PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA

OS DOIS IRMÃOS



15 de dezembro de 2020

EVANGELHO


Mt 21,28-32


Naquele tempo, disse Jesus aos chefes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: 28“Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, ele disse: ‘Filho, vai trabalhar hoje na vinha!’ 29O filho respondeu: ‘Não quero’. Mas depois mudou de opinião e foi. 30O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu: ‘Sim, senhor, eu vou’. Mas não foi. 31Qual dos dois fez a vontade do pai?”

Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “O primeiro”. Então Jesus lhes disse: “Em verdade vos digo, que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. 32Porque João veio até vós num caminho de justiça, e vós não acreditastes nele. Ao contrário, os publicanos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes para crer nele”.

MEDITAÇÃO


Filho, vai trabalhar hoje na vinha! (Mt 21, 28)


Preste bem atenção a estas palavras que o pai diz na história que Jesus contou. ‘Filho, vai trabalhar hoje na vinha!’ O homem diz isso a cada um dos seus dois filhos. São quatro palavras: Filho – trabalhar – hoje – vinha. 

VINHA – A vinha é uma representação do próprio povo de Deus, vinha do Senhor. É também um modo de falar do Reino de Deus. A vinha é o campo de trabalho a que somos enviados. 

FILHO - Não se trata de servo ou de funcionário, mas de filho. Filho é herdeiro. A vinha é sua também, é a sua herança. É assim que o Senhor pede nossa participação na missão, como filhos, não como servos ou funcionários. 

TRABALHAR – No tempo de Jesus, o filho trabalhava com o pai, aprendia o seu ofício. Não seria necessário pedir ao filho para ir trabalhar na vinha, a não ser que este estivesse desinteressado, faltando ao seu compromisso ou se esquivando do trabalho. 

HOJE - Hoje não é amanhã ou no ano que vem. É hoje. Como no profeta Isaías que Jesus leu na sinagoga de Nazaré: “Hoje, cumpriram-se estas palavras que vocês acabaram de ouvir”. Ou como na casa de Zaqueu, em Jericó: “Hoje, entrou a salvação nesta casa”. Nosso empenho como cristãos na Igreja e na sociedade é hoje, sem adiamentos, sem omissão.

Filho, vai trabalhar hoje na vinha! 

O primeiro filho, rebelde, negou-se a ir. Mas, depois, mudou seu comportamento. Foi trabalhar na vinha. Este fez a vontade de Deus. Essa mudança é chamada também nesse mesmo evangelho de arrependimento, conversão. O segundo filho respondeu “Sim, Senhor, eu vou”, mas não foi. Mostrou-se muito obediente, muito atencioso, mas não se integrou na dinâmica de trabalho da vinha, como o pai pediu. Não fez a vontade de Deus. 

Vamos olhar mais de perto quem é o primeiro filho, o que disse que não ia, mas acabou indo. Jesus mesmo explica: esse filho está representando todos os cobradores de impostos e as prostitutas e, com eles, a grande massa de gente desprezada e marginalizada. Eles são o filho que disse ‘não quero’ com sua vida longe de Deus, mas converteu-se, foi trabalhar na vinha. 

E o outro filho, o que disse que ia, mas não foi? Quem ele está representando? Resposta: Os chefes dos sacerdotes e os anciãos do povo. Eles praticavam a Lei de Moisés, mostravam-se sempre obedientes e amorosos com Deus, “sim, Senhor”, mas não atenderam o pedido do pai. Rejeitaram a pregação de João Batista e de Jesus. Não creram, não se converteram, não se integraram ao Reino de Deus, a vinha. 

Guardando a mensagem 

A história que Jesus contou é uma fotografia do que está acontecendo no tempo dele e hoje. Pela evangelização, o Pai está convidando seus filhos e suas filhas ao Reino de Deus. Uns, tidos como gente longe da fé, de cara estão dizendo que não vão. Mas, considerando melhor, integram-se no Reino de Deus, como Mateus, Zaqueu, a Samaritana, a Madalena, o filho pródigo... Eles são o primeiro filho. Outros, já praticantes da Lei, justos, vivem dizendo “sim, Senhor’. Mas, na prática, não vão. Ficam só na conversa. É o segundo filho. Claro, Jesus está nos contando hoje essa história por alguma razão. A minha, eu sei qual é. A sua, você vá pensando para descobrir.

Filho, vai trabalhar hoje na vinha! (Mt 21, 28)


Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Pela evangelização, estamos sendo convocados a nos integrar na obra de Deus, que é o seu Reino, a sua vinha. Tu, Senhor Jesus, experimentaste que, em resposta à evangelização, uns se mostram muito atenciosos e cheios de promessas, mas de verdade não se convertem, não mudam de vida, não assumem a causa do Pai. Outros, mesmo rejeitando o convite, acabam por converter-se e abraçar a vontade divina, indo trabalhar em sua vinha. Ajuda-nos, Senhor, a responder ao evangelho com a conversão. Dá-nos nos empenhar, como filhos, para que a tua palavra, na igreja e na sociedade, produza muitos frutos. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a palavra

No seu caderno espiritual, responda a esta pergunta: “O que seria trabalhar na vinha do Senhor?”.

