus, no evangelho de hoje, é muito atual. Aplica-se direitinho a nós e a muita gente. Quanta gente corre, hoje, atrás de coisas que Jesus pode dar! Que ele pode dar, pode. Que ele pode nos conceder graças, fazer milagres em nossa vida, claro que pode. Mas, que andemos atrás de Jesus unicamente movidos por esses interesses, é triste. O nosso interesse não pode estar unicamente nas coisas ou nas soluções materiais ou físicas para os nossos problemas. Continuamos, assim, a ser interesseiros e ingratos. Estamos interessados realmente em Jesus ou nas coisas que ele pode nos dar?

Jesus acolheu bem aquelas pessoas, mas as convidou para um nível mais alto de sua busca. ‘Vocês vieram atrás de mim por causa do pão que se acaba’. “Esforcem-se, não pelo alimento que se perde, mas pelo pão que permanece até a vida eterna”. Uma palavra atual, não acha? Não falta gente correndo atrás de milagres e curas. Agora, perguntemos se estão se comprometendo com o evangelho do Senhor. Nada. E olha que, infelizmente, não faltam pregadores apregoando milagres em nome de Jesus, mas sem convidar seus fiéis a seguirem Jesus, a praticarem os seus mandamentos.

Jesus ressuscitado se apresentou a dois discípulos que estavam voltando para Emaús. Eles demoraram a reconhecê-lo. No meio das dificuldades, ficamos meio cegos, meio míopes. Jesus está vivo e ressuscitado e vive entre nós, nos comunicando a vida nova. Essa é a boa notícia, o evangelho. A conversão é a primeira resposta que damos ao receber o anúncio do evangelho. E passamos a viver em comunhão com Jesus, escutando-o em sua Palavra, reconhecendo-o na Eucaristia, guardando os seus mandamentos. E assim nos tornamos suas testemunhas, seus missionários. Com nosso testemunho e com o nosso anúncio, ajudamos outros a viverem ressuscitados com Cristo.


Guardando a mensagem

Essa palavra de Jesus - 'Esforcem-se pelo alimento que permanece' - pode também nos fazer um alerta, neste início de semana. Nossa correria de todo dia é, em primeiro lugar, pela busca de nossa sobrevivência. É claro, que essa é uma luta importante, um esforço louvável para ganhar o pão de cada dia. Mas, se esse pão que passa, que não é definitivo, merece tanto empenho, tanto esforço de nossa parte, quanto mais empenho e esforço não merece a busca pelo bem verdadeiro que nos alimenta para a vida eterna. Esse pão é a Palavra de Deus, é a Eucaristia… esse pão é o próprio Jesus. Ele nos disse uma vez: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim, não terá mais fome”.

Esforcem-se, não pelo alimento que se perde, mas pelo pão que permanece até a vida eterna (Jo 6, 27)

Rezando a Palavra

Senhor Jesus,
igual àquele povo que estava te procurando por causa do pão material que comeu naquele encontro, por causa do milagre da multiplicação dos pães, nós também ficamos correndo atrás das coisas e daquilo que tu podes nos dar. Tua Palavra, hoje, nos ensina, que nosso maior esforço, nosso maior empenho, deve ser buscar-te como nosso Deus e Salvador; não estar interesseiramente atrás do que tu podes nos conceder na tua misericórdia, mas buscar a ti que és o verdadeiro pão dado para a vida do mundo, como disseste. Dá-nos a graça, Senhor, de buscar primeiro o Reino de Deus. Ilumina, Senhor, os nossos compromissos deste dia, com a luz de tua Palavra. Conforta-nos em nossas dores, ensina-nos a viver na fé. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a Palavra

Recomendo-lhe, hoje, um exercício de exame de consciência. É colocar-se diante de Deus e se perguntar, com honestidade: Nos meus muitos empenhos, correndo para ganhar o pão de cada dia, que tempo eu tenho reservado para a busca do pão que me sustenta para a vida eterna?

Comunicando

Hoje, 24 de abril, é comemoração mensal de N. Sra. Auxiliadora. Hoje é dia de Missa na capelinha da AMA, às 14 horas, com a comemoração dos aniversariantes do mês, Tudo transmitido pela Rádio Amanhecer. Às 20 horas, temos programa no Youtube, de olho na passagem do Dia Internacional do Jovem Trabalhador. Daqui a 30 dias, estaremos em peregrinação no Santuário de N. Senhora Auxiliadora em Jaboatão, área metropolitana da capital pernambucana. Organize sua caravana. Adquira sua passagem na secretaria da Associação. De toda forma, mesmo de longe, você vai poder nos acompanhar pelo rádio e pelo canal do Youtube. 24 de maio - na casa da mãe.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Onde e como encontramos Jesus Ressuscitado




23 de abril de 2023

  3º Domingo de Páscoa.  


                              Evangelho                                 

Lc 24,13-35

13Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém.
14Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. 15Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. 16Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram. 17Então Jesus perguntou: “O que ides conversando pelo caminho?” Eles pararam, com o rosto triste, 18e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: “Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?”
19Ele perguntou: “O que foi?” Os discípulos responderam: “O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. 20Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. 21Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! 22É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo 23e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. 24Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu”.
25Então Jesus lhes disse: “Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! 26Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?”
27E, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele. 28Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. 29Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Jesus entrou para ficar com eles. 30Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. 31Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. 32Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?”
33Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém onde encontraram os Onze reunidos com os outros. 34E estes confirmaram: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” 35Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão.



