PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: imposto do templo
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A história do peixe.

 

   12 de agosto de 2024.   

Segunda-feira da 19ª Semana do Tempo Comum


   Evangelho.   


Mt 17,22-27

Naquele tempo, 22quando Jesus e os seus discípulos estavam reunidos na Galileia, ele lhes disse: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens. 23Eles o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará”. E os discípulos ficaram muito tristes. 24Quando chegaram a Cafarnaum, os cobradores do imposto do Templo aproximaram-se de Pedro e perguntaram: “O vosso mestre não paga o imposto do Templo?”
25Pedro respondeu; “Sim, paga”. Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se, e perguntou: “Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos?” 26Pedro respondeu: “Dos estranhos!” Então Jesus disse: “Logo os filhos são livres. 27Mas, para não escandalizar essa gente, vai ao mar, lança o anzol, e abre a boca do primeiro peixe que pescares. Ali encontrarás uma moeda; pega então a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti”.

   Meditação.   


O mestre de vocês não paga o imposto do Templo? (Mt 17, 24)

O evangelho de hoje nos conta como Pedro, a mando de Jesus, pagou o imposto do Templo com uma moeda que retirou da boca de um peixe. Esse particular do peixe me lembra a história de outro peixe contada no Livro de Tobias. 

O Livro de Tobias é um livro da Bíblia, que não está na edição da Bíblia da reforma protestante. Nele, se conta a história de duas famílias judias, que viviam no exílio, lá pelo século VI antes de Cristo. Tobias era filho de um senhor chamado Tobit, que morava em Nínive. Este era um judeu piedoso, cumpridor da Lei de Deus. Além de todas as dificuldades para viver sua fé num mundo pagão hostil, teve a infelicidade de ficar cego, por conta de excrementos de pardais. Precisava mandar o filho a uma cidade distante resgatar um recurso que ele possuía, seu único filho. Ele contratou um jovem valente para acompanhar e defender o seu filho Tobias na perigosa viagem. 

No caminho, Tobias e o seu companheiro pararam num rio e este acompanhante o orientou a pegar um peixe e separar fel, coração e fígado. Na cidade distante para onde estavam viajando, morava uma linda jovem, de nome Sara. Judia também ela, no meio de pagãos, estava com um problema dos grandes. Tinha se casado 7 vezes e na noite de núpcias o marido morria. Todo mundo a acusava, mas era um espírito mau que matava os seus noivos. Finalmente, Tobias se apaixonou por ela.  Por orientação do jovem valente, na noite de núpcias o espírito impuro foi expulso queimando-se o coração e o fígado do peixe. Tudo resolvido naquela cidade, voltaram para casa, agora Tobias casado com Sara e com os bens de sua família recuperados. 

O pai cego ficou radiante de alegria. Agora, a família teria continuidade. Deus tinha se mostrado bom e providente. Mas, a coisa ficou melhor ainda. Com o fel do peixe, por orientação do jovem valente, Tobias curou a cegueira do seu pai. Oh que festa tão grande teve na casa de seu Tobit, sete dias sem parar! E teve mais uma surpresa: o jovem valente se revelou. Era o Arcanjo Rafael. Deus o mandou para acompanhar Tobias, libertar Sara, curar o velho pai e abrir um futuro de alegria e felicidade para aquela família tão sofrida.
O peixe, dentro da história de Tobias, nos fala da providência de Deus. Ele não abandona os seus. Ele, de uma maneira inesperada, quando tudo parece sem saída, age em socorro dos seus filhos, com providência, com proteção. Mas, vamos à história de Pedro. O peixe de Pedro está nos esperando. 

Num dia em que Jesus e seu grupo estavam chegando a Cafarnaum, cobradores do imposto do Templo perguntaram a Pedro se Jesus pagava aquela taxa. Pedro, para facilitar as coisas, disse que sim. E quando entrou em casa, Jesus puxou logo o assunto e mandou Pedro providenciar o pagamento. Assim, lhe indicou que fosse pescar, que era a sua profissão. No primeiro peixe fisgado, encontraria uma moeda que daria para pagar o imposto por si e pelo Mestre.

Três coisas, pelo menos, podemos aprender com essa página do evangelho de hoje. O primeiro ensinamento vem dos cobradores do imposto. Além da prática do dízimo, havia, no povo de Deus do tempo de Jesus, um imposto anual para sustentação do Templo. O imposto do Templo era anual, pago pelos homens, e equivalia a dois dias de trabalho, pagos com uma moeda grega chamada dracma. O primeiro ensinamento é este: Somos responsáveis pela manutenção da Casa de Deus.

O segundo ensinamento vem do exemplo de Jesus. Ele não estava obrigado, como filho de Deus, a pagar esse imposto. Aliás, muita gente, pela sua ligação com o Templo, estava dispensada: sacerdotes, levitas, rabinos. Mas, Jesus fez questão de participar, de dar bom exemplo, de mostrar-se também comprometido. Na manutenção da Casa de Deus, ninguém deve se omitir. 

