PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: caminho
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NO CAMINHO COM JESUS

Ele recuperou a vista e foi seguindo Jesus pelo caminho (Mc 10, 52)


28 de outubro de 2018. 


Jesus está indo para Jerusalém. Peregrina com os discípulos e com a multidão. Sobe para a sua páscoa, sua paixão, morte e ressurreição. Este é o seu caminho. Na saída de Jericó, encontra o cego Bartimeu, sentado à beira do caminho. 

No começo da comunidade, os discípulos ficaram conhecidos como o grupo do caminho. O caminho definia a sua condição de seguidores de Jesus. Assim, quando contavam essa história do cego aos novos convertidos, estavam indicando a nova condição deles como seguidores de Jesus, no caminho.

O cego pode estar nos representando. De fato, há gente que não está caminhando com Jesus. Está à margem, está por fora, ouve apenas o barulho da multidão que passa. A felicidade está em se estar a caminho, com Jesus, em viver e caminhar com ele. Quem está à margem, pode ser comparado com o cego. Não caminha com Jesus. Mendiga, esmola de quem passa um pouco de alegria, de atenção, de sentido para sua vida. 

A evangelização consiste em anunciarmos, enquanto caminhamos, que Jesus de Nazaré está passando por ali. Somos testemunhas de que ele é a luz que ilumina nossas vidas. Assim, convidamos quem está à margem para caminhar conosco, quem está na escuridão a encontrar a luz. Foi assim que o cego tomou conhecimento da passagem de Jesus e começou a buscá-lo, pedindo que tivesse compaixão dele. Gritava: "Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim!" Mesmo encontrando reações, gente que o quer calado, ele continua clamando e cada vez mais alto. Esse é o primeiro movimento da evangelização: o anúncio que suscita o desejo do encontro com o Senhor. 

O encontro com o Senhor provoca sempre renovação, mudança de vida, superação da condição de cego-sentado-mendicante à beira do caminho. Na cena, o Mestre para e manda chamá-lo. “Coragem, ele está te chamando!”. Ele largou a capa, deu um salto e foi até ele. Depois de um breve diálogo com o Senhor, ele está curado, está vendo. Esse detalhe de “largar a capa” pode significar que se desvencilhou de qualquer falsa segurança ou amarra, renunciou a alguma coisa que parecia protegê-lo para abraçar a vida nova que Jesus lhe oferece. 

Então, a evangelização é o anúncio que fazemos, nós que estamos no caminho do Senhor. Comunicamos que ele está passando por ali, que está próximo. Esse aviso desperta em quem está à beira do caminho o desejo de encontrar-se com ele. O encontro com Jesus é renovador, restaurador, transformador. O cego enxerga, o leproso é reintegrado purificado, o doente goza saúde. 


A evangelização leva ao encontro com o Senhor. No encontro, a pessoa é renovada. E se integra no seu caminho, torna-se discípulo. Foi o que aconteceu com Bartimeu. “Ele recuperou a vista e foi seguindo Jesus pelo caminho”. Integrou-se no seu caminho. Tornou-se um discípulo, um seguidor de Jesus de Nazaré. 



Guardando a mensagem 

Na história de Bartimeu, o cego de Jericó, temos uma bela página a nos indicar que somos seguidores de Jesus. E a nos convidar a integrar no caminho de Cristo, quem encontramos à beira do caminho. De pessoas que esmolam sentido para a vida, como que sentados à margem da estrada, se tornarão discípulos que caminham na luz do Senhor, cheios de alegria e glorificando a Deus. 


Ele recuperou a vista e foi seguindo Jesus pelo caminho (Mc 10, 52) 


Rezando a palavra 

Senhor Jesus, 

Somos teus discípulos. Um dia, fomos cegos. Fomos levados ao teu encontro por nossas famílias, que é a primeira comunidade cristã. E naquele dia, na fé dos nossos pais e padrinhos, tu iluminaste a nossa vida. É possível que alguns de nós já não vivam iluminado pela luz da fé e, em sua cegueira, estejam como mendigos à beira do caminho. Senhor, lembra-te deles. Ajuda-nos a levá-los a ti. Acolhe-os ,Senhor, comunica-lhes a tua luz, para que como discípulos, no teu caminho, glorifiquem o nosso Deus e Pai. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a palavra 

Hoje, num dia tão especial para a nossa democracia, faça um momento de oração pelo Brasil. Peça ao Senhor que quem está sem enxergar bem, conte com a sua luz para fazer a melhor escolha. 

