PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: perseverança
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Não cruze os braços diante de um problema.



   18 de novembro de 2023.   

Sábado da 32ª Semana do Tempo Comum


   Evangelho   


Lc 18,1-8

Naquele tempo, 1Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre, e nunca desistir, dizendo: 2“Numa cidade havia um juiz que não temia a Deus, e não respeitava homem algum. 3Na mesma cidade havia uma viúva, que vinha à procura do juiz, pedindo: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário!’ 4Durante muito tempo, o juiz se recusou. Por fim, ele pensou: ‘Eu não temo a Deus, e não respeito homem algum. 5Mas esta viúva já me está aborrecendo. Vou fazer-lhe justiça, para que ela não venha agredir-me!’” 6E o Senhor acrescentou: “Escutai o que diz este juiz injusto. 7E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar? 8Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa. Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?”

   Meditação.   


E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? (Lc 18, 7)

O juiz e a viúva. A viúva tinha uma causa na justiça. O juiz era iníquo, não temia a Deus, não respeitava ninguém. As chances da viúva eram mínimas. É a situação de muita gente. Tendo um problema sério para resolver, encontra barreiras muito grandes para ultrapassar. Tem diante de si um sistema burocrático, a força do poder econômico, a má vontade de quem deveria encaminhar uma solução... é problema de trabalho, é problema de saúde, é problema de família. Problemas grandes, com pouca chance de solução. Não seria o seu caso?

Bom, na parábola que Jesus contou, a situação estava difícil para a viúva. Ela tinha uma causa na justiça. E o juiz não era confiável. A fama dele era de injusto, sem temor a Deus. Tudo levava a crer que o juiz iria demorar demais a resolver o assunto e, claro, como não tinha compromisso com a justiça, iria prejudicá-la, pois ela era a parte mais frágil, mais desprotegida.

Mas, não foi bem assim. Ela conseguiu que ele julgasse o processo e lhe desse ganho de causa. Olha que surpresa! E o que mudou a situação? Jesus deixou claro: a insistência da viúva. Frequentemente, ela estava na porta do juiz: “Faça-me justiça contra o meu adversário”. O seu pedido insistente, perseverante acabou chateando o juiz. Ele pensou: vou resolver logo isso, senão essa viúva vai acabar com o meu juízo. E resolveu logo. E resolveu dando razão a quem tinha razão, à viúva. Que história interessante!

Por que será que Jesus contou essa história? Com certeza, pra gente não desanimar diante dos problemas, pra gente não cruzar os braços diante de situações difíceis; ir à luta, insistir, lutar pelo certo, pela verdade, pela justiça... A viúva não ficou em casa, se lamentando.... “Estou perdida, eu sou uma pobre viúva, e aquele juiz é um sujeito corrupto”. Não, não ficou se lamentando. Foi à luta, enfrentou o juiz, insistiu, cobrou, encheu a paciência daquele homem... Nada de ficar esperando pra ver no que vai dar, nada de se bloquear imaginando-se sem chance... Ir à luta, enfrentar, cobrar, insistir.

A parábola também pode ser aplicada ao nosso relacionamento com Deus. Mesmo que Deus não tenha nada de parecido com o juiz da história, precisamos ser perseverantes naquilo que pedimos. É que Deus, como bom educador, quer ver a gente se mexendo pra encontrar solução para os problemas; quer que tenhamos um grau de compromisso com o que estamos pedindo; quer que cultivemos sentimento de verdadeira confiança nele.




Guardando a mensagem

A viúva da história de Jesus é um exemplo para nós. Diante de dificuldade quase intransponível, acreditou na sua causa e, de tanto insistir, terminou mobilizando o injusto juiz em seu favor, com o incômodo de sua cobrança persistente. Você mesmo tem coisas difíceis pra realizar, sonhos quase impossíveis pra conquistar. Aprenda da viúva do evangelho. Não fique de braços cruzados. Não se deixe vencer pelo desânimo, pelo cansaço. A vitória depende de sua perseverança, de sua insistência. Deus também, como um bom pai que é, gosta de dar um tempo quando a gente faz um pedido. Ele quer ver a gente se mexer com confiança e perseverança e amadurecer o grau de compromisso com aquilo que estamos pedindo. Só pais inexperientes dão tudo o que filho pede e na velocidade que ele deseja.

E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? (Lc 18, 7)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
quantas lições, aprendemos no teu santo evangelho! Hoje, nos dizes para sermos perseverantes, insistentes, chatos se for preciso, mas não desistirmos diante das dificuldades. E disseste isto comparando também com a oração. Deus não é como aquele juiz. Ele é um pai amoroso. Mas, é um pai que quer o nosso bem, e sabe se o que pedimos servirá mesmo para o nosso crescimento; e conhece a hora oportuna para recebermos o que pedimos. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Comente, hoje, esse evangelho com alguém. O pequeno vence pela insistência, pela perseverança e pela confiança em Deus.

Comunicando

Grato por se associar à AMA. Obrigado por estar conosco na missão.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

A vitória chega com sua perseverança.





12 de novembro de 2022

Memória de São Josafá, bispo e mártir


EVANGELHO


Lc 18,1-8

Naquele tempo, 1Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre, e nunca desistir, dizendo: 2“Numa cidade havia um juiz que não temia a Deus, e não respeitava homem algum. 3Na mesma cidade havia uma viúva, que vinha à procura do juiz, pedindo: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário!’ 4Durante muito tempo, o juiz se recusou. Por fim, ele pensou: ‘Eu não temo a Deus, e não respeito homem algum. 5Mas esta viúva já me está aborrecendo. Vou fazer-lhe justiça, para que ela não venha agredir-me!’” 6E o Senhor acrescentou: “Escutai o que diz este juiz injusto. 7E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar? 8Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa. Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?”

