PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: doentes
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AS CINCO LIÇÕES DOS SETENTA E DOIS



Digam ao povo: ‘O Reino de Deus está próximo de vocês’ (Lc 10, 9)

07 de julho de 2019 – 14º Domingo do Tempo Comum

O evangelho desse domingo desenvolve o tema da ‘Missão’. Jesus envia 72 discípulos à sua frente e lhes faz diversas recomendações. São muitas e belas as lições do evangelho de hoje. Vamos recolher cinco delas. 

A primeira lição: A missão é anunciar o Reino de Deus. Jesus mandou avisar que o Reino de Deus está próximo. Todos precisam saber. O Reino é a atuação de Deus entre nós, na pessoa do seu filho Jesus. Ele está conosco, está nos comunicando o amor do Pai; ele nos traz a salvação. O ‘Reino está próximo de vocês’ significa está pertinho, pode ser acessado facilmente, vocês podem entrar nele. A resposta ao anúncio do Reino é a fé e a conversão.

A segunda lição: A missão é tarefa de todos nós. Não somos espectadores. Somos agentes da missão. Jesus enviou antes os doze. Os doze são os apóstolos, como os 12 patriarcas das tribos de Israel. É uma representação das lideranças do povo de Deus. No evangelho de hoje, Jesus enviou 72 discípulos. 72 é um múltiplo de 12 (12 vezes 6). Toda a comunidade, reunida em torno dos doze, está sendo enviada em missão. O fato de enviá-los dois a dois indica que a missão é comunitária, não é uma obra individual. 


A terceira lição: A missão não depende de bens. A orientação de Jesus foi não levar sacola, nem bolsa, nem sandália. Segundo outro evangelho, a lista também incluía não levar dinheiro no bolso. A missão não depende de dinheiro. Aliás, pelo que tenho visto, quanto mais bens alguém tem, menos bem faz. É verdade que precisamos de dinheiro para sustentar nossas atividades pastorais. Mas, o êxito da missão não está no dinheiro. Está no testemunho dos enviados. A sua vida cristã, suas atitudes, suas opções, seu modo de vida, isto é, seu testemunho – é isso que de fato convence, arrasta. Disse Santo Antonio, há mais de 800 anos atrás: “Cessem as palavras, falem as obras”. A missão depende do amor do enviado, que se traduz em testemunho, dedicação, perseverança, oração. “A oração é o coração da Igreja em missão”, falou recentemente o Papa Francisco. 


A quarta lição do evangelho de hoje: A missão tem uma marca especial: o amor ao necessitado. Jesus recomendou aos seus missionários que, chegando numa cidade, curassem os doentes. Ele mesmo, no evangelho, estava sempre cercado de pobres e sofredores: paralíticos, leprosos, possuídos pelo mal, discriminados pela sociedade. Jesus não era um curandeiro. Seus milagres eram sinais de atenção e amor aos doentes e desamparados. A evangelização se comprova no cuidado com os mais frágeis e abandonados da sociedade, na defesa de seus direitos, na formação de todos para a cidadania. 

A quinta lição: A missão aponta para um mundo novo, renovado em Cristo. Jesus falou de sua missão nesses termos: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância”. Abrindo as portas para Cristo, estamos abrindo as portas para a justiça, a felicidade, a paz. “Eis que vou fazer correr a paz como um rio” – está no livro do Profeta Isaías (Is 66). “O que conta é a nova criação” – escreveu São Paulo na Carta aos Gálatas (Gl 6). A pregação do evangelho não pode ser apenas uma denúncia das mazelas e dos males do nosso tempo. A boa notícia de que somos portadores é que, com Cristo, o tempo novo já começou e que, por ele e nele, Deus está restaurando todas as coisas. A missão aponta para um mundo novo, renovado em Cristo.


