PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: doentes
Mostrando postagens com marcador doentes. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador doentes. Mostrar todas as postagens

Rezando pelos enfermos.




   05 de Fevereiro de 2024.   

Memória de Santa Águeda, virgem e mártir


   Evangelho.   


Mc 6,53-56

Naquele tempo, 53tendo Jesus e seus discípulos acabado de atravessar o mar da Galileia, chegaram a Genesaré e amarraram a barca. 54Logo que desceram da barca, as pessoas imediatamente reconheceram Jesus. 55Percorrendo toda aquela região, levavam os doentes deitados em suas camas para o lugar onde ouviam falar que Jesus estava.
56E, nos povoados, cidades e campos onde chegavam, colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste. E todos quantos o tocavam ficavam curados.



   Meditação.   


Colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste (Mc 6, 56)

No clima da Semana Mundial do Enfermo, cuja jornada vamos celebrar domingo próximo, a palavra do evangelho de hoje nos fala da atenção de Jesus aos doentes. Jesus desembarcou com os discípulos em Genesaré, um povoado à beira do mar da Galileia e começou a percorrer aquela região. E logo se espalhou a notícia de sua presença. Mal Jesus chegava num lugar (um povoado, um sítio, uma cidade), chegava o povo com seus doentes, pedindo para tocar nele, nem que fosse na barra de sua veste. E os que tocavam nele ficavam bons.

Impressiona a quantidade de doentes citados nos evangelhos. No texto de hoje, eles são trazidos em seus leitos ou colocados nas praças, onde Jesus estivesse. E Jesus, cuja missão principal era anunciar a chegada do Reino, não parece se incomodar com tanto doente. Pelo contrário, mostra-se sempre atencioso, próximo, toca neles. Ficamos, assim, admirados com a bondade de Jesus, com sua paciência, com sua compaixão pelos sofredores.

E por que Jesus tem estes sentimentos? O Papa Francisco responde a essa pergunta em uma de suas mensagens para o Dia Mundial do Enfermo: porque Ele próprio se tornou frágil, experimentando o sofrimento humano e recebendo, por sua vez, alívio do Pai. Na verdade, só quem passa pessoalmente por esta experiência poderá ser de conforto para o outro.

Nós também nos damos conta da condição em que Jesus encontra o seu povo. E você sabe muito bem, quanto mais sofrimento e opressão, mais as pessoas adoecem. O povo da terra de Jesus estava vivendo debaixo de muitas tensões, seja pela violência e exploração da dominação romana e seus impostos, seja pelo clima interno de exigência das leis religiosas que asfixiavam o seu dia-a-dia.

Uma coisa que não podemos deixar de considerar é o significado da doença na vida humana. A doença expõe a nossa fragilidade. O ser humano que Deus criou, infelizmente, pega doença, e em muitos casos, aquele mal físico o leva a óbito. Como o povo da Bíblia e nós entendemos isso? Na fé, recordamos que, no começo, não foi assim. O pecado que entrou no mundo é que nos puxa para baixo. Depois da desobediência de Adão, o Senhor Deus sentenciou: “Lembra-te que és pó e em pó te hás de tornar”. O pecado introduziu a destruição. O pecado abriu as portas para a doença e a morte. São Paulo escreveu bem clarinho: “O salário do pecado é a morte”. Entendendo isso, entendemos os doentes do evangelho.

A pessoa não está doente porque pecou. Isso não. Perguntaram a Jesus, no episódio do cego de nascença, se foi o pecado dele ou dos pais que o levou à cegueira. Jesus explicou: nem de um, nem de outro. Estamos falando da condição de pecadores em que todos nos encontramos, como filhos de Adão, como membros da humanidade. Sendo assim, podemos já ir percebendo que a atenção de Jesus aos doentes tem a ver diretamente com a sua missão. Olha como João Batista o apresentou: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. O perdão dos pecados e a cura da doença estão muito próximos. Naquela cena do paralítico, Jesus perdoou os seus pecados. E depois o curou de sua paralisia.

Jesus encontrou a humanidade marcada pelo pecado. O pecado desfigura a imagem de Deus nas pessoas. Por isso, Jesus, no evangelho, está cercado de doentes de todo tipo, cegos, coxos, paralíticos, leprosos... Sua missão é restaurar, libertar, purificar. Veio para trazer vida abundante.





Guardando a mensagem

Todo o período de Jesus na Galileia, peregrinando pelo interior, pelas vilas e cidades, está marcado, no evangelho, pela presença de muitos doentes. As famílias levavam seus doentes e queriam que, pelo menos, eles pudessem tocar na sua veste. O grande número de doentes no povo de Jesus indica um grave quadro de sofrimento e opressão pelo qual estava passando. A doença é uma demonstração da fragilidade humana e é lida como resultado do desequilíbrio que entrou na criação com o pecado dos nossos primeiros pais. O pecado trouxe sofrimento e morte. Jesus é o vencedor do pecado, do mal e da morte. Como redentor da humanidade, é ele quem tira o pecado do mundo. Na cura dos doentes, já vemos a sua missão se realizando, como comunicação da vida e do perdão de Deus.

Colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste (Mc 6, 56)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
queremos te recomendar os nossos doentes, os que estão em nossas casas, os que se acham em hospitais e todos os que precisam de maior cuidado e atenção. Nós os colocamos sob a proteção da Virgem Maria, tua mãe, Saúde dos Enfermos. Que ela nos ajude a partilhar com espírito de diálogo e mútuo acolhimento; a viver como irmãos e irmãs, atentos às necessidades uns dos outros; a sermos solidários com coração generoso e a aprendermos do serviço voluntário de tantos irmãos e irmãs. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Atualize a lista de pessoas doentes de sua família e conhecidos seus pelos quais você vai rezar nessa Semana Mundial dos Enfermos.

Comunicando
 
No próximo domingo, 11 de fevereiro, ocorre a 32ª Jornada Mundial do Enfermo. Pela ocorrência desta data dedicada a N. Sra. de Lourdes, faço show no município de Frei Miguelinho, Pernambuco, na comunidade de Lavras. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Uma casa missionária.



   04 de fevereiro de 2024.   

5º Domingo do Tempo Comum


   Evangelho.   


Mc 1,29-39

Naquele tempo, 29Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, para a casa de Simão e André. 30A sogra de Simão estava de cama, com febre, e eles logo contaram a Jesus. 31E ele se aproximou, segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se. Então, a febre desapareceu; e ela começou a servi-los.
32À tarde, depois do pôr do sol, levaram a Jesus todos os doentes e os possuídos pelo demônio. 33A cidade inteira se reuniu em frente da casa. 34Jesus curou muitas pessoas de diversas doenças e expulsou muitos demônios. E não deixava que os demônios falassem, pois sabiam quem ele era.
35De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi rezar num lugar deserto. 36Simão e seus companheiros foram à procura de Jesus. 37Quando o encontraram, disseram: “Todos estão te procurando”. 38Jesus respondeu: “Vamos a outros lugares, às aldeias da redondeza! Devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim”. 39E andava por toda a Galileia, pregando em suas sinagogas e expulsando os demônios.


   Meditação.   


A sogra de Simão estava de cama, com febre, e eles logo contaram a Jesus (Mc 1, 30)

E chegamos ao 5º Domingo do Tempo Comum. O evangelho está em 
Mc 1,29-39. A cidade é Cafarnaum. Da sinagoga, Jesus vai para a casa. Na casa, cura a sogra de Simão que estava de cama. No terreiro da casa, faz o bem a muita gente doente e sofrida. E da casa sai para a missão em toda a região. ‘Casa’ nos lembra família. ‘Casa’ também nos remete à Igreja. Olhemos esse texto a partir da ‘casa’.

