PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: ESTRADA
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A OBRA NÃO PODE PARAR

Preparem o caminho do Senhor, endireitem suas veredas (Lc 3, 3)

09 de dezembro de 2018.


Quando estavam duplicando a BR 101 que corta o estado de Pernambuco, anos atrás, eu transitava por ela com uma preocupação. Será que vão retificar essa rodovia, evitando, por exemplo, que não passe mais por dentro das cidades? Será que vão atenuar tanta curva e tanto sobe e desce? Bom, até que fizeram muita coisa. E a estrada ficou bem melhor. E melhorando a estrada, melhoram o transporte, os restaurantes à margem da rodovia, o fluxo turístico e comercial. Estrada é progresso, é desenvolvimento. Uma boa rodovia melhora tudo por onde passa. 

O evangelho desse segundo domingo do advento fala de estrada. Uma estrada que precisa ser acertada, reformada. João Batista, cumprindo a missão recebida de Deus, percorre toda a região do Jordão, pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados. O que ele está fazendo realiza a profecia de Isaías: ‘a voz que grita no deserto mandando o povo preparar o caminho do Senhor, endireitar as suas veredas’. 

No antigo testamento, o profeta Baruc já tinha passado essa ordem de Deus: preparar a estrada para a volta dos exilados que regressariam a Jerusalém. Ele falava de abaixar os montes, encher os vales, aplainar a terra. É uma forma de dizer que precisavam consertar um bocado de coisa na vida do país para receber o povo que estava voltando do exílio. 

No tempo de João Batista, quem está para chegar é o Messias. João é o ‘engenheiro civil’ que está projetando e executando a retificação da estrada da vida do seu povo para receber o Messias que está chegando. Estava escrito assim no profeta Isaías: ‘Todo vale será aterrado, toda montanha e colina serão rebaixadas; as passagens tortuosas ficarão retas e os caminhos acidentados serão aplainados’.

Em que consistia reformar a estrada para receber Jesus? João dizia logo: ‘vocês deixem de roubar, ajam com honestidade; larguem o egoísmo e cuidem de ser solidários com os mais pobres’. E assim ia a ladainha de João indicando ao povo que acertasse a própria vida, como quem ajeita uma estrada cheia de curvas e de subidas e descidas desnecessárias. Mas, não é só a vida privada que precisa de conserto, de conversão. Também a vida pública precisa de conversão. Por isso, João queria que o rei Herodes consertasse sua vida matrimonial escandalosa. Consertar a estrada para o Messias passar na sua chegada. 

Guardando a mensagem

‘Conversão’ é a palavra-chave deste segundo domingo do advento. Conversão é mudança de vida. No evangelho de hoje, o profeta João que pregava um batismo de conversão para o perdão dos pecados está comparado com o ‘engenheiro civil’ que está comandando a reforma de uma estrada. Tem muita coisa para ser consertada na vida de cada um e na vida do país. A obra da estrada é a obra da conversão. Mas, não fiquemos olhando apenas para o tempo de João, porque a obra da estrada é hoje, aqui e agora. Em mim, em você, na sua família, em nossa cidade. A hora é de recuperar, retificar, consertar a estrada. A hora é de conversão. O Senhor está chegando.

Preparem o caminho do Senhor, endireitem suas veredas (Lc 3, 3)

Rezando a palavra

Senhor Jesus, 


Neste tempo de advento, aquecemos o nosso coração com a certeza de tua vinda: já vieste uma primeira vez, vens sempre ao nosso encontro e virás definitivamente no último dia. Teu profeta João Batista está nos mandando preparar o caminho, endireitar as curvas, restaurar a estrada de nossa vida para a tua chegada. Entendemos, então, que é tempo de conversão, de mudança de vida. Assiste-nos, Senhor, neste caminho de conversão, com o teu Santo Espírito. Que a nossa vida seja uma boa estrada, pela qual tu possas vir ao encontro de muita gente, com teu evangelho de paz e de perdão. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a palavra 

Sabe de uma coisa que você já devia ir pensando nesta preparação para o natal? A confissão. Arrumar um jeito de se confessar, daqui para o natal. Afinal, é hora de endireitar as veredas tortas. 

Pe. João Carlos Ribeiro – 10.12.2018

EU NÃO SOU UMA VENTOINHA

A semente foi pisada e os pássaros do céu a comeram (Lc 8, 5)



22 de setembro de 2018.

