PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: PÁSSAROS
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EU NÃO SOU UMA VENTOINHA

A semente foi pisada e os pássaros do céu a comeram (Lc 8, 5)



22 de setembro de 2018.

Jesus contou a história da semente que foi plantada em vários terrenos. Quatro terrenos. À beira da estrada, em terra muita pedregosa, em um terreno coberto de espinhos e em uma terra boa, bem preparada. E aí, é claro, colheu somente no bom terreno. E explicou o que significam os terrenos e a semente. A semente é a palavra de Deus. E os terrenos representam o modo como nós recebemos a Palavra.

O resultado da semente que caiu na beira da estrada impressiona. “Enquanto semeava, uma parte caiu à beira do caminho, foi pisada e os pássaros do céu a comeram”. Às vezes, estamos tão distraídos, que não fica nada do que foi semeado. Ou então deixamos todo mundo passar por nós e pisotear tudo o que nos é caro. É por isso que Jesus falou da semente que caiu no caminho: é que nossa vida pode virar uma estrada, onde todo mundo passa, onde todo mundo pisa. A palavra semeada nem tem a chance de germinar. Como disse Jesus, vêm os pássaros e a comem. Os homens passam e a pisoteiam. A semeadura à beira da estrada não produz nada.

É de se pensar: você não tem uma área de sua vida reservada, o melhor de você mesmo para acolher o que Deus lhe diz? Você não tem um cantinho importante de sua vida, onde ninguém pisa, onde ninguém manda, um lugar reservado onde você pensa sua vida e toma suas decisões? Sabe o porquê dessa pergunta? Porque se a gente escuta todo mundo, e qualquer opinião nos influencia, no meio de tantas vozes cada um puxando para o seu lado, a voz de Deus fica apenas mais uma opinião. A gente vira um caminho onde todo mundo passa, uma passarela de opiniões, onde tudo parece ter o mesmo peso... e a voz de Deus, que seria a nossa referência maior, não é mais ouvida ou não é levada a sério.

Você conhece a ventoinha, aquela espécie de bandeira-saquinho que marca a direção do vento nos aeroportos. A ventoinha enche-se de ar e fica a favor do vento. Mostra a direção da corrente de ar. Pra onde o vento der, ela se vira. Quem manda é o vento. Uma pessoa não pode ser uma ventoinha. Muda de opinião, faz opções segundo o vento, isto é, a opinião pública, o que os outros estão valorizando ou o que a mídia define como o melhor. O cristão precisa ter um rumo certo pra seguir, valores onde afirmar a própria caminhada. Só a voz de Deus pode dar um rumo certo à minha vida. O seu Espírito, que me habita desde o batismo, é quem vai dialogando comigo, no meu íntimo, e me ajudando a andar no rumo certo. Eu não sou uma ventoinha. E a minha vida não pode ser uma estrada onde todo mundo pisa.

Guardando a mensagem

Uma parte da semente caiu à beira do caminho. As sementes foram pisadas. Os pássaros as comeram. Jesus explicou que se trata de quem ouviu a Palavra, mas o diabo a tirou do coração dele. Há pessoas recebendo a Palavra de Deus como um caminho. A Palavra é só mais uma entre tantas, não reservaram o melhor de sua atenção e do seu coração para acolhê-la. Por esse caminho todo mundo anda e pisa. E claro, não faltam passarinhos para roubar a semente. Os passarinhos são as distrações ou mesmo pequenas preocupações que nos fazem esquecer a Palavra que recebemos.

A semente foi pisada e os pássaros do céu a comeram (Lc 8, 5)

Vamos rezar a palavra

Senhor Jesus,

Às vezes, recebemos a tua Palavra como um caminho, uma estrada, por onde circula gente pisando a terra e onde a palavra fica vulnerável à investida de pássaros. Assim, a Palavra não tem a chance de germinar, brotar, crescer e frutificar. É diferente quando a gente reserva um terreno bom para receber a Palavra. E um terreno bom significa tempo que eu dedico para ouvir e meditar a Palavra, a importância e o peso que eu dou a esta Palavra e o cuidado para que nem a opinião dos outros, nem as distrações ou as preocupações da vida roubem os preciosos ensinamentos do nosso Deus. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Diante desse alerta de Jesus sobre não recebermos a sua palavra como um caminho, você, revendo como tem recebido a Palavra, seria bom você tomar uma decisão. O que você vai fazer daqui pra frente para receber melhor a Palavra? Anote esse seu propósito no seu caderno espiritual.

