PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: testemunhas
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Somos testemunhas da resssurreição.

 


14 de abril de 2024

   Terceiro Domingo da Páscoa.   

   Evangelho.   


Lc 24,35-48

Naquele tempo, 35os dois discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. 36Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: “A paz esteja convosco!”
37Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma. 38Mas Jesus disse: “Por que estais preocupados, e por que tendes dúvidas no coração? 39Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho”.
40E, dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés.
41Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse: “Tendes aqui alguma coisa para comer?” 42Deram-lhe um pedaço de peixe assado. 43Ele o tomou e comeu diante deles.
44Depois disse-lhes: “São estas as coisas que vos falei quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”.
45Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, 46e lhes disse: “Assim está escrito: ‘O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia, 47e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém’. 48Vós sereis testemunhas de tudo isso”.

   Meditação.   


Vocês serão testemunhas de tudo isso (Lc 24, 48)

Estamos no terceiro Domingo da Páscoa. A vida cristã está permanentemente sob o impacto da morte e ressurreição de Jesus. Ele viveu entre nós, padeceu, morreu e ressuscitou. Ele está vivo e presente entre nós. Nesse mistério, estamos mergulhados desde o batismo. Morremos com ele. Ressuscitamos com ele. Na Santa Missa, é também esse mistério que celebramos: sua morte e ressurreição. 

Depois da ressurreição, Jesus continuou a se encontrar com os seus discípulos, por algum tempo, ajudando-os a assimilar essa nova realidade. Por sua ressurreição, ele elevou a nossa humanidade à condição de plenitude. Não só ressuscitou, mas abriu o caminho de nossa completa realização em Deus. Como primogênito da criação, disse São Paulo, ele vai à nossa frente. 

As leituras bíblicas deste período querem nos ajudar a contemplar também o mistério de nossa participação na ressurreição de Cristo. A  sua ressurreição não é apenas a sua glorificação, na vitória sobre a morte, o pecado e o mal. É também comunicação da vida de Deus a nós, de sua graça, de seu perdão. Então, vale a pergunta: Onde nós podemos experimentar a ressurreição de Jesus? As leituras de hoje, me parece, nos dão a resposta em sete pontos.

1. Experimentamos a ressurreição de Jesus na fé que vence o medo. Jesus se apresentou no meio deles, e eles, cheios de medo, pensaram que era um fantasma. Jesus insistiu: sou eu mesmo. Vejam minhas mãos e meus pés. 

2. Experimentamos a ressurreição de Jesus na conversão, recebendo o perdão dos nossos pecados. Ele se fez vítima de expiação pelos nossos pecados. O perdão que Deus nos dá nos faz viver uma vida nova, ser conduzidos pelo Espírito Santo. 

3. Experimentamos a ressurreição de Jesus na prática dos seus mandamentos. Escreveu São João em sua primeira carta: “Naquele que guarda a sua palavra, o amor de Deus é plenamente realizado”. 

4. Experimentamos a ressurreição de Jesus na participação na comunidade que se reúne em nome de Cristo. Os dois discípulos de Emaús reintegraram-se à comunidade, em Jerusalém, onde estavam reunidos os Onze e os outros discípulos e discípulas. Na assembleia reunida, Jesus se apresentou no meio deles.

5. Experimentamos a ressurreição de Jesus na meditação das Escrituras, percebendo como o propósito de Deus se realizou em seu filho e acolhendo o que ele nos revela sobre nossa condição de seus filhos amados. 

6. Experimentamos a ressurreição de Jesus na celebração da Eucaristia. Os discípulos de Emaús contaram como encontraram Jesus no caminho e na fração do pão. O próprio Jesus, no meio da comunidade ainda perplexa, perguntou se não tinham algo para comer. E comeu peixe assado à vista de todos. Na Eucaristia, encontramos Jesus vivo e ressuscitado.

7. Experimentamos a ressurreição de Jesus no compromisso com a missão. Em seu nome, anunciamos a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações. Somos testemunhas de tudo isso (At 3,15. Lc 24,48). 




