PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: Jo 15
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Permanecer em Cristo.



14 de maio de 2024

   Dia de São Matias, Apóstolo.  



   Evangelho.   


Jo 15,9-17


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
9Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. 10Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor.
11E eu vos disse isto, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena. 12Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. 13Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. 15Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu senhor. Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai.
16Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça. O que então pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá. 17Isto é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros.



  Meditação.    


Se vocês guardarem os meus mandamentos, permanecerão no meu amor (Jo 15, 10)

Jesus está à mesa com os discípulos. No clima de intimidade da ceia, ele descreve a comunhão existente entre ele e os discípulos como a relação entre a videira e os ramos. A videira era já uma representação do povo de Deus, no Antigo Testamento. Ele lhes diz: “Eu sou a videira verdadeira, vocês são os ramos. Meu Pai é o agricultor”.

Jesus está unido ao Pai, permanece no Pai. E o Pai nele. Assim, os discípulos: permaneçam em Jesus, pois Jesus permanece neles. Como ramos, estejam inseridos na videira, profundamente, para dar frutos. O Pai poda os ramos para que deem mais frutos e corta os que não dão fruto. Como bom agricultor, o Pai cuida da videira e é glorificado pelos frutos que colhe. Daí a recomendação: "permaneçam no meu amor".

Mas, o que é ‘permanecer’? A imagem da videira nos ajuda a entender bem o que seja ‘permanecer’. Permanecer é estarmos inseridos em Cristo, em comunhão com ele, alimentando-nos dele e produzindo frutos. Vamos nos explicar melhor.

Permanecer em Cristo é, antes de tudo, estar em comunhão com ele, reconciliados e perseverantes na oração e na prática de sua palavra. “Aquele que permanece em mim, e eu nele, esse produz muito fruto”. Estamos unidos a Cristo pela fé e pelo batismo. No batismo, fomos inseridos nele, enxertados como ramos na videira. O batismo foi o banho purificador, que nos lavou do pecado, inserindo-nos no mistério de sua morte e ressurreição. Jesus falou que o Pai limpa o ramo e que nós já estávamos limpos pela palavra que recebemos. É bom lembrar que eles estavam ali na ceia, e que a ceia começou com o lava-pés. Por sua morte e ressurreição, Jesus nos limpa, nos purifica, nos reconcilia. Permanecendo em Cristo, o que pedimos ao Pai, ele nos concede. Permanecendo nele, suas palavras permanecem em nós.

Permanecer em Cristo é também estar em comunhão com a sua Igreja, com a comunidade dos discípulos. Quem está unido a Cristo precisa viver unido à comunidade dos discípulos, à Igreja, ser conhecido, participar, contribuir com a missão.

Permanecer em Cristo é ainda guardar os seus mandamentos. “Se guardarem os meus mandamentos, permanecerão no meu amor”, disse ele. E apresentou o seu próprio exemplo: ele guardou os mandamentos do seu Pai e, assim, permanece no seu amor. O discípulo de verdade é o que faz a vontade de Deus, como ele. E ali na ceia, ele nos deu o mandamento do amor fraterno: “amem-se uns aos outros, como eu amei vocês”.




Guardando a mensagem

Como os ramos estão unidos à videira, assim nós estamos unidos a Cristo. Para dar frutos, isto é, para realizarmos nossa vocação de ramos precisamos permanecer nele. Permanecer é estar em comunhão com ele, participando de sua Igreja e praticando os seus mandamentos. Só assim podemos dar frutos. O grande fruto é nos tornarmos seus discípulos: andar nos seus caminhos, ter os seus mesmos sonhos, amar com o seu coração compassivo, servir aos sofredores como ele o fez, ter o seu mesmo compromisso com o Reino.

Se vocês guardarem os meus mandamentos, permanecerão no meu amor (Jo 15, 10)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
pela fé e pelo batismo, estamos unidos a ti. Como ramos, fomos enxertados na videira verdadeira, que és tu. Não é fácil, Senhor, manter essa comunhão contigo, permanecer na graça. São tantas as provações, as tentações que teimam em nos afastar de ti e da comunhão com a tua Igreja, o teu corpo místico. Ajuda-nos, Senhor, com a força do teu Espírito, a nos manter perseverantes e fiéis, alimentados pelo pão da Palavra e da Eucaristia, produzindo muitos frutos para a glória do Pai. Sendo hoje o dia do teu apóstolo Matias, que foi escolhido para ficar no lugar de Judas Iscariotes, queremos, por sua intercessão, renovar nossa comunhão contigo e com a tua Igreja, nesse momento difícil que estamos atravessando como humanidade. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a Palavra

Que tal você compartilhar essa mensagem com mais gente do que você habitualmente já faz? Vamos espalhar o bem, sobretudo se o bem é a Palavra de Deus.

Comunicando

Ontem, no Youtube, na Segunda Bíblica, tivemos o 10º encontro de estudo do Livro do Profeta Ezequiel. Com esse encontro, concluímos a primeira etapa dos nossos estudos. Segunda-feira, começaremos a segunda etapa. Vamos começar com um resumão dos estudos feitos até agora. Assim, mesmo quem não acompanhou até agora, vai poder se integrar facilmente na nova etapa. Todos os encontros da Segunda Bíblica esperam por você no meu Canal do Youtube.


Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

O segredo do nosso testemunho.


06 de maio de 2024

  Segunda-feira da 6ª Semana da Páscoa.  


  Evangelho.


Jo 15,26–16,4a

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
15,26“Quando vier o Defensor que eu vos mandarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim.
27E vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o começo. 16,1Eu vos disse estas coisas para que a vossa fé não seja abalada. 2Expulsar-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que aquele que vos matar julgará estar prestando culto a Deus. 3Agirão assim, porque não conheceram o Pai, nem a mim. 4aEu vos digo isto, para que vos lembreis de que eu o disse, quando chegar a hora”.



   Meditação.  


Ele dará testemunho de mim (Jo 15, 26)

Ontem, celebramos o 6º Domingo da Páscoa. E a grande palavra que ecoou na liturgia de ontem foi AMOR. “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada” (Jo 14, 23). Como o Pai amou Jesus, Jesus nos amou. E como Jesus nos amou, precisamos nos amar uns aos outros. E nos perguntamos: Como foi que Jesus nos amou? Ele deu sua vida por nós. E nos deu o seu Espírito. No domingo da ressurreição, ele soprou sobre os apóstolos, comunicando-lhes o seu Espírito. No Pentecostes, derramou o seu Espírito sobre toda a comunidade. No seu amor por nós, ele deu a vida e nos deu o seu Espírito.

