PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: menino
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Tudo é possível para quem tem fé.




20 de fevereiro de 2023

Segunda-feira da 7ª Semana do Tempo Comum


EVANGELHO

Mc 9,14-29

Naquele tempo, 14descendo Jesus do monte com Pedro, Tiago e João e chegando perto dos outros discípulos, viram que estavam rodeados por uma grande multidão. Alguns mestres da Lei estavam discutindo com eles.
15Logo que a multidão viu Jesus, ficou surpresa e correu para saudá-lo. 16Jesus perguntou aos discípulos: “Que discutis com eles?” 17Alguém na multidão respondeu: “Mestre, eu trouxe a ti meu filho que tem um espírito mudo. 18Cada vez que o espírito o ataca, joga-o no chão e ele começa a espumar, range os dentes e fica completamente rijo. Eu pedi aos teus discípulos para expulsarem o espírito, mas eles não conseguiram”.
19Jesus disse: Ó geração incrédula! Até quando estarei convosco? Até quando terei de suportar-vos? Trazei aqui o menino”. 20E levaram-lhe o menino. Quando o espírito viu Jesus, sacudiu violentamente o menino, que caiu no chão e começou a rolar e a espumar pela boca.
21Jesus perguntou ao pai: “Desde quando ele está assim?” O pai respondeu: “Desde criança. 22E muitas vezes, o espírito já o lançou no fogo e na água para matá-lo. Se podes fazer alguma coisa, tem piedade de nós e ajuda-nos”.
23Jesus disse: “Se podes!... Tudo é possível para quem tem fé”. 24O pai do menino disse em alta voz: “Eu tenho fé, mas ajuda a minha falta de fé”. 25Jesus viu que a multidão acorria para junto dele. Então ordenou ao espírito impuro: “Espírito mudo e surdo, eu te ordeno que saias do menino e nunca mais entres nele”.
26O espírito sacudiu o menino com violência, deu um grito e saiu. O menino ficou como morto, e por isso todos diziam: “Ele morreu!” 27Mas Jesus pegou a mão do menino, levantou-o e o menino ficou de pé.
28Depois que Jesus entrou em casa, os discípulos lhe perguntaram a sós: “Por que nós não conseguimos expulsar o espírito?” 29Jesus respondeu: “Essa espécie de demônios não pode ser expulsa de nenhum modo, a não ser pela oração”.


MEDITAÇÃO

Tudo é possível para quem tem fé (Mc 9, 23 )

Quando Jesus desceu o monte com três discípulos, naquele dia da transfiguração, encontrou os outros discípulos no meio de uma grande confusão. Muita gente ao redor deles e uma discussão sem fim com os fariseus. Jesus perguntou: ‘Que confusão é essa?’ E alguém do meio do povo explicou: ‘Mestre, eu trouxe meu filho que tem um espírito mudo. Quando dá uma crise, ele cai no chão, começa a espumar, range os dentes’. Aí Jesus entendeu o que estava acontecendo: O pai trouxe o filho para os discípulos expulsarem o espírito e eles não o conseguiram. Jesus mandou trazer o menino e ali mesmo o garoto começou a ter uma crise. O pai informou a Jesus que ele tinha aquilo desde pequeno. Claro, eles sempre pensavam que fosse um espírito. Não se tinha conhecimento da epilepsia. Aí o pai contou que ele já passara de morrer afogado ou queimado várias vezes, coitado. No meio daquela crise, o menino se debatendo, o pai desesperado disse a Jesus: “Se podes fazer alguma coisa, tem piedade de nós e ajuda-nos”. “Se podes?!... comentou Jesus. Tudo é possível para quem tem fé”. Acho que Jesus ficou meio chateado. “Se podes fazer alguma coisa?!”. O pai pediu desculpas: “Eu tenho fé, mas ajuda a minha falta de fé!”.

Pode reparar que, em todo milagre de Jesus, ele elogia a fé da pessoa. “A tua fé te salvou”, disse àquela mulher que tocou nas suas vestes. Em Nazaré, sua terra, foi dito que ele não fez ali muita coisa, porque eles não tinham fé. Fé é a abertura do coração para a ação de Deus em nossa vida. É a confiança que depositamos no Senhor. E aquele pai, coitado, tinha fé, mas reconhecia que era pouca. Jesus deu ordem ao espírito mudo e o menino foi libertado. Mais tarde, os discípulos quiseram saber porque eles não conseguiram expulsar o espírito. “Esse tipo só se expulsa pela oração”, disse Jesus.

Esse “Se podes” ficou na sua cabeça, não foi? Chato, aquilo. “Se podes fazer alguma coisa, tem piedade de nós e nos ajuda”. Talvez esse seja o sentimento de muitas pessoas hoje, o que acha? Há quem faça um pedido a Deus sem confiança suficiente nele, sem fé. Pede, mas não tem convicção que o Senhor tem poder para isso, ou que ele vá se interessar por sua causa. Pede, mas, realmente, não espera que Deus o atenda. Tem gente assim, claro que tem. Há quem apele pra um e pra outro, e bata também na porta de Deus, como mais uma tentativa. Esse tipo também demonstra pouca fé, pouca confiança. Desse jeito, sem fé, dificilmente será atendido.