O terceiro ensinamento vem do peixe. É verdade que Pedro foi pescar. Mas, o que conseguiu para o imposto não foi só fruto do seu trabalho. Foi, particularmente, providência divina. Ele encontrou a moeda na boca do peixe, conforme a palavra de Jesus. Há aqui uma lição muito importante: para as coisas de Deus, quando há boa vontade de nossa parte, mesmo não tendo, aparece um jeito, coisa da providência de Deus. Igual ao peixe da história de Tobias: Deus é providente, nos ampara, nos socorre, nos abre inesperadas soluções. 





Guardando a mensagem

O evangelho de hoje nos chama à responsabilidade de filhos na manutenção da Casa de Deus. Somos responsáveis pela casa do Senhor. Jesus mesmo deu exemplo: mesmo sendo filho, estando dispensado, participou também com sua contribuição para o Templo. O dinheiro que Pedro achou na boca do peixe nos mostra que o próprio Senhor, na sua Providência Divina, nos ajuda a encontrar modos de participar na manutenção de sua Casa e de sua Obra.

O mestre de vocês não paga o imposto do Templo? (Mt 17, 24)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
muito temos que andar em matéria de co-responsabilidade na manutenção da Igreja e de sua missão evangelizadora. O nosso dízimo nem devia ter esse nome, pois não tem passado de uma simples oferta sem relação com os nossos ganhos reais. E as nossas ofertas nas missas fazem vergonha, damos esmolas, não sustentamos a Casa de Deus. Senhor, converte o nosso coração. Que o teu exemplo nos ajude a partilhar com amor e confiança para o sustento da tua Casa e para a realização de suas responsabilidades para com os mais pobres, com a formação dos nossos ministros, com a evangelização do mundo. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

É hora de você rever a sua participação de filho na Casa de Deus. Hoje, tome uma boa decisão nesse assunto.

Comunicando

Hoje tem Segunda Bíblica. A gente se encontra às oito e meia da noite, horário de Brasília, para o estudo do Capítulo 23 do Profeta Ezequiel, no Canal Padre João Carlos do Youtube. 

Amanhã, começa a Semana de Salesianidade, voltada para os associados da AMA. Inscrições pelo Whatsapp 81 3224-9284.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Nossa responsabilidade na manutenção da Casa do Senhor.

 




   14 de agosto de 2023.   

Memória de São Maximiliano Maria Kolbe, mártir


   Evangelho.   


Mt 17,22-27

Naquele tempo, 22quando Jesus e os seus discípulos estavam reunidos na Galileia, ele lhes disse: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens. 23Eles o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará”. E os discípulos ficaram muito tristes. 24Quando chegaram a Cafarnaum, os cobradores do imposto do Templo aproximaram-se de Pedro e perguntaram: “O vosso mestre não paga o imposto do Templo?”
25Pedro respondeu; “Sim, paga”. Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se, e perguntou: “Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos?” 26Pedro respondeu: “Dos estranhos!” Então Jesus disse: “Logo os filhos são livres. 27Mas, para não escandalizar essa gente, vai ao mar, lança o anzol, e abre a boca do primeiro peixe que pescares. Ali encontrarás uma moeda; pega então a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti”.

   Meditação.   


O mestre de vocês não paga o imposto do Templo? (Mt 17, 24)

Várias vezes, participei da Santa Missa, no terceiro domingo do mês, na cidade pernambucana de Carpina. Esse é o dia em que os fiéis daquela paróquia oferecem o seu dízimo. Na hora do ofertório, o povo forma uma longa fila e, um por um, traz o seu envelope, e com ele toca o altar e o deposita num grande cesto. O fato de tocar o altar com o envelope é facilmente compreensível: o que está dentro do envelope representa a participação daquele fiel na oferta que a Igreja faz a Deus. De fato, durante a apresentação das oferendas em cada Missa, o presidente da celebração bendiz o Senhor pelo “fruto da terra e do trabalho do homem”, no sinal do pão e do vinho.

Mas, realmente, o que me chamava a atenção naquela grande fila de pessoas, cantando e apresentando o seu dízimo, em Carpina, era a presença do pároco e do vigário paroquial na fila também. Pe. José Rolim e Pe. Brenno, que estavam à frente da Assembleia, iam também pra fila e cada um apresentava o envelope com o seu dízimo. No início, muita gente estranhou. Achavam, com razão, que os dois padres não precisavam ir pra fila como todo mundo, eles estavam dispensados do dízimo. Já eram ministros do altar, já davam do seu tempo e de sua vida a serviço da Igreja, não havendo mais necessidade de devolver o dízimo. Aliás, do dízimo do povo já saía a sua côngrua, o seu pro labore. Mas, os dois padres não faltavam na fila e nem se preocupavam de fornecer qualquer explicação.

