PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: Isaías
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Acolher Jesus que vem.



  21 de dezembro de 2025.  

Quarto Domingo do Advento

7º Dia da Novena de Natal 


  Evangelho.  


Mt 1,18-24

18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo. 20Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. 22Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: 23“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco”. 24Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado, e aceitou sua esposa.


  Meditação.  


“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco” (Mt 1, 23)


E o Natal já está bem pertinho. E você, vem se preparando bem para o Natal? Digo, Natal do Senhor, não do Noel. Natal de Jesus. 

O Natal, podemos dizer, é mais do que o nascimento de Jesus, é a acolhida do Senhor que vem. 

Vamos olhar a Liturgia da Palavra deste 4º domingo do Advento sob essa ótica: acolher Jesus que vem. A boa notícia que enche o nosso coração e a nossa história de alegria é exatamente esta: Deus, por amor, vem a nós, para estar conosco, viver e caminhar com a gente, andar ao nosso lado em nossos caminhos humanos e, se preciso, morrer para nos dar a vida. 

Nas leituras deste quarto domingo, temos dois exemplos de acolhida do Senhor que vem. Um exemplo negativo. E o outro exemplo positivo. Este, o positivo, nos é proposto como modelo para a acolhida do Senhor neste Natal.

Vamos ao primeiro exemplo. O negativo.

O profeta Isaías, que atuou no século VIII a. C., comunicou ao rei Acaz, rei de Judá, que haveria um sinal da parte de Deus de que ele, o Senhor, estava ao lado do seu povo para defendê-lo dos seus inimigos naquela hora de ameaça de invasão estrangeira. O sinal era a gravidez de uma jovem e o nascimento de uma criança, o primeiro filho do rei. Ele levaria o nome de Emanuel, para atestar que Deus estava com o seu povo; para estimulá-lo a confiar no Senhor, mais do que nas alianças com os impérios. Acaz deu uma desculpa de que não queria ofender a Deus, tentando-o. Na verdade, ele fez pouco caso da comunicação do profeta e confiou mais em suas alianças e em seus exércitos. Acaz não acolheu o sinal de Deus na concepção e nascimento de uma criança, o seu filho primogênito.

E vamos ao segundo exemplo. O positivo.

José, noivo de Maria, percebeu que, sem ele ter coabitado com ela, estava grávida. Em sua decepção, querendo poupá-la de uma acusação de adultério, resolveu repudiá-la (uma espécie de divórcio antecipado). Mas, em sonho, o anjo de Deus lhe revelou a verdadeira origem de Jesus: ele é o filho de Deus, concebido pelo Espírito Santo no ventre de Maria Virgem. E lhe deu como sinal o que o profeta Isaías tinha dado ao rei Acaz: “A virgem vai conceber e gerar um filho e o nome dele será Emanuel.”. ‘Deus está conosco’ é o que significa a vinda dessa criança. Deus vem a nós para estar entre nós e nos conduzir com a liderança de Davi. É aqui que entra o papel de José no projeto da salvação de Deus por meio de Cristo. José, filho de Davi, dará o nome da criança, Jesus, reconhecendo-o assim como seu filho. Assim, por meio de José, o filho de Deus e de Maria será filho de Davi, filho do rei para liderar o povo santo. José acolheu o sinal de Deus na gravidez de Maria.



Guardando a mensagem

Jesus é Deus que vem a nós, que se abaixou para assumir nossa humanidade. Ele vem para estar conosco, para nos conduzir com a liderança do rei Davi, do qual é descendente, como filho de José. A gravidez da jovem esposa do rei Acaz foi um sinal maravilhoso de Deus: a descendência de Davi estava assegurada, a segurança do seu povo estava nas mãos de Deus. Mas Acaz não acolheu a gravidez de sua jovem esposa como um sinal de Deus. Não confiou em Deus que libertaria seu povo dos seus inimigos. A gravidez de Maria, esposa do carpinteiro José, foi um sinal maravilho de Deus: chegara o tempo da realização das promessas antigas. No seu filho, o Verbo, Deus estava chegando para estar com sua gente, para conduzir seu povo à felicidade e à paz. José acolheu a gravidez de Maria como um sinal de Deus. Recebeu Maria como esposa e reconheceu Jesus como seu filho, tornando-o, assim, filho de Davi.


“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco” (Mt 1, 23)


Rezando a Palavra

Senhor Jesus, o Natal está bem pertinho. É o teu Natal, o teu nascimento em nossa humanidade. Essa boa notícia, Jesus, já tem mais de dois mil anos e cada ano, nós a sentimos como nova, como transformadora. Que notícia boa! O Natal é a celebração de tua presença entre nós, presença começada no ventre de Maria que continua até o fim dos tempos, como prometeste: “Eis que estarei com vocês todos os dias, até a consumação dos séculos”. Os teus anjos, que com certeza têm mais juízo do que nós, diante desse mistério tão grande, continuam cantando “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por ele amados’. Senhor Jesus, dá-nos a graça de acolher essa boa notícia de tua vinda, de acolher, na criança de Belém, esse mistério de amor que vem a nós para nos conduzir. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a Palavra

Na reta final de preparação para o Natal, reze o 7º Dia da Novena de Natal. De toda forma, pelo menos leia o evangelho de hoje. 