MEDITAÇÃO


E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? (Lc 18, 7)

O juiz e a viúva. A viúva tinha uma causa na justiça. O juiz era iníquo, não temia a Deus, não respeitava ninguém. As chances da viúva eram mínimas. É a situação de muita gente. Tendo um problema sério para resolver, encontra barreiras muito grandes para ultrapassar. Tem diante de si um sistema burocrático, a força do poder econômico, a má vontade de quem deveria encaminhar uma solução... é problema de trabalho, é problema de saúde, é problema de família. Problemas grandes, com pouca chance de solução. Não seria o seu caso?

Bom, na parábola que Jesus contou, a situação estava difícil para a viúva. Ela tinha uma causa na justiça. E o juiz não era confiável. A fama dele era de injusto, sem temor a Deus. Tudo levava a crer que o juiz iria demorar demais a resolver o assunto e, claro, como não tinha compromisso com a justiça, iria prejudicá-la, pois ela era a parte mais frágil, mais desprotegida.

Mas, não foi bem assim. Ela conseguiu que ele julgasse o processo e lhe desse ganho de causa. Olha que surpresa! E o que mudou a situação? Jesus deixou claro: a insistência da viúva. Frequentemente, ela estava na porta do juiz: “Faça-me justiça contra o meu adversário”. O seu pedido insistente, perseverante acabou chateando o juiz. Ele pensou: vou resolver logo isso, senão essa viúva vai acabar com o meu juízo. E resolveu logo. E resolveu dando razão a quem tinha razão, à viúva. Que história interessante!

Por que será que Jesus contou essa história? Com certeza, pra gente não desanimar diante dos problemas, pra gente não cruzar os braços diante de situações difíceis; ir à luta, insistir, lutar pelo certo, pela verdade, pela justiça... A viúva não ficou em casa, se lamentando.... “Estou perdida, eu sou uma pobre viúva, e aquele juiz é um sujeito corrupto”. Não, não ficou se lamentando. Foi à luta, enfrentou o juiz, insistiu, cobrou, encheu a paciência daquele homem... Nada de ficar esperando pra ver no que vai dar, nada de se bloquear imaginando-se sem chance... Ir à luta, enfrentar, cobrar, insistir.

A parábola também pode ser aplicada ao nosso relacionamento com Deus. Mesmo que Deus não tenha nada de parecido com o juiz da história, precisamos ser perseverantes naquilo que pedimos. É que Deus, como bom educador, quer ver a gente se mexendo pra encontrar solução para os problemas; quer que tenhamos um grau de compromisso com o que estamos pedindo; quer que cultivemos sentimento de verdadeira confiança nele.


Guardando a mensagem

A viúva da história de Jesus é um exemplo para nós. Diante de dificuldade quase intransponível, acreditou na sua causa e, de tanto insistir, terminou mobilizando o injusto juiz em seu favor, com o incômodo de sua cobrança persistente. Você mesmo tem coisas difíceis pra realizar, sonhos quase impossíveis pra conquistar. Aprenda da viúva do evangelho. Não fique de braços cruzados. Não se deixe vencer pelo desânimo, pelo cansaço. A vitória depende de sua perseverança, de sua insistência. Deus também, como um bom pai que é, gosta de dar um tempo quando a gente faz um pedido. Ele quer ver a gente se mexer com confiança e perseverança e amadurecer o grau de compromisso com aquilo que estamos pedindo. Só pais inexperientes dão tudo o que filho pede e na velocidade que ele deseja.

E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? (Lc 18, 7)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
quantas lições, aprendemos no teu santo evangelho! Hoje, nos dizes para sermos perseverantes, insistentes, chatos se for preciso, mas não desistirmos diante das dificuldades. E disseste isto comparando também com a oração. Deus não é como aquele juiz. Ele é um pai amoroso. Mas, é um pai que quer o nosso bem, e sabe se o que pedimos servirá mesmo para o nosso crescimento; e conhece a hora oportuna para recebermos o que pedimos. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Comente, hoje, esse evangelho com alguém. O pequeno vence pela insistência, pela perseverança e pela confiança em Deus.

Comunicando

Este é o segundo dia do Congresso Eucarístico Nacional, acontecendo no Recife. Começa, hoje, o Simpósio Teológico, com conferências e oficinas. À tarde, catequeses públicas. Às 18 horas, o terço rezado em cinco santuários marianos, com transmissão pela televisão. Às 20 horas, começa a Vigília da Juventude. E você nos encontra no stand da AMA, na Feira Católica. Acompanhe tudo pelas redes católicas de televisão, pelo rádio ou pelas redes sociais. Pão em todas as mesas!

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Como deve ser a nossa oração de pedido



06 de outubro de 2022

Quinta-feira da 27ª Semana do Tempo Comum



EVANGELHO



Lc 11,5-13

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 5“Se um de vós tiver um amigo e for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: ‘Amigo, empresta-me três pães, 6porque um amigo meu chegou de viagem e nada tenho para lhe oferecer’,7 e se o outro responder lá de dentro: ‘Não me incomodes! Já tranquei a porta, e meus filhos e eu já estamos deitados; não me posso levantar para te dar os pães’; 8eu vos declaro: mesmo que o outro não se levante para dá-los porque é seu amigo, vai levantar-se ao menos por causa da impertinência dele e lhe dará quanto for necessário. 9Portanto, eu vos digo: pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto. 10Pois quem pede recebe; quem procura encontra; e, para quem bate, se abrirá.
11Será que algum de vós que é pai, se o filho pedir um peixe, lhe dará uma cobra? 12Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? 13Ora, se vós que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem!”




MEDITAÇÃO



Peçam e receberão. Busquem e acharão. Batam e lhes será aberto (Lc 11, 9)

Pois, quem pede, recebe; quem procura, encontra; e para quem bate, se abrirá.


Quando rezamos, costumamos pedir muito. E nem sempre sabemos pedir bem. O ensinamento de Jesus, hoje, vem em nosso auxílio. É certo que a nossa oração não pode ser só “de pedidos”, precisa ser também de louvação, de reparação e, sobretudo, de escuta da palavra de Deus. Mas, podemos pedir também. Neste caso, é bom aprender com ele.

