PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA

O NOSSO GUIA, O NOSSO LÍDER

Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna (Jo 6, 40)
08 de abril de 2019.
Jesus diz ao povo que o Pai tinha lhe confiado muita gente para ele cuidar. E que veio exatamente para fazer a vontade do Pai que o enviou. Ele descreve a vontade do Pai de três formas: que ele, o Filho, não perca nenhum dos que o Pai lhe deu; que aquele que crê no Filho receba a vida eterna; e que o Filho o ressuscite no último dia.
Qual é o projeto de Deus, isto é, qual é a vontade de Deus? A vontade de Deus se manifesta em relação a Jesus e em relação a nós. E qual foi a tarefa que Jesus recebeu do Pai? O Pai o enviou a nós, nos confiou a ele, pediu que ele não perdesse nenhum de nós e nos ressuscitasse no último dia. O que Jesus finalmente tem para nos dar, para nos comunicar é a vida em plenitude. Um dia ele falou disso: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância”. Essa ‘vida em plenitude’ está dita de várias formas no evangelho de hoje: pão para saciar a fome, água para matar a sede, vida eterna, ressurreição no último dia. São formas de dizer ‘Deus quer dar a vocês a vida em plenitude’. E é isso que Jesus tem para nós.
E qual é a vontade de Deus a nosso respeito, isto é, o que Deus nos pede? O Pai nos pede para ir a Cristo, para crer nele. É assim que podemos ser cuidados por ele, alimentados por ele, conduzidos por ele. É crendo nele, acolhendo-o em nossa vida como nosso Deus e Senhor, que podemos receber o que ele tem para nos dar: a vida em plenitude.
Nós existimos porque Deus pensou em nós, nos chamou à existência. Nossa vida tem um propósito. Não nascemos por acaso. E foi o Pai que nos aproximou de Jesus, seu Filho. O Pai nos confiou a Jesus. É nele que encontramos o modelo acabado do ser humano, em sintonia perfeita com o Pai e em comunhão solidária com seus irmãos de humanidade. E não só nos deu Jesus como modelo-caminho-exemplo, mas no-lo deu também como guia de nossa humanidade. Pela ressurreição, Jesus tornou-se o nosso líder, o nosso mestre. Pedro, no dia de Pentecostes, disse à multidão: “Deus constituiu Senhor e Cristo a este Jesus que vocês crucificaram”.
Guardando a mensagem
Não estamos sozinhos neste mundo. Não estamos abandonados aos nossos próprios limites biológicos ou sociais. Deus nos deu um pastor, para nos acompanhar, para cuidar de nós. Jesus vem buscar a ovelha perdida e levá-la de volta ao redil, carregando-a nos ombros. Ele nos defende do lobo voraz, pondo em risco a própria vida. Ele dá a vida por suas ovelhas. Ele nos comunica a vida plena, a vida de Deus. Em Cristo, somos herdeiros de Deus. Viver bem é crer nele, amá-lo e segui-lo.
Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna (Jo 6, 40)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
O Pai nos confiou a ti. Ele espera que nós nos aproximemos de ti, que creiamos em ti, que te acolhamos como nosso pastor e guia. Dá-nos, Senhor, que te reconheçamos na fé e te sigamos com perseverança e amor. Também nós temos pessoas que o Pai nos confiou para cuidar, para acompanhar. Nós te pedimos por elas. Nós queremos conduzi-las a ti, pois só em ti a verdade, a graça, a salvação. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Reze, hoje, o Salmo 23 ou 22, conforme a sua Bíblia. O Senhor é o meu pastor, nada me falta.