Comunicando

Neste Natal, você vai poder assistir o Especial com Padre João Carlos em várias emissoras de televisão. Na TV Pai Eterno, um show que gravei em Trindade, a apresentação será nas noites de 24 e 25. Na Rede Vida, show de final de ano que gravei em Recife, será na véspera do Natal, dia 24, às onze da noite. Na Canção Nova, será no dia de Natal, às nove da noite.  

Pe. João Carlos Ribeiro, SDB


Um lugar especial para a Bíblia Sagrada.



   01 de setembro de 2025 

Segunda-feira da 22ª Semana do Tempo Comum


   Evangelho.   


Lc 4,16-30

Naquele tempo, 16veio Jesus à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado, e levantou-se para fazer a leitura. 17Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: 18“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos 19e para proclamar um ano da graça do Senhor”.
20Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21Então começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. 22Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: “Não é este o filho de José?”
23Jesus, porém, disse: “Sem dúvida, vós me repetireis o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo. Faze também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum”. 24E acrescentou: “Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. 25De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia.
27E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o Sírio”. 28Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até o alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.



   Meditação.   


Hoje, cumpriu-se essa passagem da Escritura que vocês acabaram de ouvir (Lc 4, 21)

E bem no início deste mês da Bíblia, a Igreja nos abre o santo livro para acompanharmos Jesus, na Sinagoga de Nazaré, lendo e explicando uma passagem bíblica.

Jesus, estava, naquele sábado, na localidade onde se criara, Nazaré. Na Sinagoga, ele levantou-se para ler o livro da Palavra de Deus. Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías. Ele achou ali uma passagem muito especial. Ele leu: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a boa nova aos pobres”. Quando terminou a leitura, ele sentou-se, como faziam os mestres. Todo mundo ficou na maior atenção. E ele começou a explicar como aquela passagem falava precisamente de sua missão. “Hoje, se cumpriu essa passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. A Palavra de Deus é atual, se cumpre hoje.

As Escrituras Sagradas do antigo povo de Deus ocupavam um lugar muito especial, nas sinagogas, no tempo de Jesus. Eram guardadas num lugar central à frente da assembleia, numa espécie de oratório que lembra os nossos sacrários de hoje. Nessa passagem do evangelho de São Lucas, o servidor lhe entregou o rolo do livro do profeta Isaías. Jesus o leu e depois o devolveu ao servidor, para que o guardasse. Aí, começou a explicar a leitura feita.

As Escrituras Sagradas dos cristãos compreendem os livros do antigo povo de Deus (o Antigo Testamento) e os escritos das comunidades cristãs do final do primeiro século (o Novo Testamento). Também para nós, as Escrituras Sagradas ocupam um lugar muito especial em nossas celebrações. A Missa, por exemplo, tem claramente duas partes distintas: a liturgia da palavra e a liturgia eucarística. Assim, somos alimentados pelo pão da vida, Jesus Cristo, na mesa da palavra e na mesa da eucaristia. 

Olha o que diz a Constituição Dogmática do Concílio Vaticano II sobre a Revelação Divina (Dei Verbum): “A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como venera o próprio Corpo do Senhor, não deixando jamais, sobretudo na sagrada Liturgia, de tomar e distribuir aos fiéis o pão da vida, quer da mesa da palavra de Deus quer da do Corpo de Cristo” (DV 21). Deu para entender? “A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como venera o próprio Corpo do Senhor”. As leituras bíblicas, organizadas com muito cuidado pela Igreja para cada domingo e para cada dia da semana, são um alimento sagrado para a nossa edificação. Somos alimentados pelo mesmo Cristo, palavra e pão.

É surpreendente o que lemos neste documento do Concílio, a Dei Verbum: “Nos livros sagrados, o Pai que está nos céus vem amorosamente ao encontro de seus filhos, a conversar com eles; e é tão grande a força e a virtude da palavra de Deus que se torna o apoio vigoroso da Igreja, solidez da fé para os filhos da Igreja, alimento da alma, fonte pura e perene de vida espiritual” (DV 21)



Nazaré de hoje. 