No “Pai nosso”, que vem um pouco antes desse texto do Evangelho que estamos meditando, Jesus ensinou que a primeira coisa a pedir, na oração, é a glorificação do nome de Deus e a realização de sua vontade: “Pai, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino”. Depois vêm os pedidos, a começar pelo pão de cada dia, mas também o pedido de perdão pelos nossos pecados e a vitória sobre a tentação. No pedido do “pão de cada dia” está tudo o que é necessário para nossa sobrevivência com dignidade: o trabalho, a saúde, a superação dos problemas que ameaçam nossa integridade e nossa paz.

“Peçam, e receberão. Busquem, e acharão. Batam, e lhes será aberto”. É um convite a pedirmos a Deus com humildade, com confiança, com perseverança.

Peçam e receberão. Pedir é coisa de quem precisa. Quem precisa, pede. Assim, exercita a humildade. Está na condição de necessitado, reconhece que precisa do outro, que precisa de Deus. Pede, não manda. E está pedindo, não está cobrando. É um exercício de humildade.

Busquem e acharão. A gente busca, porque sabe que pode encontrar, e que pode receber. É um ato de confiança. O pedido, na oração, nos pede confiança. Pedimos a Deus porque confiamos nele, seguros que ele pode nos conceder, certos de que ele vai nos dar o que pedimos. Sabemos que não temos merecimento para alcançar o que pedimos, mas confiamos na sua misericórdia, no seu amor. Confiamos.

Batam e lhes será aberto. Na história que Jesus contou do homem que bateu à porta do amigo, tarde da noite, pedindo pão, aparece claramente a necessidade de perseverança. Se não for atendido por amizade, será por insistência, pela importunação, como no caso da história. Perseverar, insistir é uma forma de mostrar que realmente damos importância ao que estamos pedindo.




Guardando a mensagem

Jesus está nos ensinando a rezar bem. Se vamos pedir, é preciso fazê-lo com humildade (“Quem pede, recebe”), com confiança (“Quem procura, acha”) , e com perseverança (“A quem bate, lhe será aberto”). Humildade, confiança, perseverança. É assim que deve ser nossa oração de pedido a Deus.

Peçam e receberão. Busquem e acharão. Batam e lhes será aberto ( Lc 11, 9)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
aprendemos contigo a louvar o Pai pelo seu imenso amor, a bendizê-lo por tudo que ele nos concede. E também pedir o pão de cada dia, o perdão dos nossos pecados e a libertação do mal. Pedir é o que nós mais sabemos fazer quando rezamos. Hoje, tu nos dás orientações importantes para nossa oração de pedido. Ajuda-nos, Senhor, com o teu Santo Espírito a pedir com humildade, com confiança e com perseverança. Sendo uma coisa boa para nós, para nosso crescimento humano e espiritual, seremos atendidos, sobretudo se pedirmos em teu nome. Obrigado, Jesus. Tu és o nosso Mestre e Senhor. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra


Não vou insistir, vou apenas lhe dizer quantos colocaram o nome na lista, topando o desafio de rezar o terço diariamente, neste mês do rosário: 1902 pessoas. O terço mariano, também chamado de rosário, é uma oração de louvor, de meditação e de intercessão. 

Comunicando

Como todas as quintas-feiras, hoje, celebramos a Santa Missa nas suas intenções, às 11 horas. Estando livre nesse horário, acompanhe pelo nosso canal do Youtube. Está seguindo o formulário para você colocar a sua intenção.

Uma quinta-feira de paz e de bênçãos. E até amanhã, se Deus quiser. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

A CONFIANÇA EM DEUS E A PERSEVERANÇA DOS PEQUENOS



13 de novembro de 2021

EVANGELHO


Lc 18,1-8

Naquele tempo, 1Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre, e nunca desistir, dizendo: 2“Numa cidade havia um juiz que não temia a Deus, e não respeitava homem algum. 3Na mesma cidade havia uma viúva, que vinha à procura do juiz, pedindo: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário!’ 4Durante muito tempo, o juiz se recusou. Por fim, ele pensou: ‘Eu não temo a Deus, e não respeito homem algum. 5Mas esta viúva já me está aborrecendo. Vou fazer-lhe justiça, para que ela não venha agredir-me!’” 6E o Senhor acrescentou: “Escutai o que diz este juiz injusto. 7E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar? 8Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa. Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?”

MEDITAÇÃO


E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? (Lc 18, 7)

O juiz e a viúva. A viúva tinha uma causa na justiça. O juiz era iníquo, não temia a Deus, não respeitava ninguém. As chances da viúva eram mínimas. É a situação de muita gente. Tendo um problema sério para resolver, encontra barreiras muito grandes para ultrapassar. Tem diante de si um sistema burocrático, a força do poder econômico, a má vontade de quem deveria encaminhar uma solução... é problema de trabalho, é problema de saúde, é problema de família. Problemas grandes, com pouca chance de solução. Não seria o seu caso?

Bom, na parábola que Jesus contou, a situação estava difícil para a viúva. Ela tinha uma causa na justiça. E o juiz não era confiável. A fama dele era de injusto, sem temor a Deus. Tudo levava a crer que o juiz iria demorar demais a resolver o assunto e, claro, como não tinha compromisso com a justiça, iria prejudicá-la, pois ela era a parte mais frágil, mais desprotegida.

Mas, não foi bem assim. Ela conseguiu que ele julgasse o processo e lhe desse ganho de causa. Olha que surpresa! E o que mudou a situação? Jesus deixou claro: a insistência da viúva. Frequentemente, ela estava na porta do juiz: “Faça-me justiça contra o meu adversário”. O seu pedido insistente, perseverante acabou chateando o juiz. Ele pensou: vou resolver logo isso, senão essa viúva vai acabar com o meu juízo. E resolveu logo. E resolveu dando razão a quem tinha razão, à viúva. Que história interessante!