A resposta de Jesus foi forte: “Se podes?! Tudo é possível para quem tem fé”. A Virgem Maria já tinha ouvido uma palavra semelhante. Foi o anjo Gabriel quem lhe disse: “Para Deus, nada é impossível” citando o exemplo de sua prima Izabel, idosa e estéril. Para Deus, nada é impossível!

A fé, com certeza, não é só confiança em Deus. No evangelho de São João, Jesus fala da união com ele como condição para ser atendido pelo Pai. “Se permaneceres em mim, tudo o que pedires ao Pai, ele te concederá”. Então, a fé tem a ver com a nossa união com Jesus, que está tão bem representada no ramo unido à videira. Permanecer em Jesus é estar em comunhão com ele, comunhão de amor, que nos faz realizar a sua palavra de maneira quase natural. Estou pensando no ramo que, mesmo sendo um ramo enxertado, une-se de tal forma à videira, identificando-se com ela, que realiza naturalmente a vocação da videira: dar fruto, produzir uva. Estando assim unidos a Cristo, o que pedirmos ao Pai, em nome de Jesus, ele nos concede.

Se estamos unidos a Cristo, não duvidaremos do que Deus pode fazer, em nome de Jesus, seu filho. Neste sentido, a história da mulher que tocou na roupa de Jesus reforça essa compreensão. Ela não precisou nem falar com Jesus. Estava unida a Jesus pela fé. Jesus elogiou a sua fé.

 

Guardando a mensagem

O pai aflito que estava pedindo a cura do seu filho disse a Jesus: “Se podes fazer alguma coisa, tem piedade e nos socorre”. Sem fé, não se alcança o favor de Deus. A fé nos liga a Jesus no amor, na confiança e na realização da vontade de Deus. Deus vem em nosso socorro porque nos ama como filhos, nós que estamos unidos a Cristo. Não cabe dúvida, desconfiança ou mesmo uma relação comercial com o Senhor. A fé abre as portas de nossa vida para acolher a obra do nosso Deus.

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
são tantas as nossas necessidades, os dramas que nos envolvem, que precisamos continuamente da tua proteção, da tua graça, do teu favor. Dá-nos, Senhor, que não nos portemos como requerentes estranhos e desconfiados, mas discípulos unidos a ti pela fé, pelo amor, pela docilidade à vontade do Pai. Assim, no que pedirmos ao Pai, em teu nome, seremos atendidos. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

No seu caderno espiritual, escreva sua oração a Jesus, pedindo-lhe para aumentar a sua fé.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

A HISTÓRIA DE UM PAI AFLITO



21 de fevereiro de 2022

EVANGELHO


Mc 9,14-29

Naquele tempo, 14descendo Jesus do monte com Pedro, Tiago e João e chegando perto dos outros discípulos, viram que estavam rodeados por uma grande multidão. Alguns mestres da Lei estavam discutindo com eles.
15Logo que a multidão viu Jesus, ficou surpresa e correu para saudá-lo. 16Jesus perguntou aos discípulos: “Que discutis com eles?” 17Alguém na multidão respondeu: “Mestre, eu trouxe a ti meu filho que tem um espírito mudo. 18Cada vez que o espírito o ataca, joga-o no chão e ele começa a espumar, range os dentes e fica completamente rijo. Eu pedi aos teus discípulos para expulsarem o espírito, mas eles não conseguiram”.
19Jesus disse: Ó geração incrédula! Até quando estarei convosco? Até quando terei de suportar-vos? Trazei aqui o menino”. 20E levaram-lhe o menino. Quando o espírito viu Jesus, sacudiu violentamente o menino, que caiu no chão e começou a rolar e a espumar pela boca.
21Jesus perguntou ao pai: “Desde quando ele está assim?” O pai respondeu: “Desde criança. 22E muitas vezes, o espírito já o lançou no fogo e na água para matá-lo. Se podes fazer alguma coisa, tem piedade de nós e ajuda-nos”.
23Jesus disse: “Se podes!... Tudo é possível para quem tem fé”. 24O pai do menino disse em alta voz: “Eu tenho fé, mas ajuda a minha falta de fé”. 25Jesus viu que a multidão acorria para junto dele. Então ordenou ao espírito impuro: “Espírito mudo e surdo, eu te ordeno que saias do menino e nunca mais entres nele”.
26O espírito sacudiu o menino com violência, deu um grito e saiu. O menino ficou como morto, e por isso todos diziam: “Ele morreu!” 27Mas Jesus pegou a mão do menino, levantou-o e o menino ficou de pé.
28Depois que Jesus entrou em casa, os discípulos lhe perguntaram a sós: “Por que nós não conseguimos expulsar o espírito?” 29Jesus respondeu: “Essa espécie de demônios não pode ser expulsa de nenhum modo, a não ser pela oração”.