Tudo isso ilustra o evangelho de hoje. Num dia em que Jesus e seu grupo estavam chegando a Cafarnaum, cobradores do imposto do Templo perguntaram a Pedro se Jesus pagava aquela taxa. Pedro, para facilitar as coisas, disse que sim. E quando entrou em casa, Jesus puxou logo o assunto. Perguntou se, num reino, a quem se cobra os impostos, aos filhos do rei ou aos estranhos? Pedro respondeu que, claro, aos estranhos. Os filhos estavam mais do que dispensados; o reino era do pai deles, ora essa. Ainda assim, para não ser motivo de escândalo, Jesus mandou Pedro providenciar o pagamento. Assim, lhe indicou que fosse pescar, que era a sua profissão. No primeiro peixe fisgado, encontraria uma moeda – o estáter – que daria para pagar o imposto por si e pelo Mestre.

Três coisas, pelo menos, podemos aprender com essa página do evangelho de hoje. O primeiro ensinamento vem dos chatos que cobraram o imposto. O imposto de que se fala, nessa passagem, não é o dízimo. Nem o imposto de César. No dízimo, apresentava-se como oferta a Deus os primeiros frutos da agricultura e os primeiros animais de corte do rebanho. O dízimo tem a ver, então, com ganhos, salários, rendimentos. Também, claro, não se trata do imposto ao império romano, devido pela condição de povo subjugado. Este era pago com muita má vontade e, no meio, de muitos conflitos. Além da prática do dízimo, havia, no povo de Deus do tempo de Jesus, um imposto anual para sustentação do Templo (levitas, cantores, sacerdotes, lenha, funcionamento do Templo e do seu culto). O imposto do Templo era anual, pago pelos homens, e equivalia a dois dias de trabalho, pagos com uma moeda grega chamada dracma. O primeiro ensinamento é este: Somos responsáveis pela manutenção da Casa de Deus.

O segundo ensinamento vem do exemplo de Jesus. Ele não estava obrigado, como filho de Deus, a pagar esse imposto. Aliás, muita gente, pela sua ligação com o Templo, estava dispensada: sacerdotes, levitas, rabinos. Mas, Jesus fez questão de participar, de dar bom exemplo, de mostrar-se também comprometido. Nessa responsabilidade com a Casa de Deus, ninguém deve se omitir. As lideranças podem ajudar muito, como Jesus, como os padres de Carpina, dando bom exemplo.

O terceiro ensinamento vem do peixe. É verdade que Pedro foi pescar. Mas, o que se conseguiu para a oferta do imposto não foi só trabalho de Pedro, mas foi, particularmente, providência divina. Ele encontrou a moeda na boca do peixe, conforme a palavra de Jesus. Há aqui uma lição muito importante: para as coisas de Deus, quando há boa vontade de nossa parte, mesmo não tendo, aparece um jeito, coisa da providência de Deus. Muita gente já experimentou isso.


Guardando a mensagem

O evangelho de hoje nos chama à responsabilidade de filhos na manutenção da Casa de Deus. Somos responsáveis pela casa do Senhor. Jesus mesmo deu exemplo: mesmo sendo filho, estando dispensado, participou também com sua contribuição para o Templo. O dinheiro que Pedro achou na boca do peixe nos mostra que o próprio Senhor, na sua Providência Divina, nos ajuda a encontrar modos de participar na manutenção de sua Casa e de sua Obra.

O mestre de vocês não paga o imposto do Templo? (Mt 17, 24)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
muito temos que andar em matéria de corresponsabilidade na manutenção da Igreja e de sua missão evangelizadora. O nosso dízimo nem devia ter esse nome, pois não passa de uma simples oferta que não tem relação com os nossos ganhos reais. E as nossas ofertas, ao menos as que oferecemos nas celebrações, são trocados dignos de um esmoler. Damos esmolas, não sustentamos a Casa de Deus. Senhor, converte o nosso coração. Que o teu exemplo nos ajude a partilhar com amor e confiança para o sustento da tua Casa e para a realização de suas responsabilidades para com os mais pobres, com a formação dos nossos ministros, com a evangelização do mundo. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

É hora de você rever a sua participação de filho na Casa de Deus. Hoje, tome uma boa decisão nesse assunto.

Comunicando

Hoje é dia do Encontro dos Ouvintes, no Recife. O encontro, com a Santa Missa, começa às 11 horas, na Igreja de Santo Antonio, bem no centro da cidade. Será uma Missa de Ação de Graças pela passagem dos 27 anos de nossa AMA, a Associação Missionária Amanhecer. Você pode nos acompanhar pelo rádio ou por nossas redes sociais.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Somos responsáveis pela manutenção da Casa do Senhor




08 de agosto de 2022

Dia de São Domingos de Gusmão

EVANGELHO


Mt 17,22-27

Naquele tempo, 22quando Jesus e os seus discípulos estavam reunidos na Galileia, ele lhes disse: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens. 23Eles o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará”. E os discípulos ficaram muito tristes. 24Quando chegaram a Cafarnaum, os cobradores do imposto do Templo aproximaram-se de Pedro e perguntaram: “O vosso mestre não paga o imposto do Templo?”
25Pedro respondeu; “Sim, paga”. Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se, e perguntou: “Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos?” 26Pedro respondeu: “Dos estranhos!” Então Jesus disse: “Logo os filhos são livres. 27Mas, para não escandalizar essa gente, vai ao mar, lança o anzol, e abre a boca do primeiro peixe que pescares. Ali encontrarás uma moeda; pega então a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti”.

