PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: perseguição
Mostrando postagens com marcador perseguição. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador perseguição. Mostrar todas as postagens

MUITA CALMA NESSA HORA


Quando vocês ouvirem falar de guerras e revoluções, não fiquem apavorados (Lc 21, 9)

17 de novembro de 2019.

O quadro descrito no evangelho de hoje (Lc 21, 5-19) é, no mínimo, preocupante. Jesus anuncia guerras, revoluções, terremotos, perseguições. E, ainda assim, nos tranquiliza.
A destruição do Templo de Jerusalém é o modelo de toda crise. “Não ficará pedra sobre pedra”, disse Jesus a quem estava admirando a grandeza e a beleza do Templo de Herodes. Viria tudo abaixo. Coisa que não se poderia esperar, nunca. O Templo de Jerusalém não era só o símbolo da nação judaica, sede do Sinédrio, meta de peregrinações... Era a casa de Deus, onde ele recebia as oferendas e sacrifícios do seu povo, onde estava a arca com as tábuas da Lei, lugar de sua presença poderosa. Quarenta anos depois dessas palavras de Jesus, vieram os romanos e queimaram, saquearam, destruíram o Templo e a cidade. A crise atingiu todos os níveis: o desmantelamento das instituições, o desencanto com a fé, a dispersão do povo.  A destruição do Templo de Jerusalém é o modelo de toda crise.

Crises, os discípulos e a comunidade enfrentariam, sempre. Então, Jesus descreveu três níveis de crise, que, na verdade, nunca faltaram na história: guerras, desastres naturais e perseguição.  Guerras e revoluções, seguidas de fome e pestes. Cataclismos naturais como terremotos e outros. E perseguição e prisão dos discípulos, movidas até pelos próprios familiares.

Jesus não somente descreve as situações de crise, mas nos orienta como nos comportar nesses momentos. Assim, no evangelho de hoje, podemos já recolher três dos seus ensinamentos.

O primeiro ensinamento é este: não confiar em grandiosidades humanas. O Templo de Jerusalém causava admiração por sua beleza, seu esplendor e sua riqueza. Jesus disse claro: não ficará pedra sobre pedra. E olha que ele, com certeza, falava assim com o coração partido. Como judeu piedoso, ele amava o Templo de Deus e o visitava regularmente como peregrino. Mas, tudo seria destruído, como de fato aconteceu quarenta anos mais tarde, na guerra entre judeus e romanos. Aqui nesse mundo, é em vão por a confiança em instituições humanas, por mais sólidas que elas pareçam. Elas passam, caducam, desmoronam. Por a confiança em Deus. Não confiar em grandiosidades humanas.

O segundo ensinamento é este: não se deixar enganar. Jesus alertou que muitos se apresentariam em seu nome. Não devemos segui-los. Sempre existiram falsos profetas e falsos pastores, que se aproveitam da credulidade dos ingênuos ou do medo dos fracos. Seguir Jesus, não se deixar enganar pelos falsos profetas.

O terceiro ensinamento é este: não se apavorar. São sinais, não é o fim ainda. De fato, basta pensar nas guerras mundiais, que fim-de-mundo não foram... Na hora das crises, manter a calma, a serenidade, não se apavorar; manter a tranquilidade de quem se sabe orientado e assistido por Deus, mesmo no meio das tormentas.






Guardando a mensagem

Crises existem. Crises, nós vivemos hoje, em vários níveis, na família, na Igreja, na sociedade. Há sempre crises na história, situações difíceis, guerras, fome, terremotos... Não é de agora que isso acontece. Jesus, no evangelho de hoje, está nos deixando orientações preciosas para as horas de crise: não se fiar em grandiosidade, nem se deixar enganar por falsos profetas e manter sempre a calma. Em horas de crise, aparece todo tipo de falsos profetas e videntes sem noção. A orientação de Jesus: não se deixar levar por eles. Confiemos em Deus que assiste e conduz sua Igreja por meio dos nossos pastores. Amemos e confiemos em sua liderança. O Senhor continua a nos instruir e orientar por sua santa Palavra. Busquemos e pratiquemos a Palavra do Senhor, que a Tradição Apostólica nos oferece como alimento e luz para nossa caminhada.