Por que será que Jesus contou essa história? Com certeza, pra gente não desanimar diante dos problemas, pra gente não cruzar os braços diante de situações difíceis; ir à luta, insistir, lutar pelo certo, pela verdade, pela justiça... A viúva não ficou em casa, se lamentando.... “Estou perdida, eu sou uma pobre viúva, e aquele juiz é um sujeito corrupto”. Não, não ficou se lamentando. Foi à luta, enfrentou o juiz, insistiu, cobrou, encheu a paciência daquele homem... Nada de ficar esperando pra ver no que vai dar, nada de se bloquear imaginando-se sem chance... Ir à luta, enfrentar, cobrar, insistir.

A parábola também pode ser aplicada ao nosso relacionamento com Deus. Mesmo que Deus não tenha nada de parecido com o juiz da história, precisamos ser perseverantes naquilo que pedimos. É que Deus, como bom educador, quer ver a gente se mexendo pra encontrar solução para os problemas; quer que tenhamos um grau de compromisso com o que estamos pedindo; quer que cultivemos sentimento de verdadeira confiança nele.

Guardando a mensagem

A viúva da história de Jesus é um exemplo para nós. Diante de dificuldade quase intransponível, acreditou na sua causa e, de tanto insistir, terminou mobilizando o injusto juiz em seu favor, com o incômodo de sua cobrança persistente. Você mesmo tem coisas difíceis pra realizar, sonhos quase impossíveis pra conquistar. Aprenda da viúva do evangelho. Não fique de braços cruzados. Não se deixe vencer pelo desânimo, pelo cansaço. A vitória depende de sua perseverança, de sua insistência. Deus também, como um bom pai que é, gosta de dar um tempo quando a gente faz um pedido. Ele quer ver a gente se mexer com confiança e perseverança e amadurecer o grau de compromisso com aquilo que estamos pedindo. Só pais inexperientes dão tudo o que filho pede e na velocidade que ele deseja.

E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? (Lc 18, 7)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Quantas lições, aprendemos no teu santo evangelho! Hoje, nos dizes para sermos perseverantes, insistentes, chatos se for preciso, mas não desistirmos diante das dificuldades. E disseste isto comparando também com a oração. Deus não é como aquele juiz. Ele é um pai amoroso. Mas, é um pai que quer o nosso bem, e sabe se o que pedimos servirá mesmo para o nosso crescimento; e conhece a hora oportuna para recebermos o que pedimos. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Comente, hoje, esse evangelho com alguém. O pequeno vence pela insistência, pela perseverança e pela confiança em Deus.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

REZAR COM PERSEVERANÇA

E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? (Lc 18, 7)
16 de novembro de 2019.
O juiz e a viúva. A viúva tinha uma causa na justiça. O juiz era iníquo, não temia a Deus, não respeitava ninguém. As chances da viúva eram mínimas. É a situação de muita gente. Tendo um problema sério para resolver, encontra barreiras muito grandes para ultrapassar. Tem diante de si um sistema burocrático, a força do poder econômico, a má vontade de quem deveria encaminhar uma solução... é problema de trabalho, é problema de saúde, é problema de família. Problemas grandes, com pouca chance de solução. Não seria o seu caso?
Bom, na parábola que Jesus contou, a situação estava difícil para a viúva. Ela tinha uma causa na justiça. E o juiz não era confiável. A fama dele era de injusto, sem temor a Deus. Tudo levava a crer que o juiz iria demorar demais a resolver o assunto e, claro, como não tinha compromisso com a justiça, iria prejudicá-la, pois ela era a parte mais frágil, mais desprotegida.
Mas, não foi bem assim. Ela conseguiu que ele julgasse o processo e lhe desse ganho de causa. Olha que surpresa! E o que mudou a situação? Jesus deixou claro: a insistência da viúva. Frequentemente, ela estava na porta do juiz: “Faça-me justiça contra o meu adversário”. O seu pedido insistente, perseverante acabou chateando o juiz. Ele pensou: vou resolver logo isso, senão essa viúva vai acabar com o meu juízo. E resolveu logo. E resolveu dando razão a quem tinha razão, à viúva. Que história interessante!
Por que será que Jesus contou essa história? Com certeza, pra gente não desanimar diante dos problemas, pra gente não cruzar os braços diante de situações difíceis; ir à luta, insistir, lutar pelo certo, pela verdade, pela justiça... A viúva não ficou em casa, se lamentando.... “Estou perdida, eu sou uma pobre viúva, e aquele juiz é um sujeito corrupto”.  Não, não ficou se lamentando. Foi à luta, enfrentou o juiz, insistiu, cobrou, encheu a paciência daquele homem... Nada de ficar esperando pra ver no que vai dar, nada de se bloquear imaginando-se sem chance... Ir à luta, enfrentar, cobrar, insistir.
A parábola também pode ser aplicada ao nosso relacionamento com Deus. Mesmo que Deus não tenha nada de parecido com o juiz da história, precisamos ser perseverantes naquilo que pedimos. É que Deus, como bom educador, quer ver a gente se mexendo pra encontrar solução para os problemas; quer que tenhamos um grau de compromisso com o que estamos pedindo; quer que cultivemos sentimento de verdadeira confiança nele.
Guardando a mensagem
A viúva da história de Jesus é um exemplo para nós. Diante de dificuldade quase intransponível, acreditou na sua causa e, de tanto insistir, terminou mobilizando o injusto juiz em seu favor, com o incômodo de sua cobrança persistente. Você mesmo tem coisas difíceis pra realizar, sonhos quase impossíveis pra conquistar. Aprenda da viúva do evangelho. Não fique de braços cruzados. Não se deixe vencer pelo desânimo, pelo cansaço. A vitória depende de sua perseverança, de sua insistência. Deus também, como um bom pai que é, gosta de dar um tempo quando a gente faz um pedido. Ele quer ver a gente se mexer com confiança e perseverança e amadurecer o grau de compromisso com aquilo que estamos pedindo. Só pais inexperientes dão tudo o que filho pede e na velocidade que ele deseja.
E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? (Lc 18, 7)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
Quantas lições, aprendemos no teu santo evangelho! Hoje, nos dizes para sermos perseverantes, insistentes, chatos se for preciso, mas não desistirmos diante das dificuldades. E disseste isto comparando também com a oração. Deus não é como aquele juiz. Ele é um pai amoroso. Mas, é um pai que quer o nosso bem, e sabe se o que pedimos servirá mesmo para o nosso crescimento; e conhece a hora oportuna para recebermos o que pedimos. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Amanhã é domingo, dia do Senhor. Quer mesmo agradar a esse Deus amoroso que nos deu o seu filho unigênito como salvador? Então, não falte à Santa Missa.


