PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: tempestade no mar
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Calma, não vamos naufragar.



   02 de julho de 2024.   

Terça-feira da 13ª Semana do Tempo Comum 

   Evangelho.   


Mt 8,23-27

Naquele tempo, 23Jesus entrou na barca, e seus discípulos o acompanharam. 24E eis que houve uma grande tempestade no mar, de modo que a barca estava sendo coberta pelas ondas. Jesus, porém, dormia.
25Os discípulos aproximaram-se e o acordaram, dizendo: “Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo!” 26Jesus respondeu: “Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé?” Então, levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria. 27Os homens ficaram admirados e diziam: “Quem é este homem, que até os ventos e o mar lhe obedecem?”

    Meditação.   


Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo! (Mt 8, 25).

"Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo". Foi este o pedido de socorro dos discípulos a Jesus que estava dormindo, na barca. Estavam no meio de uma grande tempestade, a barca estava sendo coberta pelas ondas. E em meio a esta preocupante situação, Jesus dormia, calmamente. Eles o acordaram aos gritos: “Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo”.

Jesus acordou, certamente sem muita pressa. E lhes fez uma pergunta muita séria: “Por que vocês estão com tanto medo, gente fraca na fé?”. Levantou-se e repreendeu os ventos e o mar, e estes se acalmaram. O medo é a reação de quem se sente acuado, sem saída. O medo é a resposta de quem não tem fé ou de quem tem uma fé muito fraca.

Podemos nos perguntar, por que Jesus estava dormindo àquela hora, na barca, em pleno mar revolto? Bom, talvez estivesse cansado. É que a sua vida era uma loucura. Está escrito no Evangelho que ele nem tinha tempo para comer, tantas eram as pessoas que o procuravam. E, além da atenção permanente às pessoas, havia os longos deslocamentos a pé, o cuidado permanente com a formação dos discípulos, as noites de oração... tudo isso contribuía para o seu cansaço. Possivelmente, o seu sono era de cansaço.

Mas, há outra coisa que podemos considerar também. Quem dorme assim na barca, ou no avião ou no carro, dorme tranquilo se tiver confiança em quem está na direção, o motorista, o piloto, não é verdade? Jesus dormiu tranquilo porque estava cansado e também porque confiava na experiência dos seus discípulos pescadores. Confiava nos discípulos. E, claro, depositava sua confiança no Pai. Se confiamos em Deus, não vivemos assustados, como se estivéssemos largados, sem referência, abandonados a nós mesmos. 

Agora, cansaço é uma coisa. Estresses é outra. Quem está apreensivo, estressado, preocupado, dorme bem? O que acha? Não dorme. O estressado pode perder o sono, ou adormecendo, dorme um sono agitado pelos sonhos que se cruzam com suas preocupações, chegando até a ter pesadelo... e já acorda agitado, nervoso, irritado. Quem está estressado, descansa um pouco, mas o seu sono não é tranquilo, não é repousante.

O sono de Jesus, na barca, estava tranquilo ou agitado? Pela chamada de atenção aos discípulos, podemos deduzir que ele estava tranquilo, sereno. ‘Por que vocês estão com tanto medo?”. Agitados estavam os discípulos, coitados, esbaforidos com a tempestade agitando a barca. Para eles, estavam de cara com a morte, podendo naufragar a qualquer momento.

O mar agitado é uma imagem das crises que se abatem em nossa vida: as crises no casamento, a enfermidade, a situação gerada pelo desemprego, os problemas internos da comunidade, do país,... Tem sempre uma tempestade no mar. O que muda é como nós as enfrentamos: com sinais de desespero ou com serenidade? O clamor amedrontado dos discípulos despertou Jesus. O medo é o contrário da confiança. Pedir é correto. Mas, pedir porque confia, porque se está seguro que Deus nos ampara em todas as nossas tribulações. Mas, nunca como expressão de desespero, de desconfiança que estamos perdidos, que vamos naufragar. Deus está em nosso barco, não vamos naufragar. A fé nos dá serenidade em nossas crises. Faz-nos estar calmos no meio da tempestade, embora buscando saída, procurando solução, trabalhando para resolver os problemas que nos afligem. Mas, movidos pela fé, confortados pela convicção profunda que Deus está conosco, que ele não nos abandona, que é ele a nossa segurança.



Guardando a mensagem

O mar estava revolto. Os discípulos estavam agitados. Bateu o desespero. Gritaram, acordaram o Mestre que estava na barca. “Estamos perecendo, salva-nos!”. Jesus pediu calma, serenidade. Essa é atitude de quem tem fé. Ele mesmo estava dormindo um sono tranquilo, cansado, mas confiante na liderança dos seus discípulos. A serenidade nasce da confiança em Deus, em si mesmo e nos outros. A serenidade é o brilho da fé. Se você estiver vivendo uma tempestade, veja se Jesus está no seu barco, peça a ajuda dele. Não se desespere, não morra de medo. Enfrente serenamente a tempestade, com fé, com confiança. Ela vai passar.

Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo! (Mt 8, 25).

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
são tantas as tempestades em nossa vida pessoal, em nossa familia, em nossa vida profissional. Senhor, como cristãos, renascidos na tua morte e na tua ressurreição, estamos confiantes que a vida, o amor, a fraternidade, a justiça terão a última palavra; que a tua ressurreição entrou para a história humana como superação de todas as crises, sinal da vitória sobre o mal. Por isso, o nosso olhar é um olhar transfigurado pela fé e pela esperança. A todos, chegue, Senhor, a tua palavra e a tua presença que acalmam os ventos fortes e o mar bravio. Seja o teu santo nome bendito, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

No meio dos problemas que você talvez esteja vivendo, faça um ato de confiança no Senhor Jesus, Deus conosco, e nas pessoas que estão à sua volta. Muita gente merece sua confiança. Você pode contar com elas também.

Comunicando

Se por acaso você não tiver conseguido ver a Segunda Bíblica de ontem, no Youtube, dê uma olhadinha hoje. É só procurar o Canal Padre João Carlos. 

Neste próximo final de semana, em São Paulo, vou celebrar a Santa Missa com os Ouvintes: em Guarujá (na Paróquia N. Sra. de Fátima, no sábado à noite e no domingo pela manhã); em Praia Grande (na Paróquia N. Sra. das Graças, no domingo à noite); e na Catedral da Sé na capital paulista (na segunda-feira, ao meio dia). 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb 

Jesus nos sustenta pela mão.

 



   08 de agosto de 2023.   

Memória de São Domingos de Gusmão, 
fundador da Ordem dos Pregadores


   Evangelho.   