Guardando a mensagem

Em Nazaré, vemos Jesus, na sinagoga, fazendo a leitura na celebração e nos mostrando a atualidade da palavra. É hoje que Deus nos fala, é hoje que suas promessas se cumprem. Neste início do mês da Bíblia, essa passagem desperta a nossa atenção para o valor que devemos dar à Sagrada Escritura. Na celebração dominical, a Palavra é proclamada, explicada, rezada. É o pão da vida, alimento sagrado para nos sustentar na caminhada. Na Igreja, esteja sempre atento(a) à palavra que está sendo proclamada. A celebração é, por excelência, o lugar onde Deus está instruindo o seu povo. Em casa, não esqueça sua Bíblia em qualquer gaveta. Conserve-a em lugar visível, digno. Leia-a todos os dias. Todo dia, um trechinho. Sendo o evangelho do dia, melhor ainda. Ao iniciar sua leitura, peça as luzes do Espírito Santo. É ele quem faz da palavra escrita um verdadeiro encontro com o Senhor da palavra.

Hoje, cumpriu-se essa passagem da Escritura que vocês acabaram de ouvir (Lc 4, 21)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
tu és a própria palavra de Deus, o verbo feito carne. Em ti, todas as palavras da Escritura ganham sentido e força. Todo o Antigo Testamento vive da promessa de tua vinda. Todo o Novo Testamento nos comunica tua presença redentora. Senhor, que o livro santo de tua palavra seja objeto de leitura e estudo de nossa parte, para o compreendermos sempre mais e nele te acolhermos como caminho, verdade e vida. Concede que, neste mês da Bíblia, cresçamos no conhecimento e na prática de tua palavra. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Duas dicas para fazermos deste mês um tempo de encontro com o Senhor da Palavra. Primeira: Durante todo este mês, ponha sua Bíblia em lugar de destaque. Segunda dica: Participe em sua comunidade do curso bíblico sobre a Carta aos Romanos. 

Comunicando

E você já marque aí em sua agenda, de 15 a 26 de setembro, teremos o nosso Curso Bíblico sobre a Carta de São Paulo aos Romanos. Organizamos o curso em 10 aulas, de segunda a sexta. E você vai nos acompanhar no meu canal do YouTube, começando no próximo dia 15.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Ponha a sua bíblia em destaque.



   02 de setembro de 2024  

Segunda-feira da 22ª Semana do Tempo Comum


   Evangelho.   


Lc 4,16-30

Naquele tempo, 16veio Jesus à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado, e levantou-se para fazer a leitura. 17Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: 18“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos 19e para proclamar um ano da graça do Senhor”.
20Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21Então começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. 22Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: “Não é este o filho de José?”
23Jesus, porém, disse: “Sem dúvida, vós me repetireis o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo. Faze também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum”. 24E acrescentou: “Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. 25De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia.
27E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o Sírio”. 28Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até o alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.



   Meditação.   


Hoje, cumpriu-se essa passagem da Escritura que vocês acabaram de ouvir (Lc 4, 21)

E bem no início deste mês da Bíblia, a Igreja nos abre o santo livro para acompanharmos Jesus, na Sinagoga de Nazaré, lendo e explicando uma passagem bíblica.

Jesus, estava, naquele sábado, na localidade onde se criara, Nazaré. Na Sinagoga, ele levantou-se para ler o livro da Palavra de Deus. Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías. Ele achou ali uma passagem muito especial. Ele leu: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a boa nova aos pobres”. Quando terminou a leitura, ele sentou-se, como faziam os mestres. Todo mundo ficou na maior atenção. E ele começou a explicar como aquela passagem falava precisamente de sua missão. “Hoje, se cumpriu essa passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. A Palavra de Deus é atual, se cumpre hoje.

As Escrituras Sagradas do antigo povo de Deus ocupavam um lugar muito especial, nas sinagogas, no tempo de Jesus. Eram guardadas num lugar central à frente da assembleia, numa espécie de oratório que lembra os nossos sacrários de hoje. Nessa passagem do evangelho de São Lucas, o servidor lhe entregou o rolo do livro do profeta Isaías. Jesus o leu e depois o devolveu ao servidor, para que o guardasse. Aí, começou a explicar a leitura feita.

As Escrituras Sagradas dos cristãos compreendem os livros do antigo povo de Deus (o Antigo Testamento) e os escritos das comunidades cristãs do final do primeiro século (o Novo Testamento). Também para nós, as Escrituras Sagradas ocupam um lugar muito especial em nossas celebrações. A Missa, por exemplo, tem claramente duas partes distintas: a liturgia da palavra e a liturgia eucarística. Assim, somos alimentados pelo pão da vida, Jesus Cristo, na mesa da palavra e na mesa da eucaristia. 

Olha o que diz a Constituição Dogmática do Concílio Vaticano II sobre a Revelação Divina (Dei Verbum): “A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como venera o próprio Corpo do Senhor, não deixando jamais, sobretudo na sagrada Liturgia, de tomar e distribuir aos fiéis o pão da vida, quer da mesa da palavra de Deus quer da do Corpo de Cristo” (DV 21). Deu para entender? “A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como venera o próprio Corpo do Senhor”. As leituras bíblicas, organizadas com muito cuidado pela Igreja para cada domingo e para cada dia da semana, são um alimento sagrado para a nossa edificação. Somos alimentados pelo mesmo Cristo, palavra e pão.