Guardando a mensagem

Jesus enviou 72 dicípulos em missão, com diversas recomendações. Dentre tantas mensagens, identicamos cinco lições: A missão é anunciar o Reino de Deus – A missão é tarefa de todos – A missão não depende de bens – A missão tem uma marca especial: o amor ao necessitado – A missão aponta para um mundo novo, renovado em Cristo. Somos missionários.

Digam ao povo: ‘O Reino de Deus está próximo de vocês’ (Lc 10, 9)


Rezando a palavra

Senhor Jesus, 


Dá-nos um coração missionário, como o teu. Só assim poderemos estar à altura da missão a que nos envias hoje. Ajuda-nos, Senhor, a realizar a evagelização como anúncio do Reino a todos, não como propaganda de nós mesmos. Que todos nos envolvamos, com generosidade, na missão de testemunhar o Reino em todos os ambiente onde vivemos, trabalhamos, nos divertimos. Que não nos esqueçamos dos pobres em suas necessidades. E que mantenhamos acesa, em nosso mundo, a chama da paz e da esperança. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a Palavra

No seu caderno espiritual, anote a resposta que Jesus deu aos discípulos quando voltaram da missão: Lucas 10, 18-20. 

Pe. João Carlos Ribeiro – 07 de julho de 2019.

A ATENÇÃO DE JESUS AOS DOENTES

Colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste (Mc 6, 56)
11 de fevereiro de 2019
Hoje, dia de Nossa Senhora de Lourdes, celebrando o dia mundial do enfermo, a palavra do evangelho nos fala da atenção de Jesus aos doentes. Jesus desembarcou com os discípulos em Genesaré, um povoado à beira do mar da Galileia e começou a percorrer aquela região. E logo se espalhou a notícia de sua presença.  Mal Jesus chegava num lugar (um povoado, um sítio, uma cidade), chegava o povo com seus doentes, pedindo para tocar nele, nem que fosse na barra de sua veste. E os que tocavam nele ficavam bons.
Impressiona a quantidade de doentes citados nos evangelhos. No texto de hoje, eles são trazidos em seus leitos ou colocados nas praças, onde Jesus estivesse. E Jesus, cuja missão principal era anunciar a chegada do Reino, não parece se incomodar com tanto doente. Pelo contrário, mostra-se sempre atencioso, próximo, toca neles. Ficamos, assim, admirados com a bondade de Jesus, com sua paciência, com sua compaixão pelos sofredores.
Por outro lado, nos damos conta da condição em que Jesus encontra o seu povo. E você sabe muito bem, quanto mais sofrimento e opressão, mais as pessoas adoecem. O povo da terra de Jesus estava vivendo debaixo de muitas tensões, seja pela violência da dominação romana e seus impostos, seja pelo clima interno de exigência das leis religiosas que asfixiavam o seu dia-a-dia.
Uma coisa que não podemos deixar de considerar é o significado da doença na vida humana. A doença expõe a nossa fragilidade. O ser humano que Deus criou, infelizmente, pega doença, e em muitos casos, aquele mal físico o leva a óbito. Como o povo da Bíblia e nós entendemos isso? Na fé, recordamos que, no começo, não foi assim. O pecado que entrou no mundo é que nos puxa para baixo. Depois da desobediência de Adão, o Senhor Deus sentenciou: “Lembra-te que és pó e em pó te hás de tornar”. O pecado introduziu a destruição. O pecado abriu as portas para a doença e a morte. São Paulo escreveu bem clarinho: “O salário do pecado é a morte”. Entendendo isso, entendemos os doentes do evangelho.
A pessoa não está doente porque pecou. Isso não. Perguntaram a Jesus, no episódio do cego de nascença, se foi o pecado dele ou dos pais que o levou à cegueira. Jesus explicou: nem de um, nem de outro.  Estamos falando da condição de pecadores em que todos nos encontramos, como filhos de Adão, como membros da humanidade. Sendo assim, podemos já ir percebendo que a atenção de Jesus aos doentes tem a ver diretamente com a sua missão. Olha como João Batista o apresentou: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.   O perdão dos pecados e a cura da doença estão muito próximos. Naquela cena do paralítico, Jesus perdoou os seus pecados. E depois o curou de sua paralisia. Jesus encontrou a humanidade marcada pelo pecado. O pecado desfigura a imagem de Deus nas pessoas. Por isso, Jesus, no evangelho, está cercado de doentes de todo tipo, cegos, coxos, paralíticos, leprosos... Sua missão é restaurar, libertar, purificar. Veio para trazer vida abundante. A cruz será o ponto alto de sua missão. Ali, ele expia o nosso pecado.
Guardando a mensagem
Todo o período de Jesus na Galileia, peregrinando pelo interior, pelas vilas e cidades, está marcado, no evangelho, pela presença de muitos doentes. As famílias levavam seus doentes e queriam que, pelo menos, eles pudessem tocar na sua veste. O grande número de doentes no povo de Jesus indica um grave quadro de sofrimento e opressão pelo qual estava passando. A doença é uma demonstração da fragilidade humana e é lida como resultado do desequilíbrio que entrou na criação com o pecado dos nossos primeiros pais. O pecado trouxe sofrimento e morte. Jesus é o vencedor do pecado, do mal e da morte. Como redentor da humanidade, é ele quem tira o pecado do mundo. Na cura dos doentes, já vemos a sua missão se realizando, como comunicação da vida e do perdão de Deus.
Colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste (Mc 6, 56)
Rezando a palavra
Rezemos inspirados na Mensagem do Papa Francisco para este dia mundial dos doentes:
Senhor nosso Deus,
Neste dia mundial do enfermo, queremos te recomendar os nossos doentes, os que estão em nossas casas, os que se acham em hospitais e todos os que precisam de maior cuidado e atenção. Nós os colocamos sob a proteção da Virgem Maria, Saúde dos Enfermos. Que ela nos ajude a partilhar os dons recebidos com espírito do diálogo e mútuo acolhimento, a viver como irmãos e irmãs, cada um atento às necessidades dos outros, a saber dar com coração generoso e a aprender do serviço voluntários de tantos irmãos e irmãs. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
Vamos viver a palavra
Faça uma lista de pessoas doentes de sua família e conhecidos seus pelos quais você vai rezar hoje. A lista fica bem no seu diário espiritual ou dentro de sua Bíblia.

