PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA

FÉ A TODA PROVA

A mulher insistiu: “É verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos! (Mt 15, 27)
Uma senhora pagã veio ao encontro de Jesus com um pedido de socorro: a filha estava possuída pelo demônio. A resposta de Jesus foi estranha. Ficou calado. Ela continuou implorando, pelo caminho. Ele comentou com os discípulos que fora enviado somente para o povo de Deus. A mulher insistia, implorava... E a resposta dele foi dura: “Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos cachorrinhos”. Ele, como bom judeu, entendia que devia socorrer primeiro o povo da aliança, o seu povo. Será que essa era mesmo a compreensão de Jesus ou ele estava colocando a mulher à prova? De toda forma, ele foi muito duro, negando-se a ajudar aquela senhora pagã que implorava socorro para libertar a filha do domínio do demônio.
Agora, essa aparente rejeição não conteve aquela senhora em busca de uma solução para sua filha. O que uma mãe não faz pelos seus filhos? O que um pai não faz para salvar um filho? Ela insistiu, com muita humildade: “É verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!” (Mt 15, 27). Uma fé a toda prova. Sim, ela até se conformava com a pecha de “cachorrinhos” com que os judeus rotulavam os pagãos. Na verdade, os chamavam de cães, porcos... uma triste atitude de discriminação, para nossos padrões de hoje. Pois bem, ela aceitava essa condição humilhante, que não lhe dava direito de receber os benefícios do Messias do povo eleito. Mas, dizia ela, “os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos”.
Essa fé tão grande, essa humildade tão forte, convenceram Jesus. Pode ser que até o tenha feito mudar de ideia, se de fato ele pensava daquele jeito.  Olha a resposta dele: “Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!”. Uma grande lição para todos nós. Cultivar uma fé que não se deixe vencer pelos preconceitos, que passe na prova da humildade.
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Pode ser que Jesus tenha querido por à prova a fé daquela mulher pagã, ao fazer dificuldade em atender o seu pedido. Ou pode ser que ele tenha agido na lógica da cultura judaica que excluía as pessoas de outras religiões da bênção de Deus. Se foi para pô-la à prova, ela passou no teste, demonstrando a grandeza de sua fé e de sua humildade. Se ele agiu por preconceito, foi humilde ao modificar sua posição, reconhecendo a preciosidade de sua fé e concedendo-lhe a libertação de sua filha.
A mulher insistiu: “É verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos! (Mt 15, 27)

UM MINUTO DE PARAÍSO

Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar (Mt 14, 25).
Para ajudar a compreender o evangelho de hoje, vou pedir a ajuda de Dom Bosco, o santo educador dos jovens. Ele dizia assim: “um minuto de paraíso conserta tudo”. Dá para entender? No meio das dificuldades, dos problemas, uma demonstração de amor ou uma experiência de paz  interior pode tranquilizar a mente e o coração perturbados. Um abraço de uma pessoa amada, por exemplo, pode sossegar um turbilhão de inquietações. “Um minuto de paraíso conserta tudo”, dizia o sábio educador Dom Bosco.
Ontem, celebramos a transfiguração do Senhor. A transfiguração no monte foi, para os discípulos, uma espécie de antecipação da visão da ressurreição, um momento de paraíso. No meio das dificuldades que eles estavam vivendo, sobretudo a perseguição contra Jesus que estava aumentando muito, aquele momento no monte foi um refrigério, um alento para a caminhada deles. Desceram eufóricos, fortalecidos para continuarem o caminho com Jesus. Enfrentariam a paixão, mantendo no horizonte aquela cena do monte, a revelação de que Jesus, a quem eles seguiam, era o filho amado do Pai, o Messias que triunfaria sobre todos os seus inimigos. Bom, veja o que foi a transfiguração: um momento de paraíso. Tranquilizou e deu forças aos discípulos. É o que dizia Dom Bosco: “um minuto de paraíso conserta tudo”.
Prosseguindo a leitura do evangelho de São Mateus, lemos hoje que Jesus subiu ao monte para rezar a sós. Ontem, vimos isso, o monte é o lugar simbólico do encontro com Deus. Também Jesus precisava rezar, precisava entender-se com o Pai sobre sua difícil missão. Os discípulos tinham seguido para casa antes de Jesus, de barco. Mas, parece que a viagem estava difícil, pois no meio da noite ainda estavam lutando contra o mar revolto. Essa cena retrata a situação dos discípulos (ou de suas comunidades): tentam continuar a missão, mas as barreiras são muitas. Você lembra que o mar é uma representação do mundo. O mar bravio é um modo de representar as turbulências encontradas no exercício da missão.
No meio dessa aflição toda, no meio do mar revolto, vem ao encontro deles, nada mais nada menos que o próprio Jesus andando sobre as águas. Quem pode andar sobre o mar? Só o próprio Deus, todos ali sabem. É uma revelação de que Jesus é Deus, de que é vitorioso sobre todas as forças do mal. Com ele, também os discípulos vencerão as intempéries no mar. Também aqui tem alguma coisa a ver com a ressurreição. Jesus vem de madrugada, ainda escuro. Ele é a luz para clarear a escuridão dos discípulos. A princípio pensaram que era um fantasma, não o reconheceram. Foi assim também na ressurreição. Com ele na barca, cessaram os ventos, o mar se acalmou. Viu só? Foi um momento de paraíso. Com esta revelação da divindade e do poder de Jesus, poderiam agora enfrentar essa e outras tempestades. Venceriam com coragem, com fé, com confiança. Tinha razão o nosso Dom Bosco: “um minuto de paraíso conserta tudo”.
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A transfiguração foi um momento de revelação de Jesus, como filho amado de Deus, realizador das promessas das Escrituras sagradas. Foi um momento de paraíso que encheu os discípulos de alegria e destemor para enfrentar as dificuldades do caminho. Jesus caminhando sobre as águas também foi um momento de revelação de sua divindade, de seu poder vitorioso sobre o mal, representado no mar. Foi um momento de paraíso que tranquilizou os discípulos no meio das turbulências de sua vida missionária. Os discípulos participam da condição vitoriosa de Jesus, na medida em que vencem o medo, confiam nele e têm fé.
Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar (Mt 14, 25).