Guardando a mensagem

Neste tempo pascal, a liturgia vai nos ajudando a contemplar o mistério da ressurreição de Cristo e da nossa ressurreição com ele. A ressurreição do Senhor não é só uma verdade a ser contemplada, mas também uma experiência a ser vivida. As leituras bíblicas deste terceiro domingo da páscoa podem nos ajudar a responder a esta pergunta: “Como podemos experimentar a ressurreição de Jesus em nossa vida?”. A resposta pode ser captada em sete pontos: na fé que vence o medo, no perdão dos pecados que recebemos em nossa conversão, na prática dos seus mandamentos, na participação na comunidade cristã, na meditação das Escrituras, na celebração da Ceia Eucarística e no compromisso com a missão. Em tudo isso, age Jesus ressuscitado, por meio do seu Santo Espírito, nos unindo ao Pai.

Vocês serão testemunhas de tudo isso (Lc 24, 48)

Rezando a Palavra

Senhor Jesus, 
Cremos na tua ressurreição. Por ela, elevaste a nossa condição humana ao nível da comunhão com Deus. Pela fé e pelo batismo, mergulhamos em tua morte redentora, emergindo para a vida nova da graça. Estamos ressuscitados contigo, Senhor, embora nossa condição de filhos não esteja ainda plenamente revelada. Mas, já estamos experimentando a força renovadora de tua ressurreição de muitas formas, em nossa vida cristã. Que esta dinâmica divina pela qual estás fazendo novas todas as coisas nos ajude a ser uma força de mudança neste mundo, em favor da justiça, da paz, da liberdade. Não permitas, Senhor, que a nossa inclinação para o egoísmo, para a indiferença, para o ritualismo acabem por imobilizar a tua viória sobre o pecado, o mal e a morte. Que, no mundo, como nos pedes, sejamos testemunhas de tua ressurreição na defesa e promoção da vida e na construção de um mundo renovado pela fraternidade. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a Palavra

O domingo, o Dia do Senhor, nossa páscoa semanal, é dia da Santa Missa em comunidade. Jesus, seus irmãos e irmãs estão lhe esperando.

Comunicando

Todos os domingos, eu celebro a Santa Missa, às 17 horas, com transmissão pela Rádio Amanhecer. Para participar, você só precisa baixar o aplicativo no seu celular. 

Um abençoado domingo. E até amanhã, se Deus quiser!

Pe. João Carlos Ribeiro, SDB 

Nós e o Espírito Santo somos testemunhas de Jesus.



15 de maio de 2023

  Segunda-feira da 6ª. Semana da Páscoa. 



      Evangelho.     


c

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 15,26“Quando vier o Defensor que eu vos mandarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim.
27E vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o começo. 16,1Eu vos disse estas coisas para que a vossa fé não seja abalada. 2Expulsar-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que aquele que vos matar julgará estar prestando culto a Deus. 3Agirão assim, porque não conheceram o Pai, nem a mim. 4aEu vos digo isto, para que vos lembreis de que eu o disse, quando chegar a hora”.



      Meditação.     

Ele dará testemunho de mim (Jo 15, 26)

Ontem, celebramos o 6º Domingo da Páscoa. E a grande palavra que ecoou na liturgia de ontem foi AMOR. Como o Pai amou Jesus, ele nos amou. Como Jesus nos amou, temos que nos amar uns aos outros. E nos perguntamos: Como foi que Jesus nos amou? Ele deu sua vida por nós. E nos deu o seu Espírito. No domingo da ressurreição, ele soprou sobre os apóstolos, comunicando-lhes o seu Espírito. No Pentecostes, derramou o seu Espírito sobre toda a comunidade. No seu amor por nós, ele deu a vida e nos deu o seu Espírito.