A casa de Simão é uma casa acolhedora de Jesus. A casa era de Simão e André, que eram irmãos. Como você lembra, a família era formada por todos os aparentados e quase sempre moravam juntos. No caso, encontramos a sogra de Simão morando ali também. E Jesus, quando voltou da Judeia, depois da prisão de João, ficou morando em Cafarnaum. E sempre que volta pra casa, volta pra esta casa de Simão. A casa de Simão é também a casa de Jesus. A casa da família de Simão é a casa que acolhe Jesus!

A casa de Simão é uma casa acolhedora do doente. As pessoas ali estão preocupadas com a mulher que está de cama, por isso comunicam isso a Jesus. Ele interessou-se por ela, foi vê-la e a ajudou a levantar-se, livrando-a da febre.
A casa de Simão é uma casa missionária, aberta à comunidade. À tardinha, o povo de Cafarnaum reuniu-se à porta da casa. E Jesus, ali mesmo no terreiro da casa, atende às pessoas, cura algumas, liberta outras.

A casa de Simão é uma casa missionária, aberta para o mundo. De casa, Jesus saiu, ainda escuro, para rezar num lugar deserto. Ali, em oração, tomou uma decisão: partir para outros lugares. A casa se transforma numa plataforma para o ministério de Jesus por todo o país.




Guardando a mensagem

A sua família, como a casa de Simão, é uma casa que acolhe Jesus. A sua pessoa, o seu evangelho têm um lugar especial em nossa vida de família, marcam o nosso modo de ser e de viver. A presença de Jesus fica clara quando a gente fala dele, quando a gente reza.

A sua família, como a casa de Simão, é uma casa acolhedora do doente. A família é o primeiro espaço de vivência de nossa fé. Ali aprendemos a amar as pessoas, a cuidar com carinho e respeito das crianças, dos doentes e dos idosos. Temos sempre diante de nós a atenção que Jesus teve com a sogra de Simão.

A sua família, como a casa de Simão, é uma casa missionária, aberta à comunidade. Contrariando as tendências de isolamento e anonimato, a casa dos cristãos se comunica com a vizinhança e se abre à comunidade cristã do seu lugar.
 Jesus continua fazendo o bem, a partir da porta de sua casa.

A sua família, como a casa de Simão, é uma casa missionária, enviando para o mundo. A família forma cidadãos conscientes para agir, com o fermento do evangelho, no mundo do trabalho, da cultura, da economia, da política, do lazer. A família é a plataforma de onde partem profissionais, cidadãos, pais de família, segundo o espírito do evangelho. A família é onde nascem as vocações apostólicas. É a primeira escola de formação de missionários leigos, consagrados e ordenados para levar o evangelho a toda criatura.

A sogra de Simão estava de cama, com febre, e eles logo contaram a Jesus (Mc 1, 30)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
nós te acolhemos em nossa casa. Queremos fazer como os discípulos de Emaús que te disseram: “Fica conosco, é tarde, a noite já vem”. Nós te acolhemos, em nossa casa, particularmente na pessoa do doente, do idoso, da criança. E queremos te apresentar as suas necessidades, para que os visites e os abençoes. Nós queremos que nossa casa seja missionária, aberta à comunidade e educadora de cidadãos e cristãos comprometidos em melhorar o mundo, para o bem de todos. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Na casa dos cristãos, há muitos sinais que indicam que se trata de uma casa que acolhe Jesus. Por exemplo: Um crucifixo em lugar de destaque, um quadro do Coração de Jesus ou a Bíblia Sagrada em lugar especial. São apenas sinais. Mas, eles dizem: ‘essa casa, como a de Simão, é a casa de Jesus’.Na sua casa, há algum sinal de acolhida de Jesus e de sua comunidade?

Comunicando

Domingo é o Dia do Senhor. Os cristãos marcam esse dia com a participação na Santa Missa. É a nossa páscoa semanal com Jesus e sua comunidade.

Pe. João Carlos Ribeiro

Advento, tempo de missão.

  



   09 de dezembro de 2023.   

Sábado da 1ª Semana do Advento

   Evangelho.   


Mt 9,35 –10,1.6-8

Naquele tempo, 35Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade.
36Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: 37“A Messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. 38Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!”
10,1E, chamando os seus doze discípulos deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus e para curarem todo tipo de doença e enfermidade.
Enviou-os com as seguintes recomendações: 6“Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! 7Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos Céus está próximo’. 8Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar!”

   Meditação.   


Curem os doentes, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios (Mt 10, 8)

Jesus percebe a situação de sofrimento e abandono do seu povo. E procura organizar o seu grande grupo de discípulos, nomeando doze líderes. Chamou doze, porque estava simbolicamente reorganizando todo o rebanho de Deus, o povo das doze tribos, que fora liderado por doze patriarcas. E Jesus enviou os doze em missão. É urgente que o rebanho conte com bons pastores, com boas lideranças. Pastores que cuidem das ovelhas estropiadas, que recuperem as desfalecidas, que lavem as sujas, que as defenda dos lobos.

A missão é anunciar a proximidade do Reino, que é o que Jesus já estava fazendo. “Em seu caminho, anunciem: o Reino dos céus está próximo”. Na realização desta missão, Jesus deu aos doze quatro tarefas: Curar os doentes; Ressuscitar os mortos; Purificar os leprosos; e Expulsar os demônios. Você sabe, quatro é um número de totalidade. Quatro é tudo, pois quatro são os pontos cardeais. A missão de anunciar a chegada do Reino de Deus mostra-se nestas quatro ações.

Vamos dar uma olhada nessas tarefas. A primeira foi curar os doentes. Jesus tinha um carinho especial pelos doentes. Basta lembrar a cena da sogra de Pedro ou do paralítico descido em sua maca diante dele. Cuidar dos doentes é uma forma de anunciar o Reino de Deus. Deus está perto de quem está sofrendo. Deus é a força de quem está debilitado. Estamos diante do tema da SAÚDE. Assistir os doentes e sofredores, rezar por eles, rezar com eles, acompanhá-los em seu tratamento são formas de mostrar o amor de Deus, a proximidade do Reino. Curar os enfermos.

A segunda tarefa foi ressuscitar os mortos. Jesus ressuscitou a filha de Jairo, o filho da viúva de Naim, o seu amigo Lázaro. Em todos esses episódios, vemos como Jesus deu atenção às famílias enlutadas, como ele ajudou as pessoas a crerem em Deus e na ressurreição que ele nos promete. Estamos diante do tema da VIDA. Na parábola do bom samaritano, o homem estava caído, semimorto, na beira da estrada. Acudir quem está caído, quem está em situação de morte é ressuscitar os mortos. Hoje, temos muita gente que está em situação de morte: pela droga, pela exploração do trabalho, pela fome... Trabalhar pela recuperação dos dependentes químicos, salvar do suicídio quem perdeu o sentido da vida, por exemplo, são também formas de anunciar a proximidade do Reino. Ressuscitar os mortos.