Jesus contou a história da semente que foi plantada em vários terrenos. Quatro terrenos. À beira da estrada, em terra muita pedregosa, em um terreno coberto de espinhos e em uma terra boa, bem preparada. E aí, é claro, colheu somente no bom terreno. E explicou o que significam os terrenos e a semente. A semente é a palavra de Deus. E os terrenos representam o modo como nós recebemos a Palavra.

O resultado da semente que caiu na beira da estrada impressiona. “Enquanto semeava, uma parte caiu à beira do caminho, foi pisada e os pássaros do céu a comeram”. Às vezes, estamos tão distraídos, que não fica nada do que foi semeado. Ou então deixamos todo mundo passar por nós e pisotear tudo o que nos é caro. É por isso que Jesus falou da semente que caiu no caminho: é que nossa vida pode virar uma estrada, onde todo mundo passa, onde todo mundo pisa. A palavra semeada nem tem a chance de germinar. Como disse Jesus, vêm os pássaros e a comem. Os homens passam e a pisoteiam. A semeadura à beira da estrada não produz nada.

É de se pensar: você não tem uma área de sua vida reservada, o melhor de você mesmo para acolher o que Deus lhe diz? Você não tem um cantinho importante de sua vida, onde ninguém pisa, onde ninguém manda, um lugar reservado onde você pensa sua vida e toma suas decisões? Sabe o porquê dessa pergunta? Porque se a gente escuta todo mundo, e qualquer opinião nos influencia, no meio de tantas vozes cada um puxando para o seu lado, a voz de Deus fica apenas mais uma opinião. A gente vira um caminho onde todo mundo passa, uma passarela de opiniões, onde tudo parece ter o mesmo peso... e a voz de Deus, que seria a nossa referência maior, não é mais ouvida ou não é levada a sério.

Você conhece a ventoinha, aquela espécie de bandeira-saquinho que marca a direção do vento nos aeroportos. A ventoinha enche-se de ar e fica a favor do vento. Mostra a direção da corrente de ar. Pra onde o vento der, ela se vira. Quem manda é o vento. Uma pessoa não pode ser uma ventoinha. Muda de opinião, faz opções segundo o vento, isto é, a opinião pública, o que os outros estão valorizando ou o que a mídia define como o melhor. O cristão precisa ter um rumo certo pra seguir, valores onde afirmar a própria caminhada. Só a voz de Deus pode dar um rumo certo à minha vida. O seu Espírito, que me habita desde o batismo, é quem vai dialogando comigo, no meu íntimo, e me ajudando a andar no rumo certo. Eu não sou uma ventoinha. E a minha vida não pode ser uma estrada onde todo mundo pisa.

Guardando a mensagem

Uma parte da semente caiu à beira do caminho. As sementes foram pisadas. Os pássaros as comeram. Jesus explicou que se trata de quem ouviu a Palavra, mas o diabo a tirou do coração dele. Há pessoas recebendo a Palavra de Deus como um caminho. A Palavra é só mais uma entre tantas, não reservaram o melhor de sua atenção e do seu coração para acolhê-la. Por esse caminho todo mundo anda e pisa. E claro, não faltam passarinhos para roubar a semente. Os passarinhos são as distrações ou mesmo pequenas preocupações que nos fazem esquecer a Palavra que recebemos.

A semente foi pisada e os pássaros do céu a comeram (Lc 8, 5)

Vamos rezar a palavra

Senhor Jesus,

Às vezes, recebemos a tua Palavra como um caminho, uma estrada, por onde circula gente pisando a terra e onde a palavra fica vulnerável à investida de pássaros. Assim, a Palavra não tem a chance de germinar, brotar, crescer e frutificar. É diferente quando a gente reserva um terreno bom para receber a Palavra. E um terreno bom significa tempo que eu dedico para ouvir e meditar a Palavra, a importância e o peso que eu dou a esta Palavra e o cuidado para que nem a opinião dos outros, nem as distrações ou as preocupações da vida roubem os preciosos ensinamentos do nosso Deus. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Diante desse alerta de Jesus sobre não recebermos a sua palavra como um caminho, você, revendo como tem recebido a Palavra, seria bom você tomar uma decisão. O que você vai fazer daqui pra frente para receber melhor a Palavra? Anote esse seu propósito no seu caderno espiritual.

Pe. João Carlos Ribeiro – 22 de setembro de 2018.