Pe. João Carlos Ribeiro – 28.10.2018

EU NÃO SOU UMA VENTOINHA

A semente foi pisada e os pássaros do céu a comeram (Lc 8, 5)



22 de setembro de 2018.

Jesus contou a história da semente que foi plantada em vários terrenos. Quatro terrenos. À beira da estrada, em terra muita pedregosa, em um terreno coberto de espinhos e em uma terra boa, bem preparada. E aí, é claro, colheu somente no bom terreno. E explicou o que significam os terrenos e a semente. A semente é a palavra de Deus. E os terrenos representam o modo como nós recebemos a Palavra.

O resultado da semente que caiu na beira da estrada impressiona. “Enquanto semeava, uma parte caiu à beira do caminho, foi pisada e os pássaros do céu a comeram”. Às vezes, estamos tão distraídos, que não fica nada do que foi semeado. Ou então deixamos todo mundo passar por nós e pisotear tudo o que nos é caro. É por isso que Jesus falou da semente que caiu no caminho: é que nossa vida pode virar uma estrada, onde todo mundo passa, onde todo mundo pisa. A palavra semeada nem tem a chance de germinar. Como disse Jesus, vêm os pássaros e a comem. Os homens passam e a pisoteiam. A semeadura à beira da estrada não produz nada.

É de se pensar: você não tem uma área de sua vida reservada, o melhor de você mesmo para acolher o que Deus lhe diz? Você não tem um cantinho importante de sua vida, onde ninguém pisa, onde ninguém manda, um lugar reservado onde você pensa sua vida e toma suas decisões? Sabe o porquê dessa pergunta? Porque se a gente escuta todo mundo, e qualquer opinião nos influencia, no meio de tantas vozes cada um puxando para o seu lado, a voz de Deus fica apenas mais uma opinião. A gente vira um caminho onde todo mundo passa, uma passarela de opiniões, onde tudo parece ter o mesmo peso... e a voz de Deus, que seria a nossa referência maior, não é mais ouvida ou não é levada a sério.

Você conhece a ventoinha, aquela espécie de bandeira-saquinho que marca a direção do vento nos aeroportos. A ventoinha enche-se de ar e fica a favor do vento. Mostra a direção da corrente de ar. Pra onde o vento der, ela se vira. Quem manda é o vento. Uma pessoa não pode ser uma ventoinha. Muda de opinião, faz opções segundo o vento, isto é, a opinião pública, o que os outros estão valorizando ou o que a mídia define como o melhor. O cristão precisa ter um rumo certo pra seguir, valores onde afirmar a própria caminhada. Só a voz de Deus pode dar um rumo certo à minha vida. O seu Espírito, que me habita desde o batismo, é quem vai dialogando comigo, no meu íntimo, e me ajudando a andar no rumo certo. Eu não sou uma ventoinha. E a minha vida não pode ser uma estrada onde todo mundo pisa.

Guardando a mensagem

Uma parte da semente caiu à beira do caminho. As sementes foram pisadas. Os pássaros as comeram. Jesus explicou que se trata de quem ouviu a Palavra, mas o diabo a tirou do coração dele. Há pessoas recebendo a Palavra de Deus como um caminho. A Palavra é só mais uma entre tantas, não reservaram o melhor de sua atenção e do seu coração para acolhê-la. Por esse caminho todo mundo anda e pisa. E claro, não faltam passarinhos para roubar a semente. Os passarinhos são as distrações ou mesmo pequenas preocupações que nos fazem esquecer a Palavra que recebemos.

