PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: fé
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SENHOR, AUMENTA A NOSSA FÉ!


Os apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!” (Lc 17, 5)
A força que nos sustenta na vida é a fé. A fé em Deus. Mas não é qualquer fezinha não. Fé naquele que verdadeiramente nos ama e pôs Jesus Cristo no nosso caminho. E uma fé esclarecida. É o que a Igreja nos tenta passar nos cursos, encontros, jornadas, na catequese.  "Fé cega, faca amolada" – diz a música de Gilberto Gil. Fé cega é uma arma perigosa. Fé esclarecida é a fé inteligente, de quem conhece o que ama. E que ama o que conhece.
A fé é a nossa segurança. A fé nos fala do que não passa, do que o vendaval do tempo não leva. Nos fala daquele que sempre é, do Deus fiel, do Deus-Amor. E de seu plano de felicidade para cada um de nós. A fé é um dom, um presente de Deus. E a gente, com responsabilidade, tem que cuidar dela, para que ela possa ser cada dia ser mais robusta e forte.
A gente só sente a importância da luz quando escurece, quando a noite chega. A fé é essa luz que nós carregamos. Há momentos em nossa vida em que a gente precisa demais dessa luz: momentos de dor, de solidão, de perplexidade, de trevas. A fé a nossa segurança. Nessas horas, é que a gente mais precisa de fé e de esperança. Elas nos fazem enxergar na escuridão. A fé nos diz que o Senhor está perto de nós, que não nos faltará, que nossa vida está em suas mãos, que sua sabedoria e sua providência nos guiam. Por isso, seguimos confiantes, mesmo nas adversidades. Por isso, resistimos com uma força que não temos.
Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos, diz a carta aos Hebreus (Hb 11,1). São João diz na sua primeira carta: O que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. (1 João 5, 4)
Vamos guardar a mensagem de hoje
O evangelho de hoje reúne alguns ditos de Jesus. Ele considerou de muita gravidade o fato de alguém escandalizar um pequenino. E recomendou que se perdoasse o irmão sempre que ele se arrependesse. Só uma visão de fé nos faz ter essa sensibilidade no trato com os pequeninos e essa generosidade no perdão aos irmãos. Diante desses ensinamentos, os apóstolos pediram a Jesus que aumentasse a fé deles. E Jesus comentou que uma fé mesmo pequena faria maravilhas.

A MENINA E A MULHER

Uma mulher que sofria de hemorragia há doze anos veio por trás dele e tocou a barra do seu manto (Mt 9, 20).
O Chefe da Sinagoga chegou informando que sua filha acabara de morrer. E implorou que Jesus fosse à sua casa, trazer a menina de volta para a vida. Jesus já seguia pra lá quando uma mulher que sofria de fluxo de sangue tocou na barra do seu manto e ficou curada. Na casa da menina falecida, Jesus dispensou o povo e os músicos que estavam no velório. E levantou a menina pela mão e ela voltou a viver.
São duas histórias entrelaçadas, a da filha do chefe da Sinagoga e a da mulher que sofria de hemorragia. Nos evangelhos de Marcos e Lucas, essa história tem mais detalhes. Fica-se sabendo, por exemplo, o nome do chefe da Sinagoga, Jairo e a idade da menina, 12 anos. As duas histórias estão juntas por alguma razão. As duas mulheres têm um impedimento grave para gerar a vida, para ter filhos. Na menina, aos 12 anos, idade da primeira menstruação, o organismo estaria se preparando para a futura maternidade. Morrendo, morrem as possibilidades de futuro, corta-se pela raiz a possibilidade de ser mãe. No tempo de Jesus, as mulheres se casavam muito cedo. E a mulher, sofrendo de perda de sangue há 12 anos, também não podia ser mãe, possivelmente por ter a sua menstruação desordenada.  Afinal, as duas não podem gerar vida, ser mãe.
E não poder ser mãe era realmente um problema? Ainda é um problema muito grande. Muitos casais hoje vivem em grande sofrimento, porque a esposa não consegue engravidar, não é verdade? Nem sempre a causa está na mulher. No tempo de Jesus, a coisa era ainda mais grave. A mulher não sendo mãe era completamente desconsiderada. A viúva sem filhos não tinha nem direito aos bens deixados pelo marido. E família sem filhos, como a de Abraão, não tinha futuro. Para nos darmos conta do drama, basta nos lembrarmos das mulheres estéreis da Bíblia, como Sara (a esposa de Abraão) no Antigo Testamento e de Izabel (a esposa de Zacarias) no Novo Testamento. As duas viviam tristes por não poderem dar filhos aos seus maridos, por não garantirem o futuro de suas famílias. Deus interveio na vida dessas duas mulheres estéreis, garantindo–lhes a fertilidade.