É surpreendente o que lemos neste documento do Concílio, a Dei Verbum: “Nos livros sagrados, o Pai que está nos céus vem amorosamente ao encontro de seus filhos, a conversar com eles; e é tão grande a força e a virtude da palavra de Deus que se torna o apoio vigoroso da Igreja, solidez da fé para os filhos da Igreja, alimento da alma, fonte pura e perene de vida espiritual” (DV 21)



Nazaré de hoje. 

Guardando a mensagem

Em Nazaré, vemos Jesus, na sinagoga, fazendo a leitura na celebração e nos mostrando a atualidade da palavra. É hoje que Deus nos fala, é hoje que suas promessas se cumprem. Neste início do mês da Bíblia, essa passagem desperta a nossa atenção para o valor que devemos dar à Sagrada Escritura. Na celebração dominical, a Palavra é proclamada, explicada, rezada. É o pão da vida, alimento sagrado para nos sustentar na caminhada. Na Igreja, esteja sempre atento(a) à palavra que está sendo proclamada. A celebração é, por excelência, o lugar onde Deus está instruindo o seu povo. Em casa, não esqueça sua Bíblia em qualquer gaveta. Conserve-a em lugar visível, digno. Leia-a todos os dias. Todo dia, um trechinho. Sendo o evangelho do dia, melhor ainda. Ao iniciar sua leitura, peça as luzes do Espírito Santo. É ele quem faz da palavra escrita um verdadeiro encontro com o Senhor da palavra.

Hoje, cumpriu-se essa passagem da Escritura que vocês acabaram de ouvir (Lc 4, 21)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
tu és a própria palavra de Deus, o verbo feito carne. Em ti, todas as palavras da Escritura ganham sentido e força. Todo o Antigo Testamento vive da promessa de tua vinda. Todo o Novo Testamento nos comunica tua presença redentora. Senhor, que o livro santo de tua palavra seja objeto de leitura e estudo de nossa parte, para o compreendermos sempre mais e nele te acolhermos como caminho, verdade e vida. Concede que, neste mês da Bíblia, cresçamos no conhecimento e na prática de tua palavra. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Duas dicas para fazermos deste mês um tempo de encontro com o Senhor da Palavra. Primeira: Durante todo este mês, ponha sua Bíblia em lugar de destaque. Segunda dica: Inscreva-se no curso bíblico sobre o Profeta Ezequiel, em sua paróquia ou conosco, pelo Youtube. 

Comunicando

Programamos o nosso curso bíblico para as noites de 16 a 20 deste mês de setembro (serão cinco encontros). O curso será oferecido pelo Youtube, aberto pra todo mundo. 
Inscrevendo-se, você garante o ebook, materiais exclusivos e o certificado.Você pode se inscrever pelo nosso Whatsapp 81 3224-9284 ou pelo Sympla.com. Os associados da AMA, para terem acesso a um desconto especial, inscrevam-se somente pelo whatsapp. Residentes no exterior, na inscrição, estão dispensados da taxa de participação. Salve aí, no seu celular, o whatsapp da AMA para sua inscrição: 81 3224.9284.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

O encontro com o Senhor da Palavra



   04 de setembro de 2023.   

Segunda-feira da 22ª Semana do Tempo Comum


   Evangelho.   


Lc 4,16-30

Naquele tempo, 16veio Jesus à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado, e levantou-se para fazer a leitura. 17Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: 18“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos 19e para proclamar um ano da graça do Senhor”.
20Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21Então começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. 22Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: “Não é este o filho de José?”
23Jesus, porém, disse: “Sem dúvida, vós me repetireis o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo. Faze também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum”. 24E acrescentou: “Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. 25De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia.
27E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o Sírio”. 28Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até o alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.



   Meditação.   


Hoje, cumpriu-se essa passagem da Escritura que vocês acabaram de ouvir (Lc 4, 21)

E bem no início deste mês da Bíblia, a Igreja nos abre o santo livro para acompanharmos Jesus, na Sinagoga de Nazaré, lendo e explicando uma passagem bíblica.

Jesus,estava, naquele sábado, na localidade onde se criara, Nazaré. Na Sinagoga, ele levantou-se para ler o livro da Palavra de Deus. Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías. Ele achou ali uma passagem muito especial. Ele leu: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a boa nova aos pobres”. Quando terminou a leitura, ele sentou-se, como faziam os mestres. Todo mundo ficou na maior atenção. E ele começou a explicar como aquela passagem falava precisamente de sua missão. “Hoje, se cumpriu essa passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. A Palavra de Deus é atual, se cumpre hoje.