Quando vocês ouvirem falar de guerras e revoluções, não fiquem apavorados (Lc 21, 9)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
O medo pode nos paralisar e nos fazer ver o mundo com pessimismo. Só a serenidade de quem se sente amado e protegido por Deus nos liberta para agir e transformar a realidade. Tens razão, Senhor, a exagerada confiança na grandiosidade e no poderio das instituições humanas, na ciência, na tecnologia podem nos levar a dispensar a confiança em Deus. É assim que o Templo toma o lugar de Deus. Dá-nos, Senhor, a graça de por nossa confiança unicamente em Deus, de seguir-te como nosso único Mestre e de permanecer serenos nas dificuldades e crises desta vida. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

No seu caderno espiritual, faça uma lista das crises pelas quais você já passou. Dá para reconhecer a presença de Deus, ao seu lado, em todas essas situações?

Pe. João Carlos Ribeiro – 17 de novembro de 2019

ÀS VEZES, VAMOS NA CONTRA-MÃO

Quando seus irmãos já tinham subido, então, também ele subiu para a festa, não publicamente, mas sim como que às escondidas (Jo 7, 10)
05 de abril de 2019.
Os tempos estão ficando difíceis para os seguidores de Cristo. Houve aquele tempo da perseguição do império romano, no início do cristianismo, com tantos mártires que continuamos a celebrar! Mais recentemente, no Brasil e em boa parte da América Latina, tivemos a perseguição da ditadura militar, difamando, sequestrando e torturando inúmeros cristãos. No momento atual, em muitas partes do mundo, mesmo nos países que foram marcados pela civilização cristã, cresce a intolerância e a agressividade contra a Igreja e a pregação do evangelho. Os grandes valores defendidos pelos cristãos, valores que fundam a vida em sociedade, estão sendo combatidos abertamente pelo desregramento sexual, o aborto, o consumo de drogas, a ideologia de gênero, o enfraquecimento da instituição familiar, o vilipêndio de símbolos religiosos... Em síntese, ser cristão hoje é estar na contramão, no contrafluxo de um mundo que está tomando a direção contrária. E assim, seguir Jesus vai significar, cada vez mais, incompreensões, discriminação, difamação, perseguição.
Nesse contexto, podemos entender melhor o evangelho de hoje que nos diz que Jesus evitava andar pela Judeia, por causa da perseguição e ameaças de morte à sua pessoa. E que, depois que os discípulos foram para a festa das Tendas em Jerusalém, ele seguiu depois deles, às escondidas. Então, o clima estava muito pesado. Razão tinham os discípulos que não queriam que Jesus fosse àquela festa. Mas, impressiona ver que, em seguida, Jesus aparece em público ensinando, para surpresa dos seus inimigos, que, assim em público, não podiam prendê-lo, pela reação do povo ou, como diz São João, porque não tinha chegado a sua hora. Muitos até estranharam que Jesus, procurado como estava, estivesse assim falando e movimentando-se em publico, com tanta desenvoltura.
Do que Jesus estava dizendo, temos um trechinho no texto de hoje. Ele estava ensinando em alta voz, no Templo. Notem, em alta voz. “Vocês me conhecem. Mas, eu não vim por mim mesmo. Vocês não conhecem quem me enviou. Eu o conheço”. Dava pra todo mundo entender: Foi Deus quem o enviou, e aquela gente, embora estivesse no Templo de Deus, não o conhecia.
No livro da Sabedoria está escrito: Os ímpios, em seus falsos raciocínios, dizem: “Armemos ciladas ao justo, porque sua presença nos incomoda. Vamos pô-lo à prova com ofensas e torturas, para ver sua serenidade e sua paciência. Vamos condená-lo à morte vergonhosa. Vamos ver se alguém vem socorrê-lo”. Conclui o livro santo: “A malícia os torna cegos”.
Guardando a mensagem
Estamos na preparação para a Páscoa. À Páscoa da ressurreição, Jesus chegou passando pela paixão e pela morte de cruz. Nós, como seguidores de Jesus, não apenas acompanhamos o drama de sua paixão, mas reconhecemos que muitos irmãos passam também, perto ou longe de nós, por sofrimentos semelhantes, por causa de sua fé em Cristo. Com eles, ficamos solidários. E ficamos sabendo também que seguir Jesus pode comportar para nós algum incômodo, algum sacrifício, algum sofrimento. É é aí que amadurece a nossa fidelidade.
Quando seus irmãos já tinham subido, então, também ele subiu para a festa, não publicamente, mas sim como que às escondidas (Jo 7, 10)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
Às vezes, somos tentados a fazer da religião um pronto-socorro para nossos dramas e sofrimentos. Queremos fugir deles, queremos resolvê-los. Estamos sempre te pedindo isso, tu sabes bem. Mas, há um outro lado da fé cristã que este tempo da Quaresma nos ensina. Ser cristão é te seguir, caminhar segundo o teu evangelho. Isso nos põe na contramão dos que não conhecem os teus ensinamentos ou não os tomam como norma de vida. A nossa escolha por ti e por tua Igreja pode nos trazer incompreensão, discriminação, perseguição. Nesta hora, precisamos nos manter firmes e tomar a cruz contigo. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Escreva, hoje, no seu diário espiritual (ou caderno de anotações) uma breve oração pedindo em favor dos cristãos perseguidos por causa de sua fé.