A terceira tarefa foi purificar os leprosos. Os leprosos, no evangelho, têm a ver com a impureza em relação à Lei. Pela impureza, a pessoa estava apartada de Deus e de sua comunidade. A lepra é uma imagem do pecado. Estamos diante do tema da RECONCILIAÇÃO. Purificar os leprosos é ajudar a pessoa a se aproximar de Deus e alcançar o perdão dos seus pecados. Fomos reconciliados com Deus, por Jesus Cristo que morreu por nós. Trabalhar pela conversão, aproximar as pessoas do Sacramento da Confissão são formas de anunciar que o Reino está vizinho, próximo. Purificar os leprosos.

A quarta tarefa foi expulsar os demônios. Jesus venceu as tentações. E libertou muitas pessoas possuídas pelo mal. Estamos diante do problema da LIBERDADE. Muita gente está possuída, escravizada pelo preconceito, pelo sentimento de inferioridade, pela ignorância, por ideologias totalitárias, pela inveja, pela dependência cultural... são numerosas as formas de dominação do mal sobre as pessoas! Contribuir para a superação desses males, ajudar as pessoas a se libertarem dessas forças de opressão são formas de realizar o anúncio do Reino de Deus. Expulsar os demônios.




Guardando a mensagem

Jesus, diante do seu povo sofrido e humilhado, enche-se de compaixão. Vê que aquele é um rebanho sem pastor. Realizando sua missão de reorganizar o povo de Deus disperso, nomeia doze lideranças para o seu movimento. Ele envia os doze em missão. Eles devem, como Jesus, anunciar a proximidade do Reino de Deus. Para servir o seu povo cansado e abatido, Jesus providencia pastores que cuidem das ovelhas estropiadas (os enfermos), que recuperem as desfalecidas (os mortos), que lavem as sujas (os leprosos), que as defenda dos lobos (os demônios). A missão dos doze é a missão de todo o povo de Deus. A minha, a sua também.

Curem os doentes, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios (Mt 10, 8)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
aos teus missionários de ontem e de hoje, estás instruindo que todos estamos em missão. E que a missão não depende de contarmos com muitos recursos (ouro, prata, dinheiro). O que temos para oferecer não tem preço, nem são coisas que estamos distribuindo. Somos testemunhas do Reino que chegou com tua presença redentora. Estás insistindo, Senhor, que precisamos manter a postura de missionários, de viajantes, evitando a busca de benefícios pessoais (não levar sacola) e a busca de segurança ou bem-estar (duas túnicas, sandálias, bastão). Ajuda-nos, Senhor, a realizar, ao teu lado, a grande tarefa da evangelização. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Planeje o seu final de semana, de forma que dê para participar bem da Santa Missa do 2º Domingo do Advento. Neste domingo, vamos contemplar a figura do missionário João Batista, convocando o povo para a conversão, em preparação da vinda do Messias.

Comunicando

Vá se preparando para a novena de natal, que começa no dia 15, ou melhor: vá preparando a novena de natal aí na sua casa, na sua vizinhança, na sua comunidade.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Impressionante o número doentes, impressionante a atitude de Jesus.

 



06 de Fevereiro de 2023

Dia de São Paulo Miki 
e Companheiros Mártires (Japão)


EVANGELHO


Mc 6,53-56

Naquele tempo, 53tendo Jesus e seus discípulos acabado de atravessar o mar da Galileia, chegaram a Genesaré e amarraram a barca. 54Logo que desceram da barca, as pessoas imediatamente reconheceram Jesus. 55Percorrendo toda aquela região, levavam os doentes deitados em suas camas para o lugar onde ouviam falar que Jesus estava.
56E, nos povoados, cidades e campos onde chegavam, colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste. E todos quantos o tocavam ficavam curados.



MEDITAÇÃO


Colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste (Mc 6, 56)

No clima da Jornada Mundial do Enfermo, que vamos celebrar sábado próximo, com a festa de N. Sra. de Lourdes, a palavra do evangelho de hoje nos fala da atenção de Jesus aos doentes. Jesus desembarcou com os discípulos em Genesaré, um povoado à beira do mar da Galileia e começou a percorrer aquela região. E logo se espalhou a notícia de sua presença. Mal Jesus chegava num lugar (um povoado, um sítio, uma cidade), chegava o povo com seus doentes, pedindo para tocar nele, nem que fosse na barra de sua veste. E os que tocavam nele ficavam bons.

Impressiona a quantidade de doentes citados nos evangelhos. No texto de hoje, eles são trazidos em seus leitos ou colocados nas praças, onde Jesus estivesse. E Jesus, cuja missão principal era anunciar a chegada do Reino, não parece se incomodar com tanto doente. Pelo contrário, mostra-se sempre atencioso, próximo, toca neles. Ficamos, assim, admirados com a bondade de Jesus, com sua paciência, com sua compaixão pelos sofredores.

E por que Jesus tem estes sentimentos? O Papa Francisco responde a essa pergunta em uma de suas mensagens para o Dia Mundial do Enfermo. Porque Ele próprio se tornou frágil, experimentando o sofrimento humano e recebendo, por sua vez, alívio do Pai. Na verdade, só quem passa pessoalmente por esta experiência poderá ser de conforto para o outro.

Nós também nos damos conta da condição em que Jesus encontra o seu povo. E você sabe muito bem, quanto mais sofrimento e opressão, mais as pessoas adoecem. O povo da terra de Jesus estava vivendo debaixo de muitas tensões, seja pela violência e exploração da dominação romana e seus impostos, seja pelo clima interno de exigência das leis religiosas que asfixiavam o seu dia-a-dia.

Uma coisa que não podemos deixar de considerar é o significado da doença na vida humana. A doença expõe a nossa fragilidade. O ser humano que Deus criou, infelizmente, pega doença, e em muitos casos, aquele mal físico o leva a óbito. Como o povo da Bíblia e nós entendemos isso? Na fé, recordamos que, no começo, não foi assim. O pecado que entrou no mundo é que nos puxa para baixo. Depois da desobediência de Adão, o Senhor Deus sentenciou: “Lembra-te que és pó e em pó te hás de tornar”. O pecado introduziu a destruição. O pecado abriu as portas para a doença e a morte. São Paulo escreveu bem clarinho: “O salário do pecado é a morte”. Entendendo isso, entendemos os doentes do evangelho.

A pessoa não está doente porque pecou. Isso não. Perguntaram a Jesus, no episódio do cego de nascença, se foi o pecado dele ou dos pais que o levou à cegueira. Jesus explicou: nem de um, nem de outro. Estamos falando da condição de pecadores em que todos nos encontramos, como filhos de Adão, como membros da humanidade. Sendo assim, podemos já ir percebendo que a atenção de Jesus aos doentes tem a ver diretamente com a sua missão. Olha como João Batista o apresentou: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. O perdão dos pecados e a cura da doença estão muito próximos. Naquela cena do paralítico, Jesus perdoou os seus pecados. E depois o curou de sua paralisia.

Jesus encontrou a humanidade marcada pelo pecado. O pecado desfigura a imagem de Deus nas pessoas. Por isso, Jesus, no evangelho, está cercado de doentes de todo tipo, cegos, coxos, paralíticos, leprosos... Sua missão é restaurar, libertar, purificar. Veio para trazer vida abundante.