A semente foi pisada e os pássaros do céu a comeram (Lc 8, 5)

Vamos rezar a palavra

Senhor Jesus,

Às vezes, recebemos a tua Palavra como um caminho, uma estrada, por onde circula gente pisando a terra e onde a palavra fica vulnerável à investida de pássaros. Assim, a Palavra não tem a chance de germinar, brotar, crescer e frutificar. É diferente quando a gente reserva um terreno bom para receber a Palavra. E um terreno bom significa tempo que eu dedico para ouvir e meditar a Palavra, a importância e o peso que eu dou a esta Palavra e o cuidado para que nem a opinião dos outros, nem as distrações ou as preocupações da vida roubem os preciosos ensinamentos do nosso Deus. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Diante desse alerta de Jesus sobre não recebermos a sua palavra como um caminho, você, revendo como tem recebido a Palavra, seria bom você tomar uma decisão. O que você vai fazer daqui pra frente para receber melhor a Palavra? Anote esse seu propósito no seu caderno espiritual.

Pe. João Carlos Ribeiro – 22 de setembro de 2018.

OS PEREGRINOS E O CAMINHO

Eu sou o Caminho,a Verdade e a Vida (Jo 14,6)
27 de abril de 2018.
Vamos nos sentar com os discípulos e ouvir Jesus falando sobre sua partida e sobre a sua intimidade com o Pai. Vamos ficar atentos a quatro palavrinhas que Jesus está falando: Pai, eu vou, moradas e caminho. Escute bem o que ele está dizendo: “Na casa do meu Pai, há muitas moradas. Se não fosse, eu lhes teria dito, porque vou preparar-lhes um lugar (Jo 14, 2).  

Comecemos pela palavra “Pai”.  Na casa de meu Pai. Jesus revelou que o Deus da Aliança é Pai. Não é só o criador. Ele é eternamente Pai em relação a seu Filho único. E o Filho é eternamente filho em sua relação com o Pai. Jesus revelou o Pai. O Pai se revelou em Jesus. As primeiras comunidades ficaram pensando em tudo isso que Jesus falou e amadureceram uma compreensão que transmitiram às gerações seguintes. No ano 325, no Concílio Ecumênico de Niceia, a Igreja afirmou com toda clareza: o Filho é consubstancial ao Pai, quer dizer é um só Deus com ele.
Vamos à segunda palavra: “Vou”.  Para onde eu vou. Ele está tendo uma conversa de despedida, com os discípulos. Um pouco antes, tinha dito que para onde estava indo, eles não podiam ir. Pedro até queria ir também. Jesus disse: “mais tarde tu irás, agora não”. Quando entenderam que Jesus estava falando de sua morte, claro, ficou aquele clima de tristeza no ar. Então, Jesus insistiu para que não ficassem com o coração perturbado, não tivessem medo. Ele iria para o Pai. A morte é a sua partida para o Pai, a sua páscoa. Como os hebreus partiram do Egito para a liberdade da terra prometida, assim Jesus iria partir, passando pela morte e ressurreição. Estava indo para o Pai.  
A terceira palavra é “moradas.” Na casa do meu Pai, há muitas moradas. “Casa do Pai” e “Moradas” falam da intimidade com Deus, da união com ele. Esta intimidade com Deus só poderia ser alcançada com a sua ida, com a sua morte. A sua morte nos reconciliou com o Pai. Por sua morte, podemos viver agora em comunhão com ele. Por isso, ele tem que ir na frente, para preparar um lugar. Sem ele passar pela morte, não temos comunhão com Deus. Depois, ele virá e nos levará consigo. As primeiras comunidades logo entenderam: um dia, muito em breve, ele irá voltar e, então, será definitiva nossa comunhão com Deus.
E a quarta palavra é “caminho”. Eu sou o caminho, a verdade, a vida. Você sabe que essa forma de falar “Eu sou” é uma fórmula de apresentação de sua condição divina, de sua união com Deus. Ele está se auto-revelando aos discípulos. Ele é o caminho que leva ao Pai. Para chegar à comunhão com Deus, para viver em comunhão com o Pai, é preciso segui-lo e viver os seus ensinamentos. Aliás, é mais do que isso: é imitá-lo. Ele não só nos ensina o caminho para chegar ao Pai, ele é o caminho. O único caminho. Não é à toa que as primeiras comunidades eram chamadas de “comunidades do caminho”.
Vamos guardar a mensagem
Jesus é o caminho que nos leva ao Pai. A sua morte foi a partida para a Casa do Pai. Com essa partida (a gente poderia dizer “com essa páscoa”), Jesus abriu as portas da Casa do Pai. Todos os filhos pródigos agora podem voltar para casa e serem acolhidos pela misericórdia do Pai. O caminho pra chegar lá é um só: Jesus Cristo. A ele precisamos acolher, amar e imitar. Ele é o caminho. A comunhão com Deus, que começou em nós pelo batismo, será plena quando também nós partirmos para estar ao lado dele, nas moradas do Pai.
Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14,6)