Pe. João Carlos Ribeiro – 08.04.2019

O PÃO QUE NOS SUSTENTA NO CAMINHO DA VIDA

O pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo (Jo 6, 33)
07 de maio de 2019.
Quando peregrinava pelo deserto, o povo de Deus enfrentou muitas dificuldades: falta de água, falta de comida, insegurança, descrença... E Deus sempre paciente, presente, providente. Depois de uma grave crise de alimento, Deus mandou o maná. Pela manhã, eles colhiam uns floquinhos que caíam na madrugada, como se fosse neve. Era um alimento forte, sustentando o povo na marcha durante o dia. Um pão que vinha do céu, das mãos providentes do Senhor Deus.
Jesus utilizou essa experiência do povo peregrino no deserto, no seu duro caminho para a terra prometida, para fazer-se entender sobre o alimento que ele daria. O maná foi dado por Deus, por meio de Moisés. Isso foi já uma preparação para o verdadeiro pão que seria dado depois. No tempo certo, Deus nos deu o verdadeiro pão do céu.  O pão descido do céu é o próprio Jesus, que com sua palavra, seu amor e sua vida nos alimenta e nos sustenta na travessia desta vida.
Essa explicação que Jesus está dando, no capítulo 6 do evangelho de São João, é ao povo que participou da multiplicação dos pães. Jesus alimentou aquele povo, como Deus alimentou os israelitas com o maná, no tempo antigo. E Jesus o alimentou de duas formas: a primeira, foi a Palavra de Deus que ele anunciou; a segunda, o pão de cevada e os peixes com que ele saciou a sua fome. Isso, nos outros três evangelhos, fica ainda mais claro. Ele ensina o povo e o alimenta com o pão.
Na Missa, a ceia do Senhor, são postas as duas mesas: a da Palavra e a da Eucaristia. Jesus se dá como alimento nas duas mesas. Ele é o verbo, a palavra. Ele é o pão vivo descido do céu. Como ensinou o Concílio Vaticano II em sua Constituição Sacrosanctum Concilium, “estão tão intimamente ligadas entre si as duas partes de que se compõe, de algum modo, a missa - a liturgia da Palavra e a liturgia Eucarística - que formam um só ato de culto”.
Diz o mesmo texto conciliar: “O nosso Salvador instituiu na última Ceia, na noite em que foi entregue, o Sacrifício eucarístico do seu Corpo e do seu Sangue para perpetuar pelo decorrer dos séculos, até Ele voltar, o Sacrifício da cruz, confiando à Igreja, sua esposa amada, o memorial da sua morte e ressurreição: sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade (36), banquete pascal em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é concedido o penhor da glória futura (37).”
No Pai Nosso, o Senhor nos ensinou a pedir ao Pai o pão de cada dia:  “O pão nosso de cada dia, nos dai hoje”. Esse pão nosso que é, em primeiro lugar, o pão da sobrevivência, não deixa de ser também o pão da Palavra e o Pão da Eucaristia de que precisamos para nossa caminhada nesta vida.
Guardando a mensagem
No deserto, Deus alimentou o seu povo em marcha com o maná. O maná é uma imagem da Eucaristia. No caminho da vida, agora o Senhor nos alimenta com o pão vivo descido do céu, que é o próprio Jesus. Na Santa Missa, refeição do povo em caminho, somos alimentados nas duas mesas: a da Palavra e a da Eucaristia. No Pai Nosso, pedimos o pão de cada dia: o da sobrevivência, o da Palavra, o da Eucaristia.
O pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo (Jo 6, 33)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
Deus mandou o maná para alimentar o povo que estava atravessando o deserto, esfomeado e já sem forças. Foi uma linda experiência: toda manhã, recolhiam aquela bênção que caía do céu. Foi o tempo da Antiga Aliança. Agora, nesse novo tempo, o Pai nos enviou o seu filho amado, tu, Senhor Jesus. Tu és o pão verdadeiro descido do céu, o pão que verdadeiramente nos sustenta na caminhada desta vida. Como o povo daquela reunião, te pedimos: “Senhor, dá-nos sempre deste pão”:  o pão-palavra de Deus que tu nos anuncias; o pão-amor misericordioso com que nos abraças; o pão da vida, tu mesmo que te dás em alimento na santa Eucaristia. Senhor, dá-nos sempre deste pão. Amém.
Vivendo a palavra
No sacrário, guardamos a reserva eucarística, o pão consagrado que não foi consumido na celebração. Conservamos assim a eucaristia para levá-la aos doentes e para a adoração do povo santo. A adoração eucarística prolonga a nossa ligação com a Santa Missa, o maior ato de louvor a Deus. São João Bosco recomendava aos seus educandos, insistentemente, a Visita ao Santíssimo Sacramento: um momento breve de oração aos pés do sacrário. Essa é a tarefa de hoje: faça uma visita ao Santíssimo Sacramento. Se não puder ir pessoalmente, vá espiritualmente, num breve momento de oração.
Pe. João Carlos Ribeiro – 07.05.2019

INTERESSEIROS OU INTERESSADOS?

Esforcem-se, não pelo alimento que se perde, mas pelo pão que permanece até a vida eterna (Jo 6, 27)


06 de maio de 2019.

É, Jesus tinha razão. Aquele povo estava atrás de coisas e não dele. Mesmo andando atrás dele, não o estavam buscando, mas buscando as coisas que ele poderia lhes dar.

No dia anterior, Jesus tinha alimentado uma grande multidão com pouquíssimos pães e peixes. Terminado o dia, aquele povo todo tinha ido embora. Mas, no dia seguinte, começou a chegar de novo atrás dele. Quando notaram que ele e os discípulos tinham ido para o outro lado do grande lago, eles pegaram barcos e foram atrás de Jesus. Quando o encontraram, Jesus disse logo: vocês vieram atrás de mim por causa do pão que vocês comeram ontem.

