A destruição do Templo de Jerusalém é o modelo de toda crise. “Não
ficará pedra sobre pedra”, disse Jesus a quem estava admirando a grandeza e a
beleza do Templo de Herodes. Viria tudo abaixo. Coisa que não se poderia esperar,
nunca. O Templo de Jerusalém não era só o símbolo da nação judaica, sede do
Sinédrio, lugar de peregrinação ... Era a casa de Deus, onde ele recebia as
oferendas e sacrifícios do seu povo, onde estava a arca com as tábuas da Lei, lugar
de sua presença poderosa. Quarenta anos depois dessas palavras de Jesus, vieram
os romanos e queimaram, saquearam, destruíram o Templo. A crise atingiu todos
os níveis: o desmantelamento das instituições, o desencanto com a fé, a
dispersão do povo. A destruição do
Templo de Jerusalém é o modelo de toda crise.
Em abril a Igreja reza pelas mulheres, para que cessem as discriminações de que são vítimas.
Fiquem firmes!
O quadro descrito neste evangelho - Lc 21, 5-19 - é, no mínimo, preocupante.
Jesus anuncia guerras, revoluções, terremotos, perseguições. E, ainda assim, nos tranquiliza.
Este blog reúne reflexões diárias do evangelho.
Felizes os aflitos!
Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. (Mt 5, 4)
Estamos no início do sermão da montanha, no evangelho de São Mateus. As
bem-aventuranças são um grande manifesto do Reino de Deus. Em Mateus, contamos nove
bem-aventuranças. Elas traçam o perfil do cidadão do Reino. São felizes em sua
condição de sofrimento, pobreza, perseguição, aflição,.. porque é Deus quem lhes assegura todo bem: a
terra, a paz, a justiça. Em sua fraqueza, em sua carência, experimentam o poder
de Deus que vem em seu auxílio, cumulando-os de todo bem. O Reino é, assim, o
dom de Deus na vida de quem se sente pequeno e sofredor.
Essa é a segunda bem-aventurança: “Bem-aventurados os aflitos, porque
serão consolados” (Mt 5, 4). Quem são os aflitos? São os que estão
desesperados, os que estão se encontrando sem saída, os que chegaram ao seu
limite. Não encontram mais solução, não conseguem mais resolver os problemas.
Lembra o povo de Deus, perseguido pelos exércitos do Faraó, com o mar pela
frente. Não pode voltar, nem pode mais avançar. Está em grande aflição. Eles
não têm mais o que fazer. Ali, experimentando sua tremenda fraqueza, o povo faz
experiência do poder libertador do seu Deus: o vento forte, durante toda a
noite, baixa as águas e eles atravessam aquele braço de mar vermelho,
alcançando a liberdade. E a maré volta a encher, para desgraça dos seus
perseguidores. Os aflitos foram consolados, libertados.
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Zaqueu, a nossa cara
Zaqueu é um bom representante de qualquer um de nós. De qualquer pessoa. Zaqueu é o símbolo da pessoa que vivia longe de Deus e o encontrou. Ou melhor, foi encontrado.
O encontro de Jesus com Zaqueu foi muito curioso. Jesus é o missionário do Pai que vem ao nosso encontro. Ele chegou na cidade de Zaqueu, Jericó, acompanhado de muita gente. Ele ia no meio da multidão. A multidão é a comunidade, o povo que o admira, nós que o seguimos. Dá pra perceber que ele está chegando, pelo barulho que a gente faz, pelo "converseiro" que toma conta das ruas. É a comunidade de Jesus, o povo que o acompanha. No meio da multidão, estava Jesus.
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