Nesta cena do evangelho de hoje, na mesa da última ceia, Jesus está preparando os discípulos para acolher e entender a missão do Espírito Santo. Ele é o outro Defensor. Ele vem do Pai, como Jesus. E vem enviado pelo Pai e pelo Filho, na sua volta ao seio do Pai. E por que ele é chamado de Defensor? Porque atualizará o legado de Jesus que nos reconciliou com Deus, nos livrando do jugo do pecado; porque fortalecerá e defenderá os seguidores de Jesus nas provações, nas perseguições. Jesus o chamou de o Espírito da Verdade. Espírito da verdade porque ele revela aos discípulos quem é Jesus e os ajuda a compreender o significado de suas palavras. Ele é o animador número um da missão de Jesus que os discípulos vão continuar.

Jesus disse aos discípulos: “Ele dará testemunho de mim. E vocês também darão testemunho”. TESTEMUNHO é a palavra-chave do evangelho de hoje. Dar testemunho de Jesus é dizer claramente, e com conhecimento, quem é ele. É atestar, diante do mundo, o seu papel redentor. Dar testemunho é ficar firme e fiel na hora da provação e da perseguição. Nós e o Espírito Santo somos as testemunhas de Jesus. Nós sozinhos não damos conta. Precisamos da presença e da atuação do Santo Espírito para nos fazer entender quem é Jesus, para compreender suas palavras, para atualizar sua presença no mundo, para nos sustentar na missão de anunciadores da salvação em Cristo. Nós e o Espírito Santo somos as testemunhas de Jesus no mundo de hoje.

Desde o começo, a comunidade compreendeu esse papel fundamental do Santo Espírito, como parceiro da missão. Quando os apóstolos e os anciãos tiveram que tomar uma decisão sobre a entrada dos pagãos na comunidade, eles rezaram e deliberaram. Depois, escreveram o seguinte na carta que foi enviada: ‘Pareceu bem a nós e ao Espírito Santo tomar a seguinte decisão’. Viu? O Espírito Santo e os seguidores de Jesus são parceiros no testemunho do Mestre.


Vamos guardar a mensagem

Jesus mandou o Espírito Santo, da parte do Pai, para garantir a continuidade de sua missão. Ele dá testemunho de Jesus. Nós também somos testemunhas de Jesus. A testemunha tem conhecimento de causa, por isso atesta publicamente, garante alguma coisa a partir de sua experiência. Nós conhecemos Jesus e o anunciamos. O Espírito Santo é quem garante que o nosso testemunho seja verdadeiro e fiel nas provações. Ele é o parceiro da Igreja na sua grande missão, a evangelização. Nosso testemunho sobre Jesus, nós o damos todo dia, por onde andamos, com o que falamos, com o modo como nos conduzimos na vida. Quem nos inspira e nos sustenta no testemunho é o Espírito Santo.

Ele dará testemunho de mim (Jo 15, 26)

Vamos rezar a palavra

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso Amor. Enviai, Senhor, o Vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.

Oremos: Ó Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com as luzes do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo nosso Senhor. Amém.


Novena de Nossa Senhora Auxiliadora

Começa hoje a Novena de Nossa Senhora Auxiliadora. O tema de hoje é "Com Maria, aprendemos a oração". 

A oração por excelência de Maria é o Magnificat ("A minha alma glorifica o Senhor"). Este é o cântico dos tempos messiânicos no qual confluem a exultação do antigo e do novo Israel. 

Saudemos a Virgem Auxiliadora, neste primeiro dia de sua novena:

Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres. E bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. 
Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. 