No texto de hoje, ainda na última ceia, Jesus está preparando os discípulos para acolher e entender a missão do Espírito Santo. Ele é o outro Defensor. Ele vem do Pai, como Jesus. E vem enviado pelo Pai e pelo Filho, na sua volta ao seio do Pai. E por que ele é chamado de Defensor? Porque atualizará o legado de Jesus que nos reconciliou com Deus, nos livrando do jugo do pecado; porque fortalecerá e defenderá os seguidores de Jesus nas provações, nas perseguições. Jesus o chamou de o Espírito da Verdade. Espírito da verdade porque ele revela aos discípulos quem é Jesus e os ajuda a compreender o significado de suas palavras. Ele é o animador número um da missão de Jesus que os discípulos vão continuar.

Desde o começo, a comunidade compreendeu esse papel fundamental do Santo Espírito, como parceiro da missão. Quando os apóstolos e os anciãos tiveram que tomar uma decisão sobre a entrada dos pagãos na comunidade, eles rezaram e deliberaram. Depois, escreveram o seguinte na carta que foi enviada: ‘Pareceu bem a nós e ao Espírito Santo tomar a seguinte decisão’. Viu? O Espírito Santo e os seguidores de Jesus são parceiros no testemunho do Mestre.

Se a palavra de ontem foi AMOR, hoje a palavra é TESTEMUNHO. O Espírito dá testemunho de Jesus. Nós também damos testemunho dele. Com nossas palavras e atitudes, dizemos a todos que Jesus é o pastor que o Pai enviou para cuidar de nós, para nos conduzir; que ele, como bom pastor, deu sua vida para nos resgatar; que ele, por sua ressurreição, nos comunicou a vida nova da graça e da comunhão com Deus. E o nosso testemunho fica ainda mais forte nas horas difíceis de nossa vida: na doença, no sofrimento, na perseguição, na morte. O Espírito Santo, Deus em nós, é o nosso parceiro. Ele nos sustenta no testemunho diário, fiel e verdadeiro que nós damos sobre Jesus. 





Guardando a mensagem

O Espírito Santo, enviado pelo Pai e pelo Filho, veio para garantir a continuidade da missão. Ele dá testemunho de Jesus. Nós também somos testemunhas de Jesus. A testemunha tem conhecimento de causa, por isso atesta publicamente, garante alguma coisa a partir de sua experiência. Nós conhecemos Jesus e o anunciamos. O Espírito Santo é quem garante que o nosso testemunho seja verdadeiro e fiel, particularmente nas provações. Ele é o parceiro da Igreja na sua grande missão, a evangelização. Nosso testemunho sobre Jesus, nós o damos todo dia, por onde andamos, com o que falamos, com o modo como nos conduzimos na vida. Quem nos inspira e nos sustenta no testemunho é o Espírito Santo.

Ele dará testemunho de mim (Jo 15, 26)

Rezando a palavra

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso Amor. Enviai, Senhor, o Vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.

Oremos: Ó Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com as luzes do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo nosso Senhor. Amém.


Vivendo a palavra

Talvez, hoje, apareça uma boa oportunidade pra você falar de Jesus a alguém. É só mostrar o seu amor por ele, sua vinculação com a comunidade dos seus discípulos, a Igreja. Uma hora para o testemunho. Hora do Espírito Santo.

Comunicando

O que o Profeta Ezequiel, em visão, viu de estranho no Templo de Jerusalém? É o assunto da Segunda Bíblica de hoje, estudando o capítulo 8 do Profeta Ezequiel. O nosso encontro bíblico semanal no Youtube começa às oito e meia da noite desta segunda-feira. Espero por você.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Amem-se uns aos outros.



05 de maio de 2024

   6° Domingo da Páscoa.    


   Evangelho.  


Jo 15,9-17

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 9“Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. 10Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. 11Eu vos disse isso, para que minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena.
12Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. 13Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos. 14Vós sois meus amigos, se fizerdes o que vos mando.
15Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu senhor. Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai.
16Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça. O que então pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá.
17Isto é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros”.

   Meditação.  


Amem-se uns aos outros, como eu amei vocês (Jo 15, 12)

Não sei se você lembra qual foi a palavra-chave do domingo passado. Não lembra? Vou lhe dar uma dica. Domingo passado, Jesus fez a comparação da videira. Lembrou?! A palavra foi... PERMANECER. Permanecer é estar em comunhão com Cristo e com a comunidade, realizando a Palavra, tornando-se discípulo, discípula. A palavra forte de hoje é fácil de identificar. É só prestar atenção no evangelho, onde ela se repete nove vezes. AMOR. Na segunda leitura, primeira carta de São João, também esta palavrinha volta nove vezes. AMOR. Vamos prestar atenção nela.

Olha como começa o evangelho de hoje. “Como meu Pai me amou, assim também eu amei vocês. Permaneçam no meu amor”. Podemos nos perguntar: Como vemos o amor do Pai por Jesus? E a resposta é simples: Na criação, o Pai já tinha demonstrado o seu amor pelo filho. Fez tudo pensando nele, nos criou à sua imagem e semelhança. No batismo de Jesus, vemos outra manifestação maravilhosa do amor do Pai. Ele declarou bem alto: “Este é o meu filho amado”. E derramou sobre ele o seu Espírito. Foi quando veio sobre Jesus o Espírito Santo, em forma de pomba. Na transfiguração, de novo o Pai disse aos discípulos: "este é o meu filho amado."

“Como meu Pai me amou, assim também eu amei vocês”. E como foi que Jesus nos amou? Fácil de responder. Jesus se aproximou de nós, pela sua encarnação. Veio viver conosco, assumindo nossa condição humana. Mais? Ele nos anunciou o Reino de Deus, ele nos revelou o Pai e o seu projeto de salvação. E deu a prova maior de amor: deu a sua vida por nós. Foi assim que ele nos amou. E tem mais: ele também nos deu o seu Espírito. No domingo em que ressuscitou, se encontrou com a comunidade dos discípulos e soprou sobre eles, comunicando-lhes o Espírito Santo. E, cinquenta dias após a páscoa, derramou o seu Espírito sobre toda a comunidade.

O Pai amou Jesus. Jesus nos amou. E nos orientou a vivermos no amor. Deixou-nos o seu mandamento: “amem-se uns aos outros, assim como eu amei vocês”. O amor virou a marca da comunidade cristã. Logo as pessoas de fora começaram a reparar como, na comunidade eles se queriam bem, dividiam os seus bens, acudiam as necessidades dos mais pobres, rezavam juntos. “Um só coração e uma só alma”. São João escreveu na sua primeira carta: “Quem ama, nasceu de Deus, conhece Deus, porque Deus é amor". Na comunidade, procura-se viver o amor como o de Jesus: proximidade, acolhimento, inclusão, partilha, diálogo na verdade, perdão, comunhão.