Pe. João Carlos Ribeiro – 16 de novembro de 2019

PEÇA DIREITO


Peçam e receberão. Busquem e acharão. Batam e lhes será aberto ( Lc 11, 9) 

10 de outubro de 2019 

Pois, quem pede, recebe; quem procura, encontra; e para quem bate, se abrirá.

Quando rezamos, costumamos pedir muito. E nem sempre sabemos pedir bem. O ensinamento de Jesus, hoje, vem em nosso auxílio. É certo que a nossa oração não pode ser só “de pedidos”, precisa ser também de louvação, de reparação e, sobretudo, de escuta da palavra de Deus. Mas, podemos pedir também. Neste caso, é bom aprender com ele.

No “Pai nosso”, que vem um pouco antes desse texto do Evangelho que estamos meditando, Jesus ensinou que a primeira coisa a pedir, na oração, é a glorificação do nome de Deus e a realização de sua vontade: “Pai, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino”. Depois vêm os pedidos, a começar pelo pão de cada dia, mas também o pedido de perdão pelos nossos pecados e a vitória sobre a tentação. No pedido do “pão de cada dia” está tudo o que é necessário para nossa sobrevivência com dignidade: o trabalho, a saúde, a superação dos problemas que ameaçam nossa integridade e nossa paz.

“Peçam, e receberão. Busquem, e acharão. Batam, e lhes será aberto”. É um convite a pedirmos a Deus com humildade, com confiança, com perseverança.

Peçam e receberão. Pedir é coisa de quem precisa. Quem precisa, pede. Assim, exercita a humildade. Está na condição de necessitado, reconhece que precisa do outro, que precisa de Deus. Pede, não manda. E está pedindo, não está cobrando. É um exercício de humildade.

Busquem e acharão. A gente busca, porque sabe que pode encontrar, e que pode receber. É um ato de confiança. O pedido, na oração, nos pede confiança. Pedimos a Deus porque confiamos nele, seguros que ele pode nos conceder, certos de que ele vai nos dar o que pedimos. Sabemos que não temos merecimento para alcançar o que pedimos, mas confiamos na sua misericórdia, no seu amor. Confiamos.

Batam e lhes será aberto. Na história que Jesus contou do homem que bateu à porta do amigo, tarde da noite, pedindo pão, aparece claramente a necessidade de perseverança. Se não for atendido por amizade, será por insistência, pela importunação, como no caso da história. Perseverar, insistir é uma forma de mostrar que realmente damos importância ao que estamos pedindo.

Guardando a mensagem

Jesus está nos ensinando a rezar bem. Se vamos pedir, é preciso fazê-lo com humildade (“Quem pede, recebe”), com confiança (“Quem procura, acha”) , e com perseverança (“A quem bate, lhe será aberto”). Humildade, confiança, perseverança. É assim que deve ser nossa oração de pedido a Deus.


Peçam e receberão. Busquem e acharão. Batam e lhes será aberto ( Lc 11, 9) 

Rezando a palavra 

Senhor Jesus, 

Aprendemos contigo a louvar o Pai pelo seu imenso amor, bendizê-lo por tudo que ele nos concede. E também pedir o pão de cada dia, o perdão dos nossos pecados e a libertação do mal. Pedir é o que nós mais sabemos fazer quando rezamos. Hoje, tu nos dás orientações importantes para nossa oração de pedido. Ajuda-nos, Senhor, com o teu santo Espírito a pedir com humildade, com confiança e com perseverança. Sendo uma coisa boa para nós, para nosso crescimento humano e espiritual, seremos atendidos, sobretudo se pedirmos em teu nome. Obrigado, Jesus. Tu és o nosso Mestre e Senhor. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Neste quarto dia de trabalho do Sínodo da Amazônia, faça um pedido a Deus, em sintonia com a toda a Igreja. Peça que o Espírito Santo nos conduza para sermos sempre mais uma igreja missionária, preocupada e comprometida com a evangelização de todos os filhos e filhas de Deus, especialmente dos mais pobres e sofredores.

A gente se vê, às dez da noite, no facebook.

Pe. João Carlos Ribeiro – 10 de outubro de 2019.

NÃO DESISTIR NO PRIMEIRO NÃO

Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos cachorrinhos (Mt 15, 26)