A SEMENTE NA ESTRADA

Enquanto semeava, uma parte caiu à beira do caminho; foi pisada e os pássaros do céu a comeram (Lc 8, 5).
Jesus contou a história da semente que foi plantada em vários terrenos. Quatro terrenos. À beira da estrada, em terra muita pedregosa, em um terreno coberto de espinhos e em uma terra boa, bem preparada. E aí, é claro, colheu somente no bom terreno. E explicou o que significam os terrenos e a semente. A semente é a palavra de Deus. E os terrenos representam o modo como nós recebemos a Palavra.
Eu nunca prestei muita atenção nessa parte da semente que caiu à beira da estrada. Mas, outro dia fiquei pensando no assunto, e concluí que se trata de uma coisa bastante comum em nossa vida. É que, às vezes, estamos tão distraídos, que não fica nada do que foi semeado. Ou então deixamos todo mundo passar por nós e pisotear tudo o que nos é caro. É por isso que Jesus falou da semente que caiu no caminho: é que nossa vida assim vira um estrada, onde todo mundo passa, onde todo mundo pisa. A palavra semeada nem tem a chance de germinar. Como disse Jesus, vêm os pássaros e a comem. Os homens passam e a pisoteiam. A semeadura à beira da estrada não produz nada.
É de se pensar: você não tem uma área de sua vida reservada, o melhor de você mesmo para acolher o que Deus lhe diz? Você não tem um cantinho importante de sua vida, onde ninguém pisa, onde ninguém manda, um lugar reservado onde você pensa sua vida e toma suas decisões? Sabe o porquê dessa essa pergunta? Porque se a gente escuta todo mundo, e qualquer opinião nos influencia, no meio de tantas vozes cada um puxando para o seu lado, a voz de Deus fica apenas mais uma opinião. A gente vira um caminho onde todo mundo passa, uma passarela de opiniões, onde tudo parece ter o mesmo peso... e a voz de Deus, que seria a nossa referência maior, não é mais ouvida ou não é levada a sério.
Você conhece a ventoinha, aquele espécie de bandeira-saquinho que marca a direção do vento nos aeroportos. A ventoinha enche-se de ar e fica a favor do vento. Mostra a direção da corrente de ar. Pra onde o vento der, ela se vira. Quem manda é o vento. Uma pessoa não pode ser uma ventoinha. Muda de opinião, faz opções segundo o vento, isto é, a opinião pública, o quê os outros estão valorizando ou o que a mídia define como o melhor. Uma pessoa precisa ter um rumo certo pra seguir, valores onde afirmar a própria caminhada. Só a voz de Deus pode dar um rumo certo à minha vida. O seu Espírito, que me habita desde o batismo, é quem vai dialogando comigo, no meu íntimo, e me ajudando a andar no rumo certo. Eu não sou uma ventoinha. E a minha vida não pode ser uma estrada onde todo mundo pisa.
Vamos guardar a mensagem de hoje
Uma parte da semente caiu à beira do caminho. As sementes foram pisadas. Os pássaros a comeram. Jesus explicou que se trata de quem ouviu a Palavra, mas o diabo a tirou do coração dele. Há pessoas recebendo a Palavra de Deus como um caminho. A Palavra é só mais uma entre tantas, não reservaram o melhor de sua atenção e do seu coração para acolhê-la. Por esse caminho todo mundo anda e pisa. E claro, não faltam passarinhos para roubar a semente. Os passarinhos são as distrações ou mesmo pequenas preocupações que nos fazem esquecer a Palavra que recebemos.
Enquanto semeava, uma parte caiu à beira do caminho; foi pisada e os pássaros do céu a comeram (Lc 8, 5).

Vamos guardar a mensagem de hoje com uma prece

Senhor Jesus,
Às vezes, recebemos a tua Palavra como um caminho, uma estrada, por onde circula gente pisando a terra e onde a Palavra fica vulnerável à investida dos pássaros. Assim, a Palavra não tem a chance de germinar, brotar, crescer e frutificar. É diferente quando a gente reserva um terreno bom para receber a Palavra. E um terreno bom significa tempo que eu dedico para ouvir e meditar a Palavra, a importância e o peso que eu dou a esta Palavra e o cuidado para que nem a opinião dos outros, nem as distrações ou as preocupações da vida roubem os preciosos ensinamentos do nosso Deus. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Pe. João Carlos Ribeiro – 13.07.2014/23.09.2017

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