Pe. João Carlos Ribeiro – 22 de setembro de 2018.

A SEMENTE VAI SER ÁRVORE

O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo (Mt 13, 31)
30 de junho de 2018.
A gente fica esperando o Reino de Deus como uma intervenção poderosa em nosso mundo. Uma coisa forte, visível, que todo mundo reconheça e se submeta. Como falamos de ‘reino’, ficamos imaginando os impérios deste mundo, os reinados de senhores poderosos e violentos de quem a história dá notícia.
Mas, Jesus que tanto falou do Reino de Deus, não deixou uma definição do que é o Reino. Antes, fez comparações que desfazem completamente nossas expectativas farisaicas. A parábola do grãozinho de mostarda nos ensina muito sobre o Reino de Deus. É uma semente bem pequenininha e o agricultor a planta na terra. Quando cresce, a mostarda fica maior do que as outras plantas. E torna-se um arbusto, de modo que os pássaros fazem ninhos nela.
Uma primeira lição é esta: O Reino se constrói com pequenas ações. O Reino está potencialmente presente no que, hoje, nós estamos semeando, que nos parece tão pouco, tão pequeno. Ele é como o grão de mostarda tão pequeninho que vai se tornar uma grande hortaliça. Quando semeamos, nós mostramos confiança na semente e no futuro dela. Ao realizarmos pequenas ações e nos movermos com pequenos passos, estando na direção certa, estamos semeando o reino. O Reino se constrói com pequenos sinais. São sementes que plantamos, grãozinhos de mostarda lançados na terra.
Uma segunda lição é a seguinte: O Reino não é obra nossa. É obra de Deus, servindo-se de nossa muito pequena participação. O arbusto que vai acolher até os passarinhos é fruto de uma dinâmica que não é controlada pelo agricultor. O Reino não é obra nossa. É obra de Deus, com sua lógica, sua dinâmica, sua atuação.
Uma terceira lição é esta: O Reino será uma realidade surpreendente. Se plantarmos, colheremos. A semente vai germinar e crescer e será uma árvore. O agricultor vai se surpreender com a obra de Deus em seu favor.
O Evangelho é a revelação desse evento maravilhoso: o Reino está ao nosso alcance, está batendo à nossa porta, está próximo de nós, está entre nós. Deus está cumprindo sua promessa: “Eis que faço novas todas as coisas”. É por essa razão que o Evangelho narra tantos milagres, curas, exorcismos. É o Reino se instalando como luz, como saúde, como paz, como perdão.
Vamos guardar a mensagem
Mesmo com tanta crise, com tanta coisa ruim acontecendo, com tanto desmantelo no mundo, experimentamos cada dia que o Reino de Deus está entre nós, está acontecendo, está em gestação. Ele é obra de Deus, com nossa pequena colaboração. Por meio do seu filho Jesus, está semeando um mundo novo de comunhão, de paz, de reconciliação. Jesus está conosco até a consumação dos séculos, como prometeu. Não nos abandona. O seu Santo Espírito atualiza a sua presença e a sua ação redentora. O Reino está entre nós.
O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo (Mt 13, 31)
Vamos rezar a palavra
Senhor Jesus,
Tu estás entre nós, tu estás conosco na assembleia que se reúne, na Palavra que é proclamada, no Pão eucarístico que nos alimenta. É isso que experimentamos cada dia e que celebramos na Missa: a tua presença redentora entre nós, nos instruindo, nos abençoando, nos conduzindo. O Reino, de que tanto falaste, é a tua presença salvando esse mundo, reconduzindo o pecador à comunhão com Deus, nos conduzindo no caminho da justiça e da paz. Tu és o Emanuel, Deus conosco. Seja o teu santo nome bendito, hoje e sempre. Amém.
Vamos viver a palavra

Apresentando-se uma oportunidade, hoje, comente com alguém a parábola do grão de mostarda.