Essa palavra de Jesus, no evangelho de hoje, é muito atual. Aplica-se direitinho a nós e a muita gente. Quanta gente corre, hoje, atrás de coisas que Jesus pode dar! Que ele pode dar, pode. Que ele pode nos conceder graças, fazer milagres em nossa vida, claro que pode. Mas, que andemos atrás de Jesus unicamente movidos por esses interesses, é triste. O nosso interesse não pode estar unicamente nas coisas ou nas soluções materiais ou físicas para os nossos problemas. Continuamos, assim, a ser interesseiros e ingratos. Estamos interessados realmente em Jesus ou nas coisas que ele pode nos dar?

Jesus acolheu bem aquelas pessoas, mas as convidou para um nível mais alto de sua busca. ‘Vocês vieram atrás de mim por causa do pão que se acaba’. “Esforcem-se, não pelo alimento que se perde, mas pelo pão que permanece até a vida eterna”. Uma palavra atual, não acha? Não falta gente correndo atrás de milagres e curas. Agora, perguntemos se estão se comprometendo com o evangelho do Senhor. Nada. E olha que, infelizmente, não faltam pregadores apregoando milagres em nome de Jesus, mas sem convidar seus fiéis a seguirem Jesus, a praticarem os seus mandamentos.

No evangelho de ontem, você lembra, Jesus estava se esforçando para convencer os discípulos que estava vivo, ressuscitado. Até comentamos que a páscoa da ressurreição não pode ser apenas uma data festiva, comemorada com alegria. A novidade é nós vivermos ressuscitados com Jesus. Assim, a conversão é a primeira resposta que damos ao receber o anúncio do evangelho. E passamos a viver em comunhão com Jesus, escutando-o em sua Palavra, reconhecendo-o na Eucaristia, guardando os seus mandamentos. E assim nos tornamos suas testemunhas, seus missionários. Com nosso testemunho e com o nosso anúncio, ajudamos outros a viverem ressuscitados com Cristo.

Guardando a mensagem

Essa palavra de Jesus - Esforcem-se pelo alimento que permanece - pode também nos fazer um alerta, neste início de semana. Nossa correria de todo dia é, em primeiro lugar, pela busca de nossa sobrevivência. É claro, que essa é uma luta importante, um esforço louvável para ganhar o pão de cada dia. Mas, se esse pão que passa, que não é definitivo, merece tanto empenho, tanto esforço de nossa parte, quanto mais empenho e esforço não merece a busca pelo bem verdadeiro que nos alimenta para a vida eterna. Esse pão é a Palavra de Deus, é a Eucaristia… esse pão é o próprio Jesus. Ele nos disse uma vez: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim, não terá mais fome”.

Esforcem-se, não pelo alimento que se perde, mas pelo pão que permanece até a vida eterna (Jo 6, 27)

Rezando a Palavra

Senhor Jesus,

Igual àquele povo que estava te procurando por causa do pão material que comeu naquele encontro, por causa do milagre da multiplicação dos pães, nós também ficamos correndo atrás das coisas e daquilo que tu podes nos dar. Tua Palavra, hoje, nos ensina, que nosso maior esforço, nosso maior empenho, deve ser buscar-te como nosso Deus e Salvador; não estar interesseiramente atrás do que tu podes nos conceder na tua misericórdia, mas buscar a ti que és o verdadeiro pão dado para a vida do mundo, como disseste. Dá-nos a graça, Senhor, de buscar primeiro o Reino de Deus. Ilumina, Senhor, os nossos compromissos deste dia, com a luz de tua Palavra. Orienta-nos, Senhor, em nossos compromissos. Conforta-nos em nossas dores, ensina-nos a viver na fé. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a Palavra

Recomendo-lhe, hoje, um exercício de exame de consciência. É colocar-se diante de Deus e se perguntar com honestidade: Nos meus muitos empenhos, correndo para ganhar o pão de cada dia, que tempo eu reservo para a busca do pão que me sustenta para a vida eterna?

Pe. João Carlos Ribeiro – 06.05.2019

VOCÊ E PEDRO NO CAMINHO DE JESUS


 Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo (Jo 21, 17)

05 de maio de 2019

Já era tempo de Pedro ter uma conversa muito séria com Jesus. Na semana santa, ficamos sabendo de sua fraqueza.  Negou que conhecia o Mestre, que era seu discípulo, que andava com ele. Quando caiu em si, coitado, ficou profundamente abatido e triste por essa falta. É, Pedro, errou feio. Verdade. Agora, me diga se você também já não fez igualzinho a Pedro?! Fez ou não fez? Pedro é um espelho. Pedro, sou eu. Nele, você também pode se ver. Somos Pedro. De vez em quando, traímos o nosso Jesus, que tanta amor e confiança deposita em nós.