Mt 14,22-36

Depois que a multidão comera até saciar-se, 22Jesus mandou que os discípulos entrassem na barca e seguissem à sua frente, para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões. 23Depois de despedi-las, Jesus subiu ao monte, para orar a sós. A noite chegou, e Jesus continuava ali, sozinho. 24A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. 25Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. 26Quando os discípulos o avistaram, andando sobre o mar, ficaram apavorados, e disseram: “É um fantasma”. E gritaram de medo. 27Jesus, porém, logo lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!” 28Então Pedro lhe disse: “Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água”. 29E Jesus respondeu: “Vem!” Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. 30Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo e começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” 31Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste?” 32Assim que subiram na barca, o vento se acalmou. 33Os que estavam na barca, prostraram-se diante dele, dizendo: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!”
34Após a travessia desembarcaram em Genesaré. 35Os habitantes daquele lugar reconheceram Jesus e espalharam a notícia por toda a região. Então levaram a ele todos os doentes; 36e pediam que pudessem, ao menos, tocar a barra de sua veste. E todos os que a tocaram, ficaram curados.

   Meditação   


Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste? (Mt 14, 31)

Ontem, contemplamos como Jesus recebeu a notícia da morte violenta do profeta João Batista, seu primo e precursor. E como o povo chocado com o acontecido foi atrás de Jesus e ficou um longo tempo com ele, num lugar deserto. Lá, viveram uma experiência maravilhosa, uma verdadeira resposta ao banquete de Herodes. Participaram de um banquete de vida, onde Jesus repartiu o pão para eles. Eles tiveram uma experiência da presença do Reino de Deus, no acolhimento, na fartura e na alegria.

No fim da tarde, os discípulos, a mando de Jesus, pegaram a barca para ir para Genesaré, que ficava do outro lado do mar da Galileia. Jesus tinha ficado para se despedir do povo. Depois que o povo se foi, Jesus foi rezar no monte. A travessia na barca foi se complicando. Escureceu, o vento foi ficando forte e o mar, agitado. Pelas três da manhã, eles viram um vulto andando sobre o mar, vindo na direção deles. Foi um medo só. Pensaram que fosse um fantasma. Jesus de lá gritou: “Sou eu. Tenham medo não”. Puxa, que susto!

Nesta narração do evangelho de Mateus, conta-se também que Pedro pediu para ir ao encontro de Jesus, caminhando sobre as águas. E até que estava conseguindo, mas ficou com medo e começou a afundar. Foi aí que Jesus o segurou pela mão. Quando subiram na barca, o vento se acalmou. Os discípulos reconheceram, então, que Jesus era, de verdade, o filho de Deus.

O que essa história está ensinando? Só contando um fato curioso? Certamente que não. O próprio texto (Mt 14) já nos dá uma pista de compreensão. As palavras “mar” e “barca” estão muito repetidas no texto. ‘Mar’ é sempre uma representação do mundo a que os discípulos estão enviados como missionários. O ‘mar’ é o mundo onde se realiza a missão. A palavra “barca” está repetida seis vezes. Essa insistência não pode ser por acaso. ‘Barca’, você sabe, é uma representação da comunidade, da Igreja. A barca de Pedro é a Igreja, a comunidade dos discípulos. O que é que está acontecendo? Eles estão tentando atravessar o mar e estão encontrando muita dificuldade. O que significaria a barca dos discípulos atravessando o mar? É a Igreja realizando a sua missão no mundo, no meio de muitas dificuldades. Note as palavras que aparecem: ‘era noite, os ventos estavam contrários, o mar estava agitado pelas ondas’. Que dificuldades encontra a Igreja na realização de sua missão? Nem precisamos fazer uma lista, não é verdade? O certo é que o mar continua revolto. E os ventos, contrários.

Voltemos ao mar da Galileia. O que aconteceu no meio daquela apreensão toda dos discípulos, coitados, no meio daquela tempestade? Eles viram um vulto andando sobre as águas e vindo na direção deles. Ficaram de cabelo em pé. Mas, reconheceram quem era, quando ele se apresentou. Lembra o que foi que o personagem disse? “Sou eu. Tenham medo não”. E quem é ele? Claro, é Jesus. Mas, ele disse SOU EU. Disse como Deus, o Pai, tinha dito no Monte Sinai a Moisés. 'EU SOU. Diga ao Faraó que EU SOU mandou dizer que liberte o meu povo'. EU SOU é Deus. Podemos pensar assim: no meio daquele vendaval, daquela tormenta, os discípulos fizeram uma experiência maravilhosa: Jesus é Deus. Ele é EU SOU. Durante o seu ministério, ele foi se revelando: “Eu sou o pão vivo descido do céu. Eu sou o Bom Pastor. Eu sou a Luz do Mundo”. Ele é Deus. É Deus quem domina o mar, é Deus quem acalma a tempestade. Por falar em tempestade, cadê a tempestade? Quando Jesus e Pedro entraram na barca, tudo se acalmou.



Guardando a mensagem

O mar é o mundo, onde os discípulos levam adiante a missão que Jesus lhes confiou. A barca é a comunidade dos discípulos, a Igreja. De vez em quando, a comunidade se encontra cercada de problemas e dificuldades, no meio de uma verdadeira tempestade. Em momentos como esse, faz uma profunda experiência de Deus. Jesus mesmo vem ao seu encontro. Jesus é o Deus vencedor do pecado, do mal e da morte. É ele quem garante o êxito da missão, ele domina a tempestade, ele acalma o mar. Nesta cena, Pedro tem um lugar de destaque. Também ele experimenta andar sobre as águas, como Jesus, embora, com medo, acabe afundando. Mas, Jesus está ao seu lado, dando-lhe força, levantando-o pela mão. Neste mês vocacional, em que celebramos a vocação dos ministros ordenados, dos consagrados, dos ministros leigos, fique ainda mais forte em nós a certeza da presença de Jesus em sua Igreja, garantindo a travessia em todas as dificuldades e socorrendo os seus ministros em suas fraquezas. 

Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste? (Mt 14, 31)

Rezado a palavra

Senhor Jesus,
minha família, como tua Igreja, também é como uma barca, navegando no mar. De vez em quando, dá cada tempestade! Pensando bem, nunca nos deixaste sozinhos no meio das tormentas. Sempre experimentamos que tu vens ao nosso encontro, mesmo quando partimos sem ti. É quando experimentamos, com emoção, a força de tua proteção, a grandeza do teu amor. Tua presença acalma a tempestade. Muito obrigado, Senhor. Tu és o nosso Deus e Salvador. Continua, Senhor, a sustentar pela mão o líder de tua barca, o nosso Papa, o nosso Pedro. Socorre-o em suas necessidades, levanta-o em suas fraquezas. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a Palavra

É possível que, hoje, se apresente uma oportunidade para você dizer uma palavra de fé que ajude a acalmar alguma tempestade. Se aparecer essa oportunidade, dê seu testemunho sobre Jesus: anuncie que é ele quem acalma o mar.

Comunicando

Neste mês de agosto, faço show em Bom Repouso, MG, no dia 12; em Belo Jardim, PE, no dia 13; e em Cruzeiro do Sul, AC, no dia 15. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Enfrente a tempestade com serenidade, fé e confiança em Deus.



   04 de julho de 2023.   

Terça-feira da 13ª Semana do Tempo Comum 


   Evangelho.   


