PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA

A sua vinha não é sua

Na época da colheita, ele mandou um empregado aos agricultores para receber a sua parte dos frutos da vinha (Mc 12, 2).

Olha só essa história de Jesus.... Um homem plantou uma vinha. Arrendou-a e viajou para longe. No tempo combinado, mandou buscar a renda. Os rendeiros negaram-se violentamente a pagar a renda. Com certeza, isso eram situações que aconteciam no tempo dele.

Para entender essa história de Jesus, basta saber quem é a vinha. E quem seriam os agricultores covardes que se apossaram da vinha. Você tem uma ideia sobre quem é a vinha? A vinha, quem é? Vou lhe ajudar.

Uma vinha é uma unidade de produção de vinho:  a plantação da uva, a colheita e a fabricação  do vinho, tudo feito na mesma fazenda. O homem plantou a vinha, cercou-a, fez um lagar (um tanque para pisotear as uvas) e até uma torre de guarda (para garantir a segurança do lugar). A vinha é uma imagem bíblica do povo de Deus. A vinha é o povo de Deus. No caso, o povo de Israel era a vinha. Foi Deus que plantou aquela vinha e a aparelhou de tudo para produzir um bom vinho. O vinho é uma coisa nobre, é uma representação dos frutos que o povo devia produzir.

Um só Espírito, um só Corpo

E depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: Recebam o Espirito Santo (Jo 20, 22)

Comento o evangelho desse domingo de Pentecostes sob o forte impacto da Vigília Ecumênica de Pentecostes da qual tomei parte ontem, aqui em Roma. A Renovação Carismática está celebrando 50 anos de existência e veio a Roma celebrar essa data com o Papa. Ontem, mais de 100 mil pessoas participaram da Vigília, com o Papa Francisco, cardeais, bispos e pastores de outras igrejas cristãs. O local foi o Circo Máximo, um local amplo onde se erguia um local de espetáculos públicos no tempo dos romanos. Além de corridas de bigas e lutas de gladiadores, havia também o espetáculo de cristãos atirados às feras ou queimados vivos. Nessa terra regada a sangue dos mártires cristãos, ouvimos comentários iluminados sobre os textos da liturgia de hoje por parte do Frei Raniero Cantalamessa, do Pastor Giovanni Traettino e do próprio Papa Francisco.

Para o evangelista João, o derramamento do Espírito Santo aconteceu na ressurreição. O evangelho de hoje traduz essa visão: Jesus ressuscitado envia os discípulos em missão e sopra sobre eles, comunicando-lhes o Espírito. “Recebam o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados”. A missão é anunciar a salvação em Cristo, o perdão dos pecados.

A festa da missão

Portanto, vão e façam discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que lhes ordenei! (Mt 28, 19-20)

A ascensão de Jesus é a festa da missão. Ele veio como missionário do Pai. E retorna ao Pai. E entrega a missão aos seus discípulos. Os discípulos, com a força do Espírito Santo, somos agora suas testemunhas mundo afora.

São três as instruções que ele deixou antes de ser levado ao céu: a evangelização, o batismo e a catequese. Vejamos: ‘Vão e façam discípulos meus todos os povos’ (evangelização), ‘batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo’ (batismo), e ‘ensinando-os a observar tudo quanto lhes ordenei’(catequese).

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