07 de agosto de 2019.
No tempo de Jesus, as fronteiras do país não eram muito definidas. Mas, os judeus sabiam bem onde começavam os territórios pagãos. Desde a entrada na terra prometida, o povo tinha sido instruído a afastar-se das populações pagãs que moravam na terra de Canaã. Não deviam ter nenhuma consideração para com os cananeus, sua cultura e seus cultos idolátricos.
No texto de hoje, o evangelista Mateus nos dá notícia que Jesus está em territórios pagãos, na região de Tiro e Sidônia. Talvez quisesse se afastar um pouco daquela correria toda do seu trabalho missionário, com tanta gente atrás dele. Mas logo chega alguém pedindo ajuda. Uma senhora pagã, uma cananeia, veio ao encontro de Jesus com um pedido de socorro: a filha estava possuída pelo demônio. A resposta de Jesus foi estranha. Ficou calado. Ela continuou implorando, pelo caminho. Ele comentou com os discípulos que fora enviado somente para o povo de Deus. A mulher insistia, implorava... E a resposta dele foi dura: “Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos cachorrinhos”.
Chamar os pagãos de cachorros ou de porcos era comum por parte do antigo povo de Deus. Essa atitude agressiva para com os gentios, os pagãos, resultava da decisão de manterem distância dos seus cultos e de sua cultura, como a Lei de Moisés determinava. Jesus, enquanto humano, nasceu hebreu, aprendeu o modo do seu povo pensar o mundo e a religião. Portanto, certamente, ao menos até certa altura do seu apostolado, podia ter essa mesma atitude frente aos pagãos. Foi o que ele disse aos discípulos naquela ocasião: “Eu fui enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel”.
É importante entender o seguinte. Quem está contando essa história é o evangelista Mateus, uma história guardada pelas comunidades que se formaram na Palestina e nos território pagãos próximos. Um grande problema da evangelização, desde o início, foi como integrar os pagãos convertidos nas comunidades. Havia muita discussão: eles têm ou não tem direito à salvação em Cristo? Pra nós, é claro, passado tanto tempo, isso está bem resolvido. Mas, no começo, essa integração dos não judeus foi muito dolorosa. Pensava-se: Eles não têm aliança com Deus, não são herdeiros das promessas feitas a Israel, não seguem a Lei de Moisés, não são circuncidados... a coisa não foi fácil.
Você está me seguindo?  Está dando para entender?  Então, essa história de Jesus que a princípio rejeitou a mulher pagã, mas depois a atendeu, era muito importante para os seus seguidores entenderem como deviam proceder nesse assunto da inclusão das pessoas pagãs. Nessa história, todos podiam entender que os pagãos também tinham direito de fazer parte das comunidades e que não lhes cabia a pecha de cachorros, porque a salvação em Cristo também era para eles. Eles só precisavam ter fé, crer em Jesus, como a mulher cananeia.
Voltemos ao texto. Qual foi a reação da mulher? Diante da negativa de Jesus, ela insistiu com grande humildade: “É verdade, Senhor. Mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!'  Foi quando Jesus lhe disse: 'Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!'. Assim, sua filha foi libertada.
Guardando a mensagem
A mulher pagã foi procurar Jesus, prostrando-se aos seus pés. Isso é um sinal de sua fé, de sua acolhida de Jesus, como Messias. Não se intimidou com a aparente negativa dele, antes insistiu, perseverou no seu pedido... E, claro, mostrou uma grande humildade. Diante disso, Jesus concedeu o que ela estava pedindo com tanta humildade, perseverança e fé. A mudança de atitude de Jesus, incluindo os pagãos na salvação, será a atitude mais tarde das comunidades cristãs espalhadas pelo mundo.
Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos cachorrinhos (Mt 15, 26)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
A mulher cananeia nos deixa uma grande lição. Diante da necessidade premente de sua filha, ela foi ao teu encontro e soube ser perseverante no seu pedido. Não desanimou diante do teu silêncio, nem de tua negativa. E não se intimidou com a ofensa recebida por ser pagã, ao ser comparada aos cachorrinhos. Na sua fé, mostrou humildade e perseverança no seu pedido. Não só foi atendida, mas também te ajudou a ter uma nova compreensão da missão. Senhor, não nos deixes desanimar diante das primeiras dificuldades, nem desistir diante das barreiras que se nos apresentem intransponíveis. Que a nossa fé seja à toda prova e a humildade e a perseverança sejam a força de nossa fraqueza. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Converse com alguém sobre essa história de hoje (Mt 15,21-28). Ou pelo menos comente alguma coisa nas redes sociais sobre o assunto. Evangelize!

Pe. João Carlos Ribeiro – 07.08.2019.