Comunicando

Hoje, nossa Associação Missionária Amanhecer (AMA) celebra um Dia Missionário. Todos precisamos assumir, cada vez mais, a nossa condição de testemunhas de Jesus. Uma atividade missionária da AMA neste mês de maio é a Peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora, em Jaboatão, na área metropolitana do Recife. A peregrinação acontece no dia 24 de maio. Mesmo de longe, você pode participar, acompanhando as transmissões pelo Youtube. Para mais informações, entre em contato conosco pelo Whatsapp 81 3224-9284. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

A ASCENSÃO DO SENHOR





29 de maio de 2022

Solenidade da Ascensão do Senhor



EVANGELHO


Lc 24,46-53

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 46“Assim está escrito: O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia 47e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém.
48Vós sereis testemunhas de tudo isso. 49Eu enviarei sobre vós aquele que meu Pai prometeu. Por isso, permanecei na cidade, até que sejais revestidos da força do alto”.
50Então Jesus levou-os para fora, até perto de Betânia. Ali ergueu as mãos e abençoou-os. 51Enquanto os abençoava, afastou-se deles e foi levado para o céu. 52Eles o adoraram. Em seguida voltaram para Jerusalém, com grande alegria. 53E estavam sempre no Templo, bendizendo a Deus.



MEDITAÇÃO

Vocês serão testemunhas de tudo isso (Lc 24, 48)

Este é o domingo da ascensão de Jesus ao céu. A ascensão é o coroamento de toda sua vida e sua obra: vida, paixão, morte e ressurreição. Pela ascensão, o vemos entrando na glória de Deus, inserindo-se definitivamente em Deus. E lá se foi ele com a nossa humanidade. Sempre foi o filho, no seio da Trindade. Mas, agora, é também um de nós, filho da nossa humanidade. O primeiro de todos nós, vencedor do mal, do pecado e da morte. Foi à nossa frente e vai nos preparar um lugar para estarmos sempre com ele. Os discípulos, no monte, ficaram olhando para o alto, absortos com esse mistério tão grande. Jesus está em Deus.

Antes dessa partida, Jesus tinha instruído os discípulos. Duas coisas importantíssimas ele explicou. A primeira: Nele, estava todo o cumprimento das Escrituras Sagradas. Como eles diziam “a lei, os profetas, os salmos”, tudo apontava para ele que veio anunciar o reino de Deus. Na sua paixão, morte e ressurreição estava o cumprimento de todas as promessas aos antigos. E a segunda: Voltando, ele enviaria o Espírito Santo, a força do alto que seria derramada sobre eles. O Espírito, que vinha da parte do Pai e dele, os ajudaria a entender o seu legado e a ser fieis à grande tarefa que ele lhes deixaria.

A grande tarefa seria a continuação de sua missão. Eles seriam suas testemunhas. Falariam a todos sobre sua vida e seus ensinamentos, anunciando a conversão e o perdão dos pecados no seu nome. Começariam isso por Jerusalém. Foi ali que Jesus concluiu a sua parte. Ali, começaria a deles. Em pouco tempo, receberiam o mesmo Espírito que conduziu Jesus em sua vida missionária.

Nesse ano, nós estamos lendo o evangelho de São Lucas. A ascensão é o finalzinho do seu evangelho. A mesma cena é o início do segundo livro de Lucas, os Atos dos Apóstolos. Ali, fica bem claro: a missão de Jesus continua pelas mãos dos seus discípulos, de suas comunidades. Revestidos pela força do Espírito Santo, apóstolos, pregadores, comunidades, mesmo enfrentando problemas e dificuldades, eles continuaram a presença redentora de Jesus.

A ascensão não é a ausência de Jesus. Certo, não está mais presente fisicamente. Mas, é uma nova forma de estar presente. É ele quem anuncia o Reino, quem vai atrás da ovelha perdida, quem purifica o leproso, quem redime os pecadores. Agora, ele age por meio de seus discípulos, de suas comunidades, de sua Igreja, o seu corpo. A sua presença é obra do Espírito Santo na vida e na missão dos que o amam e guardam a sua palavra. Depois de dar aos discípulos o mandato de realizar a missão pelo mundo todo, ele fez uma promessa: “Eis que estarei com vocês, todos os dias, até a consumação dos séculos”. A ascensão é uma nova e eficiente forma dele estar presente.