Guardando a mensagem

Todo o período de Jesus na Galileia, peregrinando pelo interior, pelas vilas e cidades, está marcado, no evangelho, pela presença de muitos doentes. As famílias levavam seus doentes e queriam que, pelo menos, eles pudessem tocar na sua veste. O grande número de doentes no povo de Jesus indica um grave quadro de sofrimento e opressão pelo qual estava passando. A doença é uma demonstração da fragilidade humana e é lida como resultado do desequilíbrio que entrou na criação com o pecado dos nossos primeiros pais. O pecado trouxe sofrimento e morte. Jesus é o vencedor do pecado, do mal e da morte. Como redentor da humanidade, é ele quem tira o pecado do mundo. Na cura dos doentes, já vemos a sua missão se realizando, como comunicação da vida e do perdão de Deus.

Colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste (Mc 6, 56)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
queremos te recomendar os nossos doentes, os que estão em nossas casas, os que se acham em hospitais e todos os que precisam de maior cuidado e atenção. Nós os colocamos sob a proteção da Virgem Maria, tua mãe, Saúde dos Enfermos. Que ela nos ajude a partilhar com espírito de diálogo e mútuo acolhimento; a viver como irmãos e irmãs, atentos às necessidades uns dos outros; a ser solidários com coração generoso e a aprender do serviço voluntário de tantos irmãos e irmãs. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Atualize a lista de pessoas doentes de sua família e conhecidos seus pelos quais você vai rezar nessa Semana Mundial dos Enfermos.

Comunicando

Como toda segunda-feira, hoje, tem o programa "Encontros" em nosso Canal do Youtube, às 20 horas. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

A sua e nossa missão.

 



03 de dezembro de 2022

Sábado da 1ª Semana do Advento

Memória de São Francisco Xavier

EVANGELHO


Mt 9,35 –10,1.6-8

Naquele tempo, 35Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade.
36Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: 37“A Messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. 38Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!”
10,1E, chamando os seus doze discípulos deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus e para curarem todo tipo de doença e enfermidade.
Enviou-os com as seguintes recomendações: 6“Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! 7Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos Céus está próximo’. 8Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar!”

MEDITAÇÃO


Curem os doentes, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios (Mt 10, 8)

Jesus percebe a situação de sofrimento e abandono do seu povo. E procura organizar o seu grande grupo de discípulos, nomeando doze líderes. Chamou doze, porque estava simbolicamente reorganizando todo o rebanho de Deus, o povo das doze tribos, que fora liderado por doze patriarcas. E Jesus enviou os doze em missão. É urgente que o rebanho conte com bons pastores, com boas lideranças. Pastores que cuidem das ovelhas estropiadas, que recuperem as desfalecidas, que lavem as sujas, que as defenda dos lobos.

A missão é anunciar a proximidade do Reino, que é o que Jesus já estava fazendo. “Em seu caminho, anunciem: o Reino dos céus está próximo”. Na realização desta missão, Jesus deu aos doze quatro tarefas: Curar os doentes; Ressuscitar os mortos; Purificar os leprosos; e Expulsar os demônios. Você sabe, quatro é um número de totalidade. Quatro é tudo, pois quatro são os pontos cardeais. A missão de anunciar a chegada do Reino de Deus mostra-se nestas quatro ações.

Vamos dar uma olhada nessas tarefas. A primeira foi curar os doentes. Jesus tinha um carinho especial pelos doentes. Basta lembrar a cena da sogra de Pedro ou do paralítico descido em sua maca diante dele. Cuidar dos doentes é uma forma de anunciar o Reino de Deus. Deus está perto de quem está sofrendo. Deus é a força de quem está debilitado. Estamos diante do tema da SAÚDE. Assistir os doentes e sofredores, rezar por eles, rezar com eles, acompanhá-los em seu tratamento são formas de mostrar o amor de Deus, a proximidade do Reino. Curar os enfermos.

A segunda tarefa foi ressuscitar os mortos. Jesus ressuscitou a filha de Jairo, o filho da viúva de Naim, o seu amigo Lázaro. Em todos esses episódios, vemos como Jesus deu atenção às famílias enlutadas, como ele ajudou as pessoas a crerem em Deus e na ressurreição que ele nos promete. Estamos diante do tema da VIDA. Na parábola do bom samaritano, o homem estava caído, semimorto, na beira da estrada. Acudir quem está caído, quem está em situação de morte é ressuscitar os mortos. Hoje, temos muita gente que está em situação de morte: pela droga, pela exploração do trabalho, pela fome... Trabalhar pela recuperação dos dependentes químicos, salvar do suicídio quem perdeu o sentido da vida, por exemplo, são também formas de anunciar a proximidade do Reino. Ressuscitar os mortos.

A terceira tarefa foi purificar os leprosos. Os leprosos, no evangelho, têm a ver com a impureza em relação à Lei. Pela impureza, a pessoa estava apartada de Deus e de sua comunidade. A lepra é uma imagem do pecado. Estamos diante do tema da RECONCILIAÇÃO. Purificar os leprosos é ajudar a pessoa a se aproximar de Deus e alcançar o perdão dos seus pecados. Fomos reconciliados com Deus, por Jesus Cristo que morreu por nós. Trabalhar pela conversão, aproximar as pessoas do Sacramento da Confissão são formas de anunciar que o Reino está vizinho, próximo. Purificar os leprosos.

A quarta tarefa foi expulsar os demônios. Jesus venceu as tentações. E libertou muitas pessoas possuídas pelo mal. Estamos diante do problema da LIBERDADE. Muita gente está possuída, escravizada pelo preconceito, pelo sentimento de inferioridade, pela ignorância, por ideologias totalitárias, pela inveja, pela dependência cultural... são numerosas as formas de dominação do mal sobre as pessoas! Contribuir para a superação desses males, ajudar as pessoas a se libertarem dessas forças de opressão são formas de realizar o anúncio do Reino de Deus. Expulsar os demônios.




Guardando a mensagem

Jesus, diante do seu povo sofrido e humilhado, enche-se de compaixão. Vê que aquele é um rebanho sem pastor. Realizando sua missão de reorganizar o povo de Deus disperso, nomeia doze lideranças para o seu movimento. Ele envia os doze em missão. Eles devem, como Jesus, anunciar a proximidade do Reino de Deus. Para servir o seu povo cansado e abatido, Jesus providencia pastores que cuidem das ovelhas estropiadas (os enfermos), que recuperem as desfalecidas (os mortos), que lavem as sujas (os leprosos), que as defenda dos lobos (os demônios). A missão dos doze é a missão de todo o povo de Deus. A minha, a sua também.

Curem os doentes, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios (Mt 10, 8)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
aos teus missionários de ontem e de hoje, estás instruindo que todos estamos em missão. E que a missão não depende de contarmos com muitos recursos (ouro, prata, dinheiro). O que temos para oferecer não tem preço, nem são coisas que estamos distribuindo. Somos testemunhas do Reino que chegou com tua presença redentora. Estás insistindo, Senhor, que precisamos manter a postura de missionários, de viajantes, evitando a busca de benefícios pessoais (não levar sacola) e a busca de segurança ou bem-estar (duas túnicas, sandálias, bastão). Ajuda-nos, Senhor, a realizar, ao teu lado, a grande tarefa da evangelização. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Planeje o seu final de semana, de forma que dê para participar bem da Santa Missa do 2º Domingo do Advento. Neste domingo, vamos contemplar a figura do missionário João Batista, convocando o povo para a conversão, em preparação da vinda do Messias.

Comunicando

Neste mês de dezembro, faço Show no Recife, na festa do Morro da Conceição (no dia 7); em Monteirópolis, Alagoas (no dia 9); em Ibimirim, sertão pernambucano (no dia 11); em Morro do Chapéu, Bahia (no dia 30) e em Lençóis, também na Bahia (no dia 31).