As Escrituras Sagradas do antigo povo de Deus ocupavam um lugar muito especial, nas sinagogas, no tempo de Jesus. Eram guardadas num lugar central à frente da assembleia, numa espécie de oratório que lembra os nossos sacrários de hoje. Nessa passagem do evangelho de São Lucas, o servidor lhe entregou o rolo do livro do profeta Isaías. Jesus o leu e depois o devolveu ao servidor, para que o guardasse. Aí, começou a explicar a leitura feita.

As Escrituras Sagradas dos cristãos compreendem os livros do antigo povo de Deus (o Antigo Testamento) e os escritos das comunidades cristãs do final do primeiro século (o Novo Testamento). Também para nós, as Escrituras Sagradas ocupam um lugar muito especial em nossas celebrações. A Missa, por exemplo, tem claramente duas partes distintas: a liturgia da palavra e a liturgia eucarística. Assim, somos alimentados pelo pão da vida, Jesus Cristo, na mesa da palavra e na mesa da eucaristia. Olha o que diz a Constituição Dogmática do Concílio Vaticano II sobre a Revelação Divina (Dei Verbum): “A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como venera o próprio Corpo do Senhor, não deixando jamais, sobretudo na sagrada Liturgia, de tomar e distribuir aos fiéis o pão da vida, quer da mesa da palavra de Deus quer da do Corpo de Cristo” (DV 21). Deu para entender? “A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como venera o próprio Corpo do Senhor”. As leituras bíblicas, organizadas com muito cuidado pela Igreja para cada domingo e para cada dia da semana, são um alimento sagrado para a nossa edificação. Somos alimentados pelo mesmo Cristo, palavra e pão.

É surpreendente o que lemos neste documento do Concílio, a Dei Verbum: “Nos livros sagrados, o Pai que está nos céus vem amorosamente ao encontro de seus filhos, a conversar com eles; e é tão grande a força e a virtude da palavra de Deus que se torna o apoio vigoroso da Igreja, solidez da fé para os filhos da Igreja, alimento da alma, fonte pura e perene de vida espiritual” (DV 21)





Guardando a mensagem

Em Nazaré, vemos Jesus, na sinagoga, fazendo a leitura na celebração e nos mostrando a atualidade da palavra. É hoje que Deus nos fala, é hoje que suas promessas se cumprem. Neste início do mês da Bíblia, essa passagem desperta a nossa atenção para o valor que devemos dar à Sagrada Escritura. Na celebração dominical, a Palavra é proclamada, explicada, rezada. É o pão da vida, alimento sagrado para nos sustentar na caminhada. Na Igreja, esteja sempre atento(a) à palavra que está sendo proclamada. A celebração é, por excelência, o lugar onde Deus está instruindo o seu povo. Em casa, não esqueça sua Bíblia em qualquer gaveta. Conserve-a em lugar visível, digno. Leia-a todos os dias. Todo dia, um trechinho. Sendo o evangelho do dia, melhor ainda. Ao iniciar sua leitura, peça as luzes do Espírito Santo. É ele quem faz da palavra escrita um verdadeiro encontro com o Senhor da palavra.

Hoje, cumpriu-se essa passagem da Escritura que vocês acabaram de ouvir (Lc 4, 21)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Tu és a própria palavra de Deus, o verbo feito carne. Em ti, todas as palavras da Escritura ganham sentido e força. Todo o Antigo Testamento vive da promessa de tua vinda. Todo o Novo Testamento nos comunica tua presença redentora. Senhor, que o livro santo de tua palavra seja objeto de leitura e estudo de nossa parte, para o compreendermos sempre mais e nele te acolhermos como caminho, verdade e vida. Concede que, neste mês da Bíblia, cresçamos no conhecimento e na prática de tua palavra. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Duas dicas para fazermos deste mês um tempo de encontro com o Senhor da Palavra. Primeira: Durante todo este mês, ponha sua Bíblia em lugar de destaque. Segunda dica: Comece hoje a leitura da Carta aos Efésios. Todas as comunidades cristãs no Brasil vão estudar essa linda carta, nesse mês de setembro.
 

Comunicando

Para o curso bíblico que realizaremos na última semana de setembro, temos uma consulta sobre o horário. O curso será ministrado pelo Canal do Youtube. Você acha melhor o curso bíblico ser oferecido à tarde ou à noite? Por favor, marque sua resposta no formulário que estamos lhe enviando pelo whatsapp.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Jesus vem para conduzir todos os povos a Deus





16 de dezembro de 2022

2º DIA DA NOVENA DE NATAL

JESUS VEM PARA CONDUZIR TODOS OS POVOS A DEUS


A novena de natal que preparamos está baseada nos textos bíblicos do dia, especialmente a primeira leitura. Assim, nesses dias, a novena vai substituir a Meditação. Deus abençoe o seu natal!