Pe. João Carlos Ribeiro – 05.04.2019

A HORA DO TESTEMUNHO

Essa é a ocasião em que vocês vão testemunhar a sua fé (Lc 21, 13)
28 de novembro de 2018.
Estamos lendo o capítulo 21 de São Lucas. Jesus prepara os discípulos para os momentos de crise da caminhada e para a grande crise final que antecederá o seu retorno glorioso. Ainda ontem, o ouvimos falar de guerras, revoluções, terremotos, fome, pestes. E recolhemos três preciosos ensinamentos que ele deixou: não confiar em grandiosidades humanas,  não nos deixar enganar pelos aproveitadores e não nos apavorar com os acontecimentos adversos.
No texto de hoje, lemos mais um trecho desse capítulo 21 de São Lucas. O tema é o da perseguição. Por causa de Jesus, por causa do seu evangelho, sofremos perseguições.  E de onde procedem essas perseguições? Jesus responde: Da sociedade (por meio de suas autoridades), de setores religiosos (representados na antiga sinagoga) e até da própria família (pais, irmãos, parentes e amigos).
E Jesus está narrando tudo isso não para nos amedrontar, mas para nos incentivar a permanecer serenos, perseverantes e fieis no meio das dificuldades que possam aparecer, sobretudo em tempos de perseguição. E perseguição sempre aconteceu. As primeiras comunidades cristãs, por exemplo,  atravessaram quase três séculos de ameaças, clandestinidade e martírios. Perseguição, na verdade, sempre houve em nossa história cristã, mesmo nos dias atuais. Basta lembrar Dom Oscar Romero, assassinado em El Salvador em 1980 e recentemente canonizado. E o grande número de países, cerca de 196, em que hoje não há liberdade religiosa. E os ataques a templos cristãos no Oriente Médio, o massacre de comunidades cristãs em vários países. ..
A perseguição por causa da fé em Cristo pode não estar tão longe assim. Ela pode se manifestar nas redes sociais, nas rodas de conversa, no ambiente de trabalho, na sala de aula e até dentro de casa. Se você andar em dia com o mundo, ninguém vai censurar você. Agora, ande segundo o evangelho da verdade, da justiça, da fraternidade... Aí, não vão lhe faltar críticas, incompreensões, apelidos, xingamentos... e muito mais.
Diante da realidade da perseguição – a atual e a que pode vir – Jesus nos deixa, no evangelho de hoje, três orientações:
A primeira é o TESTEMUNHO. Disse ele: “Essa será a ocasião em que vocês testemunharão a sua fé”.  O tempo de perseguição é o tempo do grande testemunho.
A segunda orientação é a CONFIANÇA EM DEUS. Disse Jesus: “façam o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa”. O Senhor nos dará palavras acertadas com que calaremos o inimigo.
A terceira orientação é a PERSEVERANÇA. Disse Jesus: “É permanecendo firmes que vocês vão ganhar a vida”. Dom Helder deixou escrito: “É graça divina começar bem. Graça maior persistir na caminhada certa. Mas graça das graças é não desistir nunca”. Disse tudo.
Guardando a mensagem
Nós seguidores de Jesus, como ele, em nosso caminho, encontramos muitas barreiras e até perseguições. Os mártires são exemplos para nós: eles resistiram com fidelidade até o fim às suas convicções, ao evangelho de Jesus. Em meio às dificuldades, incompreensões e perseguições por causa de nossa fé, Jesus nos deixa três orientações: Testemunho, Confiança em Deus e Perseverança.  Os momentos de crise ou mesmo de perseguição são tempos de purificação de nossa fé, de crescimento em fidelidade e fraternidade e de robustecimento da confiança no Senhor que jamais nos abandona.
Essa é a ocasião em que vocês vão testemunhar a sua fé (Lc 21, 13)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
Dificuldades e problemas nos cercam. Fazem parte de nossa limitação humana e de nossa condição de pecadores. Por causa de nossa adesão ao evangelho, estamos expostos a incompreensão, comentários maldosos, difamações... Muitos irmãos, por causa da fé, chegam até a sofrer violência física e verbal. Dá-nos, Senhor, como nos indicaste para estas ocasiões, oferecer com destemor o nosso testemunho, navegando nessas tormentas com grande confiança em Deus e perseverando fielmente no bem e na verdade. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Meditando esse evangelho, talvez você se lembre de alguém de seu conhecimento que esteja passando por um momento de provação ou perseguição por causa do evangelho. Será que você poderia fazer alguma coisa por essa pessoa?