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

TESTEMUNHA DO AMOR MISERICORDIOSO




07 de fevereiro de 2022

EVANGELHO


Mc 6,53-56

Naquele tempo, 53tendo Jesus e seus discípulos acabado de atravessar o mar da Galileia, chegaram a Genesaré e amarraram a barca. 54Logo que desceram da barca, as pessoas imediatamente reconheceram Jesus. 55Percorrendo toda aquela região, levavam os doentes deitados em suas camas para o lugar onde ouviam falar que Jesus estava.
56E, nos povoados, cidades e campos onde chegavam, colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste. E todos quantos o tocavam ficavam curados.

MEDITAÇÃO


Colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste (Mc 6, 56)

No clima do Dia Mundial do Enfermo, que vamos celebrar sexta-feira próxima, com a festa de N. Sra. de Lourdes, a palavra do evangelho de hoje nos fala da atenção de Jesus aos doentes. Jesus desembarcou com os discípulos em Genesaré, um povoado à beira do mar da Galileia e começou a percorrer aquela região. E logo se espalhou a notícia de sua presença. Mal Jesus chegava num lugar (um povoado, um sítio, uma cidade), chegava o povo com seus doentes, pedindo para tocar nele, nem que fosse na barra de sua veste. E os que tocavam nele ficavam bons.

Impressiona a quantidade de doentes citados nos evangelhos. No texto de hoje, eles são trazidos em seus leitos ou colocados nas praças, onde Jesus estivesse. E Jesus, cuja missão principal era anunciar a chegada do Reino, não parece se incomodar com tanto doente. Pelo contrário, mostra-se sempre atencioso, próximo, toca neles. Ficamos, assim, admirados com a bondade de Jesus, com sua paciência, com sua compaixão pelos sofredores. 

O Papa Francisco, em sua mensagem para o dia mundial do doente deste ano, anunciou o tema desta jornada 0 de"Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso" (Lc 6,36) e explicou: "Suprema testemunha do amor misericordioso do Pai para com os enfermos é o seu Filho unigénito. Quantas vezes os Evangelhos nos narram os encontros de Jesus com pessoas que sofriam de várias doenças!".

Nós também nos damos conta da condição em que Jesus encontra o seu povo. E você sabe muito bem, quanto mais sofrimento e opressão, mais as pessoas adoecem. O povo da terra de Jesus estava vivendo debaixo de muitas tensões, seja pela violência e exploração da dominação romana e seus impostos, seja pelo clima interno de exigência das leis religiosas que asfixiavam o seu dia-a-dia.

Uma coisa que não podemos deixar de considerar é o significado da doença na vida humana. A doença expõe a nossa fragilidade. O ser humano que Deus criou, infelizmente, pega doença, e em muitos casos, aquele mal físico o leva a óbito. Como o povo da Bíblia e nós entendemos isso? Na fé, recordamos que, no começo, não foi assim. O pecado que entrou no mundo é que nos puxa para baixo. Depois da desobediência de Adão, o Senhor Deus sentenciou: “Lembra-te que és pó e em pó te hás de tornar”. O pecado introduziu a destruição. O pecado abriu as portas para a doença e a morte. São Paulo escreveu bem clarinho: “O salário do pecado é a morte”. Entendendo isso, entendemos os doentes do evangelho.

A pessoa não está doente porque pecou. Isso não. Perguntaram a Jesus, no episódio do cego de nascença, se foi o pecado dele ou dos pais que o levou à cegueira. Jesus explicou: nem de um, nem de outro. Estamos falando da condição de pecadores em que todos nos encontramos, como filhos de Adão, como membros da humanidade. Sendo assim, podemos já ir percebendo que a atenção de Jesus aos doentes tem a ver diretamente com a sua missão. Olha como João Batista o apresentou: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. O perdão dos pecados e a cura da doença estão muito próximos. Naquela cena do paralítico, Jesus perdoou os seus pecados. E depois o curou de sua paralisia.

Jesus encontrou a humanidade marcada pelo pecado. O pecado desfigura a imagem de Deus nas pessoas. Por isso, Jesus, no evangelho, está cercado de doentes de todo tipo, cegos, coxos, paralíticos, leprosos... Sua missão é restaurar, libertar, purificar. Veio para trazer vida abundante.


Guardando a mensagem

Todo o período de Jesus na Galileia, peregrinando pelo interior, pelas vilas e cidades, está marcado, no evangelho, pela presença de muitos doentes. As famílias levavam seus doentes e queriam que, pelo menos, eles pudessem tocar na sua veste. O grande número de doentes no povo de Jesus indica um grave quadro de sofrimento e opressão pelo qual estava passando. A doença é uma demonstração da fragilidade humana e é lida como resultado do desequilíbrio que entrou na criação com o pecado dos nossos primeiros pais. O pecado trouxe sofrimento e morte. Jesus é o vencedor do pecado, do mal e da morte. Como redentor da humanidade, é ele quem tira o pecado do mundo. Na cura dos doentes, já vemos a sua missão se realizando, como comunicação da vida e do perdão de Deus.

Colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste (Mc 6, 56)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
queremos te recomendar os nossos doentes, os que estão em nossas casas, os que se acham em hospitais e todos os que precisam de maior cuidado e atenção, particularmente em razão da presente pandemia, mas também de tantos outros males. Nós os colocamos sob a proteção da Virgem Maria, tua mãe, Saúde dos Enfermos. Que ela nos ajude a partilhar com espírito de diálogo e mútuo acolhimento; a viver como irmãos e irmãs, atentos às necessidades uns dos outros; a ser solidários com coração generoso e a aprender do serviço voluntário de tantos irmãos e irmãs. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Atualize a lista de pessoas doentes de sua família e conhecidos seus pelos quais você vai rezar nessa Semana Mundial dos Enfermos.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

JESUS E OS DOENTES



08 de Fevereiro de 2021

EVANGELHO 


Mc 6,53-56

Naquele tempo, 53tendo Jesus e seus discípulos acabado de atravessar o mar da Galileia, chegaram a Genesaré e amarraram a barca. 54Logo que desceram da barca, as pessoas imediatamente reconheceram Jesus. 55Percorrendo toda aquela região, levavam os doentes deitados em suas camas para o lugar onde ouviam falar que Jesus estava.
56E, nos povoados, cidades e campos onde chegavam, colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste. E todos quantos o tocavam ficavam curados.

MEDITAÇÃO


Colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste (Mc 6, 56)

No clima do Dia Mundial do Enfermo, que vamos celebrar quinta-feira próxima, com a festa de N. Sra. de Lourdes, a palavra do evangelho de hoje nos fala da atenção de Jesus aos doentes. Jesus desembarcou com os discípulos em Genesaré, um povoado à beira do mar da Galileia e começou a percorrer aquela região. E logo se espalhou a notícia de sua presença. Mal Jesus chegava num lugar (um povoado, um sítio, uma cidade), chegava o povo com seus doentes, pedindo para tocar nele, nem que fosse na barra de sua veste. E os que tocavam nele ficavam bons.

Impressiona a quantidade de doentes citados nos evangelhos. No texto de hoje, eles são trazidos em seus leitos ou colocados nas praças, onde Jesus estivesse. E Jesus, cuja missão principal era anunciar a chegada do Reino, não parece se incomodar com tanto doente. Pelo contrário, mostra-se sempre atencioso, próximo, toca neles. Ficamos, assim, admirados com a bondade de Jesus, com sua paciência, com sua compaixão pelos sofredores. No evangelho de ontem, na cena da cura da sogra de Pedro, vimos três atitudes de Jesus que precisamos imitar em relação aos doentes e sofredores: proximidade, solidariedade e apoio.