Hoje, começa a Novena de Natal. Ela nos ajuda numa preparação mais próxima para as celebrações natalinas. Ela vai de hoJe, 15, a 23 de dezembro. Nas livrarias católicas, na internet, na sua paróquia há subsídios para ajudar a celebrar esta novena em família. 

Nós da Associação Missionária Amanhecer (AMA), também preparamos uma Novena de Natal. Vamos nos encontrar diariamente, a partir de hoje, 15, a 23 de dezembro, às 14 horas, com transmissão pelo Youtube, pelo Facebook e pelo Aplicativo Tempo de Paz. Para quem recebe a Meditação no celular, estou enviando o link para inscrição na Novena. E já a espera para o Youtube. Quem se inscreve, recebe o roteiro da novena, pelo email.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

MÚSICA

JÁ NÃO SOU EU 
(Rm 7-8 Gl 2) - (Pe. João Carlos)


Não consigo entender
Não consigo fazer
O bem que eu quero
Não consigo entender
Só consigo fazer
O mal que não quero.

Quem me livrará
Deste peso de morte em mim
Quem me libertará
Do pecado que mora em mim 

Foi por isso que o Pai enviou
Veio a nós Jesus Salvador
Que nos deu vida nova no seu Espírito.

Minha vida agora
Eu a vivo na fé
Fé naquele que me amou
E se entregou por mim 

Fui crucificado com ele
Ressuscitado com ele
Fui perdoado por ele
Minha vida recomeçou 

Já não sou eu
Já não sou eu
Já não sou eu que vivo
É Cristo que vive em mim. 

Minha vida agora.... 



NÃO DEIXE A GRAÇA PASSAR


14 de dezembro de 2020

EVANGELHO


Mt 21,23-27

Naquele tempo, 23Jesus voltou ao Templo. Enquanto ensinava, os sumos sacerdotes e os anciãos do povo aproximaram-se dele e perguntaram: “Com que autoridade fazes estas coisas? Quem te deu tal autoridade?”
24Jesus respondeu-lhes: “Também eu vos farei uma pergunta. Se vós me responderdes, também eu vos direi com que autoridade faço estas coisas. 25Donde vinha o batismo de João? Do céu ou dos homens?”
Eles refletiam entre si: “Se dissermos: ‘Do céu’, ele nos dirá: ‘Por que não acreditastes nele?’ 26Se dissermos: ‘Dos homens’, temos medo do povo, pois todos têm João Batista na conta de profeta”. 27Eles então responderam a Jesus: “Não sabemos”. Ao que Jesus também respondeu: “Eu também não vos direi com que autoridade faço estas coisas”.

MEDITAÇÃO


Eu também não lhes direi com que autoridade faço estas coisas (Mt 21, 27). 


Por que Jesus não respondeu à pergunta? Não seria mais fácil Jesus dar logo uma reposta? Eles perguntaram com que autoridade ele estava fazendo aquilo no Templo. E o que é que Jesus estava fazendo? Estava denunciando que tinham convertido a casa de oração num antro de ladrões. Ele tinha expulsado os vendedores e compradores, afinal, tinha tomado uma atitude pública contra o desvirtuamento do Templo. Quem estava perguntando? Os responsáveis pelo Templo e pela religião em Israel: os sumos-sacerdotes, os mestres da lei e os anciãos; o grupo que depois julgaria Jesus no Sinédrio, condenando-o como um malfeitor. Então, não era uma pergunta inocente... era uma acusação, um enfrentamento perigoso, uma vez que eles tinham um corpo de guardas sob seu comando: Com que autoridade fazes isto?

Jesus não respondeu. Mas, se propôs a responder, desde que eles lhe respondessem também a uma pergunta. A pergunta foi sobre o batismo de João. João andou atraindo o povo para o deserto, para batizar-se no Rio Jordão, pregando a mudança de vida, em preparação da vinda do Messias. Para João, o Templo não era mais o lugar da purificação. A volta ao tempo do deserto era um recomeço, quando não havia Templo, mas só uma Tenda móvel. Eles, a elite que controlava o Templo, não acharam ruim  Herodes prender e decapitar João Batista. Livraram-se de um pregador incômodo, uma denúncia permanente da situação de pecado dos que deviam guardar a aliança com fidelidade. Jesus perguntou: O batismo de João era de Deus ou dos homens? Como eles não se converteram com a pregação de João Batista, a resposta já estava dada. Mas, não podia ser dita. “Então, eu também não digo com que autoridade faço essas coisas”, concluiu Jesus. Claro, a resposta estava dada: com a mesma autoridade com que João Batista pregava a conversão e batizava. Mas, não adiantava dizer com a boca. As suas atitudes já estavam mostrando. 