Guardando a mensagem

Jesus despediu-se dos seus discípulos e foi elevado ao céu. É lá onde Jesus agora está, sentado à direita do Pai. Pela ascensão, entrou definitivamente na esfera de Deus, levando consigo a nossa humanidade. Agora, sabemos: é lá também o nosso lugar. O coroamento de nossa vida será também o nosso ingresso definitivo em Deus. Mas, estar na glória de Deus não quer dizer que Jesus esteja ausente. Pelo contrário, pela ascensão ele está entre nós de uma maneira nova e surpreendente. E isso é possível pela atuação do Espírito Santo que ele derramou sobre nós, com o qual fomos batizados. Revestidos do Espírito Santo, agimos, agora, em seu nome, isto é, em comunhão com ele. Reeditamos os seus gestos de amor pelos irmãos, de inclusão dos desprezados, de defesa dos injustiçados. A todos, com nossa palavra e nossas atitudes, falamos de sua dignidade de filhos de Deus e do grande sonho da fraternidade neste mundo. Em seu nome, abençoamos. Em seu nome, convidamos o filho pródigo à conversão. Em seu nome, os irmãos são perdoados e nos alimentamos do pão de sua Palavra e de sua presença sacramental na Eucaristia. Ele está presente. Ele está no meio de nós.

Vocês serão testemunhas de tudo isso (Lc 24, 48)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
hoje, celebramos a tua ascensão ao céu e a entrega da missão à tua comunidade de discípulos, a Igreja. Nesta oportunidade, estamos sintonizados com o 56º Dia Mundial das Comunicações, com o tema "Escutar com o ouvido do coração". 
E os meios de comunicação social são uma grande oportunidade para anunciarmos o teu evangelho a toda criatura, levando a missão até os confins da terra. O teu Santo Espírito continua nos ajudando a viver em missão, com criatividade, ousadia, espírito missionário e com o teu mesmo amor pelos pequenos e sofredores. Seja bendito o teu santo, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

“Ele está no meio de nós” – é a resposta que damos na Missa. Seja a sua prece hoje, muitas vezes, durante a sua jornada. “Ele está no meio de nós”.

Comunicando

A área metropolitana do Recife, onde me encontro, está passando por fortes chuvas, com alagamentos, deslizamentos de barreiras e, infelizmente, muitas mortes. Em resposta a esta emergência, os Salesianos do Nordeste, em sintonia com as ações da Arquidiocese, estão em campanha de solidariedade pelas vítimas das chuvas e da pobreza. Se puder, participe da campanha. Estou lhe enviando as informações.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

SENTADO À DIREITA DE DEUS PAI



Vocês serão testemunhas de tudo isso (Lc 24, 48)

02 de junho de 2019.

Este é o domingo da ascensão de Jesus ao céu. A ascensão é o coroamento de toda sua vida e sua obra: vida, paixão, morte e ressurreição. Pela ascensão, o vemos entrando na glória de Deus, inserindo-se definitivamente em Deus. E lá se foi ele com a nossa humanidade. Sempre foi o filho, no seio da Trindade. Mas, agora, é também um de nós, filho da nossa humanidade. O primeiro de todos nós, vencedor do mal, do pecado e da morte. Foi à nossa frente e vai nos preparar um lugar para estarmos sempre com ele. Os discípulos, no monte, ficaram olhando para o alto, absortos com esse mistério tão grande. Jesus está em Deus.

Antes dessa partida, Jesus tinha instruído os discípulos. Duas coisas importantíssimas ele explicou. A primeira: Nele, estava todo o cumprimento das Escrituras Sagradas. Como eles diziam “a lei, os profetas, os salmos”, tudo apontava para ele que veio anunciar o reino de Deus. Na sua paixão, morte e ressurreição estava o cumprimento de todas as promessas aos antigos. E a segunda: Voltando, ele enviaria o Espírito Santo, a força do alto que seria derramada sobre eles. O Espírito, que vinha da parte do Pai e dele, os ajudaria a entender o seu legado e a ser fieis à grande tarefa que ele lhes deixaria.

