PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA

A UNIDADE COMEÇA NO CORAÇÃO


02 de junho de 2022

Sétima Semana da Páscoa


EVANGELHO


Jo 17,20-26

Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao céu e rezou, dizendo: 20“Pai santo, eu não te rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela sua palavra; 21para que todos sejam um como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, e para que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste.
22Eu dei-lhes a glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um: 23eu neles e tu em mim, para que assim eles cheguem à unidade perfeita e o mundo reconheça que tu me enviaste e os amaste, como me amaste a mim. 24Pai, aqueles que me deste, quero que estejam comigo onde eu estiver, para que eles contemplem a minha glória, glória que tu me deste porque me amaste antes da fundação do universo. 25Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes também conheceram que tu me enviaste.
26Eu lhes fiz conhecer o teu nome, e o tornarei conhecido ainda mais, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu mesmo esteja neles”

MEDITAÇÃO


Eu lhes dei a glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um (Jo 17,22)

Ao aproximar-se a festa de Pentecostes, quando celebramos a vinda do Santo Espírito, a Igreja nos lê a oração sacerdotal de Jesus, em João capítulo 17. Na última ceia, com os discípulos, Jesus ora por nós. Ontem, ficamos encantados como ele pediu ao Pai que não nos tirasse do mundo, mas nos livrasse do mal. Hoje, ele fez um pedido ainda mais especial: ‘que todos sejamos um’, isto é, que vivamos em perfeita unidade.

O que será essa ‘unidade’ que Jesus está pedindo ao Pai para nós? O que podemos pensar de ‘unidade’, nós um povo marcado por tanta divisão, nós mesmos tão egoístas e interesseiros, com tanta gente desencantada pelo desamor e até pela traição. A gente fala de unidade, mas nem sabe mesmo o que realmente seja, nem acredita que realmente ela possa existir entre nós.

Jesus pediu ao Pai que nós sejamos um, como ele e o Pai são um, isto é, como eles estão identificados no amor. Olha como ele disse: “para que todos sejam um como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste”.

Então, entre Jesus e o Pai existe essa unidade perfeita. A unidade é uma expressão do amor. Jesus, entre nós, manifestou o amor do Pai. Ele nos deu a conhecer quem é o Pai. O Pai amou o mundo e enviou Jesus. O que é de um é do outro. “O que é meu é teu e o que é teu é meu”. No dizer de Jesus, o Pai lhe deu suas palavras e a sua glória. Jesus ama o Pai e realiza com todo amor a sua vontade. Nada do que Jesus diz ou faz, o faz por sua conta, mas porque o Pai mandou fazer ou dizer. É tanta identificação, que, mesmo sendo duas pessoas, os dois são um, estão em perfeita unidade.

Essa unidade entre o Pai e Jesus é o modelo de unidade que ele está nos apresentando. É assim que devemos viver na comunidade, em unidade, como Jesus e o Pai. O mandamento que ele nos deu foi o amor fraterno - ‘amem-se uns aos outros’ - com um finalzinho muito, muito sério: ‘como eu amei vocês’. E como foi que Jesus nos amou? Dando-se por nós, entregando-se em nosso favor, tomando o nosso lugar na morte. Esse é o amor com que ele nos amou: ‘morrendo por nós’. Então, esse é o amor que devemos aos irmãos: acolher, ser solidário, compreender, perdoar, sacrificar-se pelos outros,... A unidade é uma expressão do nosso amor.

O que Jesus pediu ao Pai, então? Que ele nos ajude a amar; a permanecer nele, nos identificando com ele; a amar os irmãos, como ele nos amou. Jesus nos deu a glória do Pai, que é o seu amor, cuja máxima expressão é o dom do seu Espírito. É o Espírito Santo que nos faz filhos de Deus, que nos forma como discípulos, com os mesmos sentimentos de Jesus. É o Espírito da verdade que nos conduz para a unidade perfeita entre nós e com o Pai e o Filho.


Guardando a mensagem

Jesus pediu para os que crerem nele o dom da unidade, sermos um, vivermos em perfeita unidade entre nós e com Deus. Não somente imitemos o Pai e o Filho, mas estejamos neles, na sua própria unidade. Isso é possível, particularmente, pelo grande dom do Espírito Santo, que nos faz filhos, unidos a Cristo. A unidade é possível, porque ela já existe entre Jesus e o Pai, no Espírito Santo. E nós fomos alcançados pelo amor de Deus manifestado em Jesus, por suas palavras e suas obras e, sobretudo, pelo dom de sua vida em nosso favor.

Eu lhes dei a glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um (Jo 17,22)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
nós estamos na Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Tu disseste, Senhor, que a unidade é a condição para que o mundo creia. Perdoa, Senhor, nossas faltas contra a unidade do teu rebanho, pelo pouco amor que demonstramos por tua Igreja e pela distância que alimentamos dos que creem em ti, mas pertencem a outras tradições cristãs. Pelo dom do teu Espírito, estamos unidos a ti, que nos amas de verdade. Por este mesmo dom, estamos unidos a todos os que creem em ti. Que o nosso amor, vivido nas comunidades cristãs e espalhado na sociedade, seja motivo de alegria e de glória para o Pai. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Se hoje, se apresentar uma ocasião, fale com respeito e amor de sua comunidade cristã. Com igual afeto, faça referências a outras denominações cristãs. A unidade começa no coração.

Comunicando

Hoje é dia da Missa das 11 horas. Você pode acompanhar pela Rádio Amanhecer, pelo Facebook, Youtube ou Instagram. É só procurar Padre João Carlos.E junto com o texto da Meditação, eu vou deixar o formulário pra você colocar sua intenção para a Missa. É só clicar no link.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

SOMOS DE CRISTO, SOMOS DE DEUS




01 de junho de 2022

Sétima Semana da Páscoa

Dia de São Justino


EVANGELHO


Jo 17,1-11a

Naquele tempo, 1Jesus ergueu os olhos ao céu e disse: “Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho te glorifique a ti, 2e, porque lhe deste poder sobre todo homem, ele dê a vida eterna a todos aqueles que lhe confiaste.
3Ora, a vida eterna é esta: que eles te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e àquele que tu enviaste, Jesus Cristo. 4Eu te glorifiquei na terra e levei a termo a obra que me deste para fazer. 5E agora, Pai, glorifica-me junto de ti, com a glória que eu tinha junto de ti antes que o mundo existisse.
6Manifestei o teu nome aos homens que tu me deste do meio do mundo. Eram teus, e tu os confiaste a mim, e eles guardaram a tua palavra. 7Agora eles sabem que tudo quanto me deste vem de ti, 8pois dei-lhes as palavras que tu me deste, e eles as acolheram, e reconheceram verdadeiramente que eu saí de ti e acreditaram que tu me enviaste.
9Eu te rogo por eles. Não te rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. 10Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu. E eu sou glorificado neles. 11aJá não estou no mundo, mas eles permanecem no mundo, enquanto eu vou para junto de ti”.