A HORA DO TESTEMUNHO

Essa é a ocasião em que vocês vão testemunhar a sua fé (Lc 21, 13)
28 de novembro de 2018.
Estamos lendo o capítulo 21 de São Lucas. Jesus prepara os discípulos para os momentos de crise da caminhada e para a grande crise final que antecederá o seu retorno glorioso. Ainda ontem, o ouvimos falar de guerras, revoluções, terremotos, fome, pestes. E recolhemos três preciosos ensinamentos que ele deixou: não confiar em grandiosidades humanas,  não nos deixar enganar pelos aproveitadores e não nos apavorar com os acontecimentos adversos.
No texto de hoje, lemos mais um trecho desse capítulo 21 de São Lucas. O tema é o da perseguição. Por causa de Jesus, por causa do seu evangelho, sofremos perseguições.  E de onde procedem essas perseguições? Jesus responde: Da sociedade (por meio de suas autoridades), de setores religiosos (representados na antiga sinagoga) e até da própria família (pais, irmãos, parentes e amigos).
E Jesus está narrando tudo isso não para nos amedrontar, mas para nos incentivar a permanecer serenos, perseverantes e fieis no meio das dificuldades que possam aparecer, sobretudo em tempos de perseguição. E perseguição sempre aconteceu. As primeiras comunidades cristãs, por exemplo,  atravessaram quase três séculos de ameaças, clandestinidade e martírios. Perseguição, na verdade, sempre houve em nossa história cristã, mesmo nos dias atuais. Basta lembrar Dom Oscar Romero, assassinado em El Salvador em 1980 e recentemente canonizado. E o grande número de países, cerca de 196, em que hoje não há liberdade religiosa. E os ataques a templos cristãos no Oriente Médio, o massacre de comunidades cristãs em vários países. ..
A perseguição por causa da fé em Cristo pode não estar tão longe assim. Ela pode se manifestar nas redes sociais, nas rodas de conversa, no ambiente de trabalho, na sala de aula e até dentro de casa. Se você andar em dia com o mundo, ninguém vai censurar você. Agora, ande segundo o evangelho da verdade, da justiça, da fraternidade... Aí, não vão lhe faltar críticas, incompreensões, apelidos, xingamentos... e muito mais.
Diante da realidade da perseguição – a atual e a que pode vir – Jesus nos deixa, no evangelho de hoje, três orientações:
A primeira é o TESTEMUNHO. Disse ele: “Essa será a ocasião em que vocês testemunharão a sua fé”.  O tempo de perseguição é o tempo do grande testemunho.
A segunda orientação é a CONFIANÇA EM DEUS. Disse Jesus: “façam o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa”. O Senhor nos dará palavras acertadas com que calaremos o inimigo.
A terceira orientação é a PERSEVERANÇA. Disse Jesus: “É permanecendo firmes que vocês vão ganhar a vida”. Dom Helder deixou escrito: “É graça divina começar bem. Graça maior persistir na caminhada certa. Mas graça das graças é não desistir nunca”. Disse tudo.
Guardando a mensagem
Nós seguidores de Jesus, como ele, em nosso caminho, encontramos muitas barreiras e até perseguições. Os mártires são exemplos para nós: eles resistiram com fidelidade até o fim às suas convicções, ao evangelho de Jesus. Em meio às dificuldades, incompreensões e perseguições por causa de nossa fé, Jesus nos deixa três orientações: Testemunho, Confiança em Deus e Perseverança.  Os momentos de crise ou mesmo de perseguição são tempos de purificação de nossa fé, de crescimento em fidelidade e fraternidade e de robustecimento da confiança no Senhor que jamais nos abandona.
Essa é a ocasião em que vocês vão testemunhar a sua fé (Lc 21, 13)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
Dificuldades e problemas nos cercam. Fazem parte de nossa limitação humana e de nossa condição de pecadores. Por causa de nossa adesão ao evangelho, estamos expostos a incompreensão, comentários maldosos, difamações... Muitos irmãos, por causa da fé, chegam até a sofrer violência física e verbal. Dá-nos, Senhor, como nos indicaste para estas ocasiões, oferecer com destemor o nosso testemunho, navegando nessas tormentas com grande confiança em Deus e perseverando fielmente no bem e na verdade. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Meditando esse evangelho, talvez você se lembre de alguém de seu conhecimento que esteja passando por um momento de provação ou perseguição por causa do evangelho. Será que você poderia fazer alguma coisa por essa pessoa?

Pe. João Carlos Ribeiro – 28.11.2018

FÉ, HUMILDADE E PERSEVERANÇA NA ORAÇÃO

Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos cachorrinhos (Mt 15, 26)
08 de agosto de 2018.
No tempo de Jesus, as fronteiras do país não eram muito definidas. Mas, os judeus sabiam bem onde começavam os territórios pagãos. Desde a entrada na terra prometida, o povo tinha sido instruído a afastar-se das populações pagãs que moravam naquela terra de Canaã. Não deviam ter nenhuma consideração para com os cananeus, sua cultura e seus cultos idolátricos.
No texto de hoje, o evangelista Mateus nos dá notícia que Jesus está em territórios pagãos, na região de Tiro e Sidônia. Talvez quisesse se afastar um pouco daquela correria toda do seu trabalho missionário, com tanta gente atrás dele. Mas logo chega alguém pedindo ajuda. Uma senhora pagã, uma cananeia, veio ao encontro de Jesus com um pedido de socorro: a filha estava possuída pelo demônio. A resposta de Jesus foi estranha. Ficou calado. Ela continuou implorando, pelo caminho. Ele comentou com os discípulos que fora enviado somente para o povo de Deus. A mulher insistia, implorava... E a resposta dele foi dura: “Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos cachorrinhos”.
Chamar os pagãos de cachorros ou de porcos era comum por parte do antigo povo de Deus. Essa atitude agressiva para com os gentios, os pagãos, resultava da decisão de manterem distância dos seus cultos e de sua cultura, como a Lei de Moisés determinava. Jesus, enquanto humano, nasceu hebreu, aprendeu o modo do seu povo pensar o mundo e a religião. Portanto, certamente, ao menos até certa altura do seu apostolado, podia ter essa mesma atitude frente aos pagãos. Foi o que ele disse aos discípulos naquela ocasião: “Eu fui enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel”.
É importante entender o seguinte. Quem está contando essa história é o evangelista Mateus, uma história guardada pelas comunidades que se formaram na Palestina e nos território pagãos próximos. Um grande problema da evangelização, desde o início, foi como integrar os pagãos convertidos nas comunidades. Havia muita discussão: eles têm ou não tem direito à salvação em Cristo? Pra nós, é claro, passado tanto tempo, isso está bem resolvido. Mas, no começo, essa integração dos não judeus foi muito dolorosa. Pensava-se: Eles não têm aliança com Deus, não são herdeiros das promessas feitas a Israel, não seguem a Lei de Moisés, não são circuncidados... a coisa não foi fácil.
Você está me seguindo?  Está dando para entender?  Então, essa história de Jesus que a princípio rejeitou a mulher pagã, mas depois a atendeu, era muito importante para os seus seguidores entenderem como deviam proceder nesse assunto da inclusão das pessoas pagãs. Nessa história, todos podiam entender que os pagãos também tinham direito de fazer parte das comunidades e que não lhes cabia a pecha de cachorros, porque a salvação em Cristo também era para eles. Eles só precisavam ter fé, crer em Jesus, como a mulher cananeia.
Voltemos ao texto. Qual foi a reação da mulher? Diante da negativa de Jesus, ela insistiu com grande humildade: “É verdade, Senhor. Mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!'  Foi quando Jesus lhe disse: 'Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!'. Assim, sua filha foi libertada.
Guardando a mensagem
A mulher pagã foi procurar Jesus, prostrando-se aos seus pés. Isso é um sinal de sua fé, de sua acolhida de Jesus, como Messias. Não se intimidou com a aparente negativa dele, antes insistiu, perseverou no seu pedido... E, claro, mostrou uma grande humildade. Diante disso, Jesus concedeu o que ela estava pedindo com tanta humildade, perseverança e fé. A mudança de atitude de Jesus, incluindo os pagãos na salvação, será a atitude mais tarde das comunidades cristãs espalhadas pelo mundo.
Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos cachorrinhos (Mt 15, 26)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
A mulher cananeia nos deixa uma grande lição. Diante da necessidade premente de sua filha, ela foi ao teu encontro s e soube ser perseverante no seu pedido. Não desanimou diante do teu silêncio, nem de tua negativa. E não se intimidou com a ofensa recebida por ser pagã, ao ser comparada aos cachorrinhos. Na sua fé, mostrou humildade e perseverança no seu pedido. Não só foi atendida, mas também te ajudou a ter uma nova compreensão da missão. Senhor, não nos deixes desanimar diante das primeiras dificuldades, nem desistir diante das barreiras que se nos apresentem intransponíveis. Que a nossa fé seja à toda prova e a humildade e a perseverança sejam a força de nossa fraqueza. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Converse com alguém sobre essa história de hoje (Mt 15,21-28). Ou pelo menos comente alguma coisa nas redes sociais sobre o assunto. Evangelize!
Pe. João Carlos Ribeiro – 08.08.2018