COMIDA NO LIXO, NUNCA.

Todos comeram e ficaram satisfeitos e dos pedaços que sobraram, recolheram ainda doze cestos cheios (Mt 14, 20).

Aí na sua casa, sobra muita comida? O que é que vocês fazem com o alimento que sobra? Guardam na geladeira para reutilizar depois? Muito bom, e reutilizam mesmo? O que não é consumido vai para o lixo, dão a algum necessitado? Você sabe quanto por cento se perde dos alimentos que você compra?

A narração da multiplicação dos pães, no evangelho de hoje, está cheia de importantes lições. Mas, hoje, fiquemos atentos a esse cuidado de Jesus de mandar recolher as sobras. Na narração do evangelho de São João, Jesus disse: "Recolham os pedaços que sobraram, para que nada se perca". 

Um povo numeroso tinha ido ao encontro de Jesus num lugar distante. Quando Jesus viu aquele povo todo chegando, ficou tomado de compaixão. A hora foi se adiantando e os discípulos ficaram preocupados com a alimentação daquela gente. Sugeriram que voltassem para casa. Mas, Jesus disse que não. Eles mesmos deviam providenciar o alimento. Coitados, só estavam com cinco pães e dois peixes. Com esse pouco, Jesus rezou bendizendo a Deus, partiu o pão e o repartiu com os discípulos e os discípulos com o povo. Todo mundo comeu e se fartou. Das sobras, o que foi recolhido encheu doze cestos.

Nesse cuidado com a sobra do alimento, há uma indicação importante para o nosso relacionamento com o alimento: evitar o desperdício.  Por que guardar os pedaços de pão que sobraram? Pelo respeito que se deve ter ao alimento, fruto do trabalho e da bondade de Deus, pela possibilidade de serem consumidos depois ou de alimentar alguém que esteja passando necessidade. O consumo posterior pode ser uma reutilização, por exemplo, no caso do pão, pode fazer torradas, farinha de pão para pudim, para sopas, etc. É só um exemplo como o alimento pode ser reciclado ou reutilizado de outra forma. Em todo caso, evitar o desperdício, numa terra onde há tanta gente passando fome.

Nosso país é o quarto produtor mundial de alimentos. O que produz daria para alimentar toda a população e ainda sobraria muito. De toda essa riqueza, grande parte é desperdiçada. O desperdício acontece na colheita, no transporte e armazenamento, na indústria de processamento e na hora de cozinhar e comer. Os especialistas dizem que cada casa desperdiça cerca de 20% dos alimentos que compra. Nos supermercados, quase 5% dos perecíveis se perde. É dinheiro que sai pelo ralo. E é gente que deixa de comer.

Lugar de comida não é no lixo. Temos que cultivar uma outra cultura que não seja a do desperdício. Cozinhar o necessário. Reutilizar. Colocar no prato só o que se vai comer. Não desperdiçar. Respeitar o alimento, que é uma coisa sagrada. Repartir o pão com o faminto.

Na Missa, aprendemos que o pão, o alimento na mesa de nossa casa merece grande respeito. E que não deve haver desperdício. Na apresentação das oferendas, damos graças a Deus pelo alimento que ele põe na nossa mesa, fruto do nosso trabalho e de sua bondade. Na Oração Eucarística, renovamos os mesmos gestos de Jesus na multiplicação dos  pães. E após a comunhão, recolhe-se e guarda-se no Sacrário o que sobrou do pão consagrado. É a reserva eucarística. Ela servirá para a comunhão dos doentes e para a adoração dos fiéis. Guardar o que sobrou, não desperdiçar.