MEDITAÇÃO


Não te rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus (Jo 17, 9)

Você já viu um pai rezando por seus filhos? Uma mãe rezando por seus filhos? O que eles pedem a Deus? Eles começam agradecendo pelos filhos que têm, não é verdade? Reconhecem que eles lhes foram confiados por Deus para que cuidassem deles. E rogam todo bem em seu favor: a saúde, a solução dos seus problemas, a fortaleza para vencerem as adversidades. Os mais idosos também dizem a Deus que já cumpriram sua tarefa, a missão que receberam. E, assim, pedem a Deus que, no dia em que partirem, seus filhos se conservem firmes na fé que receberam. Assim é a oração dos pais cristãos.

No evangelho de hoje, podemos ver Jesus rezando pelos seus discípulos, rezando por nós. Durante a ceia, num certo momento, Jesus se dirige ao Pai, com toda intimidade, e reza por nós, seus discípulos. “Eu te rogo por eles, porque são teus”. Estamos começando a leitura do capítulo 17 de São João, que é chamado de “a oração sacerdotal de Jesus”. E como foi a oração de Jesus naquele momento?

Primeiro, ele reconheceu que foi o Pai que lhe confiou aquele grupo, de quem ele se tornou tão próximo e tão amigo. Ele disse: “Eles eram teus e tu os confiaste a mim”. Os discípulos ali estavam no lugar de todos os seguidores de Jesus, eles nos representavam ali. Depois, Jesus disse ao Pai que tinha feito tudo quanto ele tinha mandado. “Eu te glorifiquei na terra e levei a termo a obra que me deste para fazer”. Disse que tinha manifestado o nome do Pai aos discípulos, isto é, lhes revelara o Pai. E como ele tinha feito bem a obra de Deus, ele disse que também os discípulos fizeram bem a sua parte: guardaram a sua palavra, as palavras do Pai que ele lhes comunicou, acreditaram que ele era o enviado do Pai. Aí Jesus pediu para nós uma coisa muito especial. Queria nos dar a vida eterna. Foi isso que ele pediu ao Pai. ‘Quero comunicar a vida eterna a eles, com o poder que me deste’. E a vida eterna, disse o próprio Jesus, é que te conheçam, Pai, a ti e a mim, que tu enviaste. E ele insistiu: “Não rogo pelo mundo, rogo por eles. Eu já não estou no mundo. Eles permanecem no mundo”. Aí pediu que nos livrasse do maligno, do mal que está no mundo; que o Pai nos consagrasse na verdade; e nos conservasse unidos a ele. 

Quanta coisa bonita Jesus pediu pra gente ao Pai, naquela bela oração de despedida!


Guardando a mensagem

Jesus rezou por nós, que coisa maravilhosa! Aprendemos muitas coisas com sua prece. O Pai nos confiou a Jesus, para que ele cuidasse de nós, nos conduzisse de volta para sua casa. Em obediência ao Pai, Jesus nos revelou o amor deste Deus maravilhoso. E valorizou a nossa resposta: a nossa fé, o nosso amor por ele, o zelo que temos por sua palavra. O presente mais precioso que podemos receber, conforme Jesus rogou ao Pai, é a vida eterna. A vida eterna é a nossa vida humana cheia da glória de Deus, plenificada pelo seu amor, vida que a morte não mata mais; vida que desemboca na eternidade como felicidade e realização em Deus. E essa foi a obra de Jesus, por excelência. Pela doação de sua vida, ele nos comunica a vida eterna. Continuamos no mundo, mas não somos do mundo. Somos de Cristo, somos de Deus. Mas, continuamos no mundo, onde temos a grande responsabilidade de transformá-lo, promovendo a verdade, construindo a unidade e vencendo o mal.

Não te rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus (Jo 17, 9)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
tu realizaste bem a obra que o Pai te deu para fazer. Tu nos revelaste o imenso amor do Pai por nós, pelo mundo, por todos. Nesta tua oração sacerdotal, nos sentimos todos incluídos e abraçados por tua preocupação, por teu carinho, por tua prece. É a oração de quem ama, de quem dá a vida pelos seus. Sabias bem, Senhor, que iríamos encontrar muitas dificuldades nesse mundo e que, por isso, precisaríamos da força de Deus. Continua, Senhor, orando por nós: para que não nos deixemos seduzir pelo mal da injustiça, da mentira, da violência. Ora por nós para que não cedamos à tentação da divisão, da indiferença e da incredulidade. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

À imitação de Jesus, pastor do rebanho, reze hoje, de maneira especial, em favor dos seus filhos, dos seus afilhados, dos seus netos, dos seus liderados, por aqueles sobre os quais você tem responsabilidade.

Comunicando

Estamos na semana de oração pela unidade dos cristãos, com o tema “Vimos a sua estrela no oriente e viemos prestar-lhe homenagem” (cf. Mateus 2,2)

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

UMA VISITA SOLIDÁRIA


31 de maio de 2022

Visitação de Nossa Senhora


EVANGELHO

Lc 1,39-56

39Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. 40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
42Com um grande grito exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre!” 43Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”.
46Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, 47e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, 48porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, 49porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, 50e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o temem.
51Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração. 52Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. 53Encheu de bens os famintos, e despediu os ricos de mãos vazias. 54Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, 55conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”. 56Maria ficou três meses

MEDITAÇÃO


Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha me visitar? (Lc 1, 43)

Foi assim que Izabel mostrou a sua alegria ao receber Maria em sua casa. Aliás, tudo o que Izabel disse naquele encontro foi muito precioso, porque, diz o evangelho, ela ficou cheia do Espírito Santo. E uma das coisas que ela disse foi: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”, louvação à Virgem que nós continuamos a fazer na Ave Maria.
Izabel tinha sido agraciada com a maternidade e já estava no sexto mês de gravidez. Ela estava vivendo dias de graça, de bênçãos. Depois de uma vida de humilhações pela esterilidade, já em idade avançada, estava gerando um filho anunciado pelo Anjo a Zacarias, seu esposo. Sua vida é, agora, uma emoção só. E com a chegada de Maria, ela se sente tomada de alegria, cheia do Espírito Santo, como diz o Evangelho.