Esse amor vivido na comunidade - expressão do amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo – transborda do círculo comunitário para ser fermento no meio da sociedade. Os cristãos e suas comunidades vão fermentando o mundo com esse amor. Acompanham os doentes, visitam os presos, defendem os injustiçados. Com o amor de Jesus, estendem a mão aos moradores de rua, aos órfãos, aos dependentes químicos. No amor por Jesus e pelos irmãos, educam para a cidadania, fortalecem a luta pela paz e pela justiça, defendem a vida ameaçada no útero materno e fora dele, convocam a todos para salvar o planeta, a casa comum. É o amor que se torna fermento no meio da sociedade.




Guardando a mensagem

A comunidade cristã, onde se incluem também as famílias dos cristãos, é o grande o espaço do amor fraterno. Conhecemos aí o amor de Deus por nós. Nosso amor aos irmãos, como Jesus nos amou, é a nossa resposta ao amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Na comunidade, somos chamados a viver o amor como acolhimento, amizade, ajuda mútua, correção fraterna, perdão. Esse amor forma cada cristão e toda a comunidade para serem, na sociedade, uma força de transformação. O amor se torna um fermento de paz, de justiça e de solidariedade.

Amem-se uns aos outros, como eu amei vocês (Jo 15, 12)

Rezando a Palavra

Senhor Jesus,
não somente nos mandaste amar, mas nos amar, como tu nos amaste. E tu nos amaste, sobretudo, sacrificando-se por nós. Amar é ficar feliz com a alegria do outro, vencendo o egoísmo. Amar é tomar como seu o sofrimento do outro, vencendo a indiferença. Amar é assumir o seu posto de cidadão pra melhorar o mundo, vencendo a alienação. Ajuda-nos, Senhor, a por em prática tua palavra, a viver no amor. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a Palavra

O amor que Jesus ensinou logo materializou-se na inclusão, na queda de preconceitos, em gestos de solidariedade, na missão voltada para os de fora. É o que você vai concluir lendo a história de Cornélio. Leia, hoje, na sua Bíblia, em Atos capítulo 10, a história de Cornélio e sua família. Essa passagem é a primeira leitura da Missa deste 6º domingo da Páscoa. Por falar em Missa, a que horas você vai participar da celebração dominical, hoje, em sua comunidade?

Pe. João Carlos Ribeiro, SDB

Parece que o mundo não gosta de você.


04 de maio de 2024

   Sábado da 5ª Semana da Páscoa.  



   Evangelho.  


João 15,18-21

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
18. "Se o mundo vos odeia,
sabei que primeiro me odiou a mim.
19  Se fôsseis do mundo,
o mundo gostaria daquilo que lhe pertence.
, porque não sois do mundo,
porque eu vos escolhi e apartei do mundo,
o mundo por isso vos odeia.
20  Lembrai-vos daquilo que eu vos disse:
'O servo não é maior que seu senhor'.
Se me perseguiram a mim,
também perseguirão a vós.
Se guardaram a minha palavra,
também guardarão a vossa.
21. Tudo isto eles farão contra vós, por causa do meu nome,
porque não conhecem aquele que me enviou".
Palavra da Salvação.


   Meditação  


Se o mundo odeia vocês, saibam que primeiro me odiou (Jo 15, 18)

Quando você começa a se comportar como um cristão de verdade, muita gente estranha. É o que Jesus está nos dizendo hoje: “o mundo gosta do que é seu”. No evangelho de João, fica bem clara a oposição que o mundo faz a Jesus. O mundo, na compreensão desse evangelho, são as pessoas e as estruturas que se opõem a Deus. É bem verdade que Deus amou tanto o mundo que enviou o seu filho único para salvá-lo. Mas, nem todo mundo acolheu Jesus. E, na verdade, boa parte de seu mundo estranhou sua mensagem e suas atitudes e o rejeitou, levando-o à morte de malfeitor na cruz.

O mundo está dominado pelo pecado e, portanto, está sempre na oposição a Deus, em oposição ao Deus verdadeiro revelado por Jesus. O mundo pode até formar para si uma imagem falsa de Deus, ter um deus que lhe convenha. Pode ver que as pessoas que tramaram a morte de Jesus eram pessoas religiosas, mas serviam a uma falsa imagem de Deus. Sentiram-se ameaçadas pelo jeito de Jesus falar de Deus e tratar os sofredores e, em nome do seu deus, mataram-no.

O cristão é alguém que é tirado do mundo. É bom explicar melhor isso. Jesus falou assim: “O mundo odeia vocês porque eu os escolhi e os apartei do mundo”. Jesus nos escolheu, nos chamou. Ser escolhido por Jesus, seguir Jesus é afastar-se do mundo, isto é, desvincular-se do mal do mundo. Dá pra entender? Não é que o cristão possa viver fora do mundo. Ele afasta-se do mal que está no mundo, mas vive no mundo. Na ceia, Jesus pediu ao Pai: “Eu não peço que os tires do mundo, mas que os livres do maligno”. Estamos no mundo, mas não somos do mundo.

O mundo perseguiu Jesus. E desconfia de qualquer um que se pareça com Jesus. Olha o que ele fala no evangelho de hoje: “Se o mundo odeia vocês, saibam que primeiro ele me odiou”. E por que o mundo odeia Jesus? Pela mesma razão que o mundo do tempo de Jesus o odiou e o matou. A mensagem de Jesus e o seu modo de se conduzir na vida eram uma permanente denúncia contra o egoísmo, a dominação, a manipulação, a alienação que movem o mundo. Jesus vivia e pregava radicalmente a fraternidade, a prioridade dos pequenos e sofredores, a liberdade, o amor a Deus e aos irmãos, a vida segundo a vontade de Deus. A vida dos cristãos devia ser uma pregação permanente (mesmo sem sermão) contra a infidelidade, a desonestidade, a busca de privilégios, a exploração; uma pregação em favor da santidade do matrimônio, da sacralidade da vida, da justiça e do perdão como caminho para a paz. Quem anda assim, afastou-se do mundo, mesmo vivendo nele.

Sair do mundo é como a saída do povo do cativeiro do Egito. É obra de Deus em nós. Jesus disse isso a Nicodemos: “tem que nascer de novo”. Sair do mundo é um êxodo, é um novo nascimento. Obra de Deus, com nossa adesão.