Qual é o grande chamado de nossa vida? Vamos entrar no clima do evangelho. O grande chamado de nossa vida é seguir Jesus, tê-lo como nosso caminho, verdade e vida. No evangelho, Jesus começa chamando discípulos: ‘Sigam-me’. Essa é a nossa grande vocação: sermos seguidores de Jesus, realizarmos nossa vida como seguimento do filho de Deus feito gente. Depois disso, vem nossa condição de consagrados ou de casados ou de profissionais ou de cidadãos. São expressões concretas de nossa primeira vocação: sermos seguidores de Jesus.
   
No evangelho desse terceiro Domingo da Páscoa, temos o caminho de reintegração de Pedro em sua vocação de seguidor de Jesus. E o que tocar a Pedro diz respeito também a você, a nós.  O caminho de Pedro é o nosso também. E no caminho de Pedro tem três passos: amar a Jesus, cuidar de suas ovelhas e entregar sua vida, como ele.

Jesus perguntou a Pedro se ele o amava. E até se o amava mais do que os outros. Perguntou por três vezes. Pedro entendeu o porquê e até ficou meio sofrido. A ferida que o pecado cria se cura com o amor. AMAR A JESUS é o primeiro passo do discípulo. O amor a Jesus é que explica o seu esforço em seguir seus mandamentos, o zelo em viver bem seus momentos de oração, o seu compromisso com o bem dos irmãos. Como disse Paulo na carta aos Coríntios: “Sem o amor, de nada serve falar a língua dos anjos e dos homens ou entregar seu corpo às chamas”. ‘Simão, tu me amas?”. “Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo”.

O discípulo, a discípula ama Jesus. Ama sua Igreja que é seu corpo místico. Ama seus irmãos, membros do seu único corpo. Só o discípulo que ama Jesus pode cuidar da casa dele, de seus cordeiros, de suas ovelhas. CUIDAR DO REBANHO é a missão que o Senhor entrega aos que o amam. “Apascenta as minhas ovelhas”. E onde estão os cordeiros e as ovelhas do bom pastor? Para começar, na sua casa: são seus filhos, seus entes queridos, seus vizinhos; no seu ambiente de trabalho, de moradia, de lazer; e até nas ruas, nos sítios, nas prisões. Precisamos cuidar dos irmãos, zelar pelo seu bem, promover os seus direitos, defendê-los da injustiça. Somos pastores na sala de aula, nas rodas de conversa, na boa política, nos meios de comunicação, nos grupos da Igreja. Nosso amor a Jesus nos leva a cuidar do seu rebanho, como bons pastores.

Os discípulos amam Jesus e cuidam do seu rebanho. E o fazem como ele. DÃO A SUA VIDA, como ele. Como foi que ele cuidou do rebanho?  Ele mesmo respondeu: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos, pelos que ele ama”.  E Jesus deu a vida não somente na cruz. Deu a vida o tempo todo: visitando, ensinando, pregando, curando, confortando, libertando. Deu-se como pão da vida.  Entregou-se como luz do mundo. Na cruz, ofereceu sua vida em nosso favor. Sobre Pedro, Jesus profetizou que, quando fosse velho, o levariam para onde ele não queria ir. Numa certa altura da vida, Pedro foi levado para a morte. O martírio de Pedro foi o coroamento de sua entrega permanente em favor do rebanho, por amor a Jesus. Nós cuidamos do seu rebanho, nos dedicando, sacrificando-nos em favor dos filhos, dos netos, da comunidade. Servimos numa atitude oblativa permanente.

Guardando a mensagem

Seguir Jesus é a vocação de todos nós. Pedro é o discípulo de Jesus que fraquejou em seu seguimento.  Depois da ressurreição, Jesus teve uma conversa muito séria com ele. Nessa conversa, ficou bem claro o caminho de realização de sua vocação de discípulo: amar, cuidar e dar a vida. Jesus, por amor, vem em socorro de nossa fraqueza, com o seu perdão. O amor a Jesus cura as ferida de nossas faltas e nos leva a assumir a sua missão: apascentar o rebanho. Cuidar do rebanho deve ser o foco de toda nossa atividade na sociedade e na Igreja. Em tudo, buscamos o bem comum, a qualidade de vida, a felicidade e a salvação de todos. E o modo como fazemos isso também está marcado pelo nosso amor a Jesus: imitamos o seu modo de agir e de comprometer-se, sacrificando-nos pelos outros. Amar, cuidar do rebanho e dar a vida foi o caminho de Jesus. Amar Jesus, cuidar do seu rebanho e sacrificar-se pelos outros foi o caminho de Pedro. Há de ser o nosso caminho também.

Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo (Jo 21, 17)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Muita coisa em nós e ao nosso redor nos estimula a negar a nossa fé, a não te levar em conta nas escolhas que fazemos. Hoje, perguntas a cada de um de nós se te amamos. É o amor que supera nossas negações e o nosso pecado. Sim, Senhor, nós te amamos. Assim, ouvimos claramente a missão que nos confias: cuidar de tuas ovelhas. Ajuda-nos, Senhor, a vencer a grande tentação de nos centrarmos apenas em nós mesmos, abandonando o rebanho, permitindo que vença o individualismo e a desagregação em nossas famílias, em nossos grupos, em nossa sociedade. Acolhemos igualmente a tua indicação de realizamos a missão como tu a realizaste: sacrificando-nos pelos outros. Fácil, não é. Mas, entendemos, esse é o caminho da plenitude, o teu caminho, o caminho de Pedro, o nosso caminho. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Leia, hoje, em sua Bíblia o evangelho deste domingo (Jo 21, 1-19) e compartilhe esta Meditação com os seus contatos. Evangelize conosco.

Pe. João Carlos Ribeiro – 05.05.2019

CALMA, JESUS ESTÁ CONOSCO!

Soprava um vento forte e o mar estava agitado (Jo 6,18).
04 de maio de 2019
O que aconteceu foi o seguinte. Os discípulos, de tardinha, pegaram a barca pra voltar para Cafarnaum, que ficava do outro lado do mar. O mar deles, na verdade, era o grande lago da Galileia. Jesus tinha ficado no monte. Tinha se esquivado do povo que o queria proclamar rei, depois da multiplicação dos pães. A travessia estava muito difícil. Escureceu, o vento contrário foi ficando forte e o mar ficou agitado. Já estavam na metade da viagem quando viram aquele vulto andando sobre as águas, vindo na direção deles. Foi um medo só. Jesus de lá gritou: “Sou eu. Tenham medo não”. Puxa, que susto. Eles ficaram esperando que Jesus subisse na barca, mas nem deu tempo. A barca de repente chegou ao destino.
O que essa história está ensinando? Só contando um fato curioso? Certamente que não.  O próprio texto (Jo 6,16-21) já nos dá uma pista de compreensão. A palavra “mar” (ou águas), por exemplo, está repetida quatro vezes. ‘Mar’ é sempre uma representação do mundo a que os discípulos estão enviados como missionários. O ‘mar’ é o  mundo onde se realiza a missão. A palavra “barca” está repetida quatro vezes. Não pode ser por acaso. ‘Barca’, você sabe bem, é uma representação da comunidade, da Igreja. A barca de Pedro é a Igreja, a comunidade dos discípulos. O que é que está acontecendo? Eles estão tentando atravessar o mar e estão encontrando muita dificuldade. O que significa a barca dos discípulos atravessando o mar? É a Igreja realizando a sua missão no mundo, no meio de muitas dificuldades. Note as palavras que aparecem: já estava escuro, os ventos eram contrários, o mar ficou agitado. Que dificuldades encontra a Igreja na realização de sua missão? Nem precisamos fazer uma lista, ou precisamos? O Papa acabou de falar, na Exortação sobre a Santidade, de duas correntes muito fortes que enfraquecem a fé. Ele falou do gnosticismo e do pelagianismo. É, o mar continua revolto. E os ventos, contrários. Noite escura nessa travessia. Olha, como esse texto é atual!
Voltemos ao mar da Galileia. O que aconteceu no meio daquela apreensão toda dos discípulos, coitados, no meio daquela tempestade? Eles viram um vulto andando sobre as águas e vindo na direção deles. Ficaram de cabelo em pé. Mas, reconheceram quem era, quando ele se apresentou. Lembra o que foi que Jesus disse? Vou recordar: “Sou eu. Tenham medo não”. E quem é ele? Claro, é Jesus. Mas, ele disse SOU EU. Disse como Deus, o Pai, tinha dito no Monte Sinai a Moisés. EU SOU. Diga ao Faraó que EU SOU mandou dizer que liberte o meu povo. EU SOU é Deus. Podemos pensar assim: no meio daquele vendaval, daquela tormenta, os discípulos fizeram uma experiência maravilhosa: Jesus é Deus. Ele é EU SOU. Você lembra que muitas vezes ele foi se revelando: Eu sou o pão vivo descido do céu. Eu sou o Bom Pastor. Eu sou a Luz do Mundo. Ele é Deus. É Deus quem domina o mar, é Deus quem acalma a tempestade. Por falar em tempestade, cadê a tempestade? Mal os discípulos se prepararam para Jesus entrar na barca, tinham chegado.
Guardando a mensagem
O mar é o mundo, onde os discípulos levam adiante a missão que Jesus lhes confiou. A barca é a comunidade dos discípulos, a Igreja. De vez em quando, a comunidade se encontra cercada de problemas e dificuldades, no meio de uma verdadeira tempestade. Em momentos como esse, faz uma profunda experiência de Deus. Jesus mesmo vem ao seu encontro. Jesus é o Deus vencedor do pecado, do mal e da morte. É ele quem garante o êxito da missão, ele domina a tempestade.
Soprava um vento forte e o mar estava agitado (Jo 6,18).
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
Minha família também é como uma barca, navegando no mar. De vez em quando, dá cada tempestade! Pensando bem, nunca nos deixaste sozinhos no meio das tormentas. Nós é que somos distraídos. Tu vens ao nosso encontro, mesmo quando partimos sem ti. É quando experimentamos, com emoção, a força de tua proteção, a grandeza do teu amor. Tua presença acalma a tempestade. Muito obrigado, Senhor. Tu és o nosso Deus e Salvador. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
É possível que, hoje, se apresente uma oportunidade para você dizer uma palavra de fé que ajude a acalmar uma tempestade. Se aparecer essa oportunidade, dê seu testemunho sobre Jesus: testemunhe que é ele quem acalma o mar.