MEDITAÇÃO


Tudo é possível para quem tem fé (Mc 9, 23 )

Quando Jesus desceu o monte com três discípulos, naquele dia da transfiguração, encontrou os outros discípulos no meio de uma grande confusão. Muita gente ao redor deles e uma discussão sem fim com os fariseus. Jesus perguntou: ‘Que confusão é essa?’ E alguém do meio do povo explicou: ‘Mestre, eu trouxe meu filho que tem um espírito mudo. Quando dá uma crise, ele cai no chão, começa a espumar, range os dentes’. Aí Jesus entendeu o que estava acontecendo: O pai trouxe o filho para os discípulos expulsarem o espírito e eles não o conseguiram. Jesus mandou trazer o menino e ali mesmo o garoto começou a ter uma crise. O pai informou a Jesus que ele tinha aquilo desde pequeno. Claro, eles sempre pensavam que fosse um espírito. Não se tinha conhecimento da epilepsia. Aí o pai contou que ele já passara de morrer afogado ou queimado várias vezes, coitado. No meio daquela crise, o menino se debatendo, o pai desesperado disse a Jesus: “Se podes fazer alguma coisa, tem piedade de nós e ajuda-nos”. “Se podes?!... comentou Jesus. Tudo é possível para quem tem fé”. Acho que Jesus ficou meio chateado. “Se podes fazer alguma coisa?!”. O pai pediu desculpas: “Eu tenho fé, mas ajuda a minha falta de fé!”.

Pode reparar que, em todo milagre de Jesus, ele elogia a fé da pessoa. “A tua fé te salvou”, disse àquela mulher que tocou nas suas vestes. Em Nazaré, sua terra, foi dito que ele não fez ali muita coisa, porque eles não tinham fé. Fé é a abertura do coração para a ação de Deus em nossa vida. É a confiança que depositamos no Senhor. E aquele pai, coitado, tinha fé, mas reconhecia que era pouca. Jesus deu ordem ao espírito mudo e o menino foi libertado. Mais tarde, os discípulos quiseram saber porque eles não conseguiram expulsar o espírito. “Esse tipo só se expulsa pela oração”, disse Jesus.

Esse “Se podes” ficou na sua cabeça, não foi? Chato, aquilo. “Se podes fazer alguma coisa, tem piedade de nós e nos ajuda”. Talvez esse seja o sentimento de muitas pessoas hoje, o que acha? Há quem faça um pedido a Deus sem confiança suficiente nele, sem fé. Pede, mas não tem convicção que o Senhor tem poder para isso, ou que ele vá se interessar por sua causa. Pede, mas, realmente, não espera que Deus o atenda. Tem gente assim, claro que tem. Há quem apele pra um e pra outro, e bata também na porta de Deus, como mais uma tentativa. Esse tipo também demonstra pouca fé, pouca confiança. Desse jeito, sem fé, dificilmente será atendido.

A resposta de Jesus foi forte: “Se podes?! Tudo é possível para quem tem fé”. A Virgem Maria já tinha ouvido uma palavra semelhante. Foi o anjo Gabriel quem lhe disse: “Para Deus, nada é impossível” citando o exemplo de sua prima Izabel, idosa e estéril. Para Deus, nada é impossível!

A fé, com certeza, não é só confiança em Deus. No evangelho de São João, Jesus fala da união com ele como condição para ser atendido pelo Pai. “Se permaneceres em mim, tudo o que pedires ao Pai, ele te concederá”. Então, a fé tem a ver com a nossa união com Jesus, que está tão bem representada no ramo unido à videira. Permanecer em Jesus é estar em comunhão com ele, comunhão de amor, que nos faz realizar a sua palavra de maneira quase natural. Estou pensando no ramo que, mesmo sendo um ramo enxertado, une-se de tal forma à videira, identificando-se com ela, que realiza naturalmente a vocação da videira: dar fruto, produzir uva. Estando assim unidos a Cristo, o que pedirmos ao Pai, em nome de Jesus, ele nos concede.

Se estamos unidos a Cristo, não duvidaremos do que Deus pode fazer, em nome de Jesus, seu filho. Neste sentido, a história da mulher que tocou na roupa de Jesus reforça essa compreensão. Ela não precisou nem falar com Jesus. Estava unida a Jesus pela fé. Jesus elogiou a sua fé.


Guardando a mensagem

O pai aflito que estava pedindo a cura do seu filho disse a Jesus: “Se podes fazer alguma coisa, tem piedade e nos socorre”. Sem fé, não se alcança o favor de Deus. A fé nos liga a Jesus no amor, na confiança e na realização da vontade de Deus. Deus vem em nosso socorro porque nos ama como filhos, nós que estamos unidos a Cristo. Não cabe dúvida, desconfiança ou mesmo uma relação comercial com o Senhor. A fé abre as portas de nossa vida para acolher a obra do nosso Deus.

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
são tantas as nossas necessidades, os dramas que nos envolvem, que precisamos continuamente da tua proteção, da tua graça, do teu favor. Dá-nos, Senhor, que não nos portemos como requerentes estranhos e desconfiados, mas discípulos unidos a ti pela fé, pelo amor, pela docilidade à vontade do Pai. Assim, no que pedirmos ao Pai, em teu nome, seremos atendidos. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

No seu caderno espiritual, escreva sua oração a Jesus, pedindo-lhe para aumentar a sua fé.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

A SOLUÇÃO DOS PROBLEMAS PASSA POR VOCÊ





25 de julho de 2021
17º Domingo do Tempo Comum

EVANGELHO


Jo 6,1-15

Naquele tempo, 1Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, também chamado de Tiberíades.
2Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele operava a favor dos doentes. 3Jesus subiu ao monte e sentou-se aí, com os seus discípulos.
4Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus.
5Levantando os olhos e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?”
6Disse isso para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer.
7Filipe respondeu: “Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um”.
8Um dos discípulos, André, o irmão de Simão Pedro, disse: 9“Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isto para tanta gente?”
10Jesus disse: “Fazei sentar as pessoas”. Havia muita relva naquele lugar, e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens.
11Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes.
12Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: “Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca!”
13Recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães, deixadas pelos que haviam comido. 14Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: “Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo”.
15Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte.