Mt 8,23-27

Naquele tempo, 23Jesus entrou na barca, e seus discípulos o acompanharam. 24E eis que houve uma grande tempestade no mar, de modo que a barca estava sendo coberta pelas ondas. Jesus, porém, dormia.
25Os discípulos aproximaram-se e o acordaram, dizendo: “Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo!” 26Jesus respondeu: “Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé?” Então, levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria. 27Os homens ficaram admirados e diziam: “Quem é este homem, que até os ventos e o mar lhe obedecem?”

    Meditação.   


Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo! (Mt 8, 25).

"Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo". Foi este o pedido de socorro dos discípulos a Jesus que estava dormindo, na barca. Estavam no meio de uma grande tempestade, a barca estava sendo coberta pelas ondas. E em meio a esta preocupante situação, Jesus dormia, calmamente. Eles o acordaram aos gritos: “Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo”.

Jesus acordou, certamente sem muita pressa. E lhes fez uma pergunta muita séria: “Por que vocês estão com tanto medo, gente fraca na fé?”. Levantou-se e repreendeu os ventos e o mar, e estes se acalmaram. O medo é a reação de quem se sente acuado, sem saída. O medo é a resposta de quem não tem fé ou de quem tem uma fé muito fraca.

Podemos nos perguntar, por que Jesus estava dormindo àquela hora, na barca, em pleno mar revolto? Bom, talvez estivesse cansado. É que a sua vida era uma loucura. Está escrito no Evangelho que ele nem tinha tempo para comer, tantas eram as pessoas que o procuravam. E, além da atenção permanente às pessoas, havia os longos deslocamentos a pé, o cuidado permanente com a formação dos discípulos, as noites de oração... tudo isso contribuía para o seu cansaço. Possivelmente, o seu sono era de cansaço.

Mas, há outra coisa que podemos considerar também. Quem dorme assim na barca, ou no avião ou no carro, dorme tranquilo se tiver confiança em quem está na direção, o motorista, o piloto, não é verdade? Jesus dormiu tranquilo porque estava cansado e também porque confiava na experiência dos seus discípulos pescadores. Confiava nos discípulos. E, claro, depositava sua confiança no Pai. Se confiamos em Deus, não vivemos assustados, como se estivéssemos largados, sem referência, abandonados a nós mesmos. 

Agora, cansaço é uma coisa. Estresses é outra. Quem está apreensivo, estressado, preocupado, dorme bem? O que acha? Não dorme. O estressado pode perder o sono, ou adormecendo, dorme um sono agitado pelos sonhos que se cruzam com suas preocupações, chegando até a ter pesadelo... e já acorda agitado, nervoso, irritado. Quem está estressado, descansa um pouco, mas o seu sono não é tranquilo, não é repousante.

O sono de Jesus, na barca, estava tranquilo ou agitado? Pela chamada de atenção aos discípulos, podemos deduzir que ele estava tranquilo, sereno. ‘Por que vocês estão com tanto medo?”. Agitados estavam os discípulos, coitados, esbaforidos com a tempestade agitando a barca. Para eles, estavam de cara com a morte, podendo naufragar a qualquer momento.

O mar agitado é uma imagem das crises que se abatem em nossa vida: as crises no casamento, a enfermidade, a situação gerada pelo desemprego, os problemas internos da comunidade, do país, a pandemia... Tem sempre uma tempestade no mar. O que muda é como nós as enfrentamos: com sinais de desespero ou com serenidade? O clamor amedrontado dos discípulos despertou Jesus. O medo é o contrário da confiança. Pedir é correto. Mas, pedir porque confia, porque se está seguro que Deus nos ampara em todas as nossas tribulações. Mas, nunca como expressão de desespero, de desconfiança que estamos perdidos, que vamos naufragar. Deus está em nosso barco, não vamos naufragar. A fé nos dá serenidade em nossas crises. Faz-nos estar calmos no meio da tempestade, embora buscando saída, procurando solução, trabalhando para resolver os problemas que nos afligem. Mas, movidos pela fé, confortados pela convicção profunda que Deus está conosco, que ele não nos abandona, que é ele a nossa segurança.


Guardando a mensagem

O mar estava revolto. Os discípulos estavam agitados. Bateu o desespero. Gritaram, acordaram o Mestre que estava na barca. “Estamos perecendo, salva-nos!”. Jesus pediu calma, serenidade. Essa é atitude de quem tem fé. Ele mesmo estava dormindo um sono tranquilo, cansado, mas confiante na liderança dos seus discípulos. A serenidade nasce da confiança em Deus, em si mesmo e nos outros. A serenidade é o brilho da fé. Se você estiver vivendo uma tempestade, veja se Jesus está no seu barco, peça a ajuda dele. Não se desespere, não morra de medo. Enfrente serenamente a tempestade, com fé, com confiança. Ela vai passar.

Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo! (Mt 8, 25).

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
são tantas as tempestades em nossa vida pessoal, em nossa familia, em nossa vida profissional. Senhor, como cristãos, renascidos na tua morte e na tua ressurreição, estamos confiantes que a vida, o amor, a fraternidade, a justiça terão a última palavra; que a tua ressurreição entrou para a história humana como superação de todas as crises, sinal da vitória sobre o mal. Por isso, o nosso olhar é um olhar transfigurado pela fé e pela esperança. A todos, chegue, Senhor, a tua palavra e a tua presença que acalmam os ventos fortes e o mar bravio. Seja o teu santo nome bendito, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

No meio dos problemas que você talvez esteja vivendo, faça um ato de confiança no Senhor Jesus, Deus conosco, e nas pessoas que estão à sua volta. Muita gente merece sua confiança. Você pode contar com elas também.

Comunicando

Neste mês de julho, faço show em Colônia Leopoldina, Alagoas, no dia 14; e no Recife, na festa de N. Sra. do Carmo, no dia 15. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb 

CAMINHANDO SOBRE AS ÁGUAS




 02 de agosto de 2022

Terça-feira do 18ª Semana do Tempo Comum

EVANGELHO


Mt 14,22-36

Depois que a multidão comera até saciar-se, 22Jesus mandou que os discípulos entrassem na barca e seguissem à sua frente, para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões. 23Depois de despedi-las, Jesus subiu ao monte, para orar a sós. A noite chegou, e Jesus continuava ali, sozinho. 24A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. 25Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. 26Quando os discípulos o avistaram, andando sobre o mar, ficaram apavorados, e disseram: “É um fantasma”. E gritaram de medo. 27Jesus, porém, logo lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!” 28Então Pedro lhe disse: “Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água”. 29E Jesus respondeu: “Vem!” Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. 30Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo e começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” 31Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste?” 32Assim que subiram na barca, o vento se acalmou. 33Os que estavam na barca, prostraram-se diante dele, dizendo: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!”
34Após a travessia desembarcaram em Genesaré. 35Os habitantes daquele lugar reconheceram Jesus e espalharam a notícia por toda a região. Então levaram a ele todos os doentes; 36e pediam que pudessem, ao menos, tocar a barra de sua veste. E todos os que a tocaram, ficaram curados.