Pe. João Carlos Ribeiro – 28.11.2018

O CRISTÃO QUE O MUNDO NÃO GOSTA


Se o mundo odeia vocês, saibam que primeiro me odiou (Jo 15, 18)

05 de maio de 2018.

Quando você começa a se comportar como um cristão de verdade, muita gente estranha. É o que Jesus está nos dizendo hoje: “o mundo gosta do que é seu”. No evangelho de João, fica bem clara a oposição que o mundo faz a Jesus. O mundo, na compreensão desse evangelho, são as pessoas e as estruturas que se opõem a Deus. É bem verdade que Deus amou tanto o mundo que enviou o seu filho único para salvá-lo. Mas, nem todo mundo acolheu Jesus. E, na verdade, boa parte de seu mundo estranhou sua mensagem e suas atitudes e o rejeitou, levando-o à morte de malfeitor na cruz.

O mundo está dominado pelo pecado e, portanto, está sempre na oposição a Deus, em oposição ao Deus verdadeiro revelado por Jesus. O mundo pode até formar para si uma imagem falsa de Deus, ter um deus que lhe convenha. Pode ver que as pessoas que tramaram a morte de Jesus eram pessoas religiosas, mas serviam a uma falsa imagem de Deus. Sentiram-se ameaçadas pelo jeito de Jesus falar de Deus e tratar os sofredores e, em nome do seu deus, mataram-no.

O cristão é alguém que é tirado do mundo. É bom explicar melhor isso. Jesus falou assim: “O mundo odeia vocês porque eu os escolhi e os apartei do mundo”. Jesus nos escolheu, nos chamou. Ser escolhido por Jesus, seguir Jesus é afastar-se do mundo, isto é, desvincular-se do mal do mundo. Dá pra entender? Não é que o cristão possa viver fora do mundo. Ele afasta-se do mal que está no mundo, mas vive no mundo. Na ceia, Jesus pediu ao Pai: “Eu não peço que os tires do mundo, mas que os livres do maligno”. Estamos no mundo, mas não somos do mundo.