MEDITAÇÃO


Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes (Jo 6, 9)

Neste 17º Domingo do Tempo Comum, temos no Evangelho – Jo 6 – uma bela catequese sobre a Eucaristia. A multidão está faminta. Jesus quer alimentá-la. Mesmo se tivessem duzentas moedas de prata, daria só um pedaço de pão pra cada um, avaliou um dos discípulos. Mas aparece um menino com uma ajuda: cinco pães de cevada e dois peixes. Era, com certeza, a refeição de sua família naquela jornada fora de casa. Era pouco. Mas, o pouco com Deus é muito. Esse pouco é a matéria com a qual Jesus vai alimentar aquelas cinco mil pessoas. Todos se sentam. Jesus pega os cinco pães de cevada, reza a oração de ação de graças e os distribui com todos. O mesmo, ele faz com os peixes. Deu pra todo mundo. Ainda manda recolher as sobras, para que nada se perca.

A multidão continua faminta. Fome de pão, de orientação; fome de educação, de saúde, de segurança; fome de justiça. Tantas situações estão esperando solução em sua casa, no seu trabalho, em sua comunidade. E você fica esperando soluções milionárias. “Se eu tivesse uma boa situação, eu ajudaria. Se Deus quiser, vou ganhar na loteria... aí contem comigo.. Ah, só se aparecer uma ajuda do exterior...”. Essa mentalidade leva ao desprezo da colaboração do pequeno. Assim, se age como aquele discípulo que achava que só dava pra se mexer se tivesse 200 moedas de prata para então, quem sabe, dar um pedacinho de pão a cada um. O ensinamento de Jesus, particularmente no evangelho de hoje, é a valorização da contribuição dos pequenos na solução dos problemas.

Tantas situações estão esperando solução em sua casa, no seu trabalho, em sua comunidade. E você fica esperando soluções messiânicas. “Vamos eleger um governante de respeito, ele vai resolver a situação. Tá chegando um cara aí formado nos Estados Unidos... se ele não resolver, ninguém mais resolve. Ah, tudo depende do padre, se o padre for bom, a construção termina rapidinho”. Em vez de se assumir a solução do problema, com as forças que se tem, fica-se esperando um salvador da pátria. Assim, você continua de braços cruzados, passando para outro a solução dos problemas. Nós temos nossa parcela de responsabilidade na solução dos problemas.

Tantas situações estão esperando solução em sua casa, no seu trabalho, em sua comunidade. E você não dá um passo, porque se resignou que aquilo não tem mais jeito. “Ah, isso sempre foi assim, não muda. Pode-se fazer o que quiser, mas nada se consegue. O mal é muito grande, a corrupção é muito antiga, o pequeno nasceu pra padecer.” Tem muita gente imobilizada por essa mentalidade determinista, que no fundo é acomodada e reacionária. Isso denota falta de confiança na sua própria força, na força dos outros e, também, na força de Deus. Na fé, fazemos as contas também com Deus, com sua graça, com sua providência. Ele abriu o mar vermelho para o povo que marchou em fuga no deserto. Ele alimentou o povo peregrino no deserto com o maná. Fazemos as contas, especialmente, com Deus.

Tantas situações estão esperando solução em sua casa, no seu trabalho, em sua comunidade. E você não se mexe porque considera que aquilo é problema dos outros, não é problema seu, não é de sua responsabilidade. Na narração da multiplicação de pães do Evangelho de Marcos, os discípulos sugeriram que Jesus despedisse a multidão, mandasse o povo se arrumar por sua conta. Jesus foi forte: “Vocês mesmos dêem de comer a essa gente”, isto é, vocês são responsáveis para encontrar uma solução para a fome do povo. Somos responsáveis uns pelos outros.


Guardando a mensagem

Olha quanta coisa importante estamos refletindo. Na multiplicação dos pães, valorizou-se a participação dos pequenos na solução do problema de todos (a criança que pôs à disposição poucos pães e peixe). Naquela refeição, ficou claro que precisamos participar na solução dos problemas coletivos, que somos responsáveis uns pelos outros e que devemos contar também com a graça de Deus. A refeição da multidão foi já uma preparação para o sacramento da ceia eucarística. A mentalidade de compromisso com o bem comum, de solidariedade, de partilha, de confiança em Deus prepara o entendimento da celebração eucarística.

Rezando a palavra 

Senhor Jesus,
A catequese que fizeste, com a multiplicação dos pães para o povo faminto, nos prepara para compreender e celebrar melhor a Eucaristia. Sentar-se contigo à mesa é partilhar do teu sonho de fraternidade, valorizando a participação dos pequenos, participando responsavelmente na solução dos problemas coletivos, sendo responsáveis uns pelos outros e contando sempre com a graça e a força de Deus. Assim, podemos apreciar melhor o teu imenso amor que se oferece em sacrifício a Deus em favor de todos. Sendo hoje o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, nós te pedimos em favor de quem já passou dos 60. Estejam eles e elas em condições de responder aos apelos do nosso tempo, tão bem interpretados pelo Papa Francisco em sua mensagem: continuarem sonhando com um mundo de justiça e fraternidade, comunicando suas memórias do passado aos mais novos e sustentando a marcha do bem por suas preces. Derrama, Senhor, tuas bênçãos de saúde e paz sobre nossos avós e sobre todos os idosos. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a Palavra

Quando for tomar as refeições principais, hoje, não se esqueça de rezar. Estando em casa ou num restaurante, não se esqueça de, antes da refeição, bendizer a Deus pelo alimento e prometer, no seu coração, ser sempre mais solidário com quem não tem uma refeição decente.

