PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA

A Lei da Nova Aliança ou as Bem-aventuranças

Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e Jesus começou a ensiná-los (Mt  5, 1-2).


São quatro ações de Jesus descritas na abertura do Sermão da Montanha (Mt 5). Faça as contas: Vendo Jesus as multidões (1ª. Ação), subiu ao monte (2ª. Ação)  e sentou-se (3ª. Ação). Os discípulos aproximaram-se (essa ação é dos discípulos), e Jesus começou a ensiná-los (4a. Ação de Jesus). Quatro, você sabe, é um número de totalidade, abrangente como os quatro pontos cardeais.

Estamos no início do chamado Sermão da Montanha, que compreende os capítulos 5, 6 e 7 de Mateus. O Sermão da Montanha é a proclamação da Lei do povo da nova aliança.
Vamos às quatro ações iniciais de Jesus. A primeira foi “Vendo as multidões”... Ele vê o povo que acorre para ouvi-lo, para pedir a cura de suas doenças... Ele não vê só com os olhos, vê com o coração. Na história que contou do homem assaltado e caído na estrada, só o samaritano viu, aproximou-se e cuidou dele. O sacerdote e o levita viram, mas passaram adiante. Jesus vê as multidões como Deus que falou com Moisés no Monte Sinai: “Eu vi, eu vi a miséria do meu povo que está no Egito. Ouvi seu grito por causa dos seus opressores, pois eu conheço as suas angústias”. A primeira ação foi “Ver as multidões”, um olhar de compaixão e de compromisso com o seu bem.

O Domingo da Grande Luz

O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz, e para os que viviam na região escura da morte uma luz brilhou” (Mt 4, 16)

E chegamos ao terceiro domingo do tempo comum. Neste ano, estamos lendo o evangelho de São Mateus (ano A).  Celebramos, há pouco, o batismo de Jesus  (na última segunda-feira) e hoje comtemplamos os primeiros passos do seu ministério público. No evangelho de hoje, talvez tenhamos uma leitura geral do significado de sua missão. Com Jesus, está começando um novo tempo para o povo de Deus e para as nações do mundo. Poderíamos chamar esse domingo de Domingo da Galileia ou Domingo da Luz que chegou para a Galileia. Vamos entender isso...


No tempo de Jesus, chamar alguém de “galileu” era uma ofensa. O povo do sul discriminava o povo da Galileia. Aliás, a discriminação já começava em casa. Natanael perguntou:  “De Nazaré, pode vir alguma coisa boa?“. Por que será que a Galileia era tão mal vista?

VIMOS SUA ESTRELA

Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo (Mt 2,2)

O povo de Deus queria bem demais a Jerusalém. Lá estava o Templo de Deus. E o povo santo teve uma experiência muita triste quando viu Jerusalém ser destruída pelos inimigos e as lideranças serem levadas cativas para a Babilônia. Foi um tempo de tristeza o exílio na Babilônia, tristeza para quem foi levado para lá e sofrimento para quem ficou nas terras de Judá. Um dia, Deus mandou um recado pelo profeta, um recado que animou a povo a viver mais confortado no meio de tanto sofrimento: “Vai chegar o dia em que a gloria de Deus vai brilhar tão forte em Jerusalém que vai atrair gente do mundo todo. O mundo todo vai estar em trevas, mas em Jerusalém se verá um enorme clarão da glória de Deus. Quem ficou vai ver os cativos da Babilônia voltando pra casa libertos, carregados de riquezas; e gente de todo canto chegando à cidade santa; as nações, com seus reis, chegando de longe. Eles vão trazer ouro e incenso para honrar o Senhor.  Vai ser uma invasão de dromedários e camelos das terras dos pagãos. Deus vai manifestar sua glória e vai atrair o mundo todo para a sua luz”. Essa profecia está na primeira leitura da celebração de hoje (Isaías capítulo 60).

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