Pe João Carlos Ribeiro – 04.05.2019

COMO É BOM O NOSSO PAI!


Senhor, mostra-nos o Pai (Jo 14,8) 


03 de maio de 2019

Foi o pedido do apóstolo Felipe. Jesus tinha avisado que estava indo para o Pai. Nós todos também queremos ir para o Pai: lá é o nosso endereço definitivo, o lugar da plenitude de nossa vida humana divinizada. E como chegar lá? Tomando o caminho certo. E que caminho é esse? É o próprio Jesus. Ele nos disse “eu sou o caminho, a verdade, a vida. Ninguém vai ao Pai, a não ser por mim”. Foi aí que Felipe fez esse pedido: “Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta”. 

De fato, Jesus nos revela o Pai, nos diz quem é ele, como ele nos ama, nos espera, nos perdoa, como o Pai do filho pródigo. Conhecer o Pai é antever o nosso futuro nele, é reconhecer que na comunhão com ele se realizam todos os nossos sonhos de felicidade, de imortalidade, de amor e liberdade. Só em Deus, saciamos por inteiro nossa sede de felicidade e plenitude. Se o encontramos, encontramos a fonte da vida, dele nós viemos. Encontrando-o, caminhamos com mais firmeza ao seu encontro. E o encontro com ele já é aqui e o será pleno e total na eternidade. 

Jesus revelou que o Deus da Aliança é Pai. Não é só o criador. Ele é eternamente Pai em relação a seu Filho único. E o Filho é eternamente filho em sua relação com o Pai. Jesus revelou o Pai. O Pai se revelou em Jesus. Na compaixão de Jesus pelos sofredores e pelos pecadores, vemos o amor do Pai pelos seus filhos. O Pai nos amou com o coração de Jesus. 

Jesus, caminho, verdade e vida, revela o Pai. Jesus está unido a ele, fala com ele diante de nós como um filho carinhoso e amado, ele nos leva ao Pai. Na parábola do filho pródigo, Jesus nos mostrou um pai respeitoso da nossa liberdade, paciente à espera de nossa volta, cheio de compaixão e amor ao correr para nos encontrar e abraçar ainda no caminho, generoso no perdão, festejando nossa volta e tentando convencer o irmão mais santo a nos acolher, mesmo tendo-lhe dado as costas. 

Na oração que Jesus ensinou aos discípulos está uma relação amorosa e filial com Deus. Ele é o nosso Pai, a quem amamos de todo o coração. Ele conhece todas as nossas necessidades, ainda assim nós as apresentamos com toda confiança, já em ação de graças por sua proteção e por sua providência. 

Guardando a mensagem 

O pedido do apóstolo Felipe foi verdadeiro. Conhecer a Deus é tudo o que queremos. Deus é amor. Fomos criados por amor. Salvos por amor. Somos conduzidos pelo amor. Essa experiência de Deus misericordioso, amoroso muda a nossa vida. Jesus esclareceu a Felipe e nos esclarece hoje. Em suas palavras, em suas ações, em sua compaixão pelos sofredores podemos experimentar o Pai que nos fala, que cuida de nós, que nos ama. “Quem me viu, viu o Pai”. 

Senhor, mostra-nos o Pai (Jo 14,8) 

Rezando a palavra 

Pai nosso que estás nos céus, 
santificado seja o Vosso nome. 
Venha a nós o Vosso Reino. 
Seja feita a Vossa vontade, 
assim na terra como no céu. 

O pão nosso de cada dia nos dai hoje. 
Perdoai as nossas ofensas, 
assim como nós perdoamos 
a quem nos tem ofendido. 
E não nos deixeis cair em tentação, 
mas livrai-nos do mal. 
Amém.

Vivendo a palavra 

A boca fala do que o coração está cheio. Então, não faltará oportunidade para você falar com alguém sobre o nosso Deus e Pai. 