O mundo hoje cobra explicações dos cristãos ... por que vocês querem pensar e agir diferente dos outros? Por que vocês não aceitam que se combata a violência armando a população, porque não apoiam a pena de morte? Por que vocês não deixam a mulher decidir sobre sua gravidez e ter a liberdade de abortar? Por que vocês insistem tanto no casamento religioso? Por que vocês são tão obedientes ao Papa? Por que vocês adoram a Eucaristia? Quem pergunta nem sempre está interessado na resposta. É só uma forma de intimidação, de oposição. Às vezes, é melhor fazer como Jesus: não responder, ou melhor, responder com as atitudes e com o modo de viver.

Guardando a mensagem

Jesus tinha feito um gesto profético de grande repercussão no meio do povo. Ele tinha expulsado os vendilhões do Templo. Foi um gesto de purificação da Casa de Deus, mostrando a necessidade de reconduzi-lo à sua vocação de lugar do encontro de Deus com o seu povo e denunciando o aparelhamento do Templo a serviço dos interesses econômicos e políticos da elite de Jerusalém. As lideranças do Templo vieram pra cima dele, num confronto que o levaria, um pouco mais na frente, à prisão. Queriam saber com que autoridade estava fazendo coisas como aquela. Jesus também quis saber com que autoridade João Batista tinha pregado e batizado no deserto. Eles não reconheceram que o profeta agira com a autoridade de Deus, nem aceitaram que Jesus viesse da parte do Pai. Mantiveram-se de coração fechado à autoridade de Deus, sem conversão, sem acolhida do enviado de Deus. 

Eu também não lhes direi com que autoridade faço estas coisas (Mt 21, 27). 


Rezando a palavra

Senhor Jesus,
As lideranças do Templo, fechadas em seus interesses, perderam a chance de te reconhecer como o enviado de Deus, que os convocava à conversão. Já tinham rejeitado o profeta João Batista e o seu forte apelo de conversão. E tu, Senhor, os estavas convocando não apenas a uma mudança pessoal, mas a uma conversão institucional, no modo como eles comandavam a Casa de Deus a serviço dos seus interesses. Nesta pandemia, há muitos apelos de conversão para todos nós. Neste tempo de Advento, estás nos dirigindo muitos apelos para nossa conversão. Não queremos, Senhor, fechar o nosso coração e ignorar esse tempo de graça e reconciliação que estamos vivendo. Renova, Senhor, o teu povo, com o teu Santo Espírito, para que cheguemos santamente à festa do teu natal. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a palavra

Amanhã, começa a Novena de Natal. Ela nos ajuda numa preparação mais próxima para as celebrações natalinas. Ela vai de 15 a 23 de dezembro. Nas livrarias católicas, na internet, na sua paróquia há subsídios para ajudar a celebrar esta novena em família. Faça o propósito de realizá-la, com frutos de conversão e santidade de vida. 

Nós da Associação Missionária Amanhecer (AMA), também preparamos uma Novena de Natal. Vamos nos encontrar diariamente, de 15 a 23 de dezembro, às 14 horas, com transmissão pelo Youtube, pelo Facebook e pelo Aplicativo Tempo de Paz. Para quem recebe a Meditação no celular, estou enviando o link para inscrição na Novena. Quem se inscreve, recebe o roteiro da novena pelo email.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

MÚSICA


JÁ NÃO SOU EU (Rm 7-8 Gl 2)

(Pe. João Carlos)

Não consigo entender
Não consigo fazer
O bem que eu quero
Não consigo entender
Só consigo fazer
O mal que não quero.

Quem me livrará
Deste peso de morte em mim
Quem me libertará
Do pecado que mora em mim 

Foi por isso que o Pai enviou
Veio a nós Jesus Salvador
Que nos deu vida nova no seu Espírito.

Minha vida agora
Eu a vivo na fé
Fé naquele que me amou
E se entregou por mim 

Fui crucificado com ele
Ressuscitado com ele
Fui perdoado por ele
Minha vida recomeçou 

Já não sou eu
Já não sou eu
Já não sou eu que vivo
É Cristo que vive em mim. 

Minha vida agora.... 

ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS!



13 de dezembro de 2020

EVANGELHO


Jo 1,6-8.19-28

6Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. 19Este foi o testemunho de João, quando os judeus enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntar: “Quem és tu?” 20João confessou e não negou. Confessou: “Eu não sou o Messias”. 21Eles perguntaram: “Quem és, então? És tu Elias?” João respondeu: “Não sou”. Eles perguntaram: “És o Profeta?” Ele respondeu: “Não”.