MEDITAÇÃO


Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste? (Mt 14, 31)

Ontem, contemplamos como Jesus recebeu a notícia da morte violenta do profeta João Batista, seu primo e precursor. E como o povo chocado com o acontecido foi atrás de Jesus e ficou um longo tempo com ele, num lugar deserto. Lá, viveram uma experiência maravilhosa, uma verdadeira resposta ao banquete de Herodes. Participaram de um banquete de vida, onde Jesus repartiu o pão para eles. Eles tiveram uma experiência da presença do Reino de Deus, no acolhimento, na fartura e na alegria.

No fim da tarde, os discípulos, a mando de Jesus, pegaram a barca para ir para Genesaré, que ficava do outro lado do mar da Galileia. Jesus tinha ficado para se despedir do povo. Depois que o povo se foi, Jesus foi rezar no monte. A travessia na barca foi se complicando. Escureceu, o vento foi ficando forte e o mar, agitado. Pelas três da manhã, eles viram um vulto andando sobre o mar, vindo na direção deles. Foi um medo só. Pensaram que fosse um fantasma. Jesus de lá gritou: “Sou eu. Tenham medo não”. Puxa, que susto!

Nesta narração do evangelho de Mateus, conta-se também que Pedro pediu para ir ao encontro de Jesus, caminhando sobre as águas. E até que estava conseguindo, mas ficou com medo e começou a afundar. Foi aí que Jesus o segurou pela mão. Quando subiram na barca, o vento se acalmou. Os discípulos reconheceram, então, que Jesus era, de verdade, o filho de Deus.

O que essa história está ensinando? Só contando um fato curioso? Certamente que não. O próprio texto (Mt 14) já nos dá uma pista de compreensão. As palavras “mar” e “barca” estão muito repetidas no texto. ‘Mar’ é sempre uma representação do mundo a que os discípulos estão enviados como missionários. O ‘mar’ é o mundo onde se realiza a missão. A palavra “barca” está repetida seis vezes. Essa insistência não pode ser por acaso. ‘Barca’, você sabe, é uma representação da comunidade, da Igreja. A barca de Pedro é a Igreja, a comunidade dos discípulos. O que é que está acontecendo? Eles estão tentando atravessar o mar e estão encontrando muita dificuldade. O que significaria a barca dos discípulos atravessando o mar? É a Igreja realizando a sua missão no mundo, no meio de muitas dificuldades. Note as palavras que aparecem: ‘era noite, os ventos estavam contrários, o mar estava agitado pelas ondas’. Que dificuldades encontra a Igreja na realização de sua missão? Nem precisamos fazer uma lista, não é verdade? O certo é que o mar continua revolto. E os ventos, contrários.

Voltemos ao mar da Galileia. O que aconteceu no meio daquela apreensão toda dos discípulos, coitados, no meio daquela tempestade? Eles viram um vulto andando sobre as águas e vindo na direção deles. Ficaram de cabelo em pé. Mas, reconheceram quem era, quando ele se apresentou. Lembra o que foi que o personagem disse? “Sou eu. Tenham medo não”. E quem é ele? Claro, é Jesus. Mas, ele disse SOU EU. Disse como Deus, o Pai, tinha dito no Monte Sinai a Moisés. 'EU SOU. Diga ao Faraó que EU SOU mandou dizer que liberte o meu povo'. EU SOU é Deus. Podemos pensar assim: no meio daquele vendaval, daquela tormenta, os discípulos fizeram uma experiência maravilhosa: Jesus é Deus. Ele é EU SOU. Durante o seu ministério, ele foi se revelando: “Eu sou o pão vivo descido do céu. Eu sou o Bom Pastor. Eu sou a Luz do Mundo”. Ele é Deus. É Deus quem domina o mar, é Deus quem acalma a tempestade. Por falar em tempestade, cadê a tempestade? Quando Jesus e Pedro entraram na barca, tudo se acalmou.


Guardando a mensagem

O mar é o mundo, onde os discípulos levam adiante a missão que Jesus lhes confiou. A barca é a comunidade dos discípulos, a Igreja. De vez em quando, a comunidade se encontra cercada de problemas e dificuldades, no meio de uma verdadeira tempestade. Em momentos como esse, faz uma profunda experiência de Deus. Jesus mesmo vem ao seu encontro. Jesus é o Deus vencedor do pecado, do mal e da morte. É ele quem garante o êxito da missão, ele domina a tempestade, ele acalma o mar. Nesta cena, Pedro tem um lugar de destaque. Também ele experimenta andar sobre as águas, como Jesus, embora, com medo, acabe afundando. Mas, Jesus está ao seu lado, dando-lhe força, levantando-o pela mão. Nesta primeira semana do mês vocacional, em que celebramos a vocação dos ministros ordenados - os diáconos, os padres e os bispos - nos console a certeza da presença de Jesus em sua Igreja, garantindo a travessia em todas as tempestades e socorrendo os seus ministros em suas fraquezas.

Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste? (Mt 14, 31)

Rezado a palavra

Senhor Jesus,
minha família, como tua Igreja, também é como uma barca, navegando no mar. De vez em quando, dá cada tempestade! Pensando bem, nunca nos deixaste sozinhos no meio das tormentas. Sempre experimentamos que tu vens ao nosso encontro, mesmo quando partimos sem ti. É quando experimentamos, com emoção, a força de tua proteção, a grandeza do teu amor. Tua presença acalma a tempestade. Muito obrigado, Senhor. Tu és o nosso Deus e Salvador. Continua, Senhor, a sustentar pela mão o líder de tua barca, o nosso Papa, o nosso Pedro. Socorre-o em suas necessidades, levanta-o em suas fraquezas. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a Palavra

É possível que, hoje, se apresente uma oportunidade para você dizer uma palavra de fé que ajude a acalmar alguma tempestade. Se aparecer essa oportunidade, dê seu testemunho sobre Jesus: anuncie que é ele quem acalma o mar.

Comunicando

Neste mês de agosto, mês de aniversário da AMA, teremos, entre outros, dois momentos muito especiais: o dia missionário e a reestreia do programa Encontros, no Canal do Youtube, no dia 15 e o Show de aniversário, com Pe. João Carlos e Banda, com uma live para todos os associados, no dia 27.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

É JESUS QUE ACALMA O MAR





05 de janeiro de 2022

EVANGELHO


Mc 6,45-52

Depois de saciar os cinco mil homens, 45Jesus obrigou os discípulos a entrarem na barca e irem na frente para Betsaida, na outra margem, enquanto ele despedia a multidão. 46Logo depois de se despedir deles, subiu ao monte para rezar.
47Ao anoitecer, a barca estava no meio do mar e Jesus sozinho em terra. 48Ele viu os discípulos cansados de remar, porque o vento era contrário. Então, pelas três da madrugada, Jesus foi até eles andando sobre as águas, e queria passar na frente deles.
49Quando os discípulos o viram andando sobre o mar, pensaram que era um fantasma e começaram a gritar. 50Com efeito, todos o tinham visto e ficaram assustados. Mas Jesus logo falou: “Coragem, sou eu! Não tenhais medo!” 51Então subiu com eles na barca, e o vento cessou. Mas os discípulos ficaram ainda mais espantados, 52porque não tinham compreendido nada a respeito dos pães. O coração deles estava endurecido.