MEDITAÇÃO


O mestre de vocês não paga o imposto do Templo? (Mt 17, 24)

Várias vezes, participei da Santa Missa, no terceiro domingo do mês, na cidade pernambucana de Carpina. Esse é o dia em que os fiéis daquela paróquia oferecem o seu dízimo. Na hora do ofertório, o povo forma uma longa fila e, um por um, traz o seu envelope, e com ele toca o altar e o deposita num grande cesto. O fato de tocar o altar com o envelope é facilmente compreensível: o que está dentro do envelope representa a participação daquele fiel na oferta que a Igreja faz a Deus. De fato, durante a apresentação das oferendas em cada Missa, o presidente da celebração bendiz o Senhor pelo “fruto da terra e do trabalho do homem”, no sinal do pão e do vinho.

Mas, realmente, o que me chamava a atenção naquela grande fila de pessoas, cantando e apresentando o seu dízimo, em Carpina, era a presença do pároco e do vigário paroquial na fila também. Pe. José Rolim e Pe. Brenno, que estavam à frente da Assembleia, iam também pra fila e cada um apresentava o envelope com o seu dízimo. No início, muita gente estranhou. Achavam, com razão, que os dois padres não precisavam ir pra fila como todo mundo, eles estavam dispensados do dízimo. Já eram ministros do altar, já davam do seu tempo e de sua vida a serviço da Igreja, não havendo mais necessidade de devolver o dízimo. Aliás, do dízimo do povo já saía a sua côngrua, o seu pro labore. Mas, os dois padres não faltavam na fila e nem se preocupavam de fornecer qualquer explicação.

Tudo isso ilustra o evangelho de hoje. Num dia em que Jesus e seu grupo estavam chegando a Cafarnaum, cobradores do imposto do Templo perguntaram a Pedro se Jesus pagava aquela taxa. Pedro, para facilitar as coisas, disse que sim. E quando entrou em casa, Jesus puxou logo o assunto. Perguntou se, num reino, a quem se cobra os impostos, aos filhos do rei ou aos estranhos? Pedro respondeu que, claro, aos estranhos. Os filhos estavam mais do que dispensados; o reino era do pai deles, ora essa. Ainda assim, para não ser motivo de escândalo, Jesus mandou Pedro providenciar o pagamento. Assim, lhe indicou que fosse pescar, que era a sua profissão. No primeiro peixe fisgado, encontraria uma moeda – o estáter – que daria para pagar o imposto por si e pelo Mestre.

Três coisas, pelo menos, podemos aprender com essa página do evangelho de hoje. O primeiro ensinamento vem dos chatos que cobraram o imposto. O imposto de que se fala, nessa passagem, não é o dízimo. Nem o imposto de César. No dízimo, apresentava-se como oferta a Deus os primeiros frutos da agricultura e os primeiros animais de corte do rebanho. O dízimo tem a ver, então, com ganhos, salários, rendimentos. Também, claro, não se trata do imposto ao império romano, devido pela condição de povo subjugado. Este era pago com muita má vontade e, no meio, de muitos conflitos. Além da prática do dízimo, havia, no povo de Deus do tempo de Jesus, um imposto anual para sustentação do Templo (levitas, cantores, sacerdotes, lenha, funcionamento do Templo e do seu culto). O imposto do Templo era anual, pago pelos homens, e equivalia a dois dias de trabalho, pagos com uma moeda grega chamada dracma. O primeiro ensinamento é este: Somos responsáveis pela manutenção da Casa de Deus.

O segundo ensinamento vem do exemplo de Jesus. Ele não estava obrigado, como filho de Deus, a pagar esse imposto. Aliás, muita gente, pela sua ligação com o Templo, estava dispensada: sacerdotes, levitas, rabinos. Mas, Jesus fez questão de participar, de dar bom exemplo, de mostrar-se também comprometido. Nessa responsabilidade com a Casa de Deus, ninguém deve se omitir. As lideranças podem ajudar muito, como Jesus, como os padres de Carpina, dando bom exemplo.

O terceiro ensinamento vem do peixe. É verdade que Pedro foi pescar. Mas, o que se conseguiu para a oferta do imposto não foi só trabalho de Pedro, mas foi, particularmente, providência divina. Ele encontrou a moeda na boca do peixe, conforme a palavra de Jesus. Há aqui uma lição muito importante: para as coisas de Deus, quando há boa vontade de nossa parte, mesmo não tendo, aparece um jeito, coisa da providência de Deus. Muita gente já experimentou isso.