Canto

Senhor, meu Deus, aqui estou
Aqui estou cansado e só
Estou buscando o teu amor,
Teu ombro amigo
Preciso tanto de tua paz,
Do teu abrigo.

Senhor, meu Deus, aqui estou
Longe de ti, tentei viver
Só encontrei desilusão
No meu caminho
Que vou fazer sem teu perdão
Sem teu carinho?

Meu Bom Deus,
O teu amor me trouxe aqui.
Meu Bom Deus,
Não sou ninguém
Longe de ti. (Bis)

Meu Bom Deus,
O teu amor me trouxe aqui.
Meu Bom Deus,
Quero viver
perto de ti. (Bis)


Introdução

O povo de Deus, em aliança com o Senhor, por sua infidelidade, acabou no exílio da Babilônia. Foi um tempo de grande sofrimento, mas também de purificação. Um grupo começou a perceber que Deus é também Senhor de outros povos e que estabeleceu seu povo para ser uma luz para todas as nações. Missão de Jesus será ser luz para todas os povos, conduzir a todos à salvação. É a razão de sua vinda.

Leitura bíblica (Isaias 56, 3-8)

O estrangeiro que aderiu ao Senhor não diga: “Por certo, o Senhor vai me excluir do seu povo”. Aos estrangeiros que aderem ao Senhor, prestando-lhe culto, honrando o nome do Senhor, servindo-o como servos seus, a todos os que observam o sábado e não o profanam, e aos que mantêm aliança comigo, a esses conduzirei ao meu santo monte e os alegrarei em minha casa de oração; aceitarei com agrado, em meu altar, seus holocaustos e vítimas, pois minha casa será chamada casa de oração para todos os povos. Diz o Senhor Deus, que reúne os dispersos de Israel: “Ainda reunirei com eles outros, além dos que já estão reunidos”.
Palavra do Senhor.


Pistas para a reflexão

Israel vai se dando conta, ao longo de sua história, e particularmente quando uma parte da população é exilada na Babilônia, que Deus tem um projeto muito maior do que estar com eles e protegê-los. Abraão foi escolhido para ser uma bênção entre as nações. A aliança com Israel era em vista de toda a humanidade. Assim, Jesus vinha para conduzir para Deus também os dispersos, os exilados, os migrantes, os estrangeiros, as nações pagãs. Os Magos do Oriente que visitaram Jesus são um exemplo disso: os povos pagãos são atraídos por Cristo. Todos haveriam de ter lugar na casa do Senhor. Quando Jesus expulsou os vendilhões do Templo, lembrou essa palavra do Profeta Isaías: “Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos”.

Preces

Coloquemos em oração situações que conhecemos
de brasileiros que vivem fora do país,
de migrantes que estão se deslocando para outros países,
brasileiros que moram hoje longe do seu lugar de origem (migração interna):
que todos se sintam acolhidos e valorizados;
que a todos chegue o evangelho de Jesus;
que nosso serviço na Igreja seja sempre mais missionário, aberto a todos, especialmente aos mais necessitados.


Fazer preces a partir dessas intenções....

Pai Nosso e bênção

Pai Nosso...

O Senhor tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna. Amém.

Canto

Senhor, meu Deus, aqui estou
Aqui estou cansado e só
Estou buscando o teu amor,
Teu ombro amigo
Preciso tanto de tua paz,
Do teu abrigo.

Senhor, meu Deus, aqui estou
Longe de ti, tentei viver
Só encontrei desilusão
No meu caminho
Que vou fazer sem teu perdão
Sem teu carinho?

Meu Bom Deus,
O teu amor me trouxe aqui.
Meu Bom Deus,
Não sou ninguém
Longe de ti. (Bis)

Meu Bom Deus,
O teu amor me trouxe aqui.
Meu Bom Deus,
Quero viver
perto de ti. (Bis)

Convite

Um momento especial de oração da novena será o nosso encontro diário às 20 horas, no Youtube: youtube.com/padrejoaocarlos. Espero por você.

O LUGAR DA PALAVRA DE DEUS


Hoje, cumpriu-se essa passagem da Escritura que vocês acabaram de ouvir (Lc 4, 21)

02 de setembro de 2019.

E bem no início deste mês da Bíblia, a Igreja nos abre o santo livro para acompanharmos Jesus, na Sinagoga de Nazaré, lendo e explicando uma passagem bíblica.

Jesus,estava, naquele sábado, na localidade onde se criara, Nazaré. Na Sinagoga, ele levantou-se para ler o livro da Palavra de Deus. Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías.  Ele achou ali uma passagem muito especial. Ele leu: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a boa nova aos pobres”. Quando terminou a leitura, ele sentou-se, como faziam os mestres. Todo mundo ficou na maior atenção. E ele começou a explicar como aquela passagem falava precisamente de sua missão. “Hoje, se cumpriu essa passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. A Palavra de Deus é atual, se cumpre hoje.