Guardando a mensagem

O seguidor de Jesus, a seguidora de Jesus, pautando-se pelo seu evangelho, com certeza, pelo estranhamento do mundo, vai sofrer incompreensão, pode sofrer rejeição e até perseguição. Foi assim com Jesus. Se o comportamento e as palavras de um cristão não incomodam o mundo, tem alguma coisa errada nele. Não porque procuremos oposição e encrenca. Jesus não procurou confronto e briga. Mas, o mundo só gosta do que é seu.

Se o mundo odeia vocês, saibam que primeiro me odiou (Jo 15, 18)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
disseste “se me perseguiram, também perseguirão vocês”. E estamos começando a entender o porquê: porque o cristão não pertence mais ao mundo, não pensa e não age mais como o mundo. Agora, isso não é fácil, Senhor. É verdade, tu não nos disseste que seria fácil. Na verdade, nos ensinaste a tomar o caminho estreito, pois larga é a estrada que conduz à perdição. Continua, Senhor, rezando por nós ao Pai, pedindo que não nos tire do mundo, mas que nos livre do mal que está nele. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Está chegando o final de semana. Não esqueça o compromisso do Terço Mariano diário. Se não começou ainda, tudo bem, comece hoje. É tempo de compromisso com a sua vida de oração. E isso  pede esforço, disciplina, certa dose de sacrifício. Mas, não se colhe, se não se planta. 

Comunicando

No próximo dia 13 de maio, uma segunda-feira, teremos Encontro dos Ouvintes na Paróquia São João Bosco em Caetés I, município de Abreu e Lima, área metropolitana do Recife. O encontro começa com o terço mariano das 18 horas e prossegue com a Santa Missa. 13 de maio - Encontro dos Ouvintes em Caetés I, Abreu e Lima. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

O amor que muda o mundo.



02 de maio de 2024

Santo Atanásio, bispo de Alexandria 
no Egito e doutor da Igreja

  Quinta-feira da 5ª Semana da Páscoa. 



  Evangelho   

Jo 15,9-11

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 9“Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. 10Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. 11Eu vos disse isto, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena”.


  Meditação   


Como meu Pai me amou, assim também eu amei vocês. Permaneçam no meu amor (Jo 15, 9)

Podemos nos perguntar: Jesus falou do amor do Pai por ele. Como podemos ver esse amor do Pai por Jesus?  E a resposta  não é difícil: Na criação, o Pai já tinha demonstrado o seu amor pelo filho. Fez tudo pensando nele, nos criou à sua imagem e semelhança. No batismo de Jesus, vemos outra manifestação maravilhosa do amor do Pai. Ele declarou bem alto: “Este é o meu filho amado”. E derramou sobre ele o seu Espírito. Foi quando veio sobre Jesus o Espírito Santo, em forma de pomba.

Como meu Pai me amou, assim também eu amei vocês”. E como foi que Jesus nos amou? Mais fácil ainda de responder. Jesus se aproximou de nós, pela sua encarnação. Veio viver conosco, assumindo nossa condição humana. Mais? Ele nos anunciou o Reino de Deus, ele nos revelou o Pai e o seu projeto de salvação. E deu a prova maior de amor: deu a sua vida por nós. Foi assim que ele nos amou. E tem mais: ele também nos deu o seu Espírito. No domingo em que ressuscitou, se encontrou com a comunidade dos discípulos e soprou sobre eles, comunicando-lhes o Espírito Santo. E, cinquenta dias após a páscoa, derramou o seu Espírito sobre toda a comunidade.

O Pai amou Jesus. Jesus nos amou. E nos orientou a vivermos no amor. Deixou-nos o seu mandamento: “amem-se uns aos outros, assim como eu amei vocês”. O amor virou a marca da comunidade cristã. Logo as pessoas de fora começaram a reparar como, na comunidade eles se queriam bem, dividiam os seus bens, acudiam às necessidades dos mais pobres, rezavam juntos. “Um só coração e uma só alma”. São João escreveu na sua primeira carta: “Quem ama, nasceu de Deus, conhece Deus, porque Deus é amor". Na comunidade, procura-se viver o amor como o de Jesus: proximidade, acolhimento, inclusão, partilha, diálogo na verdade, perdão, comunhão.

Esse amor vivido na comunidade - expressão do amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo – transborda do círculo comunitário para ser fermento no meio da sociedade. Os cristãos e suas comunidades vão fermentando o mundo com esse amor. Acompanham os doentes, visitam os presos, defendem os injustiçados. Com o amor de Jesus, estendem a mão aos moradores de rua, aos órfãos, aos dependentes químicos. No amor por Jesus e pelos irmãos, educam para a cidadania, fortalecem a luta pela paz e pela justiça, defendem a vida ameaçada. É o amor que se torna fermento no meio da sociedade.



Guardando a mensagem

A comunidade cristã, onde se incluem também as famílias dos cristãos, é o grande espaço do amor fraterno. Conhecemos aí o amor de Deus por nós. Nosso amor aos irmãos, como Jesus nos amou, é a nossa resposta ao amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Na comunidade, somos chamados a viver o amor como acolhimento, amizade, ajuda mútua, correção fraterna, perdão. Esse amor forma cada cristão e toda a comunidade para serem, na sociedade, uma força de transformação. O amor se torna um fermento de paz, de justiça e de solidariedade.

Como meu Pai me amou, assim também eu amei vocês. Permaneçam no meu amor (Jo 15, 9)

Rezando a Palavra

Senhor Jesus,
não somente nos mandaste amar, mas nos amar como tu nos amaste. E tu nos amaste, sobretudo, sacrificando-se por nós. Amar é ficar feliz com a alegria do outro, vencendo o egoísmo. Amar é tomar como seu o sofrimento do outro, vencendo a indiferença. Amar é assumir o seu posto de cidadão pra melhorar o mundo, vencendo a alienação. Ajuda-nos, Senhor, a por em prática tua palavra, a viver no amor. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a Palavra

Nesse mês de maio, temos uma excelente oportunidade para cultivar nossa comunhão com o Senhor: a oração diária do Terço Mariano. Ontem, lançamos o desafio do mês: rezar o Terço todos os dias. E perguntamos quem topa o desafio. No formulário e no WhatsApp, temos já uma parcial: 1.520 pessoas responderam que topam o desafio, que vão se esforçar para isso. Parece que você ainda não registrou sua resposta. Faça isso pelo formulário que enviamos ontem ou pelo Whatsapp 81 3224-9284. Lá também se pode colocar a intenção para a Santa Missa de hoje. 