Pe. João Carlos Ribeiro – 11.02.2019

QUEM SERÁ QUE ESTÁ FALTANDO NESSA LISTA?

MEDITAÇÃO PARA A SEGUNDA-FEIRA, DIA 19 DE FEVEREIRO DE 2018.

Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer?  (Mt 25, 37)

Estamos fazendo juntos  o caminho da Quaresma. Já estamos no sexto dia de nossa caminhada. O foco de hoje está na caridade, uma das áreas de atenção neste tempo de penitência.

No evangelho, Mateus 25, uma cena do juízo final. Todos dispostos diante do trono do Rei em duas alas: a dos que mostraram amor pelos pequeninos e os que lhe foram indiferentes. O rei é o próprio Jesus. A surpresa é que nos pequeninos foi amado ou desprezado o próprio Senhor, o rei sentado em seu trono de glória.

Jesus sempre falou com carinho e proximidade dos pobres e sofredores deste mundo como “irmãos mais pequeninos” ou “os menores dos seus irmãos”. Ele sempre se mostrou cheio de compaixão pelos doentes, pelos desprezados, pelos leprosos, pela multidão desorientada como ovelhas sem pastor. O Deus de Israel foi sempre reconhecido como defensor dos órfãos, das viúvas e dos estrangeiros (os migrantes). E o amor ao próximo foi posto por Jesus ao lado do primeiro mandamento.

O texto do evangelho de hoje está construído em quatro blocos, com a repetição dos mesmos elementos. Quatro, você sabe, é um número de totalidade, é como se estivesse dizendo “está tudo aqui”. O rei disse uma coisa que surpreendeu a todos. Disse e repetiu. ‘O que vocês fizeram a um desses meus irmãos mais pequeninos, fizeram a mim”. E os irmãos mais pequeninos estão descritos: famintos, sedentos, maltrapilhos, migrantes, doentes e presos. E o prêmio para quem mostrou amor por esses irmãos: ‘Venham, benditos do meu Pai, recebam por herança o Reino que está preparando para vocês desde a fundação do mundo’. E o castigo para quem agiu diferentemente: “Afastai-vos de mim, malditos! Vão para o fogo do inferno”. Olha que coisa séria!

Esta página do evangelho é um ensinamento precioso sobre a caridade, mas tem uma grande novidade.  Uma coisa, mais ou menos, já sabíamos: O amor ao pobre, ao necessitado e ao sofredor se realiza com ações, com compromisso, com a construção de uma sociedade inclusiva, com respeito pela dignidade humana de cada um. Tudo bem. Mas, Jesus acrescentou uma grande novidade: No amor aos “irmãos mais pequeninos”, como ele os chamava, está-se amando, servindo e honrando o próprio Senhor. Jesus se sente defendido, protegido, promovido, amado quando fazemos isso aos sofredores.

Vamos guardar a mensagem

Jesus fez uma lista  de  seis tipos de necessitados: o faminto, o sedento, o estrangeiro, o nu, o doente e o preso. É uma lista simbólica de todos os sofredores. E a lista se repete quatro vezes neste texto do evangelho. O critério de julgamento de sua vida é muito simples: você ter demonstrado amor por Jesus, servindo os necessitados, mesmo sem se dar conta que era a Jesus a quem estava servindo. Só isso. Se você amou a Jesus, você tem acesso ao Reino preparado pelo Pai desde que o mundo começou. ‘Venham benditos do meu Pai!’ Se não amou Jesus nos irmãos sofredores, o final é triste. ‘Afastem-se de mim, malditos!’ No amor aos pequeninos, está-se amando o próprio Senhor.

 Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer?  (Mt 25, 37)

Vamos acolher a mensagem

Senhor Jesus,
Ajudar os pobres até que ajudamos. Somos todos sensíveis às campanhas de solidariedade, à esmola, ao socorro aos humilhados deste mundo. Ajudar os pobres não é tão difícil.
Amar os pobres, como tu o fizeste, aí já é mais difícil. Difícil, porque amar é reconhecer a grandeza daquela pessoa desfigurada pela doença, pela droga, pelo desamparo; porque amar é engajamento na conquista dos seus direitos, no compromisso cidadão por uma sociedade justa e sem violência. Amar é comprometer-se com o outro, é entrar na comunhão com ele. Aí é bem mais difícil.
Dá-nos, Senhor, que nesta quaresma, no esforço de crescimento a que somos chamados, passemos de “ajudar os pobres” para “amar os pobres”. Ilumina-nos, Senhor, com a tua Palavra para que reconheçamos nos sofredores a tua presença e neles te honremos com nosso amor, amor de irmãos pelos mais pequeninos.
Amém.
Vamos viver a palavra

Vou pedir pra você pensar um pouco e me ajudar a resolver uma questão. A lista que Jesus fez dos pequeninos tem seis categorias (famintos, sedentos, maltrapilhos, migrantes, doentes, presos). Seis é um número imperfeito, incompleto, segundo a cultura do povo da Bíblia. A conta certa seria sete, número da perfeição. Falta alguém nesta lista. Quem será que está faltando nesta lista? Gostaria que você me mandasse sua reposta por quem lhe envia a meditação. Se precisar, leia o texto de hoje em Mateus 25, 31-46. Quem será que está faltando nesta lista?

Pe. João Carlos Ribeiro – 18.02.2018

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