Guardando a mensagem

O evangelho de hoje nos chama à responsabilidade de filhos na manutenção da Casa de Deus. Somos responsáveis pela casa do Senhor. Jesus mesmo deu exemplo: mesmo sendo filho, estando dispensado, participou também com sua contribuição para o Templo. O dinheiro que Pedro achou na boca do peixe nos mostra que o próprio Senhor, na sua Providência Divina, nos ajuda a encontrar modos de participar na manutenção de sua Casa e de sua Obra.

O mestre de vocês não paga o imposto do Templo? (Mt 17, 24)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
muito temos que andar em matéria de corresponsabilidade na manutenção da Igreja e de sua missão evangelizadora. O nosso dízimo nem devia ter esse nome, pois não passa de uma simples oferta que não tem relação com os nossos ganhos reais. E as nossas ofertas, ao menos as que oferecemos nas celebrações, são trocados dignos de um esmoler. Damos esmolas, não sustentamos a Casa de Deus. Senhor, converte o nosso coração. Que o teu exemplo nos ajude a partilhar com amor e confiança para o sustento da tua Casa e para a realização de suas responsabilidades para com os mais pobres, com a formação dos nossos ministros, com a evangelização do mundo. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

É hora de você rever a sua participação de filho na Casa de Deus. Hoje, tome uma boa decisão nesse assunto.

Comunicando

Hoje é dia do Encontro dos Ouvintes, no Recife. O encontro, com a Santa Missa, começa às 11 horas, na Igreja do Carmo, bem no centro da cidade. Você pode nos acompanhar pelo rádio ou por nossas redes sociais.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

RESPONSÁVEIS PELA CASA DE DEUS



09 de agosto de 2021

EVANGELHO


Mt 17,22-27

Naquele tempo, 22quando Jesus e os seus discípulos estavam reunidos na Galileia, ele lhes disse: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens. 23Eles o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará”. E os discípulos ficaram muito tristes. 24Quando chegaram a Cafarnaum, os cobradores do imposto do Templo aproximaram-se de Pedro e perguntaram: “O vosso mestre não paga o imposto do Templo?”
25Pedro respondeu; “Sim, paga”. Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se, e perguntou: “Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos?” 26Pedro respondeu: “Dos estranhos!” Então Jesus disse: “Logo os filhos são livres. 27Mas, para não escandalizar essa gente, vai ao mar, lança o anzol, e abre a boca do primeiro peixe que pescares. Ali encontrarás uma moeda; pega então a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti”.


MEDITAÇÃO


O mestre de vocês não paga o imposto do Templo? (Mt 17, 24)

Várias vezes, participei da Santa Missa, no terceiro domingo do mês, na cidade pernambucana de Carpina. Esse é o dia em que os fiéis daquela paróquia oferecem o seu dízimo. Na hora do ofertório, o povo forma uma longa fila e, um por um, traz o seu envelope, e com ele toca o altar e o deposita num grande cesto. O fato de tocar o altar com o envelope é facilmente compreensível: o que está dentro do envelope representa a participação daquele fiel na oferta que a Igreja faz a Deus. De fato, durante a apresentação das oferendas em cada Missa, o presidente da celebração bendiz o Senhor pelo “fruto da terra e do trabalho do homem”, no sinal do pão e do vinho.

Mas, realmente, o que me chamava a atenção naquela grande fila de pessoas, cantando e apresentando o seu dízimo, em Carpina, era a presença do pároco e do vigário paroquial na fila também. Pe. José Rolim e Pe. Brenno, que estavam à frente da Assembleia, iam também pra fila e cada um apresentava o envelope com o seu dízimo. No início, muita gente estranhou. Achavam, com razão, que os dois padres não precisavam ir pra fila como todo mundo, eles estavam dispensados do dízimo. Já eram ministros do altar, já davam do seu tempo e de sua vida a serviço da Igreja, não havendo mais necessidade de devolver o dízimo. Aliás, do dízimo do povo já saía a sua côngrua, o seu pro labore. Mas, os dois padres não faltavam na fila e nem se preocupavam de fornecer qualquer explicação.

Tudo isso ilustra o evangelho de hoje. Num dia em que Jesus e seu grupo estavam chegando a Cafarnaum, cobradores do imposto do Templo perguntaram a Pedro se Jesus pagava aquela taxa. Pedro, para facilitar as coisas, disse que sim. E quando entrou em casa, Jesus puxou logo o assunto. Perguntou se, num reino, a quem se cobra os impostos, aos filhos do rei ou aos estranhos? Pedro respondeu que, claro, aos estranhos. Os filhos estavam mais do que dispensados; o reino era do pai deles, ora essa. Ainda assim, para não ser motivo de escândalo, Jesus mandou Pedro providenciar o pagamento. Assim, lhe indicou que fosse pescar, que era a profissão de Pedro. No primeiro peixe fisgado, encontraria uma moeda – o estáter – que daria para pagar o imposto por si e pelo Mestre.