Comunicação

A gente se encontra na Missa desta quinta-feira, às 11 horas, transmitida pela rádio Amanhecer e pelo Youtube. É só procurar o canal Padre João Carlos. Aproveite para se inscrever e marcar o sininho para receber um aviso quando começarmos a Missa. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

O que é permanecer em Cristo?


01 de maio de 2024

Dia de São José Operário.

Dia do Trabalhador.

Abertura do Mês Mariano.

  Quarta-feira da 5ª Semana da Páscoa.  


  Evangelho   


Jo 15,1-8

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 1“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. 2Todo ramo que em mim não dá fruto ele o corta; e todo ramo que dá fruto, ele o limpa, para que dê mais fruto ainda. 3Vós já estais limpos por causa da palavra que eu vos falei. 4Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto, se não permanecerdes em mim.
5Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim e eu nele, esse produz muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. 6Quem não permanecer em mim, será lançado fora como um ramo e secará. Tais ramos são recolhidos, lançados no fogo e queimados. 7Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos será dado. 8Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos.


   Meditação  


Permaneçam em mim e eu permanecerei em vocês (Jo 15, 4)


Qual é a grande palavra de hoje?

PERMANECER. ‘Permaneçam em mim e eu permanecerei em vocês’. Jesus está à mesa com os discípulos. No clima de intimidade da ceia, ele descreve a comunhão existente entre ele e os discípulos como a relação entre a videira e os ramos. A videira era já uma representação do povo de Deus, no Antigo Testamento. Ele lhes diz: “Eu sou a videira verdadeira, vocês são os ramos. Meu Pai é o agricultor”.

Jesus está unido ao Pai, permanece no Pai. E o Pai nele. Assim, os discípulos: permaneçam em Jesus, pois Jesus permanece neles. Como ramos, estejam inseridos na videira, profundamente, para dar frutos. O Pai poda os ramos para que dêem mais frutos e corta os que não dão fruto. Como bom agricultor, o Pai cuida da videira e é glorificado pelos frutos que colhe.

Mas, o que é ‘permanecer’? A imagem da videira nos ajuda a entender bem o que seja ‘permanecer’. Permanecer é estar inseridos em Cristo, em comunhão com ele, alimentando-nos dele e produzindo frutos.

Em primeiro lugar, PERMANECER EM CRISTO é estar em comunhão com ele, reconciliados e perseverantes na oração e na prática de sua palavra. “Aquele que permanece em mim, e eu nele, esse produz muito fruto”. Estamos unidos a Cristo pela fé e pelo batismo. No batismo, fomos inseridos nele, enxertados como ramos na videira. O batismo foi o banho purificador, que nos lavou do pecado, inserindo-nos no mistério de sua morte e ressurreição. Jesus falou que o Pai limpa o ramo e que nós já estávamos limpos pela palavra que recebemos. É bom lembrar que eles estavam ali na ceia, e que a ceia começou com o lava-pés. Por sua morte e ressurreição, Jesus nos limpa, nos purifica, nos reconcilia. Permanecendo em Cristo, o que pedimos ao Pai, ele nos concede. Permanecendo nele, suas palavras permanecem em nós. Temos já uma primeira resposta: PERMANECER em Cristo é estar em comunhão com ele, reconciliados e perseverantes na oração e na prática de sua palavra.

Em segundo lugar, PERMANECER EM CRISTO é estar em comunhão com a sua Igreja, com a comunidade dos discípulos. Lemos no livro dos Atos dos Apóstolos (At 9), Saulo tinha chegado em Jerusalém, mas ninguém queria saber dele, a fama dele era de perseguidor. Barnabé o apresentou aos apóstolos e contou-lhes a sua conversão. Os apóstolos o acolheram. Ele integrou-se na comunidade e começou a pregar ao povo. Olha que grande lição. Quem está unido a Cristo, como Saulo já estava, precisa viver unido à comunidade dos discípulos, à Igreja, ser conhecido, participar, contribuir com a missão. Essa segunda resposta é muito valiosa: PERMANECER em Cristo é estar em comunhão com a sua Igreja, com a comunidade dos discípulos.

Em terceiro lugar, PERMANECER EM CRISTO é guardar os seus mandamentos. Lemos na primeira carta do apóstolo João: “Quem guarda os seus mandamentos permanece com Deus e Deus com ele” (1 Jo 3). E o apóstolo resume o mandamento de Deus: crer no nome do seu Filho e nos amarmos como irmãos. Jesus, de muitos modos, nos falou disso: o discípulo de verdade é o que faz a vontade de Deus, como ele. E ali na ceia, ele nos deu o mandamento do amor fraterno: “amem-se uns aos outros, como eu amei vocês”. Terceira resposta: PERMANECER em Cristo é guardar os seus mandamentos.




Guardando a mensagem

Como os ramos estão unidos à videira, assim nós estamos unidos a Cristo. Para dar frutos, isto é, para realizarmos nossa vocação de ramos precisamos permanecer nele. Permanecer é estar em comunhão com ele, participando de sua Igreja e praticando os seus mandamentos. Só assim podemos dar frutos. O grande fruto é nos tornarmos seus discípulos: andar nos seus caminhos, ter os seus mesmos sonhos, amar com o seu coração compassivo, servir aos sofredores como ele o fez, ter o seu mesmo compromisso com o Reino.

Permaneçam em mim e eu permanecerei em vocês (Jo 15, 4)

Rezando a Palavra

Senhor Jesus,
pela fé e pelo batismo, estamos unidos a ti. Como ramos, fomos enxertados na videira verdadeira. Não é fácil, Senhor, manter essa comunhão contigo, permanecer na graça. São tantas as provações, as tentações que teimam em nos afastar de ti e da comunhão com a tua Igreja, o teu corpo místico. Ajuda-nos, Senhor, com a força do teu Espírito, a nos mantermos perseverantes e fiéis, alimentados pelo pão da Palavra e da Eucaristia, produzindo muitos frutos para a glória do Pai. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a Palavra

No seu caderno espiritual, escreva um propósito: fazer algo que o(a) ajude a permanecer em Cristo. 

Comunicando

O Mês de Maio é uma oportunidade preciosa para a evangelização de nossas famílias. Vou lhe deixar duas sugestões: a primeira é que, neste mês, tenha, em sua casa, um altarzinho dedicado a Nossa Senhora. Sendo possível, faça o mesmo no seu ambiente de trabalho. E a segunda: veja se consegue rezar o terço em família, ao menos uma vez por semana.