NO TOPO DA MONTANHA

Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha (Mt 17, 1)

Você já subiu uma montanha? Bom, pelo menos um monte mais alto já, não é verdade.
A montanha é um símbolo do encontro com Deus. O homem busca Deus, como que subindo uma montanha. Quando chega ao ponto mais alto, tem uma visão deslumbrante. Nem se lembra mais do cansaço da subida. É, em certa medida, um momento de transfiguração, de êxtase, de encantamento. Veja que em cima dos montes tem sempre uma igreja construída ou, pelo menos, um cruzeiro. Já reparou isso? A montanha é o lugar simbólico do encontro com Deus.

Na Bíblia, há também essa identificação da montanha com o fascinante encontro com Deus. Moisés, por exemplo, falou com Deus no monte Sinai. Houve lá o episódio da Sarça Ardente. Mas, também a entrega da Lei nas tábuas de pedra.  No Monte Horeb (que é o mesmo Monte Sinai), também Elias falou com Deus. No monte Carmelo, o mesmo Elias desafiou centenas de sacerdotes pagãos. A montanha é o lugar da manifestação de Deus. No Sinai, eram tantos relâmpagos e trovões que o povo lá em baixo, quase morre de medo. Moisés desceu de lá com o rosto brilhando.

No evangelho da Transfiguração, lido hoje em Mateus capítulo 17, está contado que Jesus subiu à montanha com Pedro, Tiago e João, três dos seus discípulos. Lá, eles tiveram uma experiência maravilhosa da manifestação de Jesus em sua condição gloriosa. E, quando tudo passou, desceram a montanha, com a recomendação de não contarem nada a ninguém. E o que aconteceu na montanha? Ali, houve um profundo encontro com Deus, um momento de revelação da pessoa de Jesus. Jesus foi transfigurado diante deles, ficou com o rosto e as roupas brilhantes. E apareceram Moisés e Elias conversando com ele. Depois, uma nuvem os cobriu e ouviram a voz de Deus: “Este é o meu filho amado, no qual pus todo o meu afeto. Ouvi-o”.

Subir a montanha é o que nós fazemos na Oração. No momento em que entramos profundamente na comunhão com Deus é como se nós chegássemos ao topo da montanha. Ali, podemos viver uma maravilhosa experiência com Deus. E quem pode nos conduzir assim à oração profunda e verdadeira? O acesso, o caminho já foi aberto por Jesus. E o Espírito Santo de Deus é quem nos conduz ao topo da montanha. Mas, ele conta com nossa docilidade, com nosso esforço em rezar com simplicidade e profundidade. Ficando só na superficialidade, rezando da boca pra fora, distraindo-nos com tudo ao nosso redor, dificilmente subimos à montanha. Ficamos no meio do caminho, não concluímos a subida. Quando alcançamos o topo, rezando de verdade, tudo se torna luminoso, nosso interior se enche de paz e de santa alegria. Ali, Deus nos fala, como pai.  Ele nos aponta Jesus como nosso caminho, nos dá direção, discernimento, conforto. Ficamos até com a tentação de permanecer naquela situação, como os três apóstolos que queriam montar tendas para se fixarem por ali.

Depois da experiência lá no topo, precisamos descer a montanha, voltar à normalidade de nossa vida. Mas, voltamos reabastecidos, reanimados. O encontro com Jesus ressuscitado dá novo ânimo à nossa existência e às nossas lutas.
  

OS SETE PECADOS DO REI HERODES

Herodes queria matar João, mas tinha medo do povo, que o considerava como profeta (Mt 14, 5)

Herodes, que mandara matar o profeta João Batista, ficou sabendo da fama de Jesus e ficou cheio de temores. Pensou logo “é João Batista que voltou, ressuscitou”. O evangelista Mateus aproveita para contar como foi a morte de João Batista e quem era esse mesquinho e violento governante.

Herodes era rei na Galileia, a região onde Jesus morava. Tinha construído uma cidade para sua capital à beira do Mar da Galileia. Era um monarca vassalo de Tibério César, imperador romano. Para agradá-lo, Herodes pôs o nome de sua capital de Tiberíades. Mantinha-se às custas de impostos arrancados da população da Galileia.

Era o tempo do profeta João Batista. E o Batista andou criticando o rei por suas maldades e por sua vida familiar escandalosa: estava vivendo com a mulher do seu irmão Felipe.