22Perguntaram então: “Quem és, afinal? Temos que levar uma resposta para aqueles que nos enviaram. O que dizes de ti mesmo?” 23João declarou: “Eu sou a voz que grita no deserto: ‘Aplainai o caminho do Senhor’” — conforme disse o profeta Isaías. 24Ora, os que tinham sido enviados pertenciam aos fariseus 25e perguntaram: “Por que então andas batizando, se não és o Messias, nem Elias, nem o Profeta?”

26João respondeu: “Eu batizo com água; mas no meio de vós está aquele que vós não conheceis, 27e que vem depois de mim. Eu não mereço desamarrar a correia de suas sandálias”. 28Isso aconteceu em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando.


MEDITAÇÃO


No meio de vocês, está aquele que vocês não conhecem (Jo 1, 26).

Quando começamos o caminho do advento, eu tentei fazer um pequeno roteiro e o passei pra vocês. Nos quatro domingos do advento, há um programa para o nosso crescimento. No primeiro domingo, foi o tema da vigilância (aguardar Jesus acordados). No segundo domingo, o tema da conversão (esperar Jesus com uma vida santa). Chegamos ao terceiro domingo. O tema é o testemunho (reconhecer Jesus pelo testemunho). Bom, vamos ao texto.

No evangelho deste terceiro domingo do advento – João capítulo 1º - é apresentado um personagem central na preparação da vinda de Jesus: João. Esse nome se repete sete vezes neste evangelho. E há uma pergunta que se repete três vezes: “Quem és tu?”. É a pergunta dos enviados dos judeus de Jerusalém. “Quem és tu?” Querem saber quem é João. A dúvida é se ele é o Messias, o Elias ou o Profeta.

O Messias é aquele prometido por Deus de quem o profeta Isaías falou, o “ungido” pelo Espírito do Senhor para anunciar a boa nova aos humildes e a libertação dos oprimidos. João disse claramente: “Eu não sou o Messias”. O Elias era o profeta antigo que chegaria antes do Messias, segundo o profeta Malaquias. Esse converteria o povo para o encontro com o seu Senhor que estaria chegando. O Profeta parece ser também uma expectativa do povo: um grande profeta apareceria antes do Messias. João achou melhor se definir como aquele anunciador da chegada de Deus, descrito pelo profeta Isaías: “Voz que clama no deserto: preparem o caminho do Senhor”.

“Quem és tu?”. O próprio evangelista responde quem é João: Um homem enviado por Deus que veio dar testemunho da luz. Ele é a testemunha do Messias. A palavra “testemunho/testemunha” está repetida quatro vezes nesse evangelho. João é a Testemunha. Ele não é a luz, ele é a testemunha da luz. Ele apontará Jesus. Ele o apresentará ao seu povo, na hora certa.

E onde está Jesus de quem João está dando testemunho? Certamente, já está no meio do grupo que o escuta; daqui a pouco, vai entrar na fila para se batizar também. Os judeus querem saber quem é João. Pronto, já sabem. Ele não é o Messias. Ele é a testemunha da luz. Ele prepara o povo para acolher o Messias, que é a grande luz. Daqui a pouco João o apresentará. Então, é importante se preparar para reconhecer o Messias, acolhendo o testemunho de João. Um dia, mais na frente, João irá apresentar Jesus, quando o vir na fila do batismo: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.

Mas, João adiantou uma coisa muito importante: “No meio de vocês, está aquele que vocês não conhecem”. Dá para entender essa palavra? “No meio de vocês, está aquele que vocês não conhecem”. Claro, o Messias já está no meio deles. Ele já está presente ali no meio daquele povo. Ou mesmo, pode-se entender, já está presente no meio do povo de Israel. Ele já está por ali.. O Messias já está presente. Falta reconhecê-lo, acolhê-lo. E o que fazer para reconhecê-lo? Resposta: acolher o testemunho de João. João nos diz quem é ele. João nos aponta Jesus.

Guardando a mensagem

Estamos na preparação para o natal; e para o encontro com o Senhor que já veio (no natal), vem sempre e virá no último dia. Que passo a Palavra de Deus nos convida hoje a dar, depois de nos ter pedido vigilância e conversão? Acolher o testemunho sobre Jesus. É esse testemunho que nos fará reconhece-lo, pois ele já está entre nós. João é o modelo da testemunha de Jesus. João não é a luz, ele dá testemunho da luz que é Jesus, o Messias. Acolher o testemunho sobre Jesus para reconhecê-lo.

No meio de vocês, está aquele que vocês não conhecem (Jo 1, 26).