Pe. João Carlos Ribeiro – 30.07.2018

RESPONSABILIDADE, SIM – ESTRESSE, NÃO


Não se preocupem com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá suas próprias preocupações (Mt 6,34)
23 de junho de 2018.
“Não se preocupem com o dia de amanhã”. Como assim ‘não se preocupar com o dia de amanhã? Foi o que Jesus disse? Foi. E ele foi uma pessoa despreocupada com o dia de amanhã? Bom, ele era conhecido por sua profissão, carpinteiro. Portanto, reconhecido por seu compromisso com o trabalho, com a sobrevivência. Não era um malandro. Nem foi um hippie. E por que ele recomendou aos discípulos que não se preocupassem com o dia de amanhã?
Bom, primeiro vamos ver o que ele disse certinho. Ele estava falando sobre o perigo de se servir a dois senhores, a Deus e às riquezas.  Tendo dois senhores, você acabará sendo fiel a um e faltando com o outro, não é verdade? Se nós confiamos em Deus, então vivemos menos estressados com o futuro. Confiamos em Deus. Confiamos que é ele quem nos sustenta e garante a nossa vida. Se nós confiamos é no dinheiro, então lutamos com todas as forças para garantir o amanhã, porque ele depende só de nós. No final, Jesus disse: “Não se preocupem com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá suas próprias preocupações. Para cada dia, bastam seus próprios problemas”.
Nossa confiança em Deus não nos tira a responsabilidade com o presente e com o futuro. Mas, nos tira o peso e a sensação de estarmos sozinhos, lançados à própria sorte. Jesus nos mandou observar o que acontece com os pássaros e os lírios do campo. Nosso Deus e Pai os alimenta. Ele os veste de maneira maravilhosa. Jesus disse: “Olhem os pássaros do céu”. Ele nos mandou olhar, não imitar os pássaros do céu que não trabalham, nem poupam. Olhar e ver como Deus os alimenta, apesar de não plantarem, nem colherem. “Olhem como crescem os lírios do campo”. Não mandou imitar os lírios do campo que não trabalham, nem fiam. Olhar e se dar conta que Deus os veste, que a força de seu crescimento e de sua beleza vêm da força divina. Assim, sossegue o seu coração, é Deus quem providencia o seu alimento, a sua roupa, o seu sustento. Não viva numa aflição sem fim, num estresse doentio, com a preocupação do que vai ser amanhã, de como vai ser o futuro. Confia em Deus, ou não confia?
Cada dia tem o seu peso pra gente carregar. Não nos sobrecarreguemos do peso do dia de amanhã. Vamos carregar o peso de hoje. Foi o que Jesus disse: “Para cada dia, bastam os seus próprios problemas”.
Vamos guardar a mensagem
O jeito estressado, a excessiva preocupação com o amanhã, observou Jesus, é coisa de pagãos. Eles não conhecem o Deus vivo e verdadeiro. Eles não têm em quem confiar, a não ser em si mesmos e no seu dinheiro. Então, não se trata de você despreocupar-se, de viver irresponsavelmente. Trata-se de fazer bem a sua parte, levar o peso do dia de hoje com toda a responsabilidade e viver com a confiança de que nossa vida está nas mãos de Deus; que o nosso Deus e Pai é a nossa única segurança. Ele cuida de nós. Sabe do que nós precisamos. Estamos em suas mãos.
Não se preocupem com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá suas próprias preocupações (Mt 6,34)
Vamos rezar a palavra
Senhor Jesus,
Que diferença faz vivermos na fé, colocarmos o Reino de Deus em primeiro lugar nas nossas vidas! Estamos na luta, trabalhando, estudando, planejando, pensando no dia de amanhã. Mas, não fazemos as contas só com nossas poucas forças ou com os nossos minguados recursos. Temos um pai, temos um Deus que nos sustenta, nos fortalece e garante o nosso amanhã. Podemos, então, viver tranquilos e dormir sossegados. Muito obrigado, Jesus, por nos recordares isso. Não nos deixes por nossa confiança no dinheiro, na riqueza. Não nos permitas que ponhamos nossa segurança nos bens deste mundo. Confiamos em Deus. Confiamos em ti. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vamos viver a palavra
Dom Bosco dava um conselho. Vou dar também. Antes de dormir, escreva numa papelzinho sua maior preocupação e ponha o papelzinho debaixo do travesseiro. Na sua oração, diga ao Senhor o que você escreveu. E vá dormir tranquilo, tranquila. Não é mágica. É só um exercício de confiança em Deus.