As Escrituras Sagradas do antigo povo de Deus ocupavam um lugar muito especial, nas sinagogas, no tempo de Jesus. Eram guardadas num lugar central à frente da assembleia, numa espécie de oratório que lembra os nossos sacrários de hoje. Nessa passagem do evangelho de São Lucas, o servidor lhe entregou o rolo do livro do profeta Isaías. Jesus o leu e depois o devolveu ao servidor, para que o guardasse. Aí, começou a explicar a leitura feita.

As Escrituras Sagradas dos cristãos compreendem os livros do antigo povo de Deus (o Antigo Testamento) e os escritos das comunidades cristãs do final do primeiro século (o Novo Testamento). Também para nós, as Escrituras Sagradas ocupam um lugar muito especial em nossas celebrações. A Missa, por exemplo, tem claramente duas partes distintas: a liturgia da palavra e a liturgia eucarística. Assim, somos alimentados pelo pão da vida, Jesus Cristo, na mesa da palavra e na mesa da eucaristia. Olha o que diz a Constituição Dogmática do Concílio Vaticano II sobre a Revelação Divina (Dei Verbum): “A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como venera o próprio Corpo do Senhor, não deixando jamais, sobretudo na sagrada Liturgia, de tomar e distribuir aos fiéis o pão da vida, quer da mesa da palavra de Deus quer da do Corpo de Cristo” (DV 21). Deu para entender? “A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como venera o próprio Corpo do Senhor”. As leituras bíblicas, organizadas com muito cuidado pela Igreja para cada domingo e para cada dia da semana, são um alimento sagrado para a nossa edificação. Somos alimentados pelo mesmo Cristo, palavra e pão.

É surpreendente o que lemos neste documento do Concílio, a Dei Verbum: “Nos livros sagrados, o Pai que está nos céus vem amorosamente ao encontro de seus filhos, a conversar com eles; e é tão grande a força e a virtude da palavra de Deus que se torna o apoio vigoroso da Igreja, solidez da fé para os filhos da Igreja, alimento da alma, fonte pura e perene de vida espiritual” (DV 21)

Guardando a mensagem

Em Nazaré, vemos Jesus, na sinagoga, fazendo a leitura na celebração e nos mostrando a atualidade da palavra. É hoje que Deus nos fala, é hoje que suas promessas se cumprem. Neste início do mês da Bíblia, essa passagem desperta  a nossa atenção para o valor que devemos dar à Sagrada Escritura. Na celebração dominical, a Palavra é proclamada, explicada, rezada. É o pão da vida, alimento sagrado para nos sustentar na caminhada. Na Igreja, esteja sempre atento(a) à palavra que está sendo proclamada. A celebração é, por excelência, o lugar onde Deus está instruindo o seu povo. Em casa, não esqueça sua Bíblia em qualquer gaveta. Conserve-a em lugar visível, digno. Leia-a todos os dias. Todo dia, um trechinho. Sendo o evangelho do dia, melhor ainda. Ao iniciar sua leitura, peça as luzes do Espírito Santo. É ele quem faz da palavra escrita um verdadeiro encontro com o Senhor da palavra.

Hoje, cumpriu-se essa passagem da Escritura que vocês acabaram de ouvir (Lc 4, 21)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Tu és a própria palavra de Deus, o verbo feito carne. Em ti, todas as palavras da Escritura ganham sentido e força. Todo o Antigo Testamento vive da promessa de tua vinda. Todo o Novo Testamento nos comunica tua presença redentora. Senhor, que o livro santo de tua palavra seja objeto de leitura e estudo de nossa parte, para o compreendermos sempre mais e nele te acolhermos como caminho, verdade e vida. Concede que, neste mês da Bíblia, cresçamos no conhecimento e na prática de tua palavra. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Ontem, eu lancei um desafio. Você o aceitou? Neste mês de setembro, leia o evangelho de São Lucas, todinho. São só 24 capítulos. Neste mês, também destaque a presença da Bíblia em sua casa ou no seu local de trabalho.

A gente se vê às dez da noite, no facebook.


Pe. João Carlos Ribeiro – 02 de setembro de 2019.