Pe. João Carlos Ribeiro – 03.05.2019

A EVANGELIZAÇÃO NOS COBRA UMA RESPOSTA

Aquele que acredita no Filho possui a vida eterna (Jo 3, 36).
02 de maio de 2019.
A religião cristã anuncia Jesus Cristo, filho de Deus, que assumindo nossa humanidade, por sua morte e ressurreição, nos trouxe a paz, a reconciliação com Deus e com os irmãos, pelo perdão dos nossos pecados. Mas, você é livre de aceitar ou não o dom da salvação. Deus nos criou livres, capazes de escolha. Há quem escolha permanecer no pecado. E até opor resistência e perseguir quem espalha essa boa notícia.
De fato, a pregação do evangelho sempre encontrou muita resistência. É por isso que existem os mártires, os que sendo perseguidos, ficaram fiéis à sua fé até o fim. Aliás, o próprio Cristo foi incompreendido, perseguido e morto. O anúncio da ressurreição de Jesus foi motivo de grande alegria para os seus discípulos e seguidores que se viram frustrados, acusados e humilhados por seu julgamento e por sua execução pública. Por outro lado, esse mesmo anúncio da ressurreição foi uma acusação fortíssima à má conduta das lideranças do povo de Deus e de todos os que se deixaram manipular por elas ou se opuseram a Jesus.
Em Jerusalém, depois da ressurreição, os apóstolos foram presos e proibidos de ensinar em nome de Jesus. Foram julgados no Sinédrio, como Jesus. Claro, os chefes compreenderam que o anúncio da ressurreição era uma acusação contra eles. Disseram aos apóstolos detidos: “além de desobedecerem às nossas ordens de não pregar em nome desse homem, vocês querem nos tornar responsáveis pela morte dele”. O testemunho dos apóstolos foi forte também naquela ocasião: “É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens. O Deus de nossos pais ressuscitou Jesus, a quem os senhores mataram, pregando-o numa cruz”.
O fato é que frente à pregação do evangelho, não se pode ficar neutro. A pregação pede uma decisão: a conversão ou a rejeição. Crer em Jesus ou rejeitá-lo. No texto do evangelho de hoje, Jesus reclama de quem não acolhe o seu testemunho. Ele vem do alto, vem do céu, ele é o enviado de Deus. Deus lhe deu a plenitude do Espírito Santo. E ele dá testemunho do que viu e ouviu.  Quem aceita o seu testemunho, quem acredita no Filho possui a vida eterna. Toma posse, então, do perdão dos seus pecados e entra na dinâmica da graça e da comunhão com Deus. Mas, há quem o rejeite. Como explicou Jesus, aquele que o rejeita não verá a vida, pois a ira de Deus permanece sobre ele, isto é ele permanece na condenação que já tinha com o pecado.
Guardando a mensagem
O mundo já está na divisão, por causa do pecado. O que divide não é Jesus ou o seu evangelho. O pecado é que afasta o homem de Deus e nos põe uns contra os outros, porque fomenta a desunião, a inveja, a desigualdade, a injustiça. O testemunho sobre Jesus crucificado por nossos pecados e ressuscitado para nossa salvação é uma notícia maravilhosa para o pecador (que aceita a conversão, que põe sua fé em Cristo). Mas, também pode ser ocasião de rejeição para quem não quer sair do seu pecado e, assim, dispensa a extraordinária graça da reconciliação e da eterna felicidade que ele alcançou para nós.
Aquele que acredita no Filho possui a vida eterna (Jo 3, 36).
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
A evangelização nos põe diante de uma decisão. Não é uma ilustração para o nosso simples deleite. Põe-nos diante de uma decisão com repercussões no nosso futuro. A evangelização nos apresenta a tua pessoa. Tu és o enviado de Deus e, ao mesmo tempo, a sua mensagem dirigida a nós.
Dá-nos a graça, Senhor, de sermos prontos e generosos na acolhida da Palavra que nos liberta, da verdade de Deus que nos comunicas. E que, como teus discípulos, encontremos a vida plena e verdadeira, realização das promessas do Pai e participação na tua herança de Filho unigênito.
Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
No seu caderno espiritual, transcreva este versículo, como está na sua Bíblia: João 3, 36.