E o desafio desse mês pra você é rezar o terço, os 31 dias. Deu para entender? O desafio deste mês de maio é rezar o terço mariano, todos os dias. Neste sentido, preciso lhe perguntar: Você topa o desafio? Mande a sua resposta pelo formulário ou pelo whatsapp 81 3224-9284.


Pe. João Carlos Ribeiro, SDB

Sem mim, vocês não podem fazer nada.


28 de abril de 2024

   5º Domingo da Páscoa.   


   Evangelho.   

Jo 15,1-8

Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: 1“Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor. 2Todo ramo que em mim não dá fruto ele o corta; e todo ramo que dá fruto, ele o limpa, para que dê mais frutos ainda. 3Vós já estais limpos por causa da palavra que eu vos falei.
4Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto, se não permanecerdes em mim.
5Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim, e eu nele, esse produz muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
6Quem não permanecer em mim, será lançado fora como um ramo e secará. Tais ramos são recolhidos, lançados no fogo e queimados.
7Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos será dado. 8Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos.

   Meditação.   


Sem mim, vocês nada podem fazer (Jo 15,5)

Como Israel era um povo agrícola, a Bíblia está cheia de comparações com plantas frutíferas: oliveira, videira, vinha, figueira... A vinha é uma imagem tradicional do povo de Deus. Deus plantou seu povo naquela terra abençoada de Canaã, como quem planta uma vinha, um parreiral, uma linda roça de uva.

Jesus falou de uma forma alegórica, dizendo que ele é a videira, o Pai é o agricultor e nós somos os ramos. A cultura agrícola do seu povo permitia um imediato entendimento dessa comparação. Uma imagem muita rica, cheia de detalhes a nos falar de nossa unidade com Cristo e de nosso crescimento na vida cristã. No batismo, fomos enxertados em Cristo, como ramos enxertados na videira. Somos filhos adotivos. Nossa identidade está ligada a Jesus Salvador. Sem essa vinculação permanente com a videira, não prosperamos do ponto de vista espiritual. Não damos frutos. Separados da videira, o ramo seca. É de se pensar que muitos se batizam, mas não continuam unidos a Cristo, alimentando-se de sua Palavra e da Eucaristia, integrado à sua comunidade eclesial.

“Sem mim, vocês nada podem fazer”. Sem essa união com Cristo, videira verdadeira, não há como darmos fruto. O ramo não prospera separado da videira ou só aparentemente unido. Digo ‘aparentemente’, porque, em muitos casos, a pessoa não se mantém realmente vinculada a Cristo, não permanece unida a ele. O alerta de Jesus é sobre ‘permanecer’. Permanecer é perseverar na comunhão com ele, na comunhão com a comunidade dos discípulos e na prática dos seus mandamentos. Podemos desconfiar dessa vinculação com o Senhor quando a pessoa não tem uma vida de oração, não se alimenta da Palavra de Deus, não frequenta a celebração eucarística.

“Sem mim, vocês nada podem fazer”. Fomos inseridos em Cristo pela fé e pelo batismo. Mas, isto não basta. A imagem da videira nos ajuda a perceber isso. Os frutos não surgem de repente, levam um tempo. Eles vêm, num certo momento do processo, num ramo que está profundamente unido ao tronco, alimentando-se permanentemente da seiva que vem dele e da fotossíntese que realiza na presença da luz solar. É preciso permanecer, crescer nele, para poder dar frutos.

“Nisto meu Pai é glorificado: que vocês deem muito fruto e se tornem meus discípulos”. Segundo essa palavra, dar fruto é o mesmo que tornar-se seus discípulos. De fato, que fruto maior se pode esperar de um filho de Deus, de uma filha de Deus senão tornar-se parecido com Jesus?! Tornar-se discípulo é chegar a pensar como Jesus, amar como ele e agir como ele; com o seu coração, com a sua entrega, com a sua fidelidade.




Guardando a mensagem

Jesus, em suas comparações, valia-se de imagens do ambiente conhecido pelo seu povo. A comparação com a videira já vinha do Antigo Testamento. Jesus falou de nossa comunhão com ele como a do ramo enxertado na videira. Se não permanecermos nele, não damos fruto. Para a aderência no tronco da videira, o ramo precisa ser limpo. O Pai nos limpou, nos purificou com a morte redentora de Jesus. A grande obra de nossa vida é nos tornarmos discípulos e discípulas do Senhor. E, assim, realizamos nossa vida, inspirada na sua, iluminada pelo seu exemplo, trilhando o seu caminho. Como discípulos, à imagem de Jesus, tudo o que fizermos agradará e glorificará o nosso Deus e Pai.

Sem mim, vocês nada podem fazer (Jo 15,5)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
a nossa união contigo está figurada na alegoria da videira. Tu és a videira, o tronco. Nós somos os ramos, os galhos. O Pai é o agricultor. Ele cuida da videira, do tronco e dos ramos. Somos um contigo, somos a tua Igreja. Estamos unidos a ti, como ramos enxertados. Quanto mais permanecemos em ti, mais podemos florescer como filhos de Deus, com atitudes e ações de discípulos teus. Concede-nos, Senhor, o teu Santo Espírito que nos une a ti, videira verdadeira. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

A oração é uma forma de permanecermos em Cristo. Sem ele, nada podemos fazer. Reforce, hoje, seu compromisso com o seu momento diário de oração. 

Comunicando

A Paróquia da cidade de São Vicente Férrer, na Diocese de Nazaré, está completando 160 anos. Hoje, estarei por lá, com o meu show: evangelizando com a música.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Nós e o Espírito Santo somos testemunhas de Jesus.



15 de maio de 2023

  Segunda-feira da 6ª. Semana da Páscoa. 



      Evangelho.     


c

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 15,26“Quando vier o Defensor que eu vos mandarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim.
27E vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o começo. 16,1Eu vos disse estas coisas para que a vossa fé não seja abalada. 2Expulsar-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que aquele que vos matar julgará estar prestando culto a Deus. 3Agirão assim, porque não conheceram o Pai, nem a mim. 4aEu vos digo isto, para que vos lembreis de que eu o disse, quando chegar a hora”.



      Meditação.     

Ele dará testemunho de mim (Jo 15, 26)

Ontem, celebramos o 6º Domingo da Páscoa. E a grande palavra que ecoou na liturgia de ontem foi AMOR. Como o Pai amou Jesus, ele nos amou. Como Jesus nos amou, temos que nos amar uns aos outros. E nos perguntamos: Como foi que Jesus nos amou? Ele deu sua vida por nós. E nos deu o seu Espírito. No domingo da ressurreição, ele soprou sobre os apóstolos, comunicando-lhes o seu Espírito. No Pentecostes, derramou o seu Espírito sobre toda a comunidade. No seu amor por nós, ele deu a vida e nos deu o seu Espírito.