MEDITAÇÃO


Jesus logo lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenham medo! (Mc 6, 50)

O evangelho de hoje conta que Jesus foi ao encontro dos discípulos, andando sobre o mar. E quando entrou na barca, o vento se acalmou. E que os discípulos estavam apavorados e assustados. E por quê? Disse o evangelho: porque eles não tinham compreendido nada a respeito dos pães. Vamos ver se a gente entende isso.

Você se lembra da cena dos pães, de ontem, não lembra? Jesus encontrou-se com um povo numeroso e encheu-se de compaixão. Ensinou muitas coisas e, no fim do dia, repartiu cinco pães e dois peixes com todo mundo. Foi uma refeição farta, pelas sobras que se recolheram. Quando tudo terminou, Jesus obrigou os discípulos a tomarem a barca e irem a uma cidade do outro lado do mar, o grande lago da Galileia. Depois que despediu o povo, Jesus foi rezar no monte.

A travessia na barca foi se complicando. Escureceu, o vento foi ficando forte e contrário. Já perto de amanhecer o dia, eles cansados de remar, viram um vulto andando sobre o mar, vindo na direção deles. Foi um medo só. Pensaram que fosse um fantasma. Jesus de lá gritou: “Tenham coragem. Sou eu. Tenham medo não”. Jesus se aproximou, subiu na barca e ficou com eles. O vento cessou e a viagem foi tranquila. Os discípulos estavam pasmos, espantados.

O que aconteceu com os discípulos, podemos resumir, foram duas coisas. Primeiro, eles não estavam conseguindo atravessar o lago, por causa da escuridão e do vento contrário. E segundo, eles não reconheceram Jesus que foi ajudá-los, por causa do medo de que estavam possuídos.

Eles remavam noite adentro e não conseguiam avançar. Essa travessia na barca é uma representação da missão que Jesus lhes confiou. Representa também as dificuldades que experimentamos hoje no cumprimento de nossa missão. As dificuldades vinham de fora (a ventania) e deles mesmos (a escuridão). Eles podiam ter pensado: ‘Gente, ontem, nós vimos aquele povo na mesma situação, ovelhas sem pastor, enfrentando a ventania da dispersão, da doença, da fome. E nós vimos: Deus mandou um pastor para cuidar do seu rebanho, Jesus ensinou e alimentou aquele povo todo. Ele não nos abandona. Deus está conosco’. Mas, eles não tinham aprendido a lição dos pães.

Aí Jesus, com pena deles, foi em seu socorro, andando sobre o mar. Eles conheciam as Escrituras. Sabiam que só Deus é quem anda sobre o mar. Já tinham ouvido isso no livro de Jó: “Só ele estende os céus e anda sobre as ondas do mar” (Jó 9,8). Mas, ao verem Jesus que vinha sobre as águas eles quase morreram de medo. Não tinham aprendido a lição da multiplicação dos pães. Em Jesus, age o próprio Deus, na sua grandeza, no seu poder. Jesus disse “Sou eu”, uma palavra que se repete na Bíblia como uma apresentação do próprio Deus.

Guardando a mensagem

Contando a história da travessia do lago, naquela noite de ventos fortes, o evangelista São Marcos comentou que os discípulos não tinham compreendido o que acontecera com os pães, estavam com o coração endurecido. E não entenderam, pelo menos, duas coisas. Primeiro, que Deus não abandona seus filhos. Foi o que Jesus tinha explicado e mostrado na prática: Deus, no seu amor de pai, não dá as costas ao povo necessitado, nem desampara seus filhos nas travessias difíceis. E a segunda coisa que eles não entenderam: Jesus é Deus que vem em nosso auxílio. De fato, mesmo depois da morte de Jesus, não foi fácil eles se convencerem da sua ressurreição. E quando não se crê no poder de Deus que nos liberta do mal e da morte, vive-se com medo.

Jesus logo lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenham medo! (Mc 6, 50)


Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Tu acalmaste os discípulos, dizendo: “Sou eu. Não tenham medo”. Disseste SOU EU. O Pai tinha falado assim, no Monte Sinai, a Moisés: ‘Diga ao Faraó que EU SOU mandou dizer que liberte o meu povo'. EU SOU é Deus. No meio daquele vendaval, naquela noite escura, os discípulos fizeram uma experiência maravilhosa: a tua revelação como Deus. Tu, Senhor Jesus, és o Deus que domina o mar, que acalma a tempestade. Em nossas travessias difíceis, enche-nos de confiança. Em nossas noites escuras, reveste-nos da fé. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

É possível que, hoje, se apresente uma oportunidade para você dizer uma palavra de fé que ajude a acalmar alguma tempestade. Se aparecer essa oportunidade, dê seu testemunho sobre Jesus: anuncie que é ele quem acalma o mar.

Como todas as quintas-feiras, hoje, temos a Santa Missa, às 11 horas, transmitida pelo rádio e pelas redes sociais. No formulário que estou lhe enviando, coloque o seu pedido de oração para esta nossa primeira celebração no ano novo. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb



SURPRESA NO MEIO DA TEMPESTADE




03 de agosto de 2021

EVANGELHO


Mt 14,22-36

Depois que a multidão comera até saciar-se, 22Jesus mandou que os discípulos entrassem na barca e seguissem à sua frente, para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões. 23Depois de despedi-las, Jesus subiu ao monte, para orar a sós. A noite chegou, e Jesus continuava ali, sozinho. 24A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. 25Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. 26Quando os discípulos o avistaram, andando sobre o mar, ficaram apavorados, e disseram: “É um fantasma”. E gritaram de medo. 27Jesus, porém, logo lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!” 28Então Pedro lhe disse: “Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água”. 29E Jesus respondeu: “Vem!” Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. 30Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo e começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” 31Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste?” 32Assim que subiram na barca, o vento se acalmou. 33Os que estavam na barca, prostraram-se diante dele, dizendo: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!”
34Após a travessia desembarcaram em Genesaré. 35Os habitantes daquele lugar reconheceram Jesus e espalharam a notícia por toda a região. Então levaram a ele todos os doentes; 36e pediam que pudessem, ao menos, tocar a barra de sua veste. E todos os que a tocaram, ficaram curados.


MEDITAÇÃO


Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste? (Mt 14, 31)

Ontem, contemplamos como Jesus recebeu a notícia da morte violenta do profeta João Batista, seu primo e precursor. E como o povo chocado com o acontecido foi atrás de Jesus e ficou um longo tempo com ele, num lugar deserto. Lá, viveram uma experiência maravilhosa, uma verdadeira resposta ao banquete de Herodes. Participaram de um banquete de vida, onde Jesus repartiu o pão para eles. Eles tiveram uma experiência da presença do Reino de Deus, no acolhimento, na fartura e na alegria.