Pe .João Carlos Ribeiro, sdb

O POUCO COM DEUS É MUITO


Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes (Jo 6, 9)

24 de abril de 2020

A multidão está faminta. Jesus quer alimentá-la. Mesmo se tivessem duzentas moedas de prata, daria só um pedaço de pão pra cada um, avaliou um dos discípulos. Mas aparece um menino com uma ajuda: cinco pães de cevada e dois peixes. Era, com certeza, a refeição de sua família naquela jornada fora de casa. Era pouco. Mas, o pouco com Deus é muito. Esse pouco é a matéria com a qual Jesus vai alimentar aquelas cinco mil pessoas. Todos se sentam. Jesus pega os cinco pães de cevada, reza a oração de ação de graças e os distribui com todos. O mesmo, ele faz com os peixes. Deu pra todo mundo. Ainda manda recolher as sobras, para que nada se perca.

A multidão continua faminta. Fome de pão, de orientação; fome de educação, de saúde, de segurança; fome de justiça. Tantas situações estão esperando solução em sua casa, no seu trabalho, em sua comunidade. E você fica esperando soluções milionárias. “Se eu tivesse uma boa situação, eu ajudaria. Se Deus quiser, vou ganhar na loteria... aí contem comigo.. Ah, só se aparecer uma ajuda do exterior...”. Essa mentalidade leva ao desprezo da colaboração do pequeno. Assim, se age como aquele discípulo que achava que só dava pra se mexer se tivesse 200 moedas de prata para então, quem sabe, dar um pedacinho de pão a cada um. O ensinamento de Jesus, particularmente no evangelho de hoje, é a valorização da contribuição dos pequenos na solução dos problemas.

Tantas situações estão esperando solução em sua casa, no seu trabalho, em sua comunidade. E você fica esperando soluções messiânicas. “Vamos eleger um governante de respeito, ele vai resolver a situação. Tá chegando um cara aí formado nos Estados Unidos... se ele não resolver, ninguém mais resolve. Ah, tudo depende do padre, se o padre for bom, a construção termina rapidinho”. Em vez de se assumir a solução do problema, com as forças que se tem, fica-se esperando um salvador da pátria. Assim, você continua de braços cruzados, passando para outro a solução dos problemas. Nós temos nossa parcela de responsabilidade na solução dos problemas.

Tantas situações estão esperando solução em sua casa, no seu trabalho, em sua comunidade. E você não dá um passo, porque se resignou que aquilo não tem mais jeito. “Ah, isso sempre foi assim, não muda. Pode-se fazer o que quiser, mas nada se consegue. O mal é muito grande, a corrupção é muito antiga, o pequeno nasceu pra padecer.” Tem muita gente imobilizada por essa mentalidade determinista, que no fundo é acomodada e reacionária. Isso denota falta de confiança na sua própria força, na força dos outros e, também, na força de Deus. Na fé, fazemos as contas também com Deus, com sua graça, com sua providência. Ele abriu o mar vermelho para o povo que marchou em fuga no deserto. Ele alimentou o povo peregrino no deserto com o maná. Fazemos as contas, especialmente, com Deus.

Tantas situações estão esperando solução em sua casa, no seu trabalho, em sua comunidade. E você não se mexe porque considera que aquilo é problema dos outros, não é problema seu, não é de sua responsabilidade. Na narração da multiplicação de pães do Evangelho de Marcos, os discípulos sugeriram que Jesus despedisse a multidão, mandasse o povo se arrumar por sua conta. Jesus foi forte: “Vocês mesmos dêem de comer a essa gente”, isto é, vocês são responsáveis para encontrar uma solução para a fome do povo. Somos responsáveis uns pelos outros.

A refeição da multidão foi também uma preparação para o sacramento da ceia eucarística. Sem uma mentalidade de compromisso com o bem comum, de solidariedade, de partilha, não se compreende a eucaristia.

Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes (Jo 6, 9)

Rezando a Palavra

Neste 24 de abril, comemoração mensal de N. Sra. Auxiliadora, rezemos o ATO DE ENTREGA, nos colocando sob sua proteção nesses dias difíceis dessa pandemia:

Santíssima e Imaculada Virgem Maria, nossa mãe terníssima e poderoso Auxílio dos Cristãos, nós nos consagramos inteiramente a Vós, para que nos conduzais nos caminhos do Senhor.

Pedimo-vos, ó Mãe querida, a vossa proteção sobre nossas famílias, sobre os idosos, os jovens, os pobres, particularmente sobre os que contraíram esse vírus.

Sede para todos, ó Virgem Maria, doce Esperança e Mãe de misericórdia. Como em tantos outros momentos trágicos da vida da humanidade e da Igreja, vinde socorrer-nos, Senhora.

Que todos encontremos abrigo sob o vosso manto de Mãe. Com vosso auxílio e vossa intercessão, sejamos vitoriosos contra os inimigos de nosso corpo e de nossa alma.