A grande tarefa seria a continuação de sua missão. Eles seriam suas testemunhas. Falariam a todos sobre sua vida e seus ensinamentos, anunciando a conversão e o perdão dos pecados no seu nome. Começariam isso por Jerusalém. Foi ali que Jesus concluiu a sua parte. Ali, começaria a deles. Em pouco tempo, receberiam o mesmo Espírito que conduziu Jesus em sua vida missionária.
Nesse ano, nós estamos lendo o evangelho de São Lucas. A ascensão é o finalzinho do seu evangelho. A mesma cena é o início do segundo livro de Lucas, os Atos dos Apóstolos. Ali, fica bem claro: a missão de Jesus continua pelas mãos dos seus discípulos, de suas comunidades. Revestidos pela força do Espírito Santo, apóstolos, pregadores, comunidades, mesmo enfrentando problemas e dificuldades, eles continuaram a presença redentora de Jesus.

A ascensão não é a ausência de Jesus. Certo, não está mais presente fisicamente. Mas, é uma nova forma de estar presente. É ele quem anuncia o Reino, quem vai atrás da ovelha perdida, quem purifica o leproso, quem redime os pecadores. Agora, ele age por meio de seus discípulos, de suas comunidades, de sua Igreja, o seu corpo. A sua presença é obra do Espírito Santo na vida e na missão dos que o amam e guardam a sua palavra. Depois de dar aos discípulos o mandato de realizar a missão pelo mundo todo, ele fez uma promessa: “Eis que estarei com vocês, todos os dias, até a consumação dos séculos”. A ascensão é uma nova e eficiente forma dele estar presente.

Guardando a mensagem

Jesus despediu-se dos seus discípulos e foi elevado ao céu. É lá onde Jesus agora está, sentado à direita do Pai. Pela ascensão, entrou definitivamente na esfera de Deus, levando consigo a nossa humanidade. Agora, sabemos: é lá também o nosso lugar. O coroamento de nossa vida será também o nosso ingresso definitivo em Deus. Mas, estar na glória de Deus não quer dizer que Jesus esteja ausente. Pelo contrário, pela ascensão ele está entre nós de uma maneira nova e surpreendente. E isso é possível pela atuação do Espírito Santo que ele derramou sobre nós, com o qual fomos batizados. Revestidos do Espírito Santo, agimos, agora, em seu nome, isto é, em comunhão com ele. Reeditamos os seus gestos de amor pelos irmãos, de inclusão dos desprezados, de defesa dos injustiçados. A todos, com nossa palavra e nossas atitudes, falamos de sua dignidade de filhos de Deus e do grande sonho da fraternidade neste mundo. Em seu nome, abençoamos. Em seu nome, convidamos o filho pródigo à conversão. Em seu nome, os irmãos são perdoados e nos alimentamos do pão de sua Palavra e de sua presença sacramental na Eucaristia. Ele está presente. Ele está no meio de nós.

Vocês serão testemunhas de tudo isso (Lc 24, 48)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Hoje, celebramos a tua ascensão ao céu e a entrega da missão à tua comunidade de discípulos, a Igreja. Nesta oportunidade, estamos sintonizados com o 53º Dia Mundial das Comunicações. As redes sociais são, hoje, instrumentos e espaços importantes para a formação de verdadeiras comunidades humanas, construídas sobre o anúncio e a vivência do teu evangelho. O teu Santo Espírito continua nos ajudando a viver em missão, com criatividade, ousadia, espírito missionário e com o teu mesmo amor pelos pequenos e sofredores. Que ele nos ajude ainda mais a fazer das redes sociais, não redes que capturam, denigrem e espalham mentiras, mas redes que fortaleçam o conhecimento, a justiça e a solidariedade. Seja bendito o teu santo, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

“Ele está no meio de nós” – é a resposta que damos na Missa. Seja a sua prece hoje, muitas vezes, durante a sua jornada. “Ele está no meio de nós”.

Pe. João Carlos Ribeiro – 02 de junho de 2019.






