PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA

Os dois filhos

 “Qual dos dois fez a vontade do pai?”, foi a pergunta de Jesus, contando a história dos dois filhos. O pedido foi o mesmo: “Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha”. O primeiro disse que não ia, mas foi. O segundo, disse que ia, mas não foi. 

Quem eram esses dois filhos? Na cena bíblica (Mateus 21), está tudo bem claro. Quem disse que não ia, mas acabou indo está representando os cobradores de impostos e as prostitutas. Quem disse que ia, mas não foi está representando os sacerdotes e os anciãos do povo.

E quem eram os cobradores dose impostos romanos e as prostitutas? A escória de Israel, as pessoas mais desprezadas por sua condição pública de pecadores. Muitos desses se converteram à pregação do Reino. E quem eram os sacerdotes e os anciãos do povo? Os anciãos eram chefes das famílias abastadas da capital, gente rica e importante. Os grandes sacerdotes do Templo eram os saduceus, grupo que detinha o poder religioso e civil, pois presidia o Sinédrio, a maior instância de autoridade do seu povo. Essa gente ligada aos círculos de poder não acolheu o Reino, ao contrário, perseguiu Jesus e sua comunidade.

O livro da fé

Conhecer a fé professada por sua Igreja: desafio grande para os cristãos de hoje - tarefa urgente para todos nós.

A caminhada é longa. Começou com Israel. Fruto de sua experiência com Deus, o povo da antiga aliança reuniu aos poucos histórias, poemas, orações, palavras dos profetas. Esses escritos sagrados registram a sua compreensão de Deus, aquilo que acolheram da revelação de Deus em sua história.  O povo da nova aliança, sem desprezar nada do caminho feito por Israel, reconheceu em Jesus a manifestação maior de Deus na história. E conservou sua vida, suas palavras, a experiência da primeira geração de cristãos em escritos sagrados que guardam e atualizam a sua memória.

O caminho com Jesus

Enquanto estavam caminhando, alguém na estrada disse a Jesus: “Eu te seguirei para onde quer que fores”. (Lucas 9, 57)

Jesus está começando a grande viagem para Jerusalém. O evangelista Lucas reserva uma grande parte do seu evangelho a essa viagem (cerca de 9 capítulos (9, 51-19,27). Jesus está consciente do que o aguarda na capital. Mas, vai destemidamente. Por um lado, lá será preso, condenado e morto. Mas, também, lá, ressuscitará. Está escrito: “ele tomou a firme resolução de partir para Jerusalém”.  E vai como um profeta. Como Elias, que, no fim de sua jornada de lutas e perseguições, foi levado para o céu num carro de fogo (por isso a expressão “antes de ser levado para o céu”); Como Moisés que, antes de entrar na terra prometida, mandou mensageiros à sua frente para reconhecimento da situação.

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Deus está cumprindo suas promessas.

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