Ao chegar, Maria lhe fez a saudação de praxe, o Shalom, a paz de Deus. E essa saudação provocou uma enorme alegria em Izabel e em sua criança que estremeceu em seu ventre. A visita de Maria não foi uma simples visita. Na Bíblia, o povo fala da intervenção salvadora de Deus como de uma visita. Quando Jesus esteve em Naim, e ressuscitou o filho da viúva, espalhou-se o comentário: “Deus visitou o seu povo”. Nesta visita de Maria, revela-se a visita de Deus. Ela leva a bênção de Deus, aliás, ela leva Deus mesmo, pois estava grávida de Jesus.

Maria foi à casa de Izabel, viajando de muito longe, para servir à sua prima idosa, naquela hora delicada de sua vida. Foi para oferecer sua companhia e seus préstimos, amparando a vida que estava chegando e a saúde de sua parente. Foi também levar o testemunho silencioso da obra de Deus em sua vida. E demorou-se por lá por três meses, os últimos meses de gravidez de Izabel até o parto. Talvez não haja nenhuma ligação, mas note que a visita de Jesus, isto é o seu ministério público, demorou três anos.

Como foi preciosa a visita da mãe do Senhor à família de Izabel. Ela não levou nenhum presente especial, a não ser o filho de Deus em suas primeiras semanas de gestação. Izabel reconheceu na visita de Maria uma graça especial de Deus, ficou radiante, sua criança pulou de alegria. Quem deu a Izabel o conhecimento de que Maria era a mãe do seu Senhor? O Espírito Santo. Precisamos hoje do Espírito Santo para reconhecer a graça da visita do Senhor.


Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha me visitar? (Lc 1, 43)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
a visita de tua mãe Maria à sua prima necessitada, em sua condição de idosa e gestante, era já uma imagem de tua visita à nossa humanidade. Inclusive, ela se demorou lá por três meses, como te demoraste por três anos em teu ministério público. Na oração diária, sempre repetimos as palavras do canto de Zacarias: “Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo”. Tua primeira vinda foi celebrada, então, como uma visita, “a visita do sol nascente que vem iluminar os que estão nas trevas”. Queremos, hoje, Senhor, reconhecer, como Izabel, a graça de Deus que nos visita. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

O que você poderia fazer neste último dia de maio em homenagem a Nossa Senhora, a mãe de Jesus e nossa? Uma rosa para ela? A récita do terço? Uma mensagem a alguém necessitado de atenção? Como disse o poeta: “Tudo vale a pena, se a alma não é pequena”.

Comunicando

Quem sabe, neste encerramento do Mês de Maio, você queira rezar o Terço conosco, nos acompanhando pelo rádio. É só você baixar o aplicativo Rádio Amanhecer, no seu celular. O Terço começa às 18 horas. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

CONFIAR EM DEUS


30 de maio de 2022

Sétima Semana da Páscoa

EVANGELHO

Jo 16,29-33

Naquele tempo, 29os discípulos disseram a Jesus: “Eis, agora falas claramente e não usas mais figuras. 30Agora sabemos que conheces tudo e que não precisas que alguém te interrogue. Por isto cremos que vieste da parte de Deus”. 31Jesus respondeu: “Credes agora? 32Eis que vem a hora – e já chegou – em que vos dispersareis, cada um para seu lado, e me deixareis só. Mas eu não estou só; o Pai está comigo. 33Disse-vos estas coisas para que tenhais paz em mim. No mundo, tereis tribulações. Mas tende coragem! Eu venci o mundo!”

MEDITAÇÃO


No mundo, vocês terão tribulações. Mas, tenham coragem! Eu venci o mundo (Jo 16, 33)

Estamos no final do diálogo de Jesus com os discípulos, ainda à mesa da ceia pascal, a última ceia. Embora os discípulos demonstrem adesão a Jesus e aos seus ensinamentos, a verdade é que na hora da paixão se dispersarão e Jesus vai estar sozinho. Foi o que Jesus comentou: “Eis que vem a hora – e já chegou – em que vocês se dispersarão, cada um para o seu lado, e me deixarão só”.

É nesse momento que Jesus reafirma sua total confiança no Pai que o enviou, que o sustenta, que estará sempre ao seu lado. “Aquele que me enviou está comigo. Ele não me deixou sozinho, porque sempre faço o que é de seu agrado”, tinha dito em outra ocasião. E ele está certo do apoio do Pai, porque está sempre em comunicação com ele pela oração e porque está sempre fazendo a sua vontade. Ali, à mesa, ele disse uma coisa impressionante: “Mas eu não estou só; o Pai está comigo”.

Ainda assim, você pode pensar: mesmo com toda confiança em Deus, na cruz, Jesus se sentiu só e abandonado. Na cruz, pelas três da tarde, gritou em alta voz: “Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?”. É uma palavra que impressiona, uma oração no meio da agonia naquela cruz. Mas também ali, ele está em oração. É uma oração que brota de suas dores físicas e de seu sentimento humano de quem se sente traído e injustiçado. Ele se sente só e abandonado. A oração de Jesus não é uma oração de revolta, mas uma oração de confiança. Reclama ao Pai, porque o sabe presente. Na verdade, essas suas palavras brotam do Salmo 21 (22). Apesar desse refrão tão forte – Meu Deus, porque me abandonaste – este salmo celebra a defesa que Deus faz do seu servo sofredor e a confiança nele. A ressurreição foi a resposta do Pai à prece do seu filho. A ressurreição é a sua vitória sobre o pecado, o mal e a morte. Jesus enfrentou tudo e venceu.

Esta confiança no Pai, Jesus quer passar para o seu rebanho. “No mundo, vocês terão tribulações. Mas, tenham coragem! Eu venci o mundo”. O discípulo, a discípula, mesmo enfrentando os dramas da vida, as crises que não faltam, olha para Jesus e se sente acompanhado, acompanhada. Ele não nos deixa sós. Ele está conosco. Sua ascensão, isto é sua condição de estar agora em Deus, lhe permite estar conosco de uma forma real e diferente de antes. O Espírito Santo é quem atualiza a sua palavra e a sua missão. Assim, ele, que passou por tanto sofrimento e venceu, nos oferece a sua experiência, a sua graça, a sua confiança em Deus. E mais: nos oferece a vitória que ele alcançou em nosso favor, o perdão, a reconciliação com Deus. Na ascensão, nós o contemplamos vitorioso. Nessa condição, ele continua nos animando a resistir nas adversidades, a lutar com esperança e a confiar em Deus.