Pe. João Carlos Ribeiro

Esse título maldoso é meu. O do Papa é bem mais positivo e bíblico: “Somos membros uns dos outros” (Ef 4, 25). Das comunidades de redes sociais à comunidade humana. É a sua mensagem para o 53º dia mundial das comunicações.

Para desenvolver esse tema, ele joga com três imagens: Rede, Comunidade e Corpo – A Igreja pensando na internet como uma grande REDE a serviço do encontro das pessoas e da solidariedade entre todos. O ambiente virtual é hoje uma fonte de conhecimento e de relacionamento que produz profundas transformações no modo de aprender e ensinar, na produção e circulação de conteúdos, na convivência entre as pessoas.

Mas, a rede tem também seus problemas. Em vez de ligar as pessoas e instituições, fortalecendo os vínculos e reforçando a luta comum por um mundo melhor, às vezes, ela pode se tornar uma teia de aranha. Esse tipo de rede serviria para capturar os desavisados. A aranha monta tudo e fica só esperando algum inseto bobo passar por ali e se enroscar na rede. Aí, é partir para imobilizar o bichinho e devorá-lo. É o que acontece muitas vezes: isolamento, manipulação política, difamação, incitamento do ódio. E nem precisamos lembrar das fake news, as mentiras espalhadas por maldosos ou por algorítimos manipulados por poderosos grupos de interesse político e econômico. Mas, a rede social não nasceu pra ser uma teia de aranha, de jeito nenhum.

A COMUNIDADE humana é a melhor rede. E ela é mais forte quanto mais for coesa e solidária, como espaço de escuta e diálogo. As redes sociais podem ajudar a fortalecer as comunidades humanas. Mas, há também o risco de serem apenas vitrines de narcisismo, onde as pessoas pousam do que não são ou do que gostariam de ser.

A metáfora do CORPO e DOS MEMBROS é já uma resposta a tudo isso. São Paulo fala disso: “Por isso, despi-vos da mentira e diga cada um a verdade ao seu próximo, pois somos membros uns dos outros”. A verdade revela-se na comunhão. A mentira é a recusa de fazer parte com o outro, de se reconhecer parte do único corpo. Em Cristo, somos membros uns dos outros. Não nos vejamos como concorrentes e adversários. Tenhamos o olhar de inclusão de Cristo. Deus é comunhão, é comunicação. O amor sempre comunica. Mergulhados nessa realidade divina, sentimos o outro não como um rival, mas como um companheiro de viagem.

A rede social tem que ser um recurso para a comunhão. Ela ajuda a família a viver mais conectada, em vista de uma vida harmoniosa e dialogante. Ela possibilita que a comunidade cristã coordene melhor suas atividades e sua vida missionária, levando-a a celebrar, em unidade, a Santa Eucaristia. Esta é a rede que queremos. Uma rede não para capturar, mas para libertar e gerar comunhão.

Aí, é quando o like vira amém.


Clique aqui para ler na íntegra a Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações que será celebrado neste domingo 02 de junho.

ALGUMA COISA MUDOU NA SUA VIDA?

Vocês serão testemunhas de tudo isso (Lc 24, 48).

15 de abril de 2018.

Chegamos ao terceiro domingo da Páscoa. Estamos tranquilos. Jesus ressuscitou. Festejamos isso na liturgia. Tudo bem. Mas, isso mudou alguma coisa na sua vida? E era pra mudar? Certamente, que sim. Se tudo continua igual como antes, o que significou a ressurreição de Jesus?

Talvez tenha sido isso que aconteceu aos discípulos, após a ressurreição. Jesus ressuscitado apareceu-lhes quando estavam reunidos, mas parecia que aquilo não mudava muita coisa. Eles continuavam acuados pelo medo, pela descrença, pelo pensamento de que seria um fantasma. São Lucas procurou limpar a barra deles. Disse que eles estavam tão alegres que não puderam acreditar.

