PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: Acolher Jesus que vem.

Acolher Jesus que vem.



  21 de dezembro de 2025.  

Quarto Domingo do Advento

7º Dia da Novena de Natal 


  Evangelho.  


Mt 1,18-24

18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo. 20Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. 22Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: 23“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco”. 24Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado, e aceitou sua esposa.


  Meditação.  


“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco” (Mt 1, 23)


E o Natal já está bem pertinho. E você, vem se preparando bem para o Natal? Digo, Natal do Senhor, não do Noel. Natal de Jesus. 

O Natal, podemos dizer, é mais do que o nascimento de Jesus, é a acolhida do Senhor que vem. 

Vamos olhar a Liturgia da Palavra deste 4º domingo do Advento sob essa ótica: acolher Jesus que vem. A boa notícia que enche o nosso coração e a nossa história de alegria é exatamente esta: Deus, por amor, vem a nós, para estar conosco, viver e caminhar com a gente, andar ao nosso lado em nossos caminhos humanos e, se preciso, morrer para nos dar a vida. 

Nas leituras deste quarto domingo, temos dois exemplos de acolhida do Senhor que vem. Um exemplo negativo. E o outro exemplo positivo. Este, o positivo, nos é proposto como modelo para a acolhida do Senhor neste Natal.

Vamos ao primeiro exemplo. O negativo.

O profeta Isaías, que atuou no século VIII a. C., comunicou ao rei Acaz, rei de Judá, que haveria um sinal da parte de Deus de que ele, o Senhor, estava ao lado do seu povo para defendê-lo dos seus inimigos naquela hora de ameaça de invasão estrangeira. O sinal era a gravidez de uma jovem e o nascimento de uma criança, o primeiro filho do rei. Ele levaria o nome de Emanuel, para atestar que Deus estava com o seu povo; para estimulá-lo a confiar no Senhor, mais do que nas alianças com os impérios. Acaz deu uma desculpa de que não queria ofender a Deus, tentando-o. Na verdade, ele fez pouco caso da comunicação do profeta e confiou mais em suas alianças e em seus exércitos. Acaz não acolheu o sinal de Deus na concepção e nascimento de uma criança, o seu filho primogênito.

E vamos ao segundo exemplo. O positivo.

José, noivo de Maria, percebeu que, sem ele ter coabitado com ela, estava grávida. Em sua decepção, querendo poupá-la de uma acusação de adultério, resolveu repudiá-la (uma espécie de divórcio antecipado). Mas, em sonho, o anjo de Deus lhe revelou a verdadeira origem de Jesus: ele é o filho de Deus, concebido pelo Espírito Santo no ventre de Maria Virgem. E lhe deu como sinal o que o profeta Isaías tinha dado ao rei Acaz: “A virgem vai conceber e gerar um filho e o nome dele será Emanuel.”. ‘Deus está conosco’ é o que significa a vinda dessa criança. Deus vem a nós para estar entre nós e nos conduzir com a liderança de Davi. É aqui que entra o papel de José no projeto da salvação de Deus por meio de Cristo. José, filho de Davi, dará o nome da criança, Jesus, reconhecendo-o assim como seu filho. Assim, por meio de José, o filho de Deus e de Maria será filho de Davi, filho do rei para liderar o povo santo. José acolheu o sinal de Deus na gravidez de Maria.



Guardando a mensagem

Jesus é Deus que vem a nós, que se abaixou para assumir nossa humanidade. Ele vem para estar conosco, para nos conduzir com a liderança do rei Davi, do qual é descendente, como filho de José. A gravidez da jovem esposa do rei Acaz foi um sinal maravilhoso de Deus: a descendência de Davi estava assegurada, a segurança do seu povo estava nas mãos de Deus. Mas Acaz não acolheu a gravidez de sua jovem esposa como um sinal de Deus. Não confiou em Deus que libertaria seu povo dos seus inimigos. A gravidez de Maria, esposa do carpinteiro José, foi um sinal maravilho de Deus: chegara o tempo da realização das promessas antigas. No seu filho, o Verbo, Deus estava chegando para estar com sua gente, para conduzir seu povo à felicidade e à paz. José acolheu a gravidez de Maria como um sinal de Deus. Recebeu Maria como esposa e reconheceu Jesus como seu filho, tornando-o, assim, filho de Davi.


“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco” (Mt 1, 23)


Rezando a Palavra

Senhor Jesus, o Natal está bem pertinho. É o teu Natal, o teu nascimento em nossa humanidade. Essa boa notícia, Jesus, já tem mais de dois mil anos e cada ano, nós a sentimos como nova, como transformadora. Que notícia boa! O Natal é a celebração de tua presença entre nós, presença começada no ventre de Maria que continua até o fim dos tempos, como prometeste: “Eis que estarei com vocês todos os dias, até a consumação dos séculos”. Os teus anjos, que com certeza têm mais juízo do que nós, diante desse mistério tão grande, continuam cantando “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por ele amados’. Senhor Jesus, dá-nos a graça de acolher essa boa notícia de tua vinda, de acolher, na criança de Belém, esse mistério de amor que vem a nós para nos conduzir. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a Palavra

Na reta final de preparação para o Natal, reze o 7º Dia da Novena de Natal. De toda forma, pelo menos leia o evangelho de hoje. 

Comunicando

Neste Natal, você vai poder assistir o Especial com Padre João Carlos em várias emissoras de televisão. Na TV Pai Eterno, um show que gravei em Trindade, a apresentação será nas noites de 24 e 25. Na Rede Vida, show de final de ano que gravei em Recife, será na véspera do Natal, dia 24, às onze da noite. Na Canção Nova, será no dia de Natal, às nove da noite.  

Pe. João Carlos Ribeiro, SDB


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