Guardando a mensagem

Nós - seguidores de Jesus, seus irmãos e irmãs - também passamos por muitas dificuldades, problemas, fracassos, perseguições, pandemia... Nós nos encontramos, por vezes, na mesma condição dele, que foi incompreendido e perseguido. Se nossas provações forem vividas em comunhão com Deus e se estivermos de fato fazendo a sua vontade, então essa confiança de Jesus no Pai pode ser também nossa. E de onde vem essa confiança de Jesus? Jesus faz referência a Deus, o seu Pai. Ele confere o seu caminho, permanentemente, pela oração. Conhece o Pai, sabe que ele é fiel, que o ama, que sempre estará ao seu lado. Você também pode ter os mesmos sentimentos de Jesus, como São Paulo nos recomendou. Fortaleça, no seu coração, a convicção que Deus, na sua imensa misericórdia, por causa do seu filho Jesus, ama você, é eternamente fiel e não lhe abandonará nunca.

No mundo, vocês terão tribulações. Mas, tenham coragem! Eu venci o mundo (Jo 16, 33)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
a tua palavra vai nos edificando como pessoas renascidas na fé e fortes nas dificuldades. Naquela tempestade no mar, tu acalmaste os discípulos, dizendo: “Sou eu. Não tenham medo”. No meio daquele vendaval, naquela noite escura, os discípulos fizeram uma experiência maravilhosa: a tua presença redentora. Tu, Senhor Jesus, és o Deus que domina o mar, que acalma a tempestade. Pensando bem, nunca nos deixaste sozinhos no meio das tormentas. Nós é que somos distraídos. É quando experimentamos, com emoção, a força de tua proteção e a grandeza do teu amor. Muito obrigado, Senhor. Em nossas travessias difíceis, enche-nos de confiança. Em nossas noites escuras, reveste-nos da fé. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Certamente, há alguém que você conhece que está atravessando uma fase difícil em sua vida. Compartilhe essa palavra com essa pessoa e reze por ela.

Comunicando

De coração, quero agradecer a você que participou da campanha solidária convocada pelos Salesianos do Nordeste. Nossa ajuda é, antes de tudo, manifestação de amor e solidariedade às famílias desabrigadas pelas fortes chuvas que ocasionaram uma tragédia na área metropolitana do Recife. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb 

A ASCENSÃO DO SENHOR





29 de maio de 2022

Solenidade da Ascensão do Senhor



EVANGELHO


Lc 24,46-53

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 46“Assim está escrito: O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia 47e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém.
48Vós sereis testemunhas de tudo isso. 49Eu enviarei sobre vós aquele que meu Pai prometeu. Por isso, permanecei na cidade, até que sejais revestidos da força do alto”.
50Então Jesus levou-os para fora, até perto de Betânia. Ali ergueu as mãos e abençoou-os. 51Enquanto os abençoava, afastou-se deles e foi levado para o céu. 52Eles o adoraram. Em seguida voltaram para Jerusalém, com grande alegria. 53E estavam sempre no Templo, bendizendo a Deus.



MEDITAÇÃO

Vocês serão testemunhas de tudo isso (Lc 24, 48)

Este é o domingo da ascensão de Jesus ao céu. A ascensão é o coroamento de toda sua vida e sua obra: vida, paixão, morte e ressurreição. Pela ascensão, o vemos entrando na glória de Deus, inserindo-se definitivamente em Deus. E lá se foi ele com a nossa humanidade. Sempre foi o filho, no seio da Trindade. Mas, agora, é também um de nós, filho da nossa humanidade. O primeiro de todos nós, vencedor do mal, do pecado e da morte. Foi à nossa frente e vai nos preparar um lugar para estarmos sempre com ele. Os discípulos, no monte, ficaram olhando para o alto, absortos com esse mistério tão grande. Jesus está em Deus.

Antes dessa partida, Jesus tinha instruído os discípulos. Duas coisas importantíssimas ele explicou. A primeira: Nele, estava todo o cumprimento das Escrituras Sagradas. Como eles diziam “a lei, os profetas, os salmos”, tudo apontava para ele que veio anunciar o reino de Deus. Na sua paixão, morte e ressurreição estava o cumprimento de todas as promessas aos antigos. E a segunda: Voltando, ele enviaria o Espírito Santo, a força do alto que seria derramada sobre eles. O Espírito, que vinha da parte do Pai e dele, os ajudaria a entender o seu legado e a ser fieis à grande tarefa que ele lhes deixaria.

A grande tarefa seria a continuação de sua missão. Eles seriam suas testemunhas. Falariam a todos sobre sua vida e seus ensinamentos, anunciando a conversão e o perdão dos pecados no seu nome. Começariam isso por Jerusalém. Foi ali que Jesus concluiu a sua parte. Ali, começaria a deles. Em pouco tempo, receberiam o mesmo Espírito que conduziu Jesus em sua vida missionária.

Nesse ano, nós estamos lendo o evangelho de São Lucas. A ascensão é o finalzinho do seu evangelho. A mesma cena é o início do segundo livro de Lucas, os Atos dos Apóstolos. Ali, fica bem claro: a missão de Jesus continua pelas mãos dos seus discípulos, de suas comunidades. Revestidos pela força do Espírito Santo, apóstolos, pregadores, comunidades, mesmo enfrentando problemas e dificuldades, eles continuaram a presença redentora de Jesus.

A ascensão não é a ausência de Jesus. Certo, não está mais presente fisicamente. Mas, é uma nova forma de estar presente. É ele quem anuncia o Reino, quem vai atrás da ovelha perdida, quem purifica o leproso, quem redime os pecadores. Agora, ele age por meio de seus discípulos, de suas comunidades, de sua Igreja, o seu corpo. A sua presença é obra do Espírito Santo na vida e na missão dos que o amam e guardam a sua palavra. Depois de dar aos discípulos o mandato de realizar a missão pelo mundo todo, ele fez uma promessa: “Eis que estarei com vocês, todos os dias, até a consumação dos séculos”. A ascensão é uma nova e eficiente forma dele estar presente.