MORRENDO DE MEDO

Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo (Mt 8, 25).
Foi este o pedido de socorro dos discípulos a Jesus que estava dormindo, na barca. Estavam no meio de uma grande tempestade, a barca estava sendo coberta pelas ondas. E no meio dessa preocupante situação, Jesus dormia, calmamente. Eles o acordaram aos gritos: “Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo”.
Jesus acordou, certamente sem muita pressa. E lhes fez uma pergunta muita séria: “Por que vocês estão com tanto medo, gente fraca na fé?”. Levantou-se e ameaçou os ventos e o mar, e estes se acalmaram.
O medo é a reação de quem se sente acuado, sem saída. O medo é a resposta de quem não tem fé ou de quem tem uma fé muito fraca.
Podemos nos perguntar, por que  Jesus estava dormindo àquela hora, na barca, em pleno lago da Galileia? Bom, talvez estivesse cansado. É que a sua vida era uma loucura. Está escrito no Evangelho que ele nem tinha tempo para comer, tantas eram as pessoas que o procuravam. E, além da atenção permanente às pessoas, havia os longos deslocamentos a pé, o cuidado permanente com a formação dos discípulos, as noites de oração...  tudo isso contribuía para o seu cansaço. Possivelmente, o seu sono era de cansaço.

OS TRÊS ERROS DE TOMÉ

Meu Senhor e Meu Deus! (Jo 20, 28)

Tomé cometeu três erros, penso eu. O primeiro foi o seguinte: Ele faltou à celebração. No domingo da ressurreição, à tardinha, os discípulos estavam reunidos... esta era a hora em que a comunidade se reunia nos primeiros tempos do cristianismo, ao entardecer do domingo. Nessa celebração do domingo de páscoa, o próprio Jesus ressuscitado se apresentou no meio deles. Tomé não estava nesta reunião. Não sei onde andava, mas faltou a esse momento tão importante.  Jesus fez a saudação do shalom: A paz esteja com vocês! Mostrou-lhes as mãos e o lado, para eles terem certeza que era ele mesmo, o que fora crucificado. E a comunidade ficou, claro, exultante de alegria. Jesus lhes comunicou o Espírito Santo, soprando sobre eles. E lhes enviou em missão, a mesma missão de reconciliação que ele recebera do Pai. Tomé perdeu esse momento tão importante da vida da comunidade.
Por falar em faltar à celebração, hoje tem muito Tomé ausentando-se da celebração do domingo. Cada um tem sua desculpa, nem sempre válida. Faltando, acabam perdendo experiências significativas que elevam qualitativamente a vida cristã naquela comunidade. Perdem o encontro com o Senhor ressuscitado que se revela presente no meio de sua Igreja, comunicando-lhe a sua paz, enchendo os seus corações da alegria de Deus e dando-lhe o seu Santo Espírito para confirmar a todos na missão.  Se você, Tomé, faltar à celebração, você está perdendo muita coisa e vai ficando de fora da caminhada da graça em sua comunidade. Esse foi o primeiro erro de Tomé: faltou à celebração.

Pedro, Paulo e os dois desafios

Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la (Mt 16, 18)

Nós temos dois desafios. O primeiro é que o nosso povo batizado conhece pouco a fé cristã, inclusive boa parte nem pisa na Igreja. O segundo é que os que participam se contentam com a Missa de vez em quando, e não se sentem responsáveis pela evangelização dos outros.

Quando houve aquela grande assembleia de bispos da América Latina em Aparecida, em 2007, eles transformaram esses desafios em um compromisso duplo: levar o povo católico a ser um povo de discípulos missionários. Como bons discípulos do Senhor, cada um  conhecer melhor a fé cristã, professá-la com sinceridade e ensiná-la aos outros. Como seus missionários, levarmos o fermento do evangelho ao mundo, levando a boa nova aos afastados, distantes e excluídos.