Nesta cena do evangelho de hoje, na mesa da última ceia, Jesus está preparando os discípulos para acolher e entender a missão do Espírito Santo. Ele é o outro Defensor. Ele vem do Pai, como Jesus. E vem enviado pelo Pai e pelo Filho, na sua volta ao seio do Pai. E por que ele é chamado de Defensor? Porque atualizará o legado de Jesus que nos reconciliou com Deus, nos livrando do jugo do pecado; porque fortalecerá e defenderá os seguidores de Jesus nas provações, nas perseguições. Jesus o chamou de o Espírito da Verdade. Espírito da verdade porque ele revela aos discípulos quem é Jesus e os ajuda a compreender o significado de suas palavras. Ele é o animador número um da missão de Jesus que os discípulos vão continuar.

Jesus disse aos discípulos: “Ele dará testemunho de mim. E vocês também darão testemunho”. TESTEMUNHO é a palavra-chave do evangelho de hoje. Dar testemunho de Jesus é dizer claramente, e com conhecimento, quem é ele. É atestar, diante do mundo, o seu papel redentor. Dar testemunho é ficar firme e fiel na hora da provação e da perseguição. Nós e o Espírito Santo somos as testemunhas de Jesus. Nós sozinhos não damos conta. Precisamos da presença e da atuação do Santo Espírito para nos fazer entender quem é Jesus, para compreender suas palavras, para atualizar sua presença no mundo, para nos sustentar na missão de anunciadores da salvação em Cristo. Nós e o Espírito Santo somos as testemunhas de Jesus no mundo de hoje.

Desde o começo, a comunidade compreendeu esse papel fundamental do Santo Espírito, como parceiro da missão. Quando os apóstolos e os anciãos tiveram que tomar uma decisão sobre a entrada dos pagãos na comunidade, eles rezaram e deliberaram. Depois, escreveram o seguinte na carta que foi enviada: ‘Pareceu bem a nós e ao Espírito Santo tomar a seguinte decisão’. Viu? O Espírito Santo e os seguidores de Jesus são parceiros no testemunho do Mestre.


Vamos guardar a mensagem

Jesus mandou o Espírito Santo, da parte do Pai, para garantir a continuidade de sua missão. Ele dá testemunho de Jesus. Nós também somos testemunhas de Jesus. A testemunha tem conhecimento de causa, por isso atesta publicamente, garante alguma coisa a partir de sua experiência. Nós conhecemos Jesus e o anunciamos. O Espírito Santo é quem garante que o nosso testemunho seja verdadeiro e fiel nas provações. Ele é o parceiro da Igreja na sua grande missão, a evangelização. Nosso testemunho sobre Jesus, nós o damos todo dia, por onde andamos, com o que falamos, com o modo como nos conduzimos na vida. Quem nos inspira e nos sustenta no testemunho é o Espírito Santo.

Ele dará testemunho de mim (Jo 15, 26)

Vamos rezar a palavra

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso Amor. Enviai, Senhor, o Vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.

Oremos: Ó Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com as luzes do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo nosso Senhor. Amém.


Novena de Nossa Senhora Auxiliadora

Começa hoje a Novena de Nossa Senhora Auxiliadora. O tema de hoje é "Com Maria, aprendemos a oração". 

A oração por excelência de Maria é o Magnificat ("A minha alma glorifica o Senhor"). Este é o cântico dos tempos messiânicos no qual confluem a exultação do antigo e do novo Israel. 

Saudemos a Virgem Auxiliadora, neste primeiro dia de sua novena:

Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres. E bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. 
Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. 

Comunicando

Hoje, nossa Associação Missionária Amanhecer (AMA) celebra um Dia Missionário. Todos precisamos assumir, cada vez mais, a nossa condição de testemunhas de Jesus. Uma atividade missionária da AMA neste mês de maio é a Peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora, em Jaboatão, na área metropolitana do Recife. A peregrinação acontece no dia 24 de maio. Mesmo de longe, você pode participar, acompanhando as transmissões pelo Youtube. Para mais informações, entre em contato conosco pelo Whatsapp 81 3224-9284. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Não foram vocês que me escolheram



12 de maio de 2023

Sexta-feira da 5ª Semana da Páscoa 


                               Evangelho                                


Jo 15,12-17

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12“Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. 13Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos.
14Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. 15Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu Senhor. Eu chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. 16Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça. O que, então, pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá. 17Isto é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros”.

                               Meditação                                 


Não foram vocês que me escolheram, mas fui eu que escolhi vocês (Jo 15, 16)

Que grande graça, nós sermos cristãos. Nós aceitamos seguir Jesus, nós o escolhemos como referência fundamental de nossa vida. É por isso que nos chamam de cristãos. Somos seus seguidores. Nós fizemos uma opção por ele, como nosso modelo e salvador. Mas, olha o que ele hoje está nos dizendo: “Não foram vocês que me escolheram, fui eu que escolhi vocês”. Ele nos amou e nos escolheu, por primeiro. O amor dele foi antes do nosso. Como disse o apóstolo: “Quando ainda éramos pecadores, ele nos amou e se entregou por nós”.

O amor de Deus nos precede. Ele deu o primeiro passo, quando ainda estávamos no pecado. A gente sempre pensa com uma lógica diferente. Um dia, meditando a história do filho pródigo (Lucas 15), me dei conta que o filho errado voltou pra casa, em primeiro lugar porque havia um pai misericordioso esperando-o. Esse amor, que ele já tinha experimentado quando estava em casa, vinha antes de sua própria conversão. Movido por esse amor, encorajado por ele, é que este filho pródigo se levantou arrependido e começou o seu caminho de retorno à casa do Pai. Não foi só a conversão que o levou de volta para casa. Em primeiro lugar, foi o amor do Pai que o atraiu e criou as condições para a sua volta. Meditando assim, compus aquela música ‘Meu Bom Deus’. “Meu bom Deus, o teu amor me trouxe aqui”. O amor de Deus é antes do nosso.

A Igreja, no Concílio de Trento, concluído em 1563, explicou que o início da justificação brota da graça preveniente de Deus, por Jesus Cristo, pela qual somos chamados, sem qualquer merecimento de nossa parte. Em resposta, podemos consentir livremente nesta graça e cooperar com ela (Cf Trento 797).

O mesmo mandamento do amor fraterno está baseado nesta experiência de termos sido amados por primeiro. “Amem-se uns aos outros, como eu amei vocês”. Aliás, esse amor vem bem antes no amor do Pai por Jesus: “Como o Pai me amou, eu amei vocês”.