No fim da tarde, os discípulos, a mando de Jesus, pegaram a barca para ir para Genesaré, que ficava do outro lado do mar da Galileia. Jesus tinha ficado para se despedir do povo. Depois que o povo se foi, Jesus foi rezar no monte. A travessia na barca foi se complicando. Escureceu, o vento foi ficando forte e o mar, agitado. Pelas três da manhã, eles viram um vulto andando sobre o mar, vindo na direção deles. Foi um medo só. Pensaram que fosse um fantasma. Jesus de lá gritou: “Sou eu. Tenham medo não”. Puxa, que susto!

Nesta narração do evangelho de Mateus, conta-se também que Pedro pediu para ir ao encontro de Jesus, caminhando sobre as águas. E até que estava conseguindo, mas ficou com medo e começou a afundar. Foi aí que Jesus o segurou pela mão. Quando subiram na barca, o vento se acalmou. Os discípulos reconheceram, então, que Jesus era, de verdade, o filho de Deus.

O que essa história está ensinando? Só contando um fato curioso? Certamente que não. O próprio texto (Mt 14) já nos dá uma pista de compreensão. As palavras “mar” e “barca” estão muito repetidas no texto. ‘Mar’ é sempre uma representação do mundo a que os discípulos estão enviados como missionários. O ‘mar’ é o mundo onde se realiza a missão. A palavra “barca” está repetida seis vezes. Essa insistência não pode ser por acaso. ‘Barca’, você sabe, é uma representação da comunidade, da Igreja. A barca de Pedro é a Igreja, a comunidade dos discípulos. O que é que está acontecendo? Eles estão tentando atravessar o mar e estão encontrando muita dificuldade. O que significaria a barca dos discípulos atravessando o mar? É a Igreja realizando a sua missão no mundo, no meio de muitas dificuldades. Note as palavras que aparecem: ‘era noite, os ventos estavam contrários, o mar estava agitado pelas ondas’. Que dificuldades encontra a Igreja na realização de sua missão? Nem precisamos fazer uma lista, não é verdade? O certo é que o mar continua revolto. E os ventos, contrários.

Voltemos ao mar da Galileia. O que aconteceu no meio daquela apreensão toda dos discípulos, coitados, no meio daquela tempestade? Eles viram um vulto andando sobre as águas e vindo na direção deles. Ficaram de cabelo em pé. Mas, reconheceram quem era, quando ele se apresentou. Lembra o que foi que o personagem disse? “Sou eu. Tenham medo não”. E quem é ele? Claro, é Jesus. Mas, ele disse SOU EU. Disse como Deus, o Pai, tinha dito no Monte Sinai a Moisés. 'EU SOU. Diga ao Faraó que EU SOU mandou dizer que liberte o meu povo'. EU SOU é Deus. Podemos pensar assim: no meio daquele vendaval, daquela tormenta, os discípulos fizeram uma experiência maravilhosa: Jesus é Deus. Ele é EU SOU. Durante o seu ministério, ele foi se revelando: “Eu sou o pão vivo descido do céu. Eu sou o Bom Pastor. Eu sou a Luz do Mundo”. Ele é Deus. É Deus quem domina o mar, é Deus quem acalma a tempestade. Por falar em tempestade, cadê a tempestade? Quando Jesus e Pedro entraram na barca, tudo se acalmou.

Guardando a mensagem

O mar é o mundo, onde os discípulos levam adiante a missão que Jesus lhes confiou. A barca é a comunidade dos discípulos, a Igreja. De vez em quando, a comunidade se encontra cercada de problemas e dificuldades, no meio de uma verdadeira tempestade. Em momentos como esse, faz uma profunda experiência de Deus. Jesus mesmo vem ao seu encontro. Jesus é o Deus vencedor do pecado, do mal e da morte. É ele quem garante o êxito da missão, ele domina a tempestade, ele acalma o mar. Nesta cena, Pedro tem um lugar de destaque. Também ele experimenta andar sobre as águas, como Jesus, embora, com medo, acabe afundando. Mas, Jesus está ao seu lado, dando-lhe força, levantando-o pela mão. Nesta primeira semana do mês vocacional, em que celebramos a vocação dos ministros ordenados - os diáconos, os padres e os bispos - nos console a certeza da presença de Jesus em sua Igreja, garantindo a travessia em todas as tempestades e socorrendo os seus ministros em suas fraquezas.

Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste? (Mt 14, 31)

Rezado a palavra

Senhor Jesus,
Minha família, como tua Igreja, também é como uma barca, navegando no mar. De vez em quando, dá cada tempestade! Pensando bem, nunca nos deixaste sozinhos no meio das tormentas. Sempre experimentamos que tu vens ao nosso encontro, mesmo quando partimos sem ti. É quando experimentamos, com emoção, a força de tua proteção, a grandeza do teu amor. Tua presença acalma a tempestade. Muito obrigado, Senhor. Tu és o nosso Deus e Salvador. Continua, Senhor, a sustentar pela mão o líder de tua barca, o nosso Papa, o nosso Pedro. Socorre-o em suas necessidades, levanta-o em suas fraquezas. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a Palavra

É possível que, hoje, se apresente uma oportunidade para você dizer uma palavra de fé que ajude a acalmar alguma tempestade. Se aparecer essa oportunidade, dê seu testemunho sobre Jesus: anuncie que é ele quem acalma o mar.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

JESUS ACALMA O MAR


Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste? (Mt 14, 31)


03 de agosto de 2020



Ontem, contemplamos como Jesus recebeu a notícia da morte violenta do profeta João Batista, seu primo e precursor. E como o povo chocado com o acontecido foi atrás de Jesus e ficou um longo tempo com ele, num lugar deserto. Lá, viveram uma experiência maravilhosa, uma verdadeira resposta ao banquete de Herodes. Participaram de um banquete de vida, onde Jesus repartiu o pão para eles. Eles tiveram uma exeriência da presença do Reino de Deus, no acolhimento, na fartura e na alegria.



No fim da tarde, os discípulos, a mando de Jesus, pegaram a barca para ir para Genesaré, que ficava do outro lado do mar da Galileia. Jesus tinha ficado para se despedir do povo. Depois que o povo se foi, Jesus foi rezar no monte. A travessia na barca foi se complicando. Escureceu, o vento foi ficando forte e o mar, agitado. Pelas três da manhã, eles viram um vulto andando sobre o mar, vindo na direção deles. Foi um medo só. Pensaram que fosse um fantasma. Jesus de lá gritou: “Sou eu. Tenham medo não”. Puxa, que susto!

Nesta narração do evangelho de Mateus, conta-se também que Pedro pediu para ir ao encontro de Jesus, caminhando sobre as águas. E até que estava conseguindo, mas ficou com medo e começou a afundar. Foi aí que Jesus o segurou pela mão. Quando subiram na barca, o vento se acalmou. Os discípulos reconheceram, então, que Jesus era, de verdade, o filho de Deus.