Vamos rezar a Palavra
Senhor Jesus,
Que bom podermos partilhar de um momento de tanta intimidade, ao teu lado. Tu nos dizendo coisas tão sagradas: falando-nos de tua relação de unidade com o Pai, de tua volta ao seio dele, da nossa unidade contigo que terá continuidade e plenitude quando estivermos ao teu lado na glória e do caminho para chegarmos lá. O caminho és tu mesmo: a tua vida, a tua palavra, a tua páscoa. Verdades que enchem de sentido nossa vida, nossas lutas e nosso futuro. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vamos viver a Palavra
Escreva as quatro palavras de hoje no seu caderno de anotações (o seu diário espiritual). E faça uma breve oração, falando com o Senhor sobre a meditação de hoje.

Pe. João Carlos Ribeiro – 27.04.2018

A SURPRESA DE EMAÚS

Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando (Lc 24, 29)

04 de abril de 2018.

Um texto maravilhoso, que eu não me canso de ouvir, ler e explicar. Lucas 24. Os discípulos de Emaús. Numa canção que fiz e vocês conhecem, coloquei no refrão esse convite insistente dos dois discípulos: “Fica conosco, Senhor, é tarde, a noite já vem. Fica conosco, Senhor, somos teus seguidores também”.
Domingo, dia da ressurreição. Dois discípulos voltam para casa, desanimados, entristecidos. Tinham todas as informações do que havia acontecido com Jesus na sua paixão e morte em Jerusalém e conheciam inclusive os rumores de sua ressurreição. Mas, estavam como cegos, sofrendo pela ausência física de Jesus. A ressurreição não era uma nova luz na sua caminhada. 
A história dos discípulos de Emaús é uma linda catequese sobre a ressurreição; uma catequese dirigida aos seguidores de Jesus, nas comunidades. O texto tem claramente cinco partes. Poderíamos dar um título a cada parte: Caminho, Palavra, Caridade, Ceia Eucarística, Missão. Em cada parte, faz-se uma catequese sobre a Ressurreição do Senhor.
Na primeira parte, dois discípulos estão voltando de Jerusalém a Emaús, tristes e desanimados. Conversam e discutem entre si. Entra na conversa deles, um peregrino, que se mostra interessado no que está acontecendo. Pergunta o que aconteceu e escuta o relato deles: o profeta Jesus que eles seguiam morreu e não ressuscitou, apesar dos boatos. A catequese aqui é esta: O Senhor ressuscitado caminha conosco, interessado em nossos dramas, em nossos problemas. Ele é nosso companheiro de viagem. No caminho de sua existência humana, você tem um encontro com Jesus ressuscitado.
Na segunda parte, o peregrino é quem fala, ele relembra as Escrituras, mostrando como na vida do Galileu cumpriram-se as promessas e as profecias. A catequese aqui é esta: O Senhor ressuscitado ilumina o nosso caminho, a nossa vida, com a Palavra Deus. Na Palavra de Deus, você tem um encontro com Jesus ressuscitado.
Na terceira parte, o peregrino faz que vai passar adiante e eles insistem e o acolhem em casa. Acolher significa providenciar água, comida e dormida para aquele companheiro de viagem. Acolher o peregrino é um gesto de amor ao irmão que, no evangelho, consta na lista dos serviços ao próprio Jesus. A catequese aqui é esta: O Senhor ressuscitado tem um encontro marcado conosco no necessitado. Na caridade, você tem um encontro com Jesus ressuscitado.
Na quarta parte, eles põem a mesa e ceiam com o peregrino. Ele toma o pão, dá graças, parte o pão e o distribui. Ao partir do pão, gesto próprio da Ceia Pascal, eles se dão conta que o peregrino é o próprio Jesus ressuscitado. Ele desaparece. Claro, se acreditamos na ressurreição, não precisamos ver Jesus. A catequese aqui é esta: O Senhor ressuscitado continua oferecendo sua vida em nosso favor, no memorial de sua paixão, na santa Ceia. Na Eucaristia, você tem um encontro com Jesus ressuscitado.
Na quinta parte, eles voltam a Jerusalém, àquela hora da noite mesmo e se reintegram à comunidade dos discípulos, de onde tinham se destacado. Lá eles recebem o testemunho dos apóstolos de que Jesus ressuscitou. Lá, eles contam a história do seu encontro com Jesus na sua volta para Emaús. A catequese aqui é esta: O Senhor ressuscitado nos faz testemunhas de sua ressurreição. Na Missão, você tem um encontro com Jesus ressuscitado.
Vamos guardar a mensagem 

