02 de novembro de 2025.
Comemoração de todos os fiéis falecidos
Lc 12,35-40
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrir, imediatamente, a porta, logo que ele chegar e bater. Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade eu vos digo: Ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá. E caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão, se assim os encontrar! Mas ficai certos: se o dono da casa soubesse a hora em que o ladrão iria chegar, não deixaria que arrombasse a sua casa. Vós também, ficai preparados! Porque o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes".
Meditação
Que os seus rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas (Lc 12, 35)
Neste ano, a comemoração de todos os fiéis falecidos cai no domingo. O domingo é, por excelência, o dia do Senhor, o dia de sua ressurreição. No primeiro dia da semana, o seu túmulo foi encontrado vazio. Ele venceu também a