Guardando a mensagem

Jesus despediu-se dos seus discípulos e foi elevado ao céu. É lá onde Jesus agora está, sentado à direita do Pai. Pela ascensão, entrou definitivamente na esfera de Deus, levando consigo a nossa humanidade. Agora, sabemos: é lá também o nosso lugar. O coroamento de nossa vida será também o nosso ingresso definitivo em Deus. Mas, estar na glória de Deus não quer dizer que Jesus esteja ausente. Pelo contrário, pela ascensão ele está entre nós de uma maneira nova e surpreendente. E isso é possível pela atuação do Espírito Santo que ele derramou sobre nós, com o qual fomos batizados. Revestidos do Espírito Santo, agimos, agora, em seu nome, isto é, em comunhão com ele. Reeditamos os seus gestos de amor pelos irmãos, de inclusão dos desprezados, de defesa dos injustiçados. A todos, com nossa palavra e nossas atitudes, falamos de sua dignidade de filhos de Deus e do grande sonho da fraternidade neste mundo. Em seu nome, abençoamos. Em seu nome, convidamos o filho pródigo à conversão. Em seu nome, os irmãos são perdoados e nos alimentamos do pão de sua Palavra e de sua presença sacramental na Eucaristia. Ele está presente. Ele está no meio de nós.

Vocês serão testemunhas de tudo isso (Lc 24, 48)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
hoje, celebramos a tua ascensão ao céu e a entrega da missão à tua comunidade de discípulos, a Igreja. Nesta oportunidade, estamos sintonizados com o 56º Dia Mundial das Comunicações, com o tema "Escutar com o ouvido do coração". 
E os meios de comunicação social são uma grande oportunidade para anunciarmos o teu evangelho a toda criatura, levando a missão até os confins da terra. O teu Santo Espírito continua nos ajudando a viver em missão, com criatividade, ousadia, espírito missionário e com o teu mesmo amor pelos pequenos e sofredores. Seja bendito o teu santo, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

“Ele está no meio de nós” – é a resposta que damos na Missa. Seja a sua prece hoje, muitas vezes, durante a sua jornada. “Ele está no meio de nós”.

Comunicando

A área metropolitana do Recife, onde me encontro, está passando por fortes chuvas, com alagamentos, deslizamentos de barreiras e, infelizmente, muitas mortes. Em resposta a esta emergência, os Salesianos do Nordeste, em sintonia com as ações da Arquidiocese, estão em campanha de solidariedade pelas vítimas das chuvas e da pobreza. Se puder, participe da campanha. Estou lhe enviando as informações.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

"EM NOME DO PAI": ISSO FAZ TODA A DIFERENÇA



28 de maio de 2022

Sábado da 6a. Semana da Páscoa

EVANGELHO


Jo 16,23b-28

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
23b“Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes ao Pai alguma coisa em meu nome, ele vo-la dará. 24Até agora nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis; para que a vossa alegria seja completa.
25Disse-vos estas coisas em linguagem figurativa. Vem a hora em que não vos falarei mais em figuras, mas claramente vos falarei do Pai. 26Naquele dia pedireis em meu nome, e não vos digo que vou pedir ao Pai por vós, 27pois o próprio Pai vos ama, porque vós me amas­tes e acre­ditastes que eu vim da parte de Deus. 28Eu saí do Pai e vim ao mundo; e novamente parto do mundo e vou para o Pai”.

MEDITAÇÃO


Se vocês pedirem ao Pai alguma coisa em meu nome, ele lhes dará (Jo 16, 23)

Todo dia, a gente reza no Pai Nosso: “Santificado seja o vosso nome”. Este é o primeiro dos sete pedidos desta bela oração. Com esta palavra “Santificado seja o vosso nome”, estamos pedindo e nos comprometendo com a glorificação de Deus. “Nome” aqui não é um nome que Deus tenha. “Nome” é o próprio Deus, a sua santíssima pessoa, uma forma de falar dele mesmo. “Santificado seja o vosso nome” é quase como dizer “Que todos te glorifiquem, te bendigam, Senhor Deus”. Se você entendeu isso, entendeu o evangelho de hoje.

Jesus disse aos discípulos: “Se vocês pedirem ao Pai alguma coisa em meu nome, ele lhes dará”. Você entende isso, claro. Mas, se você der uma chance ao Espírito Santo, você vai ter um entendimento ainda maior. É o Espírito Santo quem nos revela os mistérios de Deus.

Quando alguém nos diz “peça isso a fulano de tal em meu nome”, entendemos que vamos pedir alguma coisa invocando o prestígio ou a autoridade daquela pessoa que nos enviou. Não é assim? ‘Em meu nome’ seria, no nosso entendimento, a mandado dele ou no lugar dele. É isso? Mesmo que isso seja verdade no nosso linguajar, não é o sentido do texto bíblico, o que Jesus quis dizer. Olhando direitinho o que está escrito (e está escrito originariamente em grego), esse “em meu nome” quer dizer “em união comigo”. Lembre-se do Pai Nosso. “Santificado seja o vosso nome”. O “nome” é a pessoa de Deus. Jesus dizendo “em meu nome” quer dizer “em mim”, “comigo”. Está seguindo? “Em nome de Jesus” não é a mando de Jesus ou no lugar dele. É ‘com’ Jesus, nele. “Em meu nome” quer dizer “em união comigo”.

Você se lembra da parábola da videira? Ele disse: “Permaneçam em mim e eu permanecerei em vocês”. O raminho enxertado agarra-se à videira e se identifica com ela. Só assim alimenta-se de sua seiva e realiza a vocação da videira, produz muito fruto. O cristão está de tal forma unido a Cristo, que identifica-se com ele. Paulo escreveu naquela carta: “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim”. Essa identificação com Cristo é obra do Espírito em nós.

Quando pedimos alguma coisa “em nome de Jesus”, pedimos ‘unidos a Jesus’. Não somos mais ramos periféricos, somos um com a videira. Se estivermos unidos a Jesus, então quem pede mesmo é Jesus. Sendo assim, claro que o Pai atende. Aliás, como disse Jesus, “eu nem vou dizer que vou pedir por vocês, porque o Pai ama vocês porque vocês me amam e acreditam sinceramente que saí dele”. Jesus está de tal modo unido ao Pai, que se identifica com ele. “Eu e o Pai somos um”. E nós estamos de tal forma unidos a Jesus que nos identificamos com ele. “Permaneçam em mim, eu permaneço em vocês”.