E por que Jesus tem estes sentimentos? O Papa Francisco responde a essa pergunta em sua mensagem para o dia mundial do doente. Porque Ele próprio Se tornou frágil, experimentando o sofrimento humano e recebendo, por sua vez, alívio do Pai. Na verdade, só quem passa pessoalmente por esta experiência poderá ser de conforto para o outro. 

Nós também nos damos conta da condição em que Jesus encontra o seu povo. E você sabe muito bem, quanto mais sofrimento e opressão, mais as pessoas adoecem. O povo da terra de Jesus estava vivendo debaixo de muitas tensões, seja pela violência e exploração da dominação romana e seus impostos, seja pelo clima interno de exigência das leis religiosas que asfixiavam o seu dia-a-dia.

Uma coisa que não podemos deixar de considerar é o significado da doença na vida humana. A doença expõe a nossa fragilidade. O ser humano que Deus criou, infelizmente, pega doença, e em muitos casos, aquele mal físico o leva a óbito. Como o povo da Bíblia e nós entendemos isso? Na fé, recordamos que, no começo, não foi assim. O pecado que entrou no mundo é que nos puxa para baixo. Depois da desobediência de Adão, o Senhor Deus sentenciou: “Lembra-te que és pó e em pó te hás de tornar”. O pecado introduziu a destruição. O pecado abriu as portas para a doença e a morte. São Paulo escreveu bem clarinho: “O salário do pecado é a morte”. Entendendo isso, entendemos os doentes do evangelho.

A pessoa não está doente porque pecou. Isso não. Perguntaram a Jesus, no episódio do cego de nascença, se foi o pecado dele ou dos pais que o levou à cegueira. Jesus explicou: nem de um, nem de outro. Estamos falando da condição de pecadores em que todos nos encontramos, como filhos de Adão, como membros da humanidade. Sendo assim, podemos já ir percebendo que a atenção de Jesus aos doentes tem a ver diretamente com a sua missão. Olha como João Batista o apresentou: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. O perdão dos pecados e a cura da doença estão muito próximos. Naquela cena do paralítico, Jesus perdoou os seus pecados. E depois o curou de sua paralisia. 

Jesus encontrou a humanidade marcada pelo pecado. O pecado desfigura a imagem de Deus nas pessoas. Por isso, Jesus, no evangelho, está cercado de doentes de todo tipo, cegos, coxos, paralíticos, leprosos... Sua missão é restaurar, libertar, purificar. Veio para trazer vida abundante. 

Guardando a mensagem

Todo o período de Jesus na Galileia, peregrinando pelo interior, pelas vilas e cidades, está marcado, no evangelho, pela presença de muitos doentes. As famílias levavam seus doentes e queriam que, pelo menos, eles pudessem tocar na sua veste. O grande número de doentes no povo de Jesus indica um grave quadro de sofrimento e opressão pelo qual estava passando. A doença é uma demonstração da fragilidade humana e é lida como resultado do desequilíbrio que entrou na criação com o pecado dos nossos primeiros pais. O pecado trouxe sofrimento e morte. Jesus é o vencedor do pecado, do mal e da morte. Como redentor da humanidade, é ele quem tira o pecado do mundo. Na cura dos doentes, já vemos a sua missão se realizando, como comunicação da vida e do perdão de Deus.

Colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste (Mc 6, 56)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
queremos te recomendar os nossos doentes, os que estão em nossas casas, os que se acham em hospitais e todos os que precisam de maior cuidado e atenção, particularmente em razão da presente pandemia, mas também de tantos outros males. Nós os colocamos sob a proteção da Virgem Maria,  tua  mãe, Saúde dos Enfermos. Que ela nos ajude a partilhar com espírito de diálogo e mútuo acolhimento; a viver como irmãos e irmãs, atentos às necessidades uns dos outros; a ser solidários com coração generoso e a aprender do serviço voluntário de tantos irmãos e irmãs. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a palavra

Atualize a lista de pessoas doentes de sua família e conhecidos seus pelos quais você vai rezar nessa Semana Mundial dos Enfermos.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

A FEBRE E A MISERICÓRDIA



07 de Fevereiro de 2021

EVANGELHO


Mc 1,29-39

Naquele tempo, 29Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, para a casa de Simão e André. 30A sogra de Simão estava de cama, com febre, e eles logo contaram a Jesus. 31E ele se aproximou, segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se. Então, a febre desapareceu; e ela começou a servi-los.
32À tarde, depois do pôr do sol, levaram a Jesus todos os doentes e os possuídos pelo demônio. 33A cidade inteira se reuniu em frente da casa. 34Jesus curou muitas pessoas de diversas doenças e expulsou muitos demônios. E não deixava que os demônios falassem, pois sabiam quem ele era.
35De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi rezar num lugar deserto. 36Simão e seus companheiros foram à procura de Jesus. 37Quando o encontraram, disseram: “Todos estão te procurando”. 38Jesus respondeu: “Vamos a outros lugares, às aldeias da redondeza! Devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim”. 39E andava por toda a Galileia, pregando em suas sinagogas e expulsando os demônios.

MEDITAÇÃO


E ele se aproximou, segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se. Então, a febre desapareceu; e ela começou a servi-los (Mc 1, 31)

No atual contexto de doença em que estamos vivendo, os textos da liturgia deste quinto domingo do tempo comum têm um sabor muito especial. Chegando na casa de André e Simão, Jesus cura a sogra de Simão que estava acamada, com febre. Ao anoitecer, cura muitas pessoas de diversas doenças, pessoas que se aglomeraram na frente da casa onde ele estava. 

O que será que a Palavra de Deus está nos dizendo neste domingo, a nós marcados por um agravamento da pandemia da coronavírus, tendo ultrapassado a marca de 230.000 óbitos no país, em consequência desse mal?

Mas, o nosso contexto, graças a Deus, não é só de pandemia. É também de experiência da proteção divina, de solidariedade, de confiança em Deus. E neste sentido, na quinta-feira dia 11, vamos celebrar a memória de Nossa Senhora de Lourdes, com o 29º. Dia Mundial do Doente. E para esta data, o Papa Francisco escreveu uma bela mensagem insistindo que, nesta situação, não deixemos que ninguém se sinta sozinho, nem se sinta excluído e abandonado. E apresentou a figura do Senhor Jesus, o bom Samaritano, que, compadecido, se fez próximo de todo ser humano, ferido pelo pecado. 

A grande quantidade de enfermos nos evangelhos revela a condição em que Jesus encontra o seu povo. E você sabe muito bem, quanto mais sofrimento e opressão, mais as pessoas adoecem. O seu povo estava vivendo debaixo de muitas tensões, seja pela violência da dominação romana e seus soberanos aliados, seja pela carga pesada da Lei de Moisés interpretada pelos fariseus. O nosso sofrimento hoje e o adoecimento da população, por causa do vírus e para além dele, é também por medo, solidão, fome, desemprego, apreensão com o futuro e com as contas para pagar. 

Jesus encontrou a humanidade marcada pelo pecado. O pecado desfigura a imagem de Deus nas pessoas. Por isso, Jesus, no evangelho, está cercado de doentes de todo tipo, cegos, coxos, paralíticos, leprosos... Sua missão é restaurar, libertar, purificar. Veio para trazer vida abundante. Na cruz, ele expiou o nosso pecado. Na ressurreição, nos comunicou a vida de Deus.