A solenidade de São Pedro e São Paulo, que celebramos hoje, pode reforçar essa nossa caminhada de formação e compromisso como discípulos missionários. Os dois apóstolos, Pedro e Paulo, são exemplos, modelos de compromisso com o Senhor e com a missão evangelizadora. Eles são igualmente nossos intercessores junto a Deus na animação de comunidades de discípulos missionários, igreja em saída para as periferias humanas. Mesmo os dois apóstolos sendo modelos de cristãos discípulos missionários, podemos olhar para cada um deles e identificar de maneira mais acentuada uma dessas dimensões.

Os três erros de Tomé

Meu Senhor e Meu Deus! (Jo 20, 28)

Chegamos ao segundo domingo da Páscoa. Domingo passado, poderíamos dizer, foi o domingo de Maria Madalena. Ela foi ao sepulcro cedinho, descobriu que estava aberto e vazio e avisou aos discípulos. Hoje, podemos dizer, é o domingo de Tomé. Ele precisou ver para crer. E mereceu um bom puxão de orelhas de Jesus.

Tomé cometeu três erros, penso eu. O primeiro foi o seguinte: Ele faltou à celebração. No domingo da ressurreição, à tardinha, os discípulos estavam reunidos... essa era a hora em que a comunidade se reunia nos primeiros tempos do cristianismo, ao entardecer do domingo. Nessa celebração do domingo de páscoa, o próprio Jesus ressuscitado se apresentou no meio deles. Tomé não estava nesta reunião. Não sei onde andava, mas faltou a esse momento tão importante.  Jesus fez a saudação do shalom: A paz esteja com vocês! Mostrou-lhes as mãos e o lado, para eles terem certeza que era ele mesmo, o que fora crucificado. E a comunidade ficou, claro, exultante de alegria. Jesus lhes comunicou o Espírito Santo, soprando sobre eles. E lhes enviou em missão, a mesma missão de reconciliação que ele recebera do Pai. Tomé perdeu esse momento tão importante da vida da comunidade.

Transmissão da fé

Um grande desafio que a Igreja enfrenta hoje é a transmissão da fé às novas gerações. Os pais desse início de século estão com dificuldade para transmitir a fé católica aos seus filhos. Antigamente, parece que a coisa era mais fácil. Pais católicos ensinavam seus filhos a praticar a religião católica desde cedo. Era o normal, o que todo mundo fazia. Hoje, nós estamos correndo o risco que a nova geração não seja suficientemente evangelizada e inserida na Igreja.
A Semana Nacional da Família deste ano está voltada para este desafio: a transmissão e a educação da fé na família.  Todas as comunidades e dioceses estão empenhadas em sensibilizar os pais e os educadores para esse compromisso urgente: iniciar crianças, adolescentes e jovens na fé da Igreja.

Divino Pai Eterno

E o Brasil todo conhece a devoção ao Divino Pai Eterno, graças ao trabalho dos missionários redentoristas e também ao brilho da figura carismática do Pe. Robson de Oliveira e sua presença forte na Rede Vida de Televisão. Como estou em Goiania, participando de um Congresso Nacional de Educação Católica, reservei uma manhã para visitar o Santuário do Divino Pai Eterno, na vizinha cidade de Trindade. Antes mesmo de chegar lá, já fiquei impressionado com os peregrinos que vão a pé os 18 km que separam a capital de Trindade. A Rodovia estadual que liga as duas cidades possui uma pista exclusiva para pedestres, como também uma exclusiva para ciclistas, além de vias duplicadas para os veículos de passeio e ônibus. Em todo o percurso vi serviços de alimentação, banheiros e abrigos ao lado das estações da via-sacra. E mesmo com o sol alto, encontrei centenas de pessoas se dirigindo para lá. Vejam que mimo a Providência me fez: possibilitou-me ir ao Santuário Basílica do Divino Pai Eterno bem no período da romaria!

Pedro pedra


Essa semana tem festa de São Pedro, o Simão Pedra. O Pedro das chaves. O confessor da fé no Jesus Messias. O discípulo que não queria que Jesus lhe lavasse os pés. O Pedro das três negações. O Pedro do galo. O Senhor São Pedro de muitas histórias da cultural popular oral. O padroeiro dos pescadores, festejado em centenas de Colônias por toda a orla marítima do país.

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