Rezando a palavra

Senhor Jesus,

É engraçado que estejamos te esperando, pois tu já estás entre nós. Certo, voltarás glorioso um dia. Mas, hoje já estás conosco. Prometeste isto, ao voltar ao seio do Pai: “Eis que estarei com vocês todos os dias até a consumação dos séculos”. Para reconhecer-te hoje, precisamos acolher o testemunho que dão sobre ti. E quem dá testemunho sobre ti? João Batista, que é o modelo de testemunha; as Escrituras Sagradas; a tua Igreja; a minha comunidade. Eu mesmo dou testemunho de ti. Só acolhendo esse testemunho podemos reconhecer-te e descobrir-te presente no meio de nós. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Fique atento, atenta. Da próxima vez que o ministro da Igreja disser: “O Senhor esteja convosco!”, abra bem a boca pra falar com toda convicção: “Ele está no meio de nós!”.

Terça-feira próxima, começa a Novena de Natal. De 15 a 23 de dezembro, vamos rezar a Novena de Natal da AMA, com transmissão ao vivo pelo Youtube, pelo Facebook e pelo aplicativo Tempo de Paz, sempre às 14 horas. Desejando receber o roteiro da novena, entre em contato conosco pelo whatsapp 81 9.9964-4899.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb


MÚSICA

NADA VAI NOS SEPARAR (Cf. Rm 8, 35-39)

(Pe. João Carlos)



Pai, em tuas mãos, a minha vida (2x)

Eu ando hoje em teus caminhos
Mas desde sempre estás comigo
Me  acompanhas com o teu amor de pai.
Em tuas mãos ponho os meus dias
O meu futuro, em garantia
A minha vida, em tuas mãos, Senhor.

Pai, em tuas mãos, a minha vida (2x)

Nada vai nos separar
Do teu amor
Nem o mal que me circunda, 
Nem mesmo a dor
Nem o brilho deste mundo
Nem o dia do infortúnio
Nada vai nos separar

Pai, em tuas mãos, a minha vida (2x)

Nem o tempo ou a partida
Nem a morte, nem a vida
Vão nos separar
Nem o pouco ou a fartura
Nem alguma criatura
Vão nos separar

Pai, em tuas mãos, a minha vida (2x)



VIVA NOSSA SENHORA DE GUADALUPE!



12 de dezembro de 2020

EVANGELHO

(Lc 1,39-47)

39Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. 40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou em seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42Com um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! 43Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”. 46Então Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, 47e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador”.

MEDITAÇÃO


Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? (Lc 1, 43).



Esta segunda semana do advento está marcada pelo forte tom mariano. Tivemos a festa da Imaculada Conceição, na terça-feira. E hoje, festejamos Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da América Latina. Na terça, meditamos sobre a anunciação do anjo a Maria. Hoje, a meditação é sobre o texto que segue: a visita de Maria a Isabel.

Assim que Maria soube, pelo anjo Gabriel, que sua idosa prima estava grávida, viajou apressadamente para fazer-lhe uma visita. Ao chegar, Maria lhe fez a saudação de praxe, o Shalom, a paz de Deus. E essa saudação provocou uma enorme alegria em Isabel e na sua criança que estremeceu em seu ventre, pulando de alegria. O encontro das duas servas de Deus foi impressionante. “Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar?”. Foi assim que Isabel mostrou a sua alegria ao receber Maria em sua casa. Aliás, tudo o que Isabel disse naquele encontro foi muito precioso, porque, diz o evangelho, ela ficou cheia do Espírito Santo. E uma das coisas que ela disse foi: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”, louvação à Virgem que nós continuamos a fazer na Ave Maria.

Isabel tinha sido agraciada com a maternidade e já estava no sexto mês de gravidez. Ela estava vivendo dias de graça, de bênçãos. Depois de uma vida de humilhações pela esterilidade, já em idade avançada, estava gerando um filho anunciado pelo Anjo a Zacarias, seu esposo. Sua vida é, agora, uma emoção só. E com a chegada de Maria, ela se sente tomada de alegria, cheia do Espírito Santo, como diz o Evangelho.

Maria foi à casa de Isabel, viajando de tão longe, para servir à sua prima idosa, naquela hora delicada de sua vida. Foi para oferecer sua companhia e seus préstimos, amparando a vida que estava chegando e a saúde de sua parenta. Foi também levar o testemunho silencioso da obra de Deus em sua vida. E demorou-se por lá por três meses, os últimos meses de gravidez de Isabel até o parto. Talvez não haja nenhuma ligação, mas note que a visita de Jesus, isto é o seu ministério público, demorou três anos.

A visita de Maria não foi uma simples visita. Na Bíblia, o povo fala da intervenção salvadora de Deus como de uma visita. Quando Jesus esteve em Naim, e ressuscitou o filho da viúva, espalhou-se o comentário: “Deus visitou o seu povo”. A visita de Maria é a visita de Deus. Ela leva a bênção de Deus, aliás, ela leva Deus mesmo, pois estava grávida de Jesus.