JESUS FOI EXPULSO DO SEU POVOADO

Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que vocês acabaram de ouvir (Lc 4, 21)
03 de setembro de 2018.
Naquele sábado, Jesus estava em Nazaré, sua terra, com seus discípulos e foi com eles participar da celebração na sinagoga. Nas sinagogas, não havia sacerdotes, lá não se ofereciam sacrifícios. Sacrifícios e sacerdotes, só no Templo de Jerusalém. Na sinagoga, os leigos adultos podiam ler e pregar sobre a palavra de Deus, sobretudo os mestres da Lei. Foi assim que Jesus se levantou e leu uma passagem bíblica e falou sobre o Reino de Deus. O povo ali presente na assembleia, em grande maioria, o conhecia. Nazaré era um lugar pequeno, um povoado. Todo mundo se conhecia. E Jesus tinha vivido ali desde pequeno. Tinha saído já rapaz. Agora estava de volta e mostrando muita sabedoria e muita desenvoltura, como pregador. Além do mais, não paravam de chegar à Nazaré as histórias de curas e milagres que ele operava por onde passava.
Jesus leu uma passagem do Profeta Isaías. Nessa passagem, Jesus identificou a sua própria missão. O Espírito de Deus o consagrara para anunciar a boa nova aos pobres, para proclamar a libertação aos cativos. Quando sentou-se para ensinar (assim faziam os mestres), começou dizendo que aquelas palavras estavam se cumprindo nele. “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que vocês acabaram de ouvir” (Lc 4, 21).
Num primeiro momento, ali na sinagoga, ficou todo mundo admirado com ele, com sua sabedoria. Mas, logo começaram as críticas e resistências, uma má vontade impressionante. Outros evangelistas deram pormenores da reação. ‘De onde recebeu tudo isso?’ Se viesse da capital, se fosse uma pessoa das elites de Israel... mas nada, ele era dali mesmo, filho de José, filho de Maria, sua família toda conhecida. ‘Como conseguiu tanta sabedoria?. Fosse pelo menos um mestre da Lei, um judeu estudado, mas nada, tinha estudado apenas na escolinha da sinagoga quando menino. ‘E esses grandes milagres realizados por suas mãos?’. Um carpinteiro... mas olhe só! Que conversa de milagres?! Diz o evangelho: ficaram escandalizados com Jesus, isto é, ficaram irritados, revoltados, furiosos com ele. Eles o expulsaram do povoado.
O motivo da rejeição a Jesus, por parte dos seus conterrâneos, é claro. Eles não quiseram reconhecer que em Jesus agia o próprio Deus. E por quê? Porque em Jesus, eles viam a própria fraqueza (gente do interior pouco estudada, à margem do poder, um povoado de trabalhadores). E estavam certos que a manifestação de Deus não é na fraqueza, na pobreza, na marginalização. O lugar de Deus é nos centros de poder, nas classes privilegiadas, nas elites letradas. Deus habita no poder, na riqueza, na ciência. Esse é o pensamento de muita gente, não é verdade?
Nazaré, como muitos cristãos de hoje, não entende a dinâmica pela qual Deus está nos salvando. O Pai enviou o filho, em nossa condição humana. O verbo se fez carne, assumindo nossa vida em sua fragilidade e fraqueza. Jesus assumiu nossa fraqueza, nasceu, viveu e morreu humanamente, andando pelos nossos caminhos e morrendo na nossa morte. Para vencê-la, é verdade. Para nos conduzir pelos nossos caminhos humanos. É assim que ele reergueu o mundo decaído: por sua humilhação; por seu esvaziamento, como diz a carta aos Filipenses. É o mistério da en-car-na-ção. ‘O Verbo se fez carne e habitou entre nós’.
Guardando a mensagem
Sem acolhermos o mistério da encarnação - a dinâmica pela qual Deus está nos salvando em Cristo - nós nos negamos a reconhecer a presença atual de Jesus na história humana e na sua Igreja.  Mesmo ressuscitado, ele continua a ser o Emanuel, Deus-conosco. Ele mesmo disse que estava no faminto, no sedento, no maltrapilho, no migrante, no doente, no prisioneiro. Neles, podemos alimentá-lo, vesti-lo, visitá-lo, defendê-lo, acolhê-lo. Pela atuação do Santo Espírito, ele nos fala pelas palavras das Escrituras; ele nos alimenta com sua vida no sinal eucarístico do pão; ele nos pastoreia pelo ministério de pastores marcados pela fragilidade. É o mistério da encarnação. “É na fraqueza que a força de Deus se manifesta”, escreveu São Paulo.
Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que vocês acabaram de ouvir (Lc 4, 21)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
Sem atenção ao mistério da encarnação, ficamos te procurando nos palácios, quando moras ao nosso lado; e aguardando o teu glorioso triunfo, quando passas carregando a cruz na subida do calvário; e preparamo-nos para ouvir a mais erudita pregação teológica, quando tu vens e nos contas parábolas e historietas populares. Ajuda-nos, Senhor, a acolher, na fé, o mistério da encarnação. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra

Estamos praticamente no início do mês da Bíblia. Posso lançar um desafio? Durante esse mês, ler a Bíblia, diariamente. Para sermos mais concretos, vamos fazer assim. Neste mês, leia o evangelho de São Marcos. É o evangelho da maior parte dos domingos deste ano. Então, o desafio está feito. Em setembro, todo dia ler um pedacinho da Bíblia, precisamente o evangelho de São Marcos. E quando você vai começar? Hoje! Ótimo.

Pe. João Carlos Ribeiro – 03.09.2018

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