O que essa história está ensinando? Só contando um fato curioso? Certamente que não. O próprio texto (Mt 14) já nos dá uma pista de compreensão. As palavras “mar” e “barca” estão muito repetidas no texto. ‘Mar’ é sempre uma representação do mundo a que os discípulos estão enviados como missionários. O ‘mar’ é o mundo onde se realiza a missão. A palavra “barca” está repetida seis vezes. Essa insistência não pode ser por acaso. ‘Barca’, você sabe, é uma representação da comunidade, da Igreja. A barca de Pedro é a Igreja, a comunidade dos discípulos. O que é que está acontecendo? Eles estão tentando atravessar o mar e estão encontrando muita dificuldade. O que significaria a barca dos discípulos atravessando o mar? É a Igreja realizando a sua missão no mundo, no meio de muitas dificuldades. Note as palavras que aparecem: ‘era noite, os ventos estavam contrários, o mar estava agitado pelas ondas’. Que dificuldades encontra a Igreja na realização de sua missão? Nem precisamos fazer uma lista, não é verdade? O certo é que o mar continua revolto. E os ventos, contrários. 

Voltemos ao mar da Galileia. O que aconteceu no meio daquela apreensão toda dos discípulos, coitados, no meio daquela tempestade? Eles viram um vulto andando sobre as águas e vindo na direção deles. Ficaram de cabelo em pé. Mas, reconheceram quem era, quando ele se apresentou. Lembra o que foi que o personagem disse? “Sou eu. Tenham medo não”. E quem é ele? Claro, é Jesus. Mas, ele disse SOU EU. Disse como Deus, o Pai, tinha dito no Monte Sinai a Moisés. 'EU SOU. Diga ao Faraó que EU SOU mandou dizer que liberte o meu povo'. EU SOU é Deus. Podemos pensar assim: no meio daquele vendaval, daquela tormenta, os discípulos fizeram uma experiência maravilhosa: Jesus é Deus. Ele é EU SOU. Durante o seu ministério, ele foi se revelando: “Eu sou o pão vivo descido do céu. Eu sou o Bom Pastor. Eu sou a Luz do Mundo”. Ele é Deus. É Deus quem domina o mar, é Deus quem acalma a tempestade. Por falar em tempestade, cadê a tempestade? Quando Jesus e Pedro entraram na barca, tudo se acalmou.

Guardando a mensagem

O mar é o mundo, onde os discípulos levam adiante a missão que Jesus lhes confiou. A barca é a comunidade dos discípulos, a Igreja. De vez em quando, a comunidade se encontra cercada de problemas e dificuldades, no meio de uma verdadeira tempestade. Em momentos como esse, faz uma profunda experiência de Deus. Jesus mesmo vem ao seu encontro. Jesus é o Deus vencedor do pecado, do mal e da morte. É ele quem garante o êxito da missão, ele domina a tempestade, ele acalma o mar. Nesta cena, Pedro tem um lugar de destaque. Também ele experimenta andar sobre as águas, como Jesus, embora, com medo, acabe afundando. Mas, Jesus está ao seu lado, dando-lhe força, levantando-o pela mão. Nesta primeira semana do mês vocacional, em que celebramos a vocação dos ministros ordenados - os diáconos, os padres e os bispos - nos console a certeza da presença de Jesus em sua Igreja, garantindo a travessia em todas as tempestades e socorrendo os seus minsitros em suas fraquezas. 

Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste? (Mt 14, 31)

Rezado a palavra

Senhor Jesus,
Minha família, como tua Igreja, também é como uma barca, navegando no mar. De vez em quando, dá cada tempestade! Pensando bem, nunca nos deixaste sozinhos no meio das tormentas. Sempre experimentamos que tu vens ao nosso encontro, mesmo quando partimos sem ti. É quando experimentamos, com emoção, a força de tua proteção, a grandeza do teu amor. Tua presença acalma a tempestade. Muito obrigado, Senhor. Tu és o nosso Deus e Salvador. Continua, Senhor, a sustentar pela mão o líder de tua barca, o nosso Papa, o nosso Pedro. Socorre-o em suas necessidades, levanta-o em suas fraquezas. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a Palavra

É possível que, hoje, se apresente uma oportunidade para você dizer uma palavra de fé que ajude a acalmar alguma tempestade. Se aparecer essa oportunidade, dê seu testemunho sobre Jesus: anuncie que é ele quem acalma o mar.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb



NÃO ESQUECER A LIÇÃO DOS PÃES

Jesus logo lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenham medo! (Mc 6, 50)
08 de janeiro de 2020.
O evangelho de hoje conta que Jesus foi ao encontro dos discípulos, andando sobre o mar. E quando entrou na barca, o vento se acalmou. E que os discípulos estavam apavorados e assustados. E por quê? Disse o evangelho: porque eles não tinham compreendido nada a respeito dos pães. Vamos ver se a gente entende isso.
Você se lembra da cena dos pães, de ontem, não lembra? Jesus encontrou-se com um povo numeroso e encheu-se de compaixão. Ensinou muitas coisas e, no fim do dia, repartiu cinco pães e dois peixes com todo mundo. Foi uma refeição farta, pelas sobras que se recolheram. Quando tudo terminou, Jesus obrigou os discípulos a tomarem a barca e irem a uma cidade do outro lado do mar, o grande lago da Galileia. Depois que despediu o povo, Jesus foi rezar no monte.
A travessia na barca foi se complicando. Escureceu, o vento foi ficando forte e contrário. Já perto de amanhecer o dia, eles cansados de remar, viram um vulto andando sobre o mar, vindo na direção deles. Foi um medo só. Pensaram que fosse um fantasma. Jesus de lá gritou: “Tenham coragem. Sou eu. Tenham medo não”. Jesus se aproximou, subiu na barca e ficou com eles. O vento cessou e a viagem foi tranquila. Os discípulos estavam pasmos, espantados.
O que aconteceu com os discípulos, podemos resumir, foram duas coisas. Primeiro, eles não estavam conseguindo atravessar o lago, por causa da escuridão e do vento contrário. E segundo, eles não reconheceram Jesus que foi ajudá-los, por causa do medo de que estavam possuídos.
Eles remavam noite adentro e não conseguiam avançar. Essa travessia na barca é uma representação da missão que Jesus lhes confiou. Representa também as dificuldades que experimentamos hoje no cumprimento de nossa missão. As dificuldades vinham de fora (a ventania) e deles mesmos (a escuridão). Eles podiam ter pensado: ‘Gente, ontem, nós vimos aquele povo na mesma situação, ovelhas sem pastor, enfrentando a ventania da dispersão, da doença, da fome. E nós vimos: Deus mandou um pastor para cuidar do seu rebanho, Jesus ensinou e alimentou aquele povo todo. Ele não nos abandona. Deus está conosco’. Mas, eles não tinham aprendido a lição dos pães.
Aí Jesus, com pena deles, foi em seu socorro, andando sobre o mar. Eles conheciam as Escrituras. Sabiam que só Deus é quem anda sobre o mar. Já tinham ouvido isso no livro de Jó: “Só ele estende os céus e anda sobre as ondas do mar” (Jó 9,8). Mas, ao verem Jesus que vinha sobre as águas eles quase morreram de medo. Não tinham aprendido a lição da multiplicação dos pães. Em Jesus, age o próprio Deus, na sua grandeza, no seu poder. Jesus disse “Sou eu”, uma palavra que se repete na Bíblia como uma apresentação do próprio Deus.
Guardando a mensagem