Pe. João Carlos Ribeiro – 23.06.2018

A SEMENTE NA ESTRADA

Enquanto semeava, uma parte caiu à beira do caminho; foi pisada e os pássaros do céu a comeram (Lc 8, 5).
Jesus contou a história da semente que foi plantada em vários terrenos. Quatro terrenos. À beira da estrada, em terra muita pedregosa, em um terreno coberto de espinhos e em uma terra boa, bem preparada. E aí, é claro, colheu somente no bom terreno. E explicou o que significam os terrenos e a semente. A semente é a palavra de Deus. E os terrenos representam o modo como nós recebemos a Palavra.
Eu nunca prestei muita atenção nessa parte da semente que caiu à beira da estrada. Mas, outro dia fiquei pensando no assunto, e concluí que se trata de uma coisa bastante comum em nossa vida. É que, às vezes, estamos tão distraídos, que não fica nada do que foi semeado. Ou então deixamos todo mundo passar por nós e pisotear tudo o que nos é caro. É por isso que Jesus falou da semente que caiu no caminho: é que nossa vida assim vira um estrada, onde todo mundo passa, onde todo mundo pisa. A palavra semeada nem tem a chance de germinar. Como disse Jesus, vêm os pássaros e a comem. Os homens passam e a pisoteiam. A semeadura à beira da estrada não produz nada.
É de se pensar: você não tem uma área de sua vida reservada, o melhor de você mesmo para acolher o que Deus lhe diz? Você não tem um cantinho importante de sua vida, onde ninguém pisa, onde ninguém manda, um lugar reservado onde você pensa sua vida e toma suas decisões? Sabe o porquê dessa essa pergunta? Porque se a gente escuta todo mundo, e qualquer opinião nos influencia, no meio de tantas vozes cada um puxando para o seu lado, a voz de Deus fica apenas mais uma opinião. A gente vira um caminho onde todo mundo passa, uma passarela de opiniões, onde tudo parece ter o mesmo peso... e a voz de Deus, que seria a nossa referência maior, não é mais ouvida ou não é levada a sério.
Você conhece a ventoinha, aquele espécie de bandeira-saquinho que marca a direção do vento nos aeroportos. A ventoinha enche-se de ar e fica a favor do vento. Mostra a direção da corrente de ar. Pra onde o vento der, ela se vira. Quem manda é o vento. Uma pessoa não pode ser uma ventoinha. Muda de opinião, faz opções segundo o vento, isto é, a opinião pública, o quê os outros estão valorizando ou o que a mídia define como o melhor. Uma pessoa precisa ter um rumo certo pra seguir, valores onde afirmar a própria caminhada. Só a voz de Deus pode dar um rumo certo à minha vida. O seu Espírito, que me habita desde o batismo, é quem vai dialogando comigo, no meu íntimo, e me ajudando a andar no rumo certo. Eu não sou uma ventoinha. E a minha vida não pode ser uma estrada onde todo mundo pisa.
Vamos guardar a mensagem de hoje
Uma parte da semente caiu à beira do caminho. As sementes foram pisadas. Os pássaros a comeram. Jesus explicou que se trata de quem ouviu a Palavra, mas o diabo a tirou do coração dele. Há pessoas recebendo a Palavra de Deus como um caminho. A Palavra é só mais uma entre tantas, não reservaram o melhor de sua atenção e do seu coração para acolhê-la. Por esse caminho todo mundo anda e pisa. E claro, não faltam passarinhos para roubar a semente. Os passarinhos são as distrações ou mesmo pequenas preocupações que nos fazem esquecer a Palavra que recebemos.
Enquanto semeava, uma parte caiu à beira do caminho; foi pisada e os pássaros do céu a comeram (Lc 8, 5).

Vamos guardar a mensagem de hoje com uma prece

Senhor Jesus,
Às vezes, recebemos a tua Palavra como um caminho, uma estrada, por onde circula gente pisando a terra e onde a Palavra fica vulnerável à investida dos pássaros. Assim, a Palavra não tem a chance de germinar, brotar, crescer e frutificar. É diferente quando a gente reserva um terreno bom para receber a Palavra. E um terreno bom significa tempo que eu dedico para ouvir e meditar a Palavra, a importância e o peso que eu dou a esta Palavra e o cuidado para que nem a opinião dos outros, nem as distrações ou as preocupações da vida roubem os preciosos ensinamentos do nosso Deus. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Pe. João Carlos Ribeiro – 13.07.2014/23.09.2017

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