Sem a experiência do encontro com Jesus ressuscitado, nossa vida fica opaca, sem transcendência, sem horizontes. Sem integrar a ressurreição na sua vida ou na sua religião, tudo vira tristeza e desencanto. Mas, você pode encontrar o Senhor ressuscitado, ou melhor ele vem ao seu encontro, no seu caminho existencial, na audição da Palavra de Deus, no serviço da caridade para com os sofredores, na Santa Eucaristia e no seu Testemunho missionário.



Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando (Lc 24, 29)

Vamos rezar a Palavra

Senhor Jesus,
Nossa prece hoje é a

dos discípulos de Emaús: “Fica conosco, Senhor. É tarde, a noite já vem!”. Sem
tua presença de ressuscitado em nosso caminho, caminhamos para a noite, para o
sem sentido, para o fracasso. Se estiveres conosco, o nosso caminho se ilumina,
a Palavra santa que ouvimos enche-se de sentido, o serviço aos pobres enche o nosso coração de alegria. Pela tua ressurreição, por tua presença ao nosso
redentor e a Missão sai reforçada pelo nosso testemunho.
lado, a celebração da Santa Missa é verdadeira comunhão com o teu sacrifício

Fica conosco, Senhor!
Amém.

Vamos viver a Palavra

Faça hoje um momento de oração pessoal em favor das pessoas que ainda não encontraram o Senhor Ressuscitado.