Guardando a mensagem

“Em meu nome” quer dizer “em união comigo”. “Em nome de Jesus” quer dizer “em união com ele, identificados com ele”. A comunidade recebe todos os dons por meio de Jesus. Toda a sua comunicação com o Pai se faz em Jesus. Quando pedimos ao Pai, unidos a Cristo, o Pai nos atende. Desde que acolhemos a vida nova – no nosso novo nascimento celebrado no batismo – estamos unidos a Cristo, como o ramo na videira. Nossa oração ao Pai é sempre ‘em nome de Jesus’, isto é, com ele, unidos a ele. Ele reza conosco, como no Pai Nosso. O filho número 1 é ele mesmo. Ele é o primeiro a rezar com a comunidade e a pedir ao Pai: “Santificado seja o vosso nome”. O “nome” é Deus mesmo na grandeza do seu amor.

Se vocês pedirem ao Pai alguma coisa em meu nome, ele lhes dará (Jo 16, 23)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Como é bela a prece com que abrimos nossas orações. Dizemos sempre, nos persignando: “Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. “Em nome” quer dizer “Em união, em comunhão”. É como dizer: “Em comunhão com o Pai, por meio do Filho, no Espírito Santo”. Estamos em comunhão com o Pai, porque estamos unidos e identificados contigo, Jesus. Tu és a escada de Jacó. Vamos ao Pai por ti. E o Pai se comunica conosco em ti. E essa unidade com o Pai, por meio do Filho, só é possível pela atuação do Espírito Santo que nos une a ti. Assim somos introduzidos na presença do Deus uno e trino, em teu nome. “Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. Amém.

Vivendo a palavra

Para estar em sintonia com a Palavra, hoje, nas horas santas do dia (simbolicamente 06:00, 12:00 e 18:00 ou em qualquer outra hora igualmente santa), reze o “Em nome do Pai”, se persignando. Persignar-se é traçar sobre si o sinal da cruz. Vergonha, só tenha se não souber o que significam palavras e gestos tão preciosos.

Comunicando

Neste final de semana ocorre a Festa do Frei Damião, missionário capuchinho, na passagem dos 25 anos de sua páscoa eterna cuja causa de beatificação e canonização está em curso. Dentro da Festa do Frei Damião, no bairro do Pina, no Recife, faço show com minha banda, neste domingo pela manhã. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

AGUARDE COM PACIÊNCIA A HORA DE DEUS




27 de maio de 2022

Sexta-feira da 6a. Semana da Páscoa


EVANGELHO


Jo 16,20-23a

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 20“Em verdade, em verdade vos digo: Vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria. 21A mulher, quando deve dar à luz, fica angustiada porque chegou a sua hora; mas, depois que a criança nasceu, ela já não se lembra dos sofrimentos, por causa da alegria de um homem ter vindo ao mundo.
22Também vós agora sentis tristeza, mas eu hei de ver-vos novamente e o vosso coração se alegrará, e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria. 23aNaquele dia, não me perguntareis mais nada”.



MEDITAÇÃO



Depois que a criança nasceu, a mulher já não se lembra dos sofrimentos, por causa da alegria de um homem ter vindo ao mundo (Jo 16, 21)


Essa palavra de Jesus é impressionante: uma comparação que ajudou os discípulos e as discípulas a entenderem o que estava acontecendo ou se prepararem para o que iria acontecer. A comunidade estava angustiada e sofrendo, porque chegara a hora de Jesus, a hora de sua paixão. Jesus comparou a situação da comunidade à mulher que está sentindo as contrações do parto.

No tempo de Jesus, não havia cesariana, nem anestesia. As mulheres davam à luz em casa, nem nenhuma assistência médica. As mães da idade de minha mãe, mesmo vinte séculos depois, também deram à luz em casa, apenas com a assistência de parteiras práticas. Essas mães podem dizer de que sentimentos eram tomadas na proximidade do parto: apreensão, angústia. E as dores que tinham que suportar no parto... É a essa angústia da chegada da hora que Jesus está se referindo.

Ele está falando de sua paixão e morte, da apreensão e do sofrimento que provocaram na comunidade dos discípulos. E olha que coisa incrível! Está falando de sua morte como de um parto, de um nascimento. “A mulher, quando deve dar à luz, fica angustiada porque chegou a sua hora”. Essa palavrinha ‘hora’ é usada muitas vezes por Jesus, no evangelho de João, para falar de sua paixão e morte. Por exemplo: “Pai, chegou a hora, glorifica o teu filho”. A hora é a hora de sua morte. E ele está comparando a comunidade dos discípulos com a parturiente. Quando a comunidade pressentiu que chegara a hora de Jesus, ficou triste, angustiada, sofrida.

E Jesus completou: “Mas, depois que a criança nasceu, a mulher já não se lembra dos sofrimentos, por causa da alegria de um homem ter vindo ao mundo”. A alegria de um homem ter vindo ao mundo. De que Jesus está falando? Está se referindo à sua ressurreição. A ressurreição está sendo comparada com um novo nascimento. A tristeza vai se transformar em alegria. A ressurreição é a vitória sobre a morte, a morte natural e a morte eterna. Na ressurreição, nasceu o homem novo, a nova criatura. Jesus ressuscitado é a pessoa humana que realizou plenamente a sua vocação de pessoa humana. Na ressurreição, nasceu a nova humanidade: a pessoa humana em paz com Deus, vencedora sobre o pecado e a morte. Renascemos na ressurreição de Jesus. Renascemos numa nova condição, a de filhos e irmãos reconciliados. Foi para isso que nascemos.


Guardando a mensagem

Jesus comparou a sua morte com o parto. Hora de angústia e sofrimento. Mas, a ressurreição trouxe muita alegria, pois significou a chegada de um novo momento na história. Com a ressurreição, a pessoa humana chegou naquele ponto de plenitude e realização para a qual foi criada. Pela comparação com a mulher em dores de parto, a gente logo entende o que ele queria dizer. Quando nasce a criança, a mãe se esquece das dores e do sofrimento, fica tomada de alegria. A tristeza é vencida pela alegria.

O que Jesus falou no contexto de sua morte e ressurreição, também serve para as situações de crise e sofrimento nas comunidades e na vida dos seus seguidores. Em todas as situações de angústia e sofrimento, você pode contar com a vitória de Deus em sua vida. Você que está passando por um momento de dor e sofrimento, acolha essa palavra de hoje, é palavra de Jesus. Persevere no bem, na verdade, no que é justo e certo, afaste-se do mal. Aguarde com paciência a hora de Deus. Mergulhe sua dor na paixão redentora do Senhor. O justo vive pela fé. O justo triunfa por sua fidelidade e pela fidelidade do seu Senhor.