Guardando a mensagem

No antigo catecismo de perguntas e respostas, nós decorávamos uma resposta muito especial. Éramos perguntados: “Você é cristão?”. Respondíamos, em coro: “Sim, sou cristão pela graça de Deus”. É disso que nos fala o evangelho de hoje. A salvação é uma iniciativa de Deus que nos amou primeiro, vindo ao nosso encontro, nos oferecendo a graça da redenção em Cristo. Ele nos amou primeiro. Em resposta, acolhemos a graça do Senhor e procuramos, cheios de gratidão, viver como discípulos de Jesus, apoiados pela graça do seu Espírito em nós.

Não foram vocês que me escolheram, mas fui eu que escolhi vocês (Jo 15, 16)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
nós te bendizemos por nos teres escolhido como teus discípulos e discípulas. O Pai nos amou e te enviou para nossa salvação. Tu nos escolheste e nos designaste para darmos fruto. O fruto primeiro é nos tornarmos teus discípulos. Obrigado, Senhor. Dá-nos a graça de sermos perseverantes e fiéis no teu caminho. Senhor, nos dias de hoje, mesmo no meio de dificuldades, dá que o teu povo realize a sua missão de ser luz do mundo. Que nós teus discípulos e discípulas, mostremo-nos responsáveis na proteção da vida, generosos na solidariedade e confiantes na misericórdia divina. É assim que vamos manifestando amor uns pelos outros e revelando ao mundo o amor com que nos escolheste e amaste. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

No seu caderno espiritual, comente a palavra de hoje: "Não foram vocês que me escolheram, mas fui eu que escolhi vocês".

Comunicando

O Canal Padre João Carlos no Youtube alcançou a marca de 100 mil inscritos. E parece que você ainda não se inscreveu nele. É tão simples. É só clicar onde está escrito: inscrever-se. E é sempre bom clicar no sininho para receber um aviso quando estivermos ao vivo. Estou lhe enviando o link do Canal para você se inscrever. Pode ser?
 
Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

O amor se transforma em fermento de paz e de solidariedade.

  


11 de maio de 2023

Quinta-feira da 5ª Semana da Páscoa



                             Evangelho                               

Jo 15,9-11

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 9“Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. 10Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. 11Eu vos disse isto, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena”.

                            Meditação                            


Como meu Pai me amou, assim também eu amei vocês. Permaneçam no meu amor (Jo 15, 9)

Podemos nos perguntar: Jesus falou do amor do Pai por ele. Como podemos ver esse amor do Pai por Jesus?  E a resposta  não é difícil: Na criação, o Pai já tinha demonstrado o seu amor pelo filho. Fez tudo pensando nele, nos criou à sua imagem e semelhança. No batismo de Jesus, vemos outra manifestação maravilhosa do amor do Pai. Ele declarou bem alto: “Este é o meu filho amado”. E derramou sobre ele o seu Espírito. Foi quando veio sobre Jesus o Espírito Santo, em forma de pomba.

Como meu Pai me amou, assim também eu amei vocês”. E como foi que Jesus nos amou? Mais fácil ainda de responder. Jesus se aproximou de nós, pela sua encarnação. Veio viver conosco, assumindo nossa condição humana. Mais? Ele nos anunciou o Reino de Deus, ele nos revelou o Pai e o seu projeto de salvação. E deu a prova maior de amor: deu a sua vida por nós. Foi assim que ele nos amou. E tem mais: ele também nos deu o seu Espírito. No domingo em que ressuscitou, se encontrou com a comunidade dos discípulos e soprou sobre eles, comunicando-lhes o Espírito Santo. E, cinquenta dias após a páscoa, derramou o seu Espírito sobre toda a comunidade.

O Pai amou Jesus. Jesus nos amou. E nos orientou a vivermos no amor. Deixou-nos o seu mandamento: “amem-se uns aos outros, assim como eu amei vocês”. O amor virou a marca da comunidade cristã. Logo as pessoas de fora começaram a reparar como, na comunidade eles se queriam bem, dividiam os seus bens, acudiam às necessidades dos mais pobres, rezavam juntos. “Um só coração e uma só alma”. São João escreveu na sua primeira carta: “Quem ama, nasceu de Deus, conhece Deus, porque Deus é amor". Na comunidade, procura-se viver o amor como o de Jesus: proximidade, acolhimento, inclusão, partilha, diálogo na verdade, perdão, comunhão.

Esse amor vivido na comunidade - expressão do amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo – transborda do círculo comunitário para ser fermento no meio da sociedade. Os cristãos e suas comunidades vão fermentando o mundo com esse amor. Acompanham os doentes, visitam os presos, defendem os injustiçados. Com o amor de Jesus, estendem a mão aos moradores de rua, aos órfãos, aos dependentes químicos. No amor por Jesus e pelos irmãos, educam para a cidadania, fortalecem a luta pela paz e pela justiça, defendem a vida ameaçada. É o amor que se torna fermento no meio da sociedade.


Guardando a mensagem

A comunidade cristã, onde se incluem também as famílias dos cristãos, é o grande espaço do amor fraterno. Conhecemos aí o amor de Deus por nós. Nosso amor aos irmãos, como Jesus nos amou, é a nossa resposta ao amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Na comunidade, somos chamados a viver o amor como acolhimento, amizade, ajuda mútua, correção fraterna, perdão. Esse amor forma cada cristão e toda a comunidade para serem, na sociedade, uma força de transformação. O amor se torna um fermento de paz, de justiça e de solidariedade.

Como meu Pai me amou, assim também eu amei vocês. Permaneçam no meu amor (Jo 15, 9)

Rezando a Palavra

Senhor Jesus,
não somente nos mandaste amar, mas nos amar, como tu nos amaste. E tu nos amaste, sobretudo, sacrificando-se por nós. Amar é ficar feliz com a alegria do outro, vencendo o egoísmo. Amar é tomar como seu o sofrimento do outro, vencendo a indiferença. Amar é assumir o seu posto de cidadão pra melhorar o mundo, vencendo a alienação. Ajuda-nos, Senhor, a por em prática tua palavra, a viver no amor. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a Palavra

Faça, hoje, um exame de consciência. Pergunte-se se tem se esforçado para permanecer no amor de Cristo. E se, com esse amor, tem procurado amar os seus semelhantes. 

Comunicação

A gente se encontra na Missa desta quinta-feira, às 11 horas, transmitida pelo rádio e pelo Youtube. É só procurar o canal Padre João Carlos. Aproveite para se inscrever nele. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

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