Guardando a mensagem

Como foi preciosa a visita da mãe do Senhor à família de Isabel. Ela não levou nenhum presente especial, a não ser o filho de Deus em suas primeiras semanas de gestação. Isabel reconheceu na visita de Maria uma graça especial de Deus, ficou radiante, sua criança pulou de alegria. Quem deu a Isabel o conhecimento de que Maria era a mãe do seu Senhor? O Espírito Santo. Precisamos hoje do Espírito Santo para reconhecer a graça da visita do Senhor. Celebramos hoje, com a Igreja, a Virgem que apareceu no México ao índio Juan Diego, um catequista santo, em sinal de proteção aos pequenos e oprimidos: Nossa Senhora de Guadalupe. Essa aparição foi como uma visita de Maria ao povo sofrido da América Latina, de quem agora é padroeira. Ela nos traz Jesus e o seu evangelho, evangelho da vida e da fraternidade.

Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? (Lc 1, 43)


Rezando a palavra

Senhor Jesus,
A visita de tua mãe Maria à sua prima necessitada, em sua condição de idosa e gestante, era já uma imagem de tua visita à nossa humanidade. Inclusive, ela se demorou lá por três meses, como tu te demoraste por três anos em teu ministério público. Na oração diária, sempre repetimos as palavras do canto de Zacarias: “Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo”. Tua primeira vinda foi celebrada, então, como uma visita, “a visita do sol nascente que vem iluminar os que estão nas trevas”. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

No seu caderno espiritual, faça uma lista das pessoas com quem pretende entrar em contato neste final de ano. Firme o propósito de em cada contato, abrir portas para a visita de Jesus.

Sendo hoje o dia de N. Senhora de Guadalupe e Dia continental de oração pela paz entre os povos da América Latina e do Caribe, queria convidar você para rezarmos juntos o terço às 10:30h da manhã de hoje. Baixe o aplicativo da Rádio Tempo de Paz no seu celular. Para facilitar, já estou lhe enviando o link aqui, no seu celular. 10:30 de hoje, na Rádio Tempo de Paz - Terço pela Paz, no Dia de Nossa Senhora de Guadalupe.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb


MÃE DO POVO

(Pe. João Carlos)



Mãe do povo

Mãe de um mundo novo

Mãe do amor

Ó, mãe de Jesus

Em ti nós vemos

Homens e mulheres

Encontro a luz


Da humanidade, és mãe

Daqui desta terra

E da nova vida, és mãe

Que aqui já começa

Gera liberdade, mãe

Dá à luz a justiça

Acalenta esta esperança

Que renasce em nós.

CRIANÇAS E ADULTOS EMBURRADOS




11 de dezembro de 2020

EVANGELHO


Mt 11,16-19

Naquele tempo, disse Jesus às multidões: 16“Com quem vou comparar esta geração? São como crianças sentadas nas praças, que gritam para os colegas, dizendo: 17‘Tocamos flauta e vós não dançastes. Entoamos lamentações e vós não batestes no peito!’ 18Veio João, que não come nem bebe, e dizem: ‘Ele está com um demônio’. 19Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: ‘É um comilão e beberrão, amigo de cobradores de impostos e de pecadores’. Mas a sabedoria foi reconhecida com base em suas obras”.

MEDITAÇÃO


Com quem hei de comparar esta geração? (Mt 11, 16)


Nem Jesus Cristo agradou a todo mundo. É um ditado popular que tem sua razão. Apareceu João Batista, austero, duro na pregação… muitos não quiseram levá-lo a sério. Disseram: é um doido, um endemoniado. Apareceu Jesus, alegre, jovial, amoroso na sua pregação… muitos não lhe deram crédito: é um bonachão irresponsável. Foi aí que Jesus fez uma comparação dessa situação com crianças emburradas na hora da brincadeira.

Brincadeira de criança é coisa séria. Nas brincadeiras, as crianças podem representar e reproduzir sentimentos e atitudes que estão à sua volta. A brincadeira é uma fonte de socialização para as crianças, mas também de elaboração da compreensão do mundo que as rodeia. Nas brincadeiras, na forma de brincar, vão sendo cultivadas atitudes positivas e generosas como a partilha, o perdão, a alegria pelo êxito do outro, o cuidado, a atenção ao mais frágil. Mas, também nas brincadeiras, aparecem tendências ruins para a violência, o egoísmo, a ganância, o isolamento, a discriminação.

Jesus comparou o povo do seu tempo com cenas que ele já tinha vivido com seus coleguinhas na infância em Nazaré ou visto nas brincadeiras das crianças nas ruas de Cafarnaum, a cidade onde ele estava morando. A cena era essa: crianças emburradas que não estavam satisfeitas com nada. Olha a palavra dele: “Com quem vou comparar essa geração? Ah, são como crianças sentadas nas praças, que gritam para os colegas, dizendo: ‘Tocamos flauta e vocês não dançaram. Entoamos lamentações e vocês não bateram no peito!”.