Herodes é o tipo do mau governante. Olhando direitinho o texto, dá pra gente identificar os sete pecados do rei Herodes.
  • 1.      Supersticioso. Ao ouvir falar de Jesus, imaginou que era João Batista que tinha voltado. Ficou  logo com medo.
  • 2.  Escandaloso. João Batista bem que tinha razão. O rei devia dar exemplo, não viver  maritalmente com a cunhada.
  • 3.    Repressor. Ele mandou prender João Batista por causa das críticas que o profeta lhe fazia  diante do povo. E queria matar João, só não o fez logo com medo da reação do povo. Mandou  prender, amarrar, colocar na prisão o profeta desarmado.
  • 4.    Aliado dos grandes. Na festa do seu aniversário, no seu palácio, estão presentes os convidados, gente graúda que o sustenta no trono, gente que se beneficia do seu governo.
  • 5.   Leviano. Gostou da dança da mocinha, sua enteada, prometeu-lhe dar qualquer coisa que pedisse. Agiu com grande irresponsabilidade.
  • 6.    Covarde. A mãe mandou a filha pedir a cabeça de João Batista em um prato. Ele ficou triste, mas não teve coragem de negar e voltar atrás diante dos convidados.
  • 7.      Injusto. Mandou degolar João na prisão, sem nenhum processo ou julgamento.

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Por que será que o evangelho conta essa história da morte de João Batista com tantos detalhes, realçando os graves defeitos do governante Herodes? Com certeza, para enaltecer a figura do profeta João e o vigor de sua pregação que convocava todos a se converterem, do pequeno ao grande; também para preparar o leitor para a perseguição que as autoridades de Jerusalém moveriam contra Jesus; e, certamente, para nos alertar a respeito do perfil dos maus governantes de ontem e de hoje.

Herodes queria matar João, mas tinha medo do povo, que o considerava como profeta (Mt 14, 5)

NÃO FAÇA COMO NAZARÉ

De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres? (Mt 13, 54)
Diga-me uma coisa: a sua família é numerosa ou é bem pequena? ... O pessoal mais antigo tinha famílias muito grandes, não é verdade? No tempo de Jesus, na Palestina, as famílias eram numerosas. Havia a tribo, que era formada por diversos clãs e cada clã era formado por muitas famílias. Todos os aparentados com o chefe da casa ou que morassem juntos pertenciam à mesma família. Os parentes moravam na mesma casa ou eram vizinhos. E os filhos, claro, se criavam juntos, convivendo com os parentes da mesma idade. No hebraico, não há palavras específicas para os parentes próximos. Todos são chamados de irmãos. Irmãos podem ser primos, tios, sobrinhos, etc.  Irmãos são todos os que pertencem à grande família.
No evangelho de hoje, aparece uma lista de irmãos de Jesus. Seriam irmãos mesmo ou é uma forma de designar os parentes próximos? Em Nazaré, onde Jesus crescera e foi ensinar na Sinagoga, perguntaram:  “Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? E suas irmãs não moram conosco? Então de onde lhe vem tudo isso?”
A Igreja sempre entendeu, lendo a Bíblia Sagrada e escutando a Tradição desde o tempo dos apóstolos, que Maria teve apenas Jesus. Ele é o seu primeiro e único filho. Ser primogênito no povo de Deus era uma coisa muito especial, porque tinha uma relação especial com Deus, era consagrado ao Senhor. Jesus era um primogênito. Mas, isso não quer dizer que depois dele, vieram outros filhos.
“Irmãos” é uma forma de nomear os parentes próximos, possivelmente seus primos, aqueles com quem ele tinha se criado. Esses supostos irmãos Tiago, José, Simão e Judas aparecem em outras partes do evangelho. De Tiago, por exemplo, é dito que é filho de Alfeu. Então, não é de Maria. Aos pés da cruz, há uma Maria dita “irmã de sua mãe”, uma parenta próxima da Virgem.  No Evangelho de Marcos, é dito que uma Maria, aos pés da cruz, era mãe de Tiago e José. É muito comum na Bíblia parentes próximos serem chamados de irmãos. Não são, portanto, irmãos de sangue de Jesus, mas seus parentes próximos, possivelmente primos criados com ele.
Tira qualquer dúvida o fato de Jesus, antes de sua morte na cruz, ter entregue sua mãe ao seu discípulo João, este filho de Zebedeu. Se Maria não ficou com nenhum filho é porque não os tinha, como não tinha mais, àquela altura, o seu esposo José.
Bom, o importante é notar que ter conhecido Jesus, tê-lo visto crescer entre os seus muitos parentes, foi uma razão para muita gente em Nazaré não acolher a pregação de Jesus. “De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres?”, se perguntavam descrentes. E, como não tinham fé, Jesus não pode fazer ali muitos milagres. Tinham um conhecimento superficial da pessoa de Jesus. Julgavam conhecê-lo. E isso foi para eles um motivo para fechar o coração para a mensagem de Deus da qual ele era portador, para a pessoa divina que ele era.

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