Pe. João Carlos Ribeiro – 02.05.2019

MEU PAI ERA CARPINTEIRO

Não é ele o filho do carpinteiro? (Mt 13, 55)

01 de maio de 2019.
Jesus estava na sinagoga de sua terra, Nazaré. A sua pregação não foi bem acolhida. Murmuravam, estranhando a sabedoria que ele demonstrava e a fama dos seus milagres. Não lhe deram valor. Jesus disse: “Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!”
Isso que Jesus falou "nenhum profeta é bem recebido em sua pátria" foi uma afirmação, uma reclamação ou uma lamentação? Seus conterrâneos de Nazaré não quiseram lhe dar crédito. Ele estava explicando que as palavras do livro santo estavam se cumprindo naquela ocasião, em sua missão. Começaram a murmurar, achando que Jesus estava indo longe demais. Todos o conheciam, era o filho do carpinteiro. Seus parentes eram todos conhecidos naquela vila de Nazaré. De onde lhe viria tanta sabedoria? E chegaram a expulsá-lo da sinagoga e da Vila.  A acolhida fria, desconfiada e violenta dos seus conterrâneos dava razão ao ditado "nenhum profeta é bem recebido em sua pátria ". Foi uma lamentação o que Jesus disse, não foi uma afirmação. Não é que tem que ser assim. Infelizmente, é assim que acontece.
"Santo de casa não faz milagres" é o ditado que ainda corre o mundo. Mas isto não quer dizer que seja uma coisa correta. Por que é que nós não damos valor à prata da casa? Por que vemos com desconfiança alguém que nós conhecemos que ascendeu na vida, que se tornou um profissional renomado ou assumiu uma posição de liderança em nossa vizinhança? Na verdade, quando desqualificamos alguém do nosso grupo, estamos desqualificando a nós mesmos. Não acredito no outro porque não acredito em mim.   Aquele discípulo de Jesus, Natanael, quando ouviu falar de Jesus fez um comentário preconceituoso que representava boa parte da opinião corrente: "Por acaso de Nazaré pode sair alguma coisa boa?". Olha o preconceito! Será que os conterrâneos de Jesus tinham introjetado esse preconceito contra eles mesmos? Ou será que trancaram o coração e a razão por pura inveja? Ou quem sabe agiram como nós continuamos agindo porque não nos valorizamos, não damos valor ao que é da terra, considerando que o melhor é sempre o de fora, o do outro grupo, o da outra rua.  Com certeza, foi tudo isso junto e muito mais.
Vamos guardar a mensagem
Jesus, pregando na Sinagoga de Nazaré, sentiu fortemente o descrédito dos seus conterrâneos, dos seus amigos de infância, dos seus parentes. Refletiu que isso repetia a história deles mesmos: a desvalorização das pessoas de sua convivência, movidos, quem sabe, pelo preconceito, pela inveja ou pela alienação de seu próprio valor. Nessa lógica humana, mesquinha, alienada, Jesus para ser o salvador enviado por Deus devia ter chegado de fora, com toda pompa e poder, quem sabe arrodeado por um exército luminoso de anjos, sei lá... Que viesse de fora, de outro país, ou pelo menos de Jerusalém, da capital ou fosse membro das elites de Israel. Mas essa não foi a lógica de Deus e não foi assim que Jesus realizou sua missão. São João foi claro: "O verbo se fez carne". Ele abaixou-se, assumiu a nossa fraqueza. Encarnou-se na periferia do mundo, identificou-se com os humildes e nos resgatou desde lá de baixo. Essa é a lógica de Deus. É nessa lógica que podemos reconhecer Jesus e crescer em direção à plenitude. Acreditar em nós mesmos. Valorizar as possibilidades de nossa própria condição. Apostar que santo de casa é que faz milagre.
Não é ele o filho do carpinteiro? (Mt 13, 55)
Vamos acolher a mensagem
Senhor Jesus,
Na sinagoga de Nazaré, vê-se claramente como o preconceito produz exclusão e violência. Os teus conterrâneos de Nazaré te expulsaram da cidade. E alguns mais exaltados queriam te empurrar no precipício. Verdade, o preconceito produz violência. Ao desclassificar uma pessoa (por razão de cor, de religião, de opção sexual, de classe social,...), deixamos de reconhecer a sua dignidade e ela torna-se alvo fácil do ódio, da discriminação, da violência física. Fortalece, Senhor, com a força do teu Santo Espírito, o nosso caminho de conversão para agirmos sempre com verdadeiro acolhimento das pessoas, com grande respeito à sua dignidade e à sua liberdade. Teu pai aqui na terra era um carpinteiro, um trabalhador. Tinhas orgulho dele, quando as pessoas te reconheciam como ‘filho do carpinteiro’. Abençoa, Senhor, todo o povo trabalhador que hoje celebra o seu dia. Conforta com a tua bênção os desempregados, tão numerosos e os aposentados também. Sustenta-nos, com o teu Espírito, no caminho da fraternidade e da justiça. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vamos viver a Palavra
Eu queria fazer um desafio a você que me acompanha diariamente na Meditação: Neste mês de maio, rezar o terço todo dia. Rezar o terço é meditar o evangelho: é rezar a vida de Jesus, ao lado de Maria. Você topa o desafio? Neste mês de maio, rezar o terço todo dia. O dia de começar é hoje, primeiro de maio, abertura do mês mariano. Tomara que você tope!

Pe. João Carlos Ribeiro – 01.05.2019

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