                           Meditação                                  


Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando! (Lc 24, 29)

Os evangelistas e suas comunidades se esforçaram para nos comunicar a sua experiência de encontro com o Senhor Jesus ressuscitado. Lucas, no seu evangelho e nos Atos dos Apóstolos, nos deixou um belo relato desta experiência, nos contando, particularmente, a história dos discípulos de Emaús. Neste episódio, passado com cristãos comuns, discípulos que não eram apóstolos, podendo ser inclusive um casal, Cléofas e sua esposa, dá para identificar sete expressões do encontro com o Senhor Ressuscitado. São sete experiências da ressurreição de Cristo.

A primeira experiência é esta: Jesus ressuscitado está vivo e caminha conosco, escutando nossas dores e nossos dramas. Os dois estão voltando, a pé, para Emaús, no domingo da páscoa. Andam cerca de 11 km. Desencantados e tristes: é assim que Jesus os encontra no caminho. E entra na conversa, escutando com atenção toda a sua história. Eles não se dão conta ainda de que o peregrino é o próprio Jesus. Mas, estão fazendo experiência da ressurreição. A Escuta é lugar de encontro com o Senhor Ressuscitado.

A segunda experiência é esta: Jesus ressuscitado caminha conosco, nos ajudando a ler os acontecimentos com a luz das Escrituras. Ele comenta o que a Lei de Moisés, os Profetas e os Salmos falavam sobre o caminho do Messias, servo de Deus, provado no sofrimento. O coração dos dois discípulos como que ‘ardem’ com o vigor que a palavra lhes comunica. A Palavra é lugar de encontro com o Senhor Ressuscitado.

E esta é a terceira experiência da ressurreição: Jesus ressuscitado é acolhido por nós, nos pobres, nos peregrinos. Está entardecendo e eles insistem para que ele fique e se hospede em sua casa. Estão assim exercitando a caridade, a hospitalidade tão recomendada pela tradição do seu povo. “Quando você acolhe o peregrino, está me acolhendo. Quando você dá pão a quem tem fome, está me alimentando”, tinha ensinado o Mestre. A Caridade é lugar de encontro com o Senhor Ressuscitado.

A quarta experiência da ressurreição: Jesus ressuscitado continua oferecendo-se em sacrifício em nosso favor, pela nossa salvação. Sentado à mesa, ele repete os gestos da multiplicação dos pães no deserto e, especialmente, da última ceia. Toma o pão, dá graças, parte o pão e o entrega aos discípulos. É o sinal da Eucaristia. Na Missa, a ceia eucarística, renova-se o sacrifício redentor de Cristo em favor da humanidade. Nesta hora, os discípulos, sentados à mesa da ceia, com os olhos da fé, reconhecem a presença do ressuscitado. A Eucaristia é lugar privilegiado de encontro com o Senhor Ressuscitado.

Mas há uma quinta experiência, onde os discípulos encontram o Senhor: Jesus ressuscitado nos acolhe em nossa volta à comunidade. Os dois discípulos retornaram, às presas, à comunidade com a boa notícia. A comunidade dá testemunho de que o Senhor se apresentou a Pedro e aos apóstolos, confirmando-os na fé e na missão. O próprio Senhor se apresenta na reunião. A Comunidade, a Igreja, é lugar do encontro com o Senhor Ressuscitado.

E há ainda uma sexta experiência: Jesus ressuscitado é anunciado por nós a todas as nações. Ele nos deixa a tarefa de anunciar a todos, em seu nome, a conversão e o perdão dos pecados. No livro dos Atos, vemos Pedro realizando isto, em nome da comunidade: “Deus enviou Jesus ressuscitado para abençoar vocês, na medida em que cada um se converta de suas maldades". A Evangelização é lugar do encontro com o Senhor Ressuscitado.

E, finalmente, há uma sétima experiência de Jesus ressuscitado: Nós somos as testemunhas de Cristo Jesus ressuscitado. Testemunhamos que Jesus, enviado pelo pai, foi rejeitado e morto, mas, pelo poder de Deus, está vivo e ressuscitado, comunicando-nos a vida de Deus. Na força de sua ressurreição, vidas são restauradas, os paralíticos pulam de alegria, os pobres são evangelizados. Pedro, ao entrar no templo, diz ao coxo: “Ouro e prata não tenho, mas o que tenho te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda”. O Testemunho é lugar de encontro com o Senhor Ressuscitado. Somos testemunhas de que a força da ressurreição está fazendo novas todas as coisas.


Guardando a mensagem

Sem a experiência do encontro com Jesus ressuscitado, nossa vida fica opaca, sem transcendência, sem horizontes. Você pode encontrar o Senhor ressuscitado, ou melhor ele vem ao seu encontro, na escuta da Realidade, na audição da Palavra de Deus, no serviço da Caridade aos sofredores, na celebração da Santa Eucaristia, na Comunidade Cristã, no serviço da Evangelização e no Testemunho de quem crê.

Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando! (Lc 24, 29)

Rezando a Palavra

Senhor Jesus,
nossa prece hoje é a dos discípulos de Emaús: “Fica conosco, Senhor. É tarde, a noite já vem!”. Sem tua presença de ressuscitado em nosso caminho, caminhamos para a noite, para o sem sentido, para o fracasso. Se estiveres conosco, o nosso caminho se ilumina, a Palavra santa que ouvimos enche-se de sentido, o serviço aos pobres enche o nosso coração de alegria. Pela tua ressurreição, por tua presença ao nosso lado, a celebração da Santa Missa é verdadeira comunhão com o teu sacrifício redentor, a nossa Comunidade se torna lugar de fraternidade e missão reforçadas pelo nosso Testemunho. Fica conosco, Senhor! Amém.

Vivendo a Palavra

Neste domingo, o terceiro da Páscoa, mesmo depois de um feriado, faça todo esforço para participar da Santa Missa. Um domingo sem Missa é uma semana sem Graça. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

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