No caso da doença da sogra de Simão, o evangelho nos diz como Jesus agiu e como devemos agir diante do doente. Ele se aproximou. Segurou sua mão. E ajudou-a a levantar-se. Neste “Ele se aproximou” já está a primeira atitude: proximidade. O Papa escreveu em sua mensagem: “A proximidade é um bálsamo precioso, que dá apoio e consolação a quem sofre na doença”. O bom samaritano viu e aproximou-se do homem caído na estrada, vítima de assaltantes. Proximidade é a superação da indiferença. Indiferença é não ligar para o sofrimento dos outros, não sentir a dor alheia.

Depois de ter se aproximado, ELE SEGUROU A SUA MÃO. Bastaria ter dado uma bênção ou uma ordem para a febre dela passar. Mas, ele segurou sua mão, numa demonstração de consideração e afeto. Mostrou-se misericordioso, solidário. Solidariedade é a segunda atitude. Solidariedade como expressão de afeto e respeito pelo ser humano adoecido. Solidariedade que vence a esmola pela partilha. Solidariedade que é vitória contra o egoísmo que estrutura vidas e a própria sociedade. 

Aproximou-se, segurou a sua mão e AJUDOU-A A LEVANTAR-SE. Não foi um passe de mágica que a ergueu curada. Nem uma palavra poderosa por ele proclamado. Foi o apoio de quem estava ao seu lado, oferecendo o braço, acompanhando o seu esforço. E ela, sentindo-se apoiada e estimulada, aos poucos levanta-se, vencendo a condição de acamada. É o papel do educador na emancipação das pessoas. Apoio é a terceira atitude. 

Guardando a mensagem

Todo o período de Jesus na Galileia, peregrinando pelo interior, pelas vilas e cidades, está marcado, no evangelho, pela presença de muitos doentes. O grande número de doentes no povo de Jesus indica um grave quadro de sofrimento e opressão pelo qual se estava passando. A doença é uma demonstração da fragilidade humana e é lida como desequilíbrio que entrou na criação com o pecado dos nossos primeiros pais. O pecado trouxe sofrimento e morte. Jesus é o vencedor do pecado, do mal e da morte. Como redentor da humanidade, é ele quem tira o pecado do mundo. Na cena da cura da sogra de Simão, aparecem três atitudes de Jesus que devemos imitar no cuidado com os enfermos: proximidade, solidariedade e apoio. Na cura dos doentes, já vemos a sua missão se realizando, como comunicação da vida e da misericórdia de Deus. 

E ele se aproximou, segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se. Então, a febre desapareceu; e ela começou a servi-los (Mc 1, 31)

Rezando a palavra

Rezemos, nos inspirando na mensagem do Papa para o Dia Mundial do Doente deste ano:

Senhor Jesus, 
o mandamento do amor que nos deixaste encontra uma realização concreta no relacionamento com os doentes. Obrigado, Senhor, pelos ensinamentos que nos deste hoje. Queremos imitar tuas atitudes de proximidade, solidariedade e apoio aos doentes e sofredores. Nessa proximidade da festa de N. Sra. de Lourdes, nós queremos confiar à tua e nossa Mãe Maria, Mãe de Misericórdia e Saúde dos Enfermos, todas as pessoas doentes, seus cuidadores e os profissionais da saúde. Que Ela, da Gruta de Lourdes e dos seus inumeráveis santuários espalhados por todo o mundo, sustente a nossa fé e a nossa esperança e nos ajude a cuidar uns dos outros com amor fraterno. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a palavra

Faça uma lista de pessoas doentes de sua família e conhecidos seus pelos quais você vai rezar nessa semana. A lista fica bem no seu diário espiritual ou dentro de sua Bíblia.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb 

A ATENÇÃO DE JESUS AOS DOENTES

Colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste (Mc 6, 56)

10 de fevereiro de 2020

No clima do dia mundial do enfermo, que vamos celebrar amanhã, com a festa de N. Sra. de Lourdes, a palavra do evangelho de hoje nos fala da atenção de Jesus aos doentes. Jesus desembarcou com os discípulos em Genesaré, um povoado à beira do mar da Galileia e começou a percorrer aquela região. E logo se espalhou a notícia de sua presença. Mal Jesus chegava num lugar (um povoado, um sítio, uma cidade), chegava o povo com seus doentes, pedindo para tocar nele, nem que fosse na barra de sua veste. E os que tocavam nele ficavam bons.

Impressiona a quantidade de doentes citados nos evangelhos. No texto de hoje, eles são trazidos em seus leitos ou colocados nas praças, onde Jesus estivesse. E Jesus, cuja missão principal era anunciar a chegada do Reino, não parece se incomodar com tanto doente. Pelo contrário, mostra-se sempre atencioso, próximo, toca neles. Ficamos, assim, admirados com a bondade de Jesus, com sua paciência, com sua compaixão pelos sofredores.

Porque tem Jesus Cristo estes sentimentos? O Papa Francisco responde a essa pergunta em sua mensagem para o dia mundial do doente deste ano. Porque Ele próprio Se tornou frágil, experimentando o sofrimento humano e recebendo, por sua vez, alívio do Pai. Na verdade, só quem passa pessoalmente por esta experiência poderá ser de conforto para o outro. 

Nós também nos damos conta da condição em que Jesus encontra o seu povo. E você sabe muito bem, quanto mais sofrimento e opressão, mais as pessoas adoecem. O povo da terra de Jesus estava vivendo debaixo de muitas tensões, seja pela violência da dominação romana e seus impostos, seja pelo clima interno de exigência das leis religiosas que asfixiavam o seu dia-a-dia.

Uma coisa que não podemos deixar de considerar é o significado da doença na vida humana. A doença expõe a nossa fragilidade. O ser humano que Deus criou, infelizmente, pega doença, e em muitos casos, aquele mal físico o leva a óbito. Como o povo da Bíblia e nós entendemos isso? Na fé, recordamos que, no começo, não foi assim. O pecado que entrou no mundo é que nos puxa para baixo. Depois da desobediência de Adão, o Senhor Deus sentenciou: “Lembra-te que és pó e em pó te hás de tornar”. O pecado introduziu a destruição. O pecado abriu as portas para a doença e a morte. São Paulo escreveu bem clarinho: “O salário do pecado é a morte”. Entendendo isso, entendemos os doentes do evangelho.

A pessoa não está doente porque pecou. Isso não. Perguntaram a Jesus, no episódio do cego de nascença, se foi o pecado dele ou dos pais que o levou à cegueira. Jesus explicou: nem de um, nem de outro. Estamos falando da condição de pecadores em que todos nos encontramos, como filhos de Adão, como membros da humanidade. Sendo assim, podemos já ir percebendo que a atenção de Jesus aos doentes tem a ver diretamente com a sua missão. Olha como João Batista o apresentou: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. O perdão dos pecados e a cura da doença estão muito próximos. Naquela cena do paralítico, Jesus perdoou os seus pecados. E depois o curou de sua paralisia. Jesus encontrou a humanidade marcada pelo pecado. O pecado desfigura a imagem de Deus nas pessoas. Por isso, Jesus, no evangelho, está cercado de doentes de todo tipo, cegos, coxos, paralíticos, leprosos... Sua missão é restaurar, libertar, purificar. Veio para trazer vida abundante. A cruz será o ponto alto de sua missão. Ali, ele expia o nosso pecado.