As crianças do tempo de Jesus brincavam com as situações que elas viam: festas de casamento, por exemplo; funerais celebrados em família... Podemos imaginar as brincadeiras a que Jesus está se referindo... “tocamos flauta e vocês não dançaram”: brincar de festa, de casamento; “entoamos lamentações e vocês não bateram no peito”: brincar de alguma coisa triste, como enterro, exílio... As brincadeiras de criança imitam o mundo real.

Sempre acontece nas brincadeiras que alguma criança emburrada se negue a participar. No tempo de Jesus, claro, não era diferente. Uns começavam a brincar de festa e outros não topavam. Então, para contentá-los, tentavam brincar de uma coisa mais parada e eles também se negavam a participar. Olha, não tem coisa pior do que criança emburrada, que não quer brincar e fica pondo mau gosto na brincadeira dos outros, não é verdade?

Jesus aplicou esse impasse das brincadeiras infantis ao que estava acontecendo ao seu redor. João Batista era um pregador austero, falava do julgamento de Deus. Um grupo ficou contra e falava mal do profeta. Veio Jesus, que pregou o Reino de Deus como uma festa, frequentava a casa do povo e falava do perdão de Deus. O mesmo grupo ficou contra, emburrado. Negou-se a participar.

Guardando a mensagem

Quem brincou quando criança, sabe o que Jesus está dizendo. E sabe que tem gente que se comporta como criança emburrada... Se for o seu caso, trate de melhorar seu mau humor. Abra o seu coração para o anúncio do Reino de Deus, agora mesmo. Destrave o coração para acolher Jesus e seu evangelho. É hora de entrar na brincadeira...

Com quem hei de comparar esta geração? (Mt 11, 16)


Rezando a palavra

Senhor Jesus,
O Reino de Deus continua sendo pregado pelos teus missionários. A evangelização é um convite permanente para entrarmos na lógica de Deus. Infelizmente, muitos nos comportamos com desconfiança, com desinteresse, influenciando outros a não aderirem alegremente às propostas que nos fazes. Senhor, desata em nós as amarras do homem velho para nos comportarmos sempre como filhos livres, felizes e confiantes no teu amor.  Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Havendo, no seu coração, alguma coisa que não lhe deixa deslanchar na vida espiritual (um mal estar, uma desconfiança, uma dúvida), converse com alguém de sua confiança sobre isso. Você precisa de um estado espiritual de maior leveza e abertura para acolheer e viver com alegria o dom de Deus. Lembre do que Jesus nos disse: "Quem não for como criança, não entra no Reino de Deus".

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb


IGUAL CRIANÇA

(Pe. João Carlos)



Igual criança que mamou, 
e tranqüila se aquietou, 
nos braços da mamãe. 
Igual criança que mamou, 
e tranqüila se aquietou: 
Assim está meu coração.

Meu povo, põe tua esperança no Senhor.
Desde agora, põe tua esperança no Senhor.
Para sempre, põe tua esperança no Senhor, teu Deus (bis).

Grandeza e força não busquei,
Riqueza e luxo desprezei,
O vil poder me engana não.
Grandeza e força não busquei,
Riqueza e luxo desprezei:
Neles não está meu coração.

O CRISTÃO É UM FORTE


10 de dezembro de 2020

EVANGELHO


Mt 11,11-15

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 11“Em verdade eu vos digo, de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do que João Batista. No entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele. 12Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e são os violentos que o conquistam. 13Com efeito, todos os profetas e a Lei profetizaram até João. 14E se quereis aceitar, ele é o Elias que há de vir. 15Quem tem ouvidos, ouça”.

MEDITAÇÃO 


Desde o dia de João Batista até aqui, o Reino dos Céus sofre violência e são os violentos que o conquistam (Mt 11,12)


Que palavra estranha! O Reino dos Céus sofre violência e são os violentos que o conquistam. Com certeza, Jesus não está dizendo que devemos conquistar o Reino dos Céus com violência. Isto estaria em contradição com o seu ensinamento, em outras páginas do Evangelho.

Desde o dia de João Batista até aqui, o Reino dos Céus sofre violência. É verdade. João Batista foi preso e, sem nem sequer um julgamento, foi barbaramente assassinado a mando do rei Herodes para satisfazer o capricho da amante. Foi degolado na cadeia. Cortaram a sua cabeça e a levaram numa bandeja. O Reino sofrendo violência. Essa parte dá entender, não dá?

Agora, a violência de Herodes, de sua corte, de sua amante, de sua enteada dançarina, de seus soldados… essa grande violência encontrou um homem forte, convicto, coerente, consequente. Ele foi perseguido porque estava incomodando com suas ações, sua pregação, seu ministério. Opôs-se aos desmandos do rei, às atrocidades que a sua corte patrocinava e à sua escandalosa situação de vida marital com a cunhada. De fato, narra o evangelho de São Lucas, que o profeta João tinha censurado Herodes por estar com a mulher do seu irmão e por todas as maldades que este andava cometendo (Lc 3, 19). Na perseguição, João Batista mostrou-se forte, resistente, combativo. Um profeta à altura desse nome. Denunciou, reclamou, pediu conversão. E não voltou atrás, não desconversou, mesmo diante da morte.