Nossa Senhora Auxiliadora, rogai por nós.


Vivendo a Palavra

Quando for tomar as refeições principais, hoje, não se esqueça de rezar. Estando em casa e em família, agora com mais tempo, não se esqueça de, antes da refeição, bendizer a Deus pelo alimento e prometer, no seu coração, ser sempre mais solidário com quem não tem uma refeição decente.

Pe .João Carlos Ribeiro, sdb

COMO É QUE ANDA A SUA FÉ?

Tudo é possível para quem tem fé (Mc 9, 23 )

24 de fevereiro de 2020.


Quando Jesus desceu o monte com três discípulos, naquele dia da transfiguração, encontrou os outros discípulos no meio de uma grande confusão. Muita gente ao redor deles e uma discussão sem fim com os fariseus. Jesus perguntou: ‘Que confusão é essa?’ E alguém do meio do povo explicou: ‘Mestre, eu trouxe meu filho que tem um espírito mudo. Quando dá uma crise, ele cai no chão, começa a espumar, range os dentes’. Aí Jesus entendeu o que estava acontecendo: O pai trouxe o filho para os discípulos expulsarem o espírito e eles não o conseguiram. Jesus mandou trazer o menino e ali mesmo o garoto começou a ter uma crise. O pai informou a Jesus que ele tinha aquilo desde pequeno. Claro, eles sempre pensavam que fosse um espírito. Não se tinha conhecimento da epilepsia. Aí o pai contou que ele já passara de morrer afogado ou queimado várias vezes, coitado. No meio daquela crise, o menino se debatendo, o pai desesperado disse a Jesus: “Se podes fazer alguma coisa, tem piedade de nós e ajuda-nos”. “Se podes?!... comentou Jesus. Tudo é possível para quem tem fé”. Acho que Jesus ficou meio chateado. “Se podes fazer alguma coisa?!”. O pai pediu desculpas: “Eu tenho fé, mas ajuda a minha falta de fé!”.

Pode reparar que, em todo milagre de Jesus, ele elogia a fé da pessoa. “A tua fé te salvou”, disse àquela mulher que tocou nas suas vestes. Em Nazaré, sua terra, foi dito que ele não fez ali muita coisa, porque eles não tinham fé. Fé é a abertura do coração para a ação de Deus em nossa vida. É a confiança que depositamos no Senhor. E aquele pai, coitado, tinha fé, mas reconhecia que era pouca. Jesus deu ordem ao espírito mudo e o menino foi libertado. Mais tarde, os discípulos quiseram saber porque eles não conseguiram expulsar o espírito. “Esse tipo só se expulsa pela oração”, disse Jesus.

Esse “Se podes” ficou na sua cabeça, não foi? Chato, aquilo. “Se podes fazer alguma coisa, tem piedade de nós e nos ajuda”. Talvez esse seja o sentimento de muitas pessoas hoje, o que acha? Há quem faça um pedido a Deus sem confiança suficiente nele, sem fé. Pede, mas não tem convicção que o Senhor tem poder para isso, ou que ele vá se interessar por sua causa. Pede, mas, realmente, não espera que Deus o atenda. Tem gente assim, claro que tem. Há quem apele pra um e pra outro, e bata também na porta de Deus, como mais uma tentativa. Esse tipo também demonstra pouca fé, pouca confiança. Desse jeito, sem fé, dificilmente será atendido.

A resposta de Jesus foi forte: “Se podes?! Tudo é possível para quem tem fé”. A Virgem Maria já tinha ouvido uma palavra semelhante. Foi o anjo Gabriel quem lhe disse: “Para Deus, nada é impossível” citando o exemplo de sua prima Izabel, idosa e estéril. Para Deus, nada é impossível! 
A fé, com certeza, não é só confiança em Deus. No evangelho de São João, Jesus fala da união com ele como condição para ser atendido pelo Pai. “Se permaneceres em mim, tudo o que pedires ao Pai, ele te concederá”. Então, a fé tem a ver com a nossa união com Jesus, que está tão bem representada no ramo unido à videira. Permanecer em Jesus é estar em comunhão com ele, comunhão de amor, que nos faz realizar a sua palavra de maneira quase natural. Estou pensando no ramo que, mesmo sendo um ramo enxertado, une-se de tal forma à videira, identificando-se com ela, que realiza naturalmente a vocação da videira: dar fruto, produzir uva. Estando assim unidos a Cristo, o que pedirmos ao Pai, em nome de Jesus, ele nos concede.

Se estamos unidos a Cristo, não duvidaremos do que Deus pode fazer, em nome de Jesus, seu filho. Neste sentido, a história da mulher que tocou na roupa de Jesus reforça essa compreensão. Ela não precisou nem falar com Jesus. Estava unida a Jesus pela fé. Jesus elogiou a sua fé.

Guardando a mensagem

O pai aflito que estava pedindo a cura do seu filho disse a Jesus: “Se podes fazer alguma coisa, tem piedade e nos socorre”. Sem fé, não se alcança o favor de Deus. A fé nos liga a Jesus no amor, na confiança e na realização da vontade de Deus. Deus vem em nosso socorro porque nos ama como filhos, nós que estamos unidos a Cristo. Não cabe dúvida, desconfiança ou mesmo uma relação comercial com o Senhor. A fé abre as portas de nossa vida para acolher a obra do nosso Deus.