Três coisas, pelo menos, podemos aprender com essa página do evangelho de hoje. O primeiro ensinamento vem dos chatos que cobraram o imposto. O imposto de que se fala, nessa passagem, não é o dízimo. Nem o imposto de César. No dízimo, apresentava-se como oferta a Deus os primeiros frutos da agricultura e os primeiros animais de corte do rebanho. O dízimo tem a ver, então, com ganhos, salários, rendimentos. Também, claro, não se trata do imposto ao império romano, devido pela condição de povo subjugado. Este era pago com muita má vontade e, no meio, de muitos conflitos. Além da prática do dízimo, havia, no povo de Deus do tempo de Jesus, um imposto anual para sustentação do Templo (levitas, cantores, sacerdotes, lenha, funcionamento do Templo e do seu culto). O imposto do Templo era anual, pago pelos homens, e equivalia a dois dias de trabalho, pagos com uma moeda grega chamada dracma. O primeiro ensinamento é este: Somos responsáveis pela manutenção da Casa de Deus.

O segundo ensinamento vem do exemplo de Jesus. Ele não estava obrigado, como filho de Deus, a pagar esse imposto. Aliás, muita gente, pela sua ligação com o Templo, estava dispensada: sacerdotes, levitas, rabinos. Mas, Jesus fez questão de participar, de dar bom exemplo, de mostrar-se também comprometido. Nessa responsabilidade com a Casa de Deus, ninguém deve se omitir. As lideranças podem ajudar muito, como Jesus, como os padres de Carpina, dando bom exemplo.

O terceiro ensinamento vem do peixe. É verdade que Pedro foi pescar. Mas, o que se conseguiu para a oferta do imposto não foi só trabalho de Pedro, mas foi, particularmente, providência divina. Ele encontrou a moeda na boca do peixe, conforme a palavra de Jesus. Há aqui uma lição muito importante: para as coisas de Deus, quando há boa vontade de nossa parte, mesmo não tendo, aparece um jeito, coisa da providência de Deus. Muita gente já experimentou isso.

Guardando a mensagem

O evangelho de hoje nos chama à responsabilidade de filhos na manutenção da Casa de Deus. Somos responsáveis pela casa do Senhor. Jesus mesmo deu exemplo: mesmo sendo filho, estando dispensado, participou também com sua contribuição para o Templo. O dinheiro que Pedro achou na boca do peixe nos mostra que o próprio Senhor, na sua Providência Divina, nos ajuda a encontrar modos de participar na manutenção de sua Casa e de sua Obra.

O mestre de vocês não paga o imposto do Templo? (Mt 17, 24)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Muito temos que andar em matéria de corresponsabilidade na manutenção da Igreja e de sua missão evangelizadora. O nosso dízimo nem devia ter esse nome, pois não passa de uma simples oferta que não tem relação com os nossos ganhos reais. E as nossas ofertas, ao menos as que oferecemos nas celebrações, são trocados dignos de um esmoler. Damos esmolas, não sustentamos a Casa de Deus. Senhor, converte o nosso coração. Que o teu exemplo nos ajude a partilhar com amor e confiança para o sustento da tua Casa e para a realização de suas responsabilidades para com os mais pobres, com a formação dos nossos ministros, com a evangelização do mundo. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

É hora de você rever a sua participação de filho na Casa de Deus. Hoje, tome uma boa decisão nesse assunto.

E eu quero deixar um agradecimento a todos os que assistiram a live solidária de sábado passado e, especialmente, os que fizeram sua doação. A causa é nobre: comida na mesa do necessitado. Se alguém ainda deseja fazer sua doação, é só seguir as indicações da postagem da Meditação de sexta-feira passada.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

FILHOS RESPONSÁVEIS


O mestre de vocês não paga o imposto do Templo? (Mt 17, 24)
12 de agosto de 2019.
Várias vezes, participei da Santa Missa, no terceiro domingo do mês, na cidade pernambucana de Carpina. Esse é o dia em que os fiéis daquela paróquia oferecem o seu dízimo. Na hora do ofertório, o povo forma uma longa fila e, um por um, traz o seu envelope, e com ele toca o altar e o deposita num grande cesto. O fato de tocar o altar com o envelope é facilmente compreensível: o que está dentro do envelope representa a participação daquele fiel na oferta que a Igreja faz a Deus. De fato, durante a apresentação das oferendas em cada Missa, o presidente da celebração bendiz o Senhor pelo “fruto da terra e do trabalho do homem”, no sinal do pão e do vinho.
Mas, realmente, o que me chamava a atenção naquela grande fila de pessoas, cantando e apresentando o seu dízimo, em Carpina, era a presença do pároco e do vigário paroquial na fila também. Pe. José Rolim e Pe. Brenno, que estavam à frente da Assembleia, iam também pra fila e cada um apresentava o envelope com o seu dízimo. No início, muita gente estranhou. Achavam, com razão, que os dois padres não precisavam ir pra fila como todo mundo, eles estavam dispensados do dízimo. Já eram ministros do altar, já davam do seu tempo e de sua vida a serviço da Igreja, não havendo mais necessidade de devolver o dízimo. Aliás, do dízimo do povo já saía a sua côngrua, o seu pro labore. Mas, os dois padres não faltavam na fila e nem se preocupavam de fornecer qualquer explicação.