Pe. João Carlos Ribeiro - 19.04.2017

PRESTE BEM ATENÇÃO

Todo aquele que ouve a Palavra do Reino e não a compreende, vem o Maligno e rouba o que foi semeado em seu coração (Mt 13, 19).
Jesus não contou por acaso a parábola do semeador. Ele descreveu o que estava acontecendo. Muita gente o escutava, mas a Palavra não mudava nada em sua vida.
A explicação de Jesus foi clara: a semente que caiu à beira do caminho é quem escutou a Palavra e não a entendeu. Seu terreno (seu coração) não pode acolher a Palavra, porque não a entendeu. E aí, contou Jesus na parábola, veio o Maligno e roubou o que foi semeado. É o que acontece com quem não compreende a Palavra que foi anunciada.
O que é a que a gente pode fazer para compreender a Palavra? Primeiro, claro, é preciso prestar atenção. Sem atenção, não se escuta bem, não se entende o teor da comunicação. Prestar atenção. Abrir bem os ouvidos para ouvir bem. Há muita coisa acontecendo ao nosso redor, e em nós. Há muitas Palavras sendo ditas. Mas, em tudo sobressai uma Palavra especial: a que sai da boca de Deus. O homem não vive só de pão, lembrou Jesus. Prestar atenção. Para se concentrar, convém livrar-se de tudo que possa dispersar, distrair. Abrir os olhos pra ver e os ouvidos pra ouvir, como se fala no evangelho. É preciso prestar atenção.
Para entender a Bíblia, a segunda coisa é meditar a Palavra. Não é necessário ter curso universitário para ler a Bíblia. O interesse pessoal é mais importante do que muitos estudos. Mesmo quem não sabe ler, pode aprender a Palavra, ouvindo-a. É preciso esforço para ler regularmente a Bíblia, ouvir as explicações dos pregadores, meditá-la... Estudar a Palavra é o esforço de ler e reler o texto, procurando o seu sentido, procurando entender a sua mensagem. É preciso meditar a Palavra.
A terceira coisa para entender a Bíblia é rezar a Palavra. As Palavras da Bíblia são uma luz na nossa vida. Elas só podem ser compreendidas dentro do diálogo entre Pai e filhos. Por isso, a oração é o melhor lugar para se compreender a Palavra. No diálogo, você fala, expõe sua vida, abre o livro de sua existência. E escuta Deus que lhe fala, nos Livros Sagrados, iluminando a sua vida, com o amor de Jesus. Rezar a Palavra. É o lugar certo onde a Palavra ganha sentido. Na oração, o que Deus fala tem um endereço certo: a sua vida, os seus compromissos com os outros e com o mundo. Na oração, o diálogo é possível pela presença do Espírito Santo. É ele que nos abre ao mistério de Deus. Por isso, antes de iniciar a leitura bíblica, invoque o Espírito Santo. Ele é o senhor da sabedoria, do entendimento. É preciso rezar a Palavra.

Jesus nos revela o Pai e nos leva a ele


Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim (Jo 14, 6)

Chegamos ao 5º domingo da Páscoa, celebrando a ressurreição de Jesus e a nossa ressurreição com ele. Para nos ajudar a meditar no sentido da morte e ressurreição do Senhor, a Igreja abre conosco, hoje, o Evangelho de São João, no capítulo 14. Aí nos sentamos com os discípulos para ouvir Jesus falando sobre sua partida e sobre a sua intimidade com o Pai. A morte é a sua partida para o Pai.

Quatro palavrinhas merecem uma atenção maior de nossa parte: Pai, eu vou, moradas e caminho.

Comecemos pela palavra “Pai”. A palavra Pai se repete 12 vezes no evangelho de hoje. Jesus revelou que o Deus da Aliança é Pai. Não é só o criador. Ele é eternamente Pai em relação a seu Filho único. E o Filho é eternamente filho em sua relação com o Pai. Jesus revelou o Pai. O Pai se revelou em Jesus. As primeiras comunidades ficaram pensando em tudo isso que Jesus falou e amadureceram uma compreensão que transmitiram às gerações seguintes. No ano 325, no Concílio Ecumênico de Niceia, a Igreja afirmou com toda clareza: o Filho é consubstancial ao Pai, quer dizer é um só Deus com ele.

O caminho com Jesus

Enquanto estavam caminhando, alguém na estrada disse a Jesus: “Eu te seguirei para onde quer que fores”. (Lucas 9, 57)

Jesus está começando a grande viagem para Jerusalém. O evangelista Lucas reserva uma grande parte do seu evangelho a essa viagem (cerca de 9 capítulos (9, 51-19,27). Jesus está consciente do que o aguarda na capital. Mas, vai destemidamente. Por um lado, lá será preso, condenado e morto. Mas, também, lá, ressuscitará. Está escrito: “ele tomou a firme resolução de partir para Jerusalém”.  E vai como um profeta. Como Elias, que, no fim de sua jornada de lutas e perseguições, foi levado para o céu num carro de fogo (por isso a expressão “antes de ser levado para o céu”); Como Moisés que, antes de entrar na terra prometida, mandou mensageiros à sua frente para reconhecimento da situação.

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