O mundo perseguiu Jesus. E desconfia de qualquer um que se pareça com Jesus. Olha o que ele fala no evangelho de hoje: “Se o mundo odeia vocês, saibam que primeiro ele me odiou”. E por que o mundo odeia Jesus? Pela mesma razão que o mundo do tempo de Jesus o odiou e o matou. A mensagem de Jesus e o seu modo de se conduzir na vida eram uma permanente denúncia contra o egoísmo, a dominação, a manipulação, a alienação que movem o mundo. Jesus vivia e pregava radicalmente a fraternidade, a prioridade dos pequenos e sofredores, a liberdade, o amor a Deus e aos irmãos, a vida segundo a vontade de Deus. A vida dos cristãos devia ser uma pregação permanente (mesmo sem sermão) contra a infidelidade, a desonestidade, a busca de privilégios, a exploração; uma pregação em favor da santidade do matrimônio, da sacralidade da vida, da justiça e do perdão como caminho para a paz. Quem anda assim, afastou-se do mundo, mesmo vivendo nele.

Sair do mundo é como a saída do povo do cativeiro do Egito. É obra de Deus em nós. Jesus disse isso a Nicodemos: “tem que nascer de novo”. Sair do mundo é um êxodo, é um novo nascimento. Obra de Deus, com nossa adesão.

Vamos guardar a mensagem

O seguidor de Jesus, a seguidora de Jesus, pautando-se pelo seu evangelho, com certeza, pelo estranhamento do mundo, vai sofrer incompreensão, pode sofrer rejeição e até perseguição. Foi assim com Jesus. Se o comportamento e as palavras de um cristão não incomodam o mundo, tem alguma coisa errada nele. Não porque procuremos oposição e encrenca. Jesus não procurou confronto e briga. Mas, o mundo só gosta do que é seu.  

Se o mundo odeia vocês, saibam que primeiro me odiou (Jo 15, 18)

Vamos rezar a Palavra

Senhor Jesus,
Disseste “se me perseguiram, também perseguirão a vocês”. E estamos começando a entender o porquê: porque o cristão não pertence mais ao mundo, não pensa e não age mais como o mundo. Agora, isso não é fácil, Senhor.  É verdade, tu não nos disseste que seria fácil. Na verdade, nos ensinaste a tomar o caminho estreito, pois larga é a estrada que conduz à perdição. Continua, Senhor, rezando por nós ao Pai, pedindo que não nos tire do mundo, mas que nos livres do mal que está nele. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vamos viver a Palavra

O Rosário de Maria é a meditação, ao seu lado, do nascimento, vida, paixão, morte e ressurreição de Jesus. NESTE MÊS DE MAIO, REZE O TERÇO TODO DIA. É o desafio que estou lhe fazendo. Quem disse que é fácil? Sem compromisso, a vida cristã é uma brincadeira. Não pesa na vida de ninguém, nem incomoda o mundo.