Tudo é possível para quem tem fé (Mc 9, 23 )

Rezando a palavra 

Senhor Jesus,
São tantas as nossas necessidades, os dramas que nos envolvem, que precisamos continuamente da tua proteção, da tua graça, do teu favor. Dá-nos, Senhor, que não nos portemos como requerentes estranhos e desconfiados, mas discípulos unidos a ti pela fé, pelo amor, pela docilidade à vontade do Pai. Assim, no que pedirmos ao Pai, em teu nome, seremos atendidos. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

No seu caderno espiritual, escreva sua oração a Jesus, pedindo-lhe para aumentar a sua fé.

24 de fevereiro de 2020

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

DEUS CONTA COM VOCÊ


Tu ficarás alegre e feliz, e muita gente se alegrará com o nascimento do menino (Lc 1, 14).


19 de dezembro de 2019

Nestes dias que precedem o natal, trazemos à memória uma figura muito especial: Zacarias. Os acontecimentos na vida do sacerdote Zacarias nos dizem que Deus conta com todos nós, independentemente da idade. Aliás, os idosos, precisamente estes, têm uma contribuição muito especial a dar no plano de salvação do nosso Deus. Vamos ao texto de hoje.

O sacerdote Zacarias está no Templo oferecendo o incenso. De repente, aparece-lhe o anjo do Senhor. Ele lhe traz uma boa notícia: o filho que ele tanto quis, e não pode, agora vai chegar. Zacarias já tinha perdido a esperança. Já estava velho. E sua mulher Izabel, além de idosa, era estéril. Zacarias duvidou. Será?! Como é que eu vou ter certeza disso? Tá certo, Zacarias. Aqui está o sinal. Você, por não acreditar, vai ficar mudo, até o menino nascer. O anjo Gabriel aproveitou pra dizer a Zacarias qual seria a missão do seu filho: preparar os caminhos do Messias.

Na vida de Zacarias e Izabel, está esse grande testemunho: mesmo com nossos limites e deficiências, Deus conta conosco no seu projeto. Aliás, fica claro nessa história de Zacarias que não é por obra de mãos humanas, mas por obra do próprio Deus que nos chega a salvação. A salvação é obra de Deus em nossas vidas, com nossa humilde e frágil participação.

E você fica pensando... será que Deus conta comigo também no seu plano de salvação? Pode ter certeza. Ele conta com você, como contou com Zacarias e Izabel. Agora, por favor, não diga, ah estou de idade... ou, não tenho muito estudo... ou, meu tempo é muito pouco... nem diga: eu não sou ninguém... quanto mais fracos somos, mais se manifesta que é Deus que realiza a obra. Mas, a obra de Deus , que é a nossa salvação em Cristo, a nossa e a de outros, passa pelas nossas mãos, pela nossa voz, pela nossa humilde colaboração. Sem os poucos pães que o menino partilhou não haveria multiplicação dos pães. Você entendeu? Deus conta com você.


Tu ficarás alegre e feliz, e muita gente se alegrará com o nascimento do menino (Lc 1, 14).





6º dia da novena 

O TESTEMUNHO DE GABRIEL

O Senhor lhe dará o trono de seu pai Davi (Lc 1, 32)

Apresentação do tema 

O anjo Gabriel foi enviado por Deus a Maria. Ele a saudou de uma forma surpreendente: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo”. E anunciou que ela seria mãe, mesmo sendo virgem. E deu um testemunho maravilhoso sobre Jesus. Maria ouviu tudo, confusa coitada e pediu uma explicação. E ele a tranquilizou: ela engravidaria por obra do Espírito Santo. E Maria, com humildade e generosidade, aceitou a missão que Deus lhe confiava.

Nessa proximidade do natal, recordamos como foi o anúncio do anjo a Maria. E ficamos atentos ao anjo Gabriel. Ele desempenhou bem a sua tarefa. Veio da parte Deus, como mensageiro, com uma missão muito especial. Entrou com grande respeito na presença de Maria, saudando-a como cheia de graça, comunicou-lhe a boa notícia que trazia, tirou suas dúvidas, recebeu sua resposta e se foi. A evangelização deve sempre produzir uma resposta, um engajamento da pessoa. 

O anjo revelou coisas muito especiais sobre Jesus: ele, o filho de Deus e de Maria, é o líder do povo santo e de toda a humanidade.

Oração do dia

O anúncio do anjo a Maria é celebrado, em nossa tradição cristã católica, de maneira especial, com a oração do ÂNGELUS. 

Guia: O Anjo do Senhor anunciou a Maria. 
Todos: E Ela concebeu do Espírito Santo.

Guia: Eis aqui a serva do Senhor.
Todos: Faça-se em mim segundo a vossa palavra.

Guia: E o Verbo se fez carne.
Todos: E habitou entre nós.

Guia: Rogai por nós, Santa Mãe de Deus!
Todos: Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Guia: Oremos. Derramai, ó Deus, a vossa graça em nossos corações, para que, conhecendo pela mensagem do anjo a encarnação do vosso Filho, cheguemos, por sua paixão e cruz, à glória da ressurreição. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém.

Bênção

O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.


Vivência

Nesta proximidade do natal do Senhor, o que podemos aprender com o anjo Gabriel?