Tudo isso ilustra o evangelho de hoje. Num dia em que Jesus e seu grupo estavam chegando a Cafarnaum, cobradores do imposto do Templo perguntaram a Pedro se Jesus pagava aquela taxa. Pedro, para facilitar as coisas, disse que sim. E quando entrou em casa, Jesus puxou logo o assunto. Perguntou se, num reino, a quem se cobra os impostos, aos filhos do rei ou aos estranhos? Pedro respondeu que, claro, aos estranhos. Os filhos estavam mais do que dispensados; o reino era do pai deles, ora essa. Ainda assim, para não ser motivo de escândalo, Jesus mandou Pedro providenciar o pagamento. Assim, lhe indicou que fosse pescar, que era a profissão de Pedro. No primeiro peixe fisgado, encontraria uma moeda – o estáter – que daria para pagar o imposto por si e pelo Mestre.
Três coisas, pelo menos, podemos aprender com essa página do evangelho de hoje. O primeiro ensinamento vem dos chatos que cobraram o imposto. O imposto de que se fala, nessa passagem, não é o dízimo. Nem o imposto de César. No dízimo, apresentava-se como oferta a Deus os primeiros frutos da agricultura e os primeiros animais de corte do rebanho. O dízimo tem a ver, então, com ganhos, salários, rendimentos. Também, claro, não se trata do imposto ao império romano, devido pela condição de povo subjugado. Este era pago com muita má vontade e, no meio, de muitos conflitos. Além da prática do dízimo, havia, no povo de Deus do tempo de Jesus, um imposto anual para sustentação do Templo (levitas, cantores, sacerdotes, lenha, funcionamento do Templo e do seu culto). O imposto do Templo era anual, pago pelos homens, e equivalia a dois dias de trabalho, pagos com uma moeda grega chamada dracma.Somos responsáveis pela manutenção da Casa de Deus.
O segundo ensinamento vem do exemplo de Jesus. Ele não estava obrigado, como filho de Deus, a pagar esse imposto. Aliás, muita gente, pela sua ligação com o Templo, estava dispensada: sacerdotes, levitas, rabinos. Mas, Jesus fez questão de participar, de dar bom exemplo, de mostrar-se também comprometido. Nessa responsabilidade com a Casa de Deus, ninguém deve se omitir. As lideranças podem ajudar muito, como Jesus, como os padres de Carpina, dando bom exemplo.
O terceiro ensinamento vem do peixe. É verdade que Pedro foi pescar. Mas, o que se conseguiu para a oferta do imposto não foi só trabalho de Pedro, mas foi, particularmente, providência divina. Ele encontrou a moeda na boca do peixe, conforme a palavra de Jesus. Há aqui uma lição muito importante: para as coisas de Deus, quando há boa vontade de nossa parte, mesmo não tendo, aparece um jeito, coisa da providência de Deus. Muita gente já experimentou isso.
Guardando a mensagem
O evangelho de hoje nos chama à responsabilidade de filhos na manutenção da Casa de Deus.  Somos responsáveis pela casa do Senhor. Jesus mesmo deu exemplo: mesmo sendo filho, estando dispensado, participou também com sua contribuição para o Templo. O dinheiro que Pedro achou na boca do peixe nos mostra que o próprio Senhor, na sua Providência Divina, nos ajuda a encontrar modos de participar na manutenção de sua Casa e de sua Obra.
O mestre de vocês não paga o imposto do Templo? (Mt 17, 24)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
Muito temos que andar em matéria de corresponsabilidade na manutenção da Igreja e de sua missão evangelizadora. O nosso dízimo nem devia ter esse nome, pois não passa de uma simples oferta que não tem relação com os nossos ganhos reais. E as nossas ofertas, ao menos as que oferecemos nas celebrações, são trocados dignos de um esmoler. Damos esmolas, não sustentamos a Casa de Deus. Senhor, converte o nosso coração. Que o teu exemplo nos ajude a partilhar com amor e confiança para o sustento da tua Casa e para a realização de suas responsabilidades para com os mais pobres, com a formação dos nossos ministros, com a evangelização do mundo. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
É hora de você rever a sua participação de filho na Casa de Deus. Hoje, tome uma boa decisão nesse assunto.

Pe. João Carlos Ribeiro – 12 de agosto de 2019.