Jesus, sempre paciente, faz o possível para que eles percebessem o que estava acontecendo e tomassem novo ânimo. Ele estava vivo, ali presente no meio da comunidade. Mostrou-lhes as mãos e os pés. Comeu na frente deles. Explicou como as Escrituras se cumpriam na sua morte e na sua ressurreição. E que eles seriam suas testemunhas.

Esse esforço de Jesus, ajudando os discípulos a assimilarem a ressurreição, está valendo para nós também. O risco é que a ressurreição de Jesus fique apenas uma solenidade que comemoramos a cada ano. E nos escape a verdade que ele, Jesus, o pastor do rebanho, exatamente por causa de sua ressurreição, está vivo entre nós, conduzindo-nos como nosso verdadeiro guia e agindo no mundo por meio de nós.

O que os apóstolos diziam ao povo, anunciando a morte e a ressurreição do Senhor, era que isso aconteceu em expiação dos seus pecados. E, assim, convencidos por este amor tão grande de Deus que veio ao seu encontro, se arrependessem de seus pecados, se convertessem. Pela conversão, acolhemos a graça da reconciliação que nos chega por meio de Cristo. Conversão é viver agora a vida nova que ele conquistou para nós. Ele nos alcançou o perdão e nos deu o seu Espírito.

A  nós que temos conhecimento que Jesus está ressuscitado, nos cabe, uma vez convertidos, viver em comunhão com ele. Ele não é apenas um personagem da história ou da Bíblia, de quem nos recordamos. Ele é uma pessoa humana e divina que está conosco. Ele é agora plenamente o Emanuel, Deus conosco. Não é à toa que, na celebração do dia do Senhor, ocorre várias vezes essa saudação: “O Senhor esteja convosco” e a resposta: “Ele está no meio de nós”.  Nós o reconhecemos no Pão repartido, nós o entendemos na Palavra, nós guardamos os seus Mandamentos. Estamos em comunhão com ele, na comunidade dos discípulos, a sua Igreja, na Palavra, no Pão repartido, na prática dos seus Mandamentos.

Somos, agora, testemunhas dele. Somos testemunhas porque nós tocamos de perto o mistério de sua ressurreição, atestamos que ele está vivo. Somos testemunhas porque anunciamos ao mundo que a salvação chegou por meio dele.

Vamos guardar a mensagem

Jesus ressuscitou. E está no meio de nós. Isso não se esgota na festa da páscoa. Isso é uma mudança radical em nossa vida e na vida do mundo. Em primeiro lugar, isso nos chama à conversão: superamos a vida do pecado para viver na graça, na santidade de vida. Em segundo lugar, vivemos agora em comunhão com ele: no entendimento de sua Palavra, no reconhecimento do Pão repartido, na prática dos seus Mandamentos. Em terceiro lugar, a missão, agora somos suas testemunhas: atestamos e anunciamos sua obra salvadora em favor de todos. É bom você não se acostumar com a ressurreição. Ela é a vida nova da qual já participamos; uma reviravolta na sua vida, um princípio de mudança para esse mundo velho.

Vocês serão testemunhas de tudo isso (Lc 24, 48).

Vamos rezar a Palavra

Senhor Jesus,
Nós já vamos na terceira semana da páscoa e tudo parece igual em nossa vida. Ainda estamos na escuridão do medo. Ainda te confundimos com fantasma. Ainda somos um cenáculo de janelas e portas fechadas.  Ajuda-nos, Senhor, pela presença do teu Santo Espírito em nós e em nossas comunidades, a vivermos em ritmo de conversão, em comunhão contigo e abraçando a missão de testemunhas do novo que entrou na história pela tua vitória sobre o pecado, o mal e a morte. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém
.
Vamos viver a Palavra

Leia, hoje, em sua Bíblia o evangelho deste domingo: Lucas 24, 35-48. E compartilhe a Meditação com outras pessoas. Assim, você já vai exercendo a tarefa de testemunha que Jesus lhe deu.

Pe. João Carlos Ribeiro – 14.04.2018

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