O CLIMA ESTÁ PESADO

Quando seus irmãos já tinham subido, então, também ele subiu para a festa, não publicamente, mas sim como que às escondidas (Jo 7, 10)
16 de março de 2018.
Os tempos estão ficando difíceis para os seguidores de Cristo. Houve aquele tempo da perseguição do império romano, no início do cristianismo, com tantos mártires que continuamos a celebrar! Mais recentemente, no Brasil e em boa parte da América Latina, tivemos a perseguição da ditadura militar, difamando, sequestrando e torturando inúmeros cristãos. No momento atual, em muitas partes do mundo, mesmo nos países que foram marcados pela civilização cristã, cresce a intolerância e a agressividade contra a Igreja e a pregação do evangelho. Os grandes valores defendidos pelos cristãos, valores que fundam a vida em sociedade, estão sendo combatidos abertamente pelo desregramento sexual, o aborto, o consumo de drogas, a ideologia de gênero, o enfraquecimento da instituição familiar, o vilipêndio de símbolos religiosos... Em síntese, ser cristão hoje é estar na contramão, no contrafluxo de um mundo que está tomando a direção contrária. E assim, seguir Jesus vai significar, cada vez mais, incompreensões, discriminação, difamação, perseguição.
Nesse contexto, podemos entender melhor o evangelho de hoje que nos diz que Jesus evitava andar pela Judeia, por causa da perseguição e ameaças de morte à sua pessoa. E que, depois que os discípulos foram para a festa das Tendas em Jerusalém, ele seguiu depois deles, às escondidas. Então, o clima estava muito pesado. Razão tinham os discípulos que não queriam que Jesus fosse àquela festa. Mas, impressiona ver que, em seguida, Jesus aparece em público ensinando, para surpresa dos seus inimigos, que, assim em público, não podiam prendê-lo, pela reação do povo ou, como diz São João, porque não tinha chegado a sua hora. Muitos até estranharam que Jesus, procurado como estava, estivesse assim falando e movimentando-se em publico, com tanta desenvoltura.
Do que Jesus estava dizendo, temos um trechinho no texto de hoje. Ele estava ensinando em alta voz, no Templo. Notem, em alta voz. “Vocês me conhecem. Mas, eu não vim por mim mesmo. Vocês não conhecem quem me enviou. Eu o conheço”. Dava pra todo mundo entender: Foi Deus quem o enviou, e aquela gente, embora estivesse no Templo de Deus, não o conhecia.
No livro da Sabedoria está escrito: Os ímpios, em seus falsos raciocínios, dizem: “Armemos ciladas ao justo, porque sua presença nos incomoda. Vamos pô-lo à prova com ofensas e torturas, para ver sua serenidade e sua paciência. Vamos condená-lo à morte vergonhosa. Vamos ver se alguém vem socorrê-lo”. Conclui o livro santo: “A malícia os torna cegos”.
Vamos guardar a mensagem
Estamos na preparação para a Páscoa. À Páscoa da ressurreição, Jesus chegou passando pela paixão e pela morte de cruz. Nós, como seguidores de Jesus, não apenas acompanhamos o drama de sua paixão, mas reconhecemos que muitos irmãos passam também, perto ou longe de nós, por sofrimentos semelhantes, por causa de sua fé em Cristo. Com eles, ficamos solidários. E ficamos sabendo também que seguir Jesus pode comportar para nós algum incômodo, algum sacrifício, algum sofrimento. É aí que amadurece a nossa fidelidade.
Quando seus irmãos já tinham subido, então, também ele subiu para a festa, não publicamente, mas sim como que às escondidas (Jo 7, 10)
Vamos acolher a mensagem
Senhor Jesus,
Às vezes, somos tentados a fazer da religião um pronto-socorro para nossos dramas e sofrimentos. Queremos fugir deles, queremos resolvê-los. Estamos sempre te pedindo isso, tu sabes bem. Mas, há um outro lado da fé cristã que este tempo da Quaresma nos ensina. Ser cristão é te seguir, caminhar segundo o teu evangelho. Isso nos põe na contramão dos que não conhecem os teus ensinamentos ou não os tomam como norma de vida. A nossa escolha por ti e por tua Igreja podem nos trazer incompreensão, discriminação, perseguição. Nesta hora, precisamos nos manter firmes, tomar a cruz contigo e ouvir aquela bem-aventurança do Sermão da Montanha: “Bem-aventurados são vocês, quando os injuriarem e os perseguirem, e mentindo, falarem todo mal contra vocês por minha causa”. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vamos viver a Palavra
Escreva, hoje, no seu diário espiritual (ou caderno de anotações) uma breve oração pedindo em favor dos cristãos perseguidos por causa de sua fé.

Pe. João Carlos Ribeiro – 15.03.2018

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