Depois que a criança nasceu, a mulher já não se lembra dos sofrimentos, por causa da alegria de um homem ter vindo ao mundo (Jo 16, 21)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
nós te agradecemos pela tua vitória na cruz. Com ela, aprendemos que a vitória já está inscrita em nossa luta e nas horas turbulentas de nossas cruzes. Aprendemos também que a alegria da ressurreição, a alegria da vitória é sem tamanho, e que ninguém tirará essa nossa alegria. E ninguém a roubará, porque ela é vitória de Deus em nossas vidas de gente sofrida e pecadora. Apressa, Senhor, esse dia de vitória e alegria na vida de tantos irmãos e irmãs que estão vivendo dias de sofrimento e tribulação. Abençoa, Senhor Jesus, com a bênção da paciência e da fortaleza as pessoas que estão angustiadas por situações de família, de trabalho, de saúde. Dá a todos nós a tua paz e a alegria de tua ressurreição, da qual participamos desde o batismo. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Muita gente que você conhece pode estar precisando desta palavra. Que tal você compartilhar essa mensagem com mais pessoas do que você habitualmente já faz? 

Comunicando

Precisando falar conosco, use o nosso Whatsapp automatizado: 81 3224-9284. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

É POUCO TEMPO, VAI PASSAR


26 de maio de 2022

Sexta Semana da Páscoa 


EVANGELHO


Jo 16,16-20

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
16“Pouco tempo ainda, e já não me vereis. E outra vez pouco tempo, e me vereis de novo”. 17Alguns dos seus discípulos disseram então entre si: “O que significa o que ele nos está dizendo: ‘Pouco tempo, e não me vereis, e outra vez pouco tempo, e me vereis de novo’, e: ‘Eu vou para junto do Pai?’”.
18Diziam, pois: “O que significa este pouco tempo? Não entendemos o que ele quer dizer”. 19Jesus compreendeu que eles queriam interrogá-lo; então disse-lhes: ‘Estais discutindo entre vós porque eu disse: ‘Pouco tempo e já não me vereis, e outra vez pouco tempo e me vereis?’
20Em verdade, em verdade vos digo: Vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria”.

MEDITAÇÃO


Vocês ficarão tristes, mas a tristeza de vocês se transformará em alegria (Jo 16, 20).

Nós sempre enfrentamos crises, não é verdade? Crises vão e vêm. Elas podem ser momentos de crescimento, de superação. Crises são oportunidades, se bem aproveitadas. Quando se está num momento de crise, ela parece durar uma eternidade. Quando passa, nos damos conta que o tempo não era tão longo assim. A crise dá qualidade ao tempo que segue, o novo tempo, o tempo da superação.

“Pouco tempo”. Essa expressão domina o texto do evangelho de hoje. Se você contar direitinho, essa expressão se repete sete vezes no evangelho de hoje. É o tema da ausência de Jesus, de sua morte. E o tempo de sua nova presença, na condição de ressuscitado.

Vamos entender essa parte “Pouco tempo ainda e vocês já não me verão”. A paixão e morte de Jesus foi um tempo de desorientação para os discípulos, de desespero, de sofrimento. De repente, chegam os soldados, lá no Horto, e prendem Jesus e começa uma série triste de espancamento, interrogatório, julgamento e condenação; e a cruel execução de Jesus, acusado de tudo o que não presta, sem eles poderem fazer nada; e o sepultamento apressado; e o silêncio pesado daquele sábado. Um tempo de angústia, medo, desespero para os seus discípulos e discípulas. Uma crise sem precedentes. O desânimo tomou conta do grupo. Os dois de Emaús foram se embora. Judas se enforcou. O grupo se trancou, amedrontado, na casa que os acolhera para a última ceia. Esse é o pouco tempo da ausência de Jesus, um tempo que parecia uma eternidade, menos de três dias que transtornaram a vida dos discípulos. A ausência de Jesus foi uma morte para o grupo. “Pouco tempo ainda e vocês já não me verão”.

Vamos agora para a outra parte “E outra vez pouco tempo e me vocês me verão de novo”. Pode ser entendido como “Mas, um pouco mais tarde, vocês me verão”. Na madrugada do primeiro dia da semana, eis que Jesus ressuscita e começa a se encontrar com as discípulas e os discípulos. A superação do tempo ruim foi tão surpreendente que quase não acreditavam no que estavam vendo e tocando: o crucificado deu a volta por cima, ressuscitou, trazendo perdão aos pecadores. A morte não foi o fim. Pela morte, ele se apresentou em reparação dos pecados da humanidade. O novo tempo chegou: tempo de alegria, tempo de vitória, tempo de ressurreição. “E outra vez pouco tempo e me vocês me verão de novo”.

Numa de minhas canções, eu escrevi: “Não há tempestade sem bonança. Neste novo reino, em dor de parto, a esperança”. O poema traduz bem as palavras de Jesus no evangelho de hoje. Um tempo de ausência, pouco tempo, mesmo que parecesse uma eternidade. E em pouco tempo, o tempo da presença, da superação, da ressurreição. Essa experiência com a morte e ressurreição de Jesus é modelo agora para toda crise que cada um de nós tenha e das crises que a comunidade cristã também passe. A comunidade também caminha por momentos de crise e de superação, de ausência ou proximidade do Senhor.


Guardando a mensagem

Jesus estava preparando os discípulos para a grande crise que seria a sua ausência, pela morte de cruz. Em pouco tempo, chegaria essa hora dolorosa. Mas, em pouco tempo ela passaria e daria lugar a outro momento, uma nova forma dele estar presente ainda mais eficaz e duradoura. Ressuscitado, ele comunicaria o Espírito Santo que atualizaria permanentemente sua presença. Momentos de crise também são vividos na vida pessoal de cada seguidor de Jesus. Você também já viveu momentos de crise e momentos de superação, tempos de tempestade e tempos de bonança. Se o seu momento atual for de angústia e sofrimento, escute o que Jesus está dizendo hoje.

Vocês ficarão tristes, mas a tristeza de vocês se transformará em alegria (Jo 16, 20)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
“quanto mais escura a noite, mais carrega em si a madrugada”, dizia Dom Hélder Câmara. Vez por outra, passamos por noites escuras, como neste momento da pandemia. Dá-nos, Senhor, não nos desesperarmos nesses momentos. Como disseste, é “pouco tempo”. Que não nos faltem paciência, humildade para revermos nossos erros e esperança para construirmos o novo momento que não tarda a chegar. E chegará, como bênção do alto, como madrugada depois de uma noite escura. Que tua morte e ressurreição, Senhor, seja a dinâmica a nos iluminar em nossas pequenas e grandes crises. Contigo, já somos mais que vencedores. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Em nossa oração, vem sempre primeiro os nossos problemas, os de nossa família... mas, precisamos também nos lembrar dos outros. Eles atravessam os mesmos dramas que nós ou até maiores. Hoje, reze por quem está vivendo dias muito difíceis: no frio intenso, nos temporais, cheias dos rios, doenças, desemprego, guerra... Que, passada essa noite escura, venham dias de paz, saúde e fraternidade para todos. 