Pe. João Carlos Ribeiro – 05.05.2018

A HORA DO SEU GRANDE TESTEMUNHO

MEDITAÇÃO PARA A QUARTA-FEIRA, DIA 29 DE NOVEMBRO

É permanecendo firmes que vocês vão ganhar a vida (Lc 21, 19).
Jesus nunca disse que seria fácil segui-lo, caminhar com ele. Ontem, nos falou da grande crise da história, com imagens de guerra, terremoto, fome e peste. E nos disse para não pormos nossa confiança senão em Deus, não termos medo e não nos deixarmos enganar pelas falsas vozes que se levantam nesses momentos. Essa crise externa, no mundo, na sociedade, na história tem repercussões na nossa vida pessoal. É aí que entra a palavra de hoje.
Muita coisa ruim atinge os discípulos de Cristo, nesses momentos difíceis da história. A perseguição pode se abater contra nós, como já sucedeu tantas vezes na história e está acontecendo hoje, sobretudo em países do Oriente Médio. A perseguição está descrita no evangelho de hoje com muitos detalhes: ódio, delação dos próprios parentes, prisão, juízo diante dos poderosos, até morte.  
Nesse quadro de perseguição aos seu seguidores, Jesus nos deixa três conselhos. O primeiro conselho é deixar que Deus faça a nossa defesa. Ele nos dará as palavras certas a serem ditas. Ninguém vai poder rebatê-las. Colocar-se nas mãos de Deus, assim não preparar a própria defesa. Deus é quém vai nos defender.
O segundo conselho é este: manter-se confiante em Deus. Ele nos garante que, nessas situações, não perderemos nenhum fio de cabelo de nossa cabeça. Ele cuida de nós. Ele nos defende. Estamos em suas mãos.
O terceiro conselho do Mestre para esse tempo de perseguição é o seguinte: permanecer firmes, perseverar. É assim que vamos ganhar a vida. Não se trata apenas de vencer as batalhas dessa vida. A verdadeira vida não é aqui. Nos nossos embates, temos em vista não apenas os bens deste mundo, mas especialmente a vida definitiva e verdadeira que aqui apenas começa.
Por tudo isso, a hora da dificuldade, da provação, da perseguição é a grande hora do testemunho. ‘Essa é a hora em que vocês darão testemunho de sua fé’, disse Jesus. Testemunho é a proclamação silenciosa e forte de que cremos no Deus da vida, no bem e na verdade de que ele é fonte. O testemunho é um permanente convite a quem nos faz o mal a reconhecer e aderir ao bem. O testemunho é o bom exemplo a estimular quem está perto de nós ou caminha conosco a não abandonar o caminho do evangelho, por mais desafiador que nos possa parecer. ‘Essa é a hora em que vocês darão testemunho de sua fé’.
Vamos guardar a mensagem de hoje
No meio das crises do nosso mundo, e da grande crise que antecederá o fim da história humana, os seguidores de Jesus tornam-se particularmente alvo de perseguição. O ódio contra o Senhor pode nos levar a ser vítima de delações, prisões e muito sofrimento. Essa é a hora do nosso grande testemunho diante do mundo. Para este momento, pelo qual podemos passar mais cedo ou mais tarde, ele nos deixou três conselhos importantes: deixar que Deus faça a nossa defesa, manter-se confiante em Deus e permanecer firmes e perseverantes.
É permanecendo firmes que vocês vão ganhar a vida (Lc 21, 19).
Vamos acolher com uma prece a mensagem de hoje
Senhor Jesus,
Estamos sempre no meio de crises, maiores ou menores. Assim, teus conselhos são bem vindos para nos mantermos, com fidelidade, no teu caminho. Deus é o meu advogado, é ele quem me dá as palavras certas na hora da defesa. É nele que eu confio. Nada me atingirá, se ela não permitir. Desejo, Senhor, de todo coração, ficar firme, não esmorecer, não renegar minha fé, não fazer concessões ao mal. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vamos praticar a palavra que meditamos hoje
Anote no seu diário espiritual, o caderno que você ficou de adquirir, ou na sua agenda a palavra de hoje: “É permanecendo firmes que vocês vão ganhar a vida” (Lc 21, 19).

Pe. João Carlos Ribeiro - 28.11.2017

Não tenham medo

Não tenham medo! Vocês valem mais do que muitos pardais (Mt 10, 31).

O que é o que medo faz com a gente? O medo da violência nos faz andar assustados. E viver trancados dentro de casa. O medo da opinião pública nos deixa silenciosos, calados. O medo de oposição nos incentiva a superficialidade e o jogo de aparência. O medo da perseguição nos  intimida. O medo nos tira do caminho da verdade, nos paralisa, nos cala.

Mateus Capítulo 10, o evangelho de hoje, é o Sermão de Jesus sobre a missão da comunidade. O Senhor manda os discípulos em missão, dá-lhes instruções e os encoraja a não terem medo da oposição e da perseguição.

Toda a história de Jesus foi de muita oposição, rejeição, perseguição. Basta-nos lembrar a matança das crianças de Belém no seu nascimento, as tentativas de prisão e apedrejamento nos poucos anos de seu ministério e a dolorosa morte de cruz. “Se fazem isso com a lenha verde, o que não farão com a lenha seca?”, disse Jesus às mulheres de Jerusalém que se lamentavam ao vê-lo no caminho do calvário (Lc 23).  

Postagem em destaque

O Espírito Santo nos conduz ao amor.

08 de maio de 2024   Quarta-feira da 6ª Semana da Páscoa.      Evangelho    Jo 16,12-15 Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12“T...

POSTAGENS MAIS VISTAS