Contando a história da travessia do lago, naquela noite de ventos fortes, o evangelista São Marcos comentou que os discípulos não tinham compreendido o que acontecera com os pães, estavam com o coração endurecido. E não entenderam, pelo menos, duas coisas. Primeiro, que Deus não abandona seus filhos. Foi o que Jesus tinha explicado e mostrado na prática: Deus, no seu amor de pai, não dá as costas ao povo necessitado, nem desampara seus filhos nas travessias difíceis. E a segunda coisa que eles não entenderam: Jesus é Deus que vem em nosso auxílio. De fato, mesmo depois da morte de Jesus, não foi fácil eles se convencerem da  sua ressurreição. E quando não se crê no poder de Deus que nos liberta do mal e da morte, vive-se com medo.
Jesus logo lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenham medo! (Mc 6, 50)

Vamos rezar a palavra
Senhor Jesus,
Tu acalmaste os discípulos, dizendo: “Sou eu. Não tenham medo”. Disseste SOU EU. O Pai tinha falado assim, no Monte Sinai, a Moisés: ‘Diga ao Faraó que EU SOU mandou dizer que liberte o meu povo'. EU SOU é Deus. No meio daquele vendaval, naquela noite escura, os discípulos fizeram uma experiência maravilhosa: a tua revelação como Deus. Tu, Senhor Jesus, és o Deus que domina o mar, que acalma a tempestade. Em nossas travessias difíceis, enche-nos de confiança. Em nossas noites escuras, reveste-nos da fé. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
É possível que, hoje, se apresente uma oportunidade para você dizer uma palavra de fé que ajude a acalmar alguma tempestade. Se aparecer essa oportunidade, dê seu testemunho sobre Jesus: anuncie que é ele quem acalma o mar.

08 de janeiro de 2020.
Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

NOITE ESCURA E VENTOS FORTES

Jesus logo lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenham medo! (Mc 6, 50)
09 de janeiro de 2018.
O evangelho de hoje conta que Jesus foi ao encontro dos discípulos, andando sobre o mar. E quando entrou na barca, o vento se acalmou. E que os discípulos estavam apavorados e assustados. E por quê? Disse o evangelho: porque eles não tinham compreendido nada a respeito dos pães. Vamos ver se a gente entende isso.
Você se lembra da cena dos pães, de ontem, não lembra? Jesus encontrou-se com um povo numeroso e encheu-se de compaixão. Ensinou muitas coisas e, no fim do dia, repartiu cinco pães e dois peixes com todo mundo. Foi uma refeição farta, pelas sobras que se recolheram. Quando tudo terminou, Jesus obrigou os discípulos a tomarem a barca e irem a uma cidade do outro lado do mar, o grande lago da Galileia. Depois que despediu o povo, Jesus foi rezar no monte.
A travessia na barca foi se complicando. Escureceu, o vento foi ficando forte e contrário. Já perto de amanhecer o dia, eles cansados de remar, viram um vulto andando sobre o mar, vindo na direção deles. Foi um medo só. Pensaram que fosse um fantasma. Jesus de lá gritou: “Tenham coragem. Sou eu. Tenham medo não”. Jesus se aproximou, subiu na barca e ficou com eles. O vento cessou e a viagem foi tranquila. Os discípulos estavam pasmos, espantados.
O que aconteceu com os discípulos, podemos resumir, foram duas coisas. Primeiro, eles não estavam conseguindo atravessar o lago, por causa da escuridão e do vento contrário. E segundo, eles não reconheceram Jesus que foi ajudá-los, por causa do medo de que estavam possuídos.
Eles remavam noite adentro e não conseguiam avançar. Essa travessia na barca é uma representação da missão que Jesus lhes confiou. Representa também as dificuldades que experimentamos hoje no cumprimento de nossa missão. As dificuldades vinham de fora (a ventania) e deles mesmos (a escuridão). Eles podiam ter pensado: ‘Gente, ontem, nós vimos aquele povo na mesma situação, ovelhas sem pastor, enfrentando a ventania da dispersão, da doença, da fome. E nós vimos: Deus mandou um pastor para cuidar do seu rebanho, Jesus ensinou e alimentou aquele povo todo. Ele não nos abandona. Deus está conosco’. Mas, eles não tinham aprendido a lição dos pães.
Aí Jesus, com pena deles, foi em seu socorro, andando sobre o mar. Eles conheciam as Escrituras. Sabiam que só Deus é quem anda sobre o mar. Já tinham ouvido isso no livro de Jó: “Só ele estende os céus e anda sobre as ondas do mar” (Jó 9,8). Mas, ao ver Jesus que vinha sobre as águas eles quase morreram de medo. Não tinham aprendido a lição da multiplicação dos pães. Em Jesus, age o próprio Deus, na sua grandeza, no seu poder. Jesus disse “Sou eu”, uma palavra que se repete na Bíblia como uma apresentação do próprio Deus.
Guardando a mensagem

Contando a história da travessia do lago, naquela noite de ventos fortes, o evangelista São Marcos comentou que os discípulos não tinham compreendido o que acontecera com os pães, estavam com o coração endurecido. E não entenderam, pelo menos, duas coisas. Primeiro, que Deus não abandona seus filhos. Foi o que Jesus tinha explicado e mostrado na prática: Deus, no seu amor de pai, não dá as costas ao povo necessitado, nem desampara seus filhos nas travessias difíceis. E a segunda coisa que eles não entenderam: Jesus é Deus que vem em nosso auxílio. De fato, mesmo depois da morte de Jesus, não foi fácil eles se convencerem da  sua ressurreição. E quando não se crê no poder de Deus que nos liberta do mal e da morte, vive-se com medo.
Jesus logo lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenham medo! (Mc 6, 50)

Vamos rezar a palavra
Senhor Jesus,
Tu acalmaste os discípulos, dizendo: “Sou eu. Não tenham medo”. Disseste SOU EU. O Pai tinha falado assim, no Monte Sinai, a Moisés: ‘Diga ao Faraó que EU SOU mandou dizer que liberte o meu povo'. EU SOU é Deus. No meio daquele vendaval, naquela noite escura, os discípulos fizeram uma experiência maravilhosa: a tua revelação como Deus. Tu, Senhor Jesus, és o Deus que domina o mar, que acalma a tempestade. Em nossas travessias difíceis, enche-nos de confiança. Em nossas noites escuras, reveste-nos da fé. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
É possível que, hoje, se apresente uma oportunidade para você dizer uma palavra de fé que ajude a acalmar alguma tempestade. Se aparecer essa oportunidade, dê seu testemunho sobre Jesus: anuncie que é ele quem acalma o mar.

Pe. João Carlos Ribeiro – 09.01.2018

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