Comunicação

Agradeço aos que, acolhendo o convite, inscreveram-se na AMA - Associação Missionária Amanhecer.  Nesta quinta, nossa Missa começa às 11 horas, transmitida pelo rádio e pelas redes sociais. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

ELE NOS CONDUZIRÁ À VERDADE TOTAL


25 de maio de 2022

Sexta Semana da Páscoa


EVANGELHO

Jo 16,12-15

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12“Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender agora. 13Quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade. Pois ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido; e até as coisas futuras vos anunciará.
14Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará. 15Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse que o que ele receberá e vos anunciará, é meu”.

MEDITAÇÃO

Quando vier o Espírito da Verdade, ele conduzirá vocês à plena verdade (Jo 16, 13)

Tenho ainda muitas coisas a dizer a vocês, mas vocês não são capazes de compreender agora”, disse Jesus em clima de despedida, na ceia. A despedida é sempre uma hora muito difícil. Quem está se despedindo, você sabe, está preocupado com uma porção de coisas, não é verdade? Preocupa-se em garantir a continuidade dos seus trabalhos, em instruir sobre o que fazer quando aparecer esse ou aquele problema, em assegurar o amparo para aquele membro mais frágil da família... Enfim, enquanto coisas como essas não estejam resolvidas, a pessoa não pode partir em paz, seja para uma viagem curta, seja para a grande viagem. A despedida de Jesus leva vários capítulos, no evangelho de São João. É o momento de grandes revelações. E de orientações muito sérias.

Então, Jesus está se despedindo dos discípulos. Nessa hora de despedida, Jesus lhes faz, de maneira especial, uma revelação maravilhosa. Não os deixará órfãos. Ele irá e o Pai enviará o Espírito Santo. O novo enviado é o Espírito da Verdade que o mundo não conhece. E não o conhece porque não reconhece Jesus como enviado do Pai. Ele é o outro defensor ou consolador que o Pai enviará. E não virá para ficar no lugar de Jesus. Virá para dar eficácia à missão de Jesus, em sua ausência física. Jesus não estará mais presente fisicamente. Mas, vai estar realmente presente. O Espírito Santo é quem vai tornar isso possível. Mais: o Espírito vai ficar sempre ao lado dos discípulos, sempre conosco.

“Quando vier o Espírito da Verdade, ele conduzirá vocês à plena verdade”. O Espírito vai ajudar os discípulos a entenderem quem é Jesus e qual o significado do seu ensinamento. Jesus disse que tinha muita coisa para comunicar, mas os discípulos não estavam em condições de entender... Jesus é a manifestação maior do amor de Deus. É o Espírito que vai nos conduzindo na compreensão de suas palavras, na acolhida da revelação que ele faz sobre o Pai, sobre a pessoa humana e sobre o mundo. Ele vai nos conduzindo para a verdade completa. Mas, a verdade plena não é um conhecimento. A plenitude da verdade é o amor. Deus é amor.

“Tudo o que o Pai possui é meu”, disse Jesus. O Espírito vai nos dar do que Jesus tem. É o Espírito que une Jesus ao Pai. Jesus está de tal modo identificado com o Pai, que ele e o Pai são um. A essa união profunda de Jesus com o Pai, pela mediação do Espírito Santo, chamamos AMOR. É também o Espírito que nos une a Jesus. Nossa comunhão com Jesus nos torna participantes do seu AMOR. É também o Espírito Santo que nos une uns aos outros com Cristo. Estamos unidos a Cristo e entre nós, formando o seu Corpo Místico, que é a Igreja. Essa comunhão entre nós e com Cristo, no seu Corpo Místico, é obra do Espírito Santo, participação no AMOR de Jesus e do Pai.


Guardando a mensagem

O Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho, vem depois de Jesus, como o novo enviado. E vem como Testemunha de Jesus. Ajudará os discípulos a conhecerem a revelação que Jesus fez sobre o Pai e o sobre seu projeto de amor. Ele, o Espírito Santo, vai estar ao lado dos discípulos, atualizando a palavra e a presença de Jesus e fortalecendo-os no testemunho que eles devem dar de Cristo, sobretudo nas horas de provação e perseguição. É ele quem une Jesus ao Pai. É ele quem nos une a Cristo. É ele quem nos possibilita viver em comunhão uns com os outros, como membros do Corpo Místico do Senhor. Ele nos leva à verdade completa: o AMOR.

Quando vier o Espírito da Verdade, ele conduzirá vocês à plena verdade (Jo 16, 13)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Nós te bendizemos pela obra redentora que realizaste com tua presença entre nós, andando pelos nossos caminhos, instruindo-nos com a tua santa palavra e oferecendo-te em reparação pelos nossos pecados. Nós te bendizemos porque esta obra redentora continua na história sendo anunciada e atuada em favor dos pecadores, através de tua Igreja, pela presença e pela atuação do Espírito Santo. Ele é a tua testemunha. Ele está sempre conosco. Ele nos conduz à verdade plena, ao teu amor. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Você já ouviu falar de jaculatória? É uma breve oração que se pode repetir muitas vezes durante o dia. É uma forma de se continuar na presença Deus, durante toda a jornada. Quer fazer uma experiência, nesta quarta-feira? Então, tome a palavra de hoje como jaculatória e repita-a muitas vezes durante o dia: “Quando vier o Espírito da Verdade, ele nos conduzirá à plena verdade”.

Comunicando

Deixo um agradecimento, em nome da Associação Missionária Amanhecer, a AMA, a todos que participaram da Novena de N. Sra. Auxiliadora ou nos acompanharam ontem, na Santa Missa e na Adoração Eucarística na peregrinação. A AMA é uma organização católica que presido. Por meio dela, participamos da missão da Igreja, fortalecendo a evangelização nos meios de comunicação. Rogo ao Santo Espírito de Deus que inspire alguns de vocês a participarem desta obra, conosco. Aproveito para deixar o link para a inscrição de novos associados. 


FAÇA PARTE DA AMA - EVANGELIZE CONOSCO


Pe. João Carlos Ribeiro, sdb 


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