É verdade que o poder de Herodes e das elites que o sustentavam estava praticando violência contra o Reino dos Céus. Mas, o Reino dos Céus não foi conquistado pela violência de Herodes. Entende? Ele cortou a cabeça do profeta, mas não o calou. O Batista não perdeu, o Batista ganhou. O profeta João Batista é quem conquistou o Reino dos Céus com sua firmeza, com sua resistência. À violência e à perseguição, João respondeu com destemor e fidelidade. Cheio da força de Deus, ele foi forte. Assim, ele conquistou o Reino dos Céus.

Guardando a mensagem

O poder pode se opor ao Reino de Deus, com violência. Mas, só os fortes o conquistam. Como João Batista, têm se comportado os mártires em todos os séculos de cristianismo. A jovem Luzia, na hora da provação foi forte e resistente. Perdeu os olhos e a vida, mas não renegou a luz de sua vida, Jesus. Mateus Moreira, mártir do Rio Grande do Norte, teve o coração arrancado pelo soldado, mas morreu gritando de todo coração “Louvado seja o Santíssimo Sacramento!”. Como eles, comportam-se os cristãos nas horas difíceis de sofrimento e perseguição; e vencem com a força de Deus, sendo fortes e resistentes. Renunciam a si mesmos, como recomendou Jesus, mas não abrem mão da verdade, da justiça, do amor fiel do seu Deus. Neste sentido, são “violentos”, ou melhor, fortes, muito mais fortes do que os seus agressores ou as adversidades e contrariedades da vida.

Desde o dia de João Batista até aqui, o Reino dos Céus sofre violência e são os violentos que o conquistam (Mt 11,12)


Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Pelas tuas palavras, compreendemos que alcançaremos o Reino de Deus, que na verdade é graça e dom, com nossa parcela de esforço, compromisso e empenho pessoal. É o mínimo que podemos fazer para merecê-lo. Como disseste: ‘é preciso renunciar a si mesmo e carregar cada dia a sua cruz em tua companhia’. Dá-nos a graça, Senhor, de sermos fortes nas dificuldades, resistentes nas provações. Dá-nos o teu Santo Espírito para nos mantermos firmes e fiéis nas horas amargas, quando a pressão ou a perseguição batem à nossa porta. Abençoa com a tua paz os nossos dias e os nossos atos. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Um dia, a mãe de Dom Bosco que o ajudava na educação de centenas de meninos pobres e barulhentos arrumou sua malinha e avisou a Dom Bosco. “Meu filho, vou-me embora, não aguento mais”. Dom Bosco olhou para o crucifixo na parede e indicou-o à sua mãe. Os dois ficaram parados olhando o crucificado. Ela foi guardar a mala e continuou a luta.

Pare um pouco diante do crucificado aí na sua casa, no seu trabalho ou na sua capela. Repare como Jesus foi forte, bravo, heroico, apesar de toda violência que cometeram contra ele. Venceu pela fidelidade, pelo sacrifício de sua vida em nosso favor. Pense nisso.

Você que recebe a Meditação no seu celular, observe que, junto com o Evangelho e o texto da Meditação, enviei hoje também o áudio e a letra da música que toca agora, PROFETAS. É só seguir o link que lhe enviei. 

Na Santa Missa das 11 horas de hoje, rezo por você e por suas intenções. Você pode nos acompanhar no meu canal do Youtube ou no Facebook.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb



PROFETAS

(Pe. João Carlos)


O mundo necessita de profetas

De gente que rejeita a falsidade

De gente que acredita na verdade

De gente que tem sua opinião.


O mundo presta culto à aparência

É gente que se vende por dinheiro

É gente procurando seu proveito

É assim que se corrompe uma nação


Eu sou amigo da verdade

Meu sim, é sim. Meu não, é não.

E eu não posso mais ficar calado

Eu sou profeta. Eu sou cristão.


O mundo necessita de profetas

De gente que acredita na igualdade

De gente que constrói fraternidade

De gente que tem Deus no coração


O mundo valoriza a riqueza

O luxo, a luxúria e a esperteza

Não liga pro futuro do planeta

É gente que destrói a criação


Eu sou amigo da verdade

Meu sim, é sim. Meu não, é não.

E eu não posso mais ficar calado

Eu sou profeta. Eu sou cristão.



Postagem em destaque

Venha o teu Reino!

   09 de julho de 2025    Quarta-feira da 14ª Semana do Tempo Comum Dia de Santa Paulina      Evangelho      Mt 10,1-7 Naquele tempo, 1Jesus...

POSTAGENS MAIS VISTAS