Pe. João Carlos Ribeiro – 19 de dezembro de 2019





OS CINCO PÃES DO MENINO

Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes (Jo 6, 9)


29 de julho de 2018.

Neste 17º Domingo do Tempo Comum, temos no Evangelho – Jo 6 – uma bela catequese sobre a Eucaristia. A multidão está faminta. Jesus quer alimentá-la. Mesmo se tivessem duzentas moedas de prata, daria só um pedaço de pão pra cada um, avaliou um dos discípulos. Mas aparece um menino com uma ajuda: cinco pães de cevada e dois peixes. Era, com certeza, a refeição de sua família naquela jornada fora de casa. Era pouco. Mas, o pouco com Deus é muito. Esse pouco é a matéria com a qual Jesus vai alimentar aquelas cinco mil pessoas. Todos se sentam. Jesus pega os cinco pães de cevada, reza a oração de ação de graças e os distribui com todos. O mesmo, ele faz com os peixes. Deu pra todo mundo. Ainda manda recolher as sobras, para que nada se perca.

A multidão continua faminta. Fome de pão, de orientação; fome de educação, de saúde, de segurança; fome de justiça. Tantas situações estão esperando solução em sua casa, no seu trabalho, em sua comunidade. E você fica esperando soluções milionárias. “Se eu tivesse uma boa situação, eu ajudaria. Se Deus quiser, vou ganhar na loteria... aí contem comigo.. Ah, só se aparecer uma ajuda do exterior...”. Essa mentalidade leva ao desprezo da colaboração do pequeno. Assim, se age como aquele discípulo que achava que só dava pra se mexer se tivesse 200 moedas de prata para então, quem sabe, dar um pedacinho de pão a cada um. O ensinamento de Jesus, particularmente no evangelho de hoje, é a valorização da contribuição dos pequenos na solução dos problemas.

Tantas situações estão esperando solução em sua casa, no seu trabalho, em sua comunidade. E você fica esperando soluções messiânicas. “Vamos eleger um governante de respeito, ele vai resolver a situação. Tá chegando um cara aí formado nos Estados Unidos... se ele não resolver, ninguém mais resolve. Ah, tudo depende do padre, se o padre for bom, a construção termina rapidinho”. Em vez de se assumir a solução do problema, com as forças que se tem, fica-se esperando um salvador da pátria. Assim, você continua de braços cruzados, passando para outro a solução dos problemas. Nós temos nossa parcela de responsabilidade na solução dos problemas.

Tantas situações estão esperando solução em sua casa, no seu trabalho, em sua comunidade. E você não dá um passo, porque se resignou que aquilo não tem mais jeito. “Ah, isso sempre foi assim, não muda. Pode-se fazer o que quiser, mas nada se consegue. O mal é muito grande, a corrupção é muito antiga, o pequeno nasceu pra padecer.” Tem muita gente imobilizada por essa mentalidade determinista, que no fundo é acomodada e reacionária. Isso denota falta de confiança na sua própria força, na força dos outros e, também, na força de Deus. Na fé, fazemos as contas também com Deus, com sua graça, com sua providência. Ele abriu o mar vermelho para o povo que marchou em fuga no deserto. Ele alimentou o povo peregrino no deserto com o maná. Fazemos as contas, especialmente, com Deus. 

Tantas situações estão esperando solução em sua casa, no seu trabalho, em sua comunidade. E você não se mexe porque considera que aquilo é problema dos outros, não é problema seu, não é de sua responsabilidade. Na narração da multiplicação de pães do Evangelho de Marcos, os discípulos sugeriram que Jesus despedisse a multidão, mandasse o povo se arrumar por sua conta. Jesus foi forte: “Vocês mesmos dêem de comer a essa gente”, isto é, vocês são responsáveis para encontrar uma solução para a fome do povo. Somos responsáveis uns pelos outros. 

Vamos guardar a mensagem 

Olha quanta coisa importante estamos refletindo. Na multiplicação dos pães, valorizou-se a participação dos pequenos na solução do problema de todos (a criança que pôs à disposição poucos pães e peixe). Naquela refeição, ficou claro que precisamos participar na solução dos problemas coletivos, que somos responsáveis uns pelos outros e que devemos contar também com a graça de Deus. A refeição da multidão foi já uma preparação para o sacramento da ceia eucarística. A mentalidade de compromisso com o bem comum, de solidariedade, de partilha, de confiança em Deus prepara o entendimento da celebração eucarística. 

Vamos rezar a Palavra

Senhor Jesus, 

A catequese que fizeste, com a multiplicação dos pães para o povo faminto, nos prepara para compreender e celebrar melhor a Eucaristia. Sentar-se contigo à mesa é partilhar do teu sonho de fraternidade, valorizando a participação dos pequenos, participando responsavelmente na solução dos problemas coletivos, sendo responsáveis uns pelos outros e contando sempre com a graça e a força de Deus. Assim, podemos apreciar melhor o teu imenso amor que se oferece em sacrifício a Deus em favor de todos. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vamos viver a Palavra

Quando for tomar as refeições principais, hoje, não se esqueça de rezar. Estando em casa ou num restaurante, não se esqueça de, antes da refeição, bendizer a Deus pelo alimento e prometer, no seu coração, ser sempre mais solidário com quem não tem uma refeição decente.

Pe .João Carlos Ribeiro – 29.07.2018 



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