O ENSINAMENTO DO PEIXE

O mestre de vocês não paga o imposto do Templo? (Mt 17, 24)
13 de agosto de 2018.
Várias vezes, eu participei da Santa Missa, na cidade pernambucana de Carpina, no terceiro domingo do mês. Esse é o dia que os fieis daquela paróquia oferecem o seu dízimo. Na hora do ofertório, o povo forma uma longa fila e, um por um, traz o seu envelope, e com ele toca o altar e o deposita num grande cesto. O fato de tocar o altar com o envelope é facilmente compreensível: o que está dentro do envelope representa a participação daquele fiel na oferta que a Igreja faz a Deus. De fato, durante a apresentação das oferendas em cada Missa, o presidente da celebração bendiz o Senhor pelo “fruto da terra e do trabalho do homem”, no sinal do pão e do vinho. O que ali se apresenta e se santifica pela oração é, em parte obra de Deus (a terra, a chuva, etc.) e em parte obra do trabalho humano (o cultivo, a colheita, a fabricação, etc.).
Mas, realmente, o que me chamava a atenção naquela grande fila de pessoas, cantando e apresentando o seu dízimo, em Carpina, era a presença do pároco e do vigário paroquial na fila também. Pe. José Rolim e Pe. Brenno, que estavam à frente da Assembleia, iam também pra fila e cada um apresentava o envelope com o seu dízimo. No início, muita gente entranhou. Achavam, com razão, que os dois padres não precisavam ir pra fila como todo mundo, eles estavam dispensados do dízimo. Já eram ministros do altar, já davam do seu tempo e de sua vida a serviço da Igreja, não havendo mais necessidade de devolver o dízimo. Aliás, do dízimo do povo já saía a sua côngrua, o seu pro labore. Mas, os dois padres não faltavam na fila e nem se preocupavam de fornecer qualquer explicação.
Tudo isso ilustra o evangelho de hoje. Num dia em que Jesus e seu grupo estavam chegando a Cafarnaum, cobradores do imposto do Templo perguntaram a Pedro se Jesus pagava aquela taxa. Pedro, para facilitar as coisas, disse que sim. E quando entrou em casa, Jesus puxou logo o assunto. Perguntou se, num reino, a quem se cobra os impostos, aos filhos do rei ou aos estranhos? Pedro respondeu que, claro, aos estranhos. Os filhos estavam mais do que dispensados; o reino era do pai deles, ora essa. Ainda assim, para não ser motivo de escândalo, Jesus mandou Pedro providenciar o pagamento. Assim, lhe indicou que fosse pescar, que era a profissão de Pedro. No primeiro peixe fisgado, encontraria uma moeda – o estáter – que daria para pagar o imposto por si e pelo Mestre.
Guardando a mensagem
Três coisas, pelo menos, podemos aprender com essa página do evangelho de hoje. O primeiro ensinamento vem dos chatos que cobraram o imposto. O imposto de que se fala, nessa passagem, não é o dízimo. Nem o imposto de César. No dízimo, apresentava-se como oferta a Deus os primeiros frutos da agricultura e os primeiros animais de corte do rebanho. O dízimo tem a ver, então, com ganhos, salários, rendimentos. Também, claro, não se trata do imposto ao império romano, devido pela condição de povo dominado. Este era pago com muita má vontade e, no meio, de muitos conflitos. Além da prática do dízimo, havia, no povo de Deus do tempo de Jesus, um imposto anual para sustentação do Templo (levitas, cantores, sacerdotes, lenha, funcionamento do Templo e do seu culto). O imposto do Templo era anual, pago pelos homens, e equivalia a dois dias de trabalho, pagos com uma moeda grega chamada dracma.Somos responsáveis pela manutenção da Casa de Deus.

O segundo ensinamento vem do exemplo de Jesus. Ele não estava obrigado, como filho de Deus. Aliás, muita gente, pela sua ligação com o Templo, estava dispensada: sacerdotes, levitas, rabinos. Mas, Jesus fez questão de participar, de dar bom exemplo, de mostrar-se também comprometido. Nessa responsabilidade com a Casa de Deus, ninguém deve se omitir. As lideranças podem ajudar muito, como Jesus, como o Pe. Rolim e o Pe. Brenno, dando bom exemplo.
O terceiro ensinamento vem do peixe. É verdade que Pedro foi pescar. Mas, o que se conseguiu para a oferta do imposto não foi só trabalho de Pedro, mas foi, particularmente, providência divina. Ele encontrou a moeda na boca do peixe, conforme a palavra de Jesus. Isso dá pra gente entender, facilmente. Aquilo com que colaboramos na Casa de Deus não vai nos fazer falta. E mais: quando não temos, aparece um jeito, coisa mesmo da providência de Deus. Muita gente já experimentou isso.
O mestre de vocês não paga o imposto do Templo? (Mt 17, 24)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
Muito temos que andar em matéria de corresponsabilidade na manutenção da Igreja e de sua missão evangelizadora. O nosso dízimo nem devia ter esse nome, pois não passa de uma simples oferta que não tem relação com os nossos ganhos reais. E as nossas ofertas, ao menos as que oferecemos nas celebrações, são trocados dignos de um esmoler. Damos esmolas, não sustentamos a Casa de Deus. Senhor, converte o nosso coração. Que o teu exemplo nos ajude a partilhar com amor e confiança para o sustento da tua Casa e para a realização de suas responsabilidades para com os mais pobres, com a formação dos nossos ministros, com a evangelização do mundo. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
É hora de você rever a sua participação de filho na Casa de Deus. Hoje, tome uma boa decisão nesse assunto.

Pe. João Carlos Ribeiro – 13.08.2018

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