Guardando a mensagem

Todo o período de Jesus na Galileia, peregrinando pelo interior, pelas vilas e cidades, está marcado, no evangelho, pela presença de muitos doentes. As famílias levavam seus doentes e queriam que, pelo menos, eles pudessem tocar na sua veste. O grande número de doentes no povo de Jesus indica um grave quadro de sofrimento e opressão pelo qual estava passando. A doença é uma demonstração da fragilidade humana e é lida como resultado do desequilíbrio que entrou na criação com o pecado dos nossos primeiros pais. O pecado trouxe sofrimento e morte. Jesus é o vencedor do pecado, do mal e da morte. Como redentor da humanidade, é ele quem tira o pecado do mundo. Na cura dos doentes, já vemos a sua missão se realizando, como comunicação da vida e do perdão de Deus.

Colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste (Mc 6, 56)

Rezando a palavra

Senhor nosso Deus,

queremos te recomendar os nossos doentes, os que estão em nossas casas, os que se acham em hospitais e todos os que precisam de maior cuidado e atenção. Nós os colocamos sob a proteção da Virgem Maria, Saúde dos Enfermos. Que ela nos ajude a partilhar os dons recebidos com espírito do diálogo e mútuo acolhimento, a viver como irmãos e irmãs, cada um atento às necessidades dos outros, a saber dar com coração generoso e a aprender do serviço voluntário de tantos irmãos e irmãs. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Vivendo a palavra

Faça uma lista de pessoas doentes de sua família e conhecidos seus pelos quais você vai rezar hoje. A lista fica bem no seu diário espiritual ou dentro de sua Bíblia.

10 de fevereiro de 2020
Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

UM POVO MISSIONÁRIO



Curem os doentes, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios (Mt 10, 8)

07 de dezembro de 2019.

Jesus percebe a situação de sofrimento e abandono do seu povo. E procura organizar o seu grande grupo de discípulos, nomeando doze líderes. Chamou doze, porque estava simbolicamente reorganizando todo o rebanho de Deus, o povo das doze tribos, que fora liderado por doze patriarcas. E Jesus enviou os doze em missão. É urgente que o rebanho conte com bons pastores, com boas lideranças. Pastores que cuidem das ovelhas estropiadas, que recuperem as desfalecidas, que lavem as sujas, que as defenda dos lobos.

A missão é anunciar a proximidade do Reino, que é o que Jesus já estava fazendo. “Em seu caminho, anunciem: o Reino dos céus está próximo”. Na realização desta missão, Jesus deu aos doze quatro tarefas: Curar os doentes; Ressuscitar os mortos; Purificar os leprosos; e Expulsar os demônios. Você sabe, quatro é um número de totalidade. Quatro é tudo, pois quatro são os pontos cardeais. A missão de anunciar a chegada do Reino de Deus mostra-se nestas quatro ações.

Vamos dar uma olhada nessas tarefas. A primeira foi curar os doentes. Jesus tinha um carinho especial pelos doentes. Basta lembrar a cena da sogra de Pedro ou do paralítico descido em sua maca diante dele. Cuidar dos doentes é uma forma de anunciar o Reino de Deus. Deus está perto de quem está sofrendo. Deus é a força de quem está debilitado. Estamos diante do tema da SAÚDE. Assistir os doentes e sofredores, rezar por eles, rezar com eles, acompanhá-los em seu tratamento são formas de mostrar o amor de Deus, a proximidade do Reino. Curar os enfermos.

A segunda tarefa foi ressuscitar os mortos. Jesus ressuscitou a filha de Jairo, o filho da viúva de Naim, o seu amigo Lázaro. Em todos esses episódios, vemos como Jesus deu atenção às famílias enlutadas, como ele ajudou as pessoas a crerem em Deus e na ressurreição que ele nos promete. Estamos diante do tema da VIDA. Na parábola do bom samaritano, o homem estava caído, semimorto, na beira da estrada. Acudir quem está caído, quem está em situação de morte é ressuscitar os mortos. Hoje, temos muita gente que está em situação de morte: pela droga, pela exploração do trabalho, pela fome... Trabalhar pela recuperação dos dependentes químicos, salvar do suicídio quem perdeu o sentido da vida, por exemplo, são também formas de anunciar a proximidade do Reino. Ressuscitar os mortos.

A terceira tarefa foi purificar os leprosos. Os leprosos, no evangelho, têm a ver com a impureza em relação à Lei. Pela impureza, a pessoa estava apartada de Deus e de sua comunidade. A lepra é uma imagem do pecado. Estamos diante do tema da RECONCILIAÇÃO. Purificar os leprosos é ajudar a pessoa a se aproximar de Deus e alcançar o perdão dos seus pecados. Fomos reconciliados com Deus, por Jesus Cristo que morreu por nós. Trabalhar pela conversão, aproximar as pessoas do Sacramento da Confissão são formas de anunciar que o Reino está vizinho, próximo. Purificar os leprosos.

A quarta tarefa foi expulsar os demônios. Jesus venceu as tentações. E libertou muitas pessoas possuídas pelo mal. Estamos diante do problema da LIBERDADE. Muita gente está possuída, escravizada pelo preconceito, pelo sentimento de inferioridade, pela ignorância, por ideologias totalitárias, pela inveja, pela dependência cultural... são numerosas as formas de dominação do mal sobre as pessoas! Contribuir para a superação desses males, ajudar as pessoas a se libertarem dessas forças de opressão são formas de realizar o anúncio do Reino de Deus. Expulsar os demônios.






Guardando a mensagem

Jesus, diante do seu povo sofrido e humilhado, enche-se de compaixão. Vê que aquele é um rebanho sem pastor. Realizando sua missão de reorganizar o povo de Deus disperso, nomeia doze lideranças para o seu movimento. Ele envia os doze em missão. Eles devem, como Jesus, anunciar a proximidade do Reino de Deus. Para servir o seu povo cansado e abatido, Jesus providencia pastores que cuidem das ovelhas estropiadas (os enfermos), que recuperem as desfalecidas (os mortos), que lavem as sujas (os leprosos), que as defenda dos lobos (os demônios). A missão dos doze é a missão de todo o povo de Deus. A minha, a sua também.

Curem os doentes, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios (Mt 10, 8)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Aos teus missionários de ontem e de hoje, estás instruindo que todos estamos em missão. E que a missão não depende de contarmos com muitos recursos (ouro, prata, dinheiro). O que temos para oferecer não tem preço, nem são coisas que estamos distribuindo. Somos testemunhas do Reino que chegou com tua presença redentora. Estás insistindo, Senhor, que precisamos manter a postura de missionários, de viajantes, evitando a busca de benefícios pessoais (não levar sacola) e a busca de segurança ou bem-estar (duas túnicas, sandálias, bastão). Ajuda-nos, Senhor, a realizar, ao teu lado, a grande tarefa da evangelização. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Sendo amanhã, o dia da Imaculada Conceição, rezando três ave-marias, recomende à Mãe do Senhor todos os missionários, catequistas, evangelizadores e ministros da Igreja. 

Pe. João Carlos Ribeiro - 07 de dezembro de 2019.

Postagem em destaque

Para mim não pode haver festa maior.

18 de abril de 2024   Quinta-feira da 3ª Semana da Páscoa.      Evangelho    Jo 6,44-51 Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 44“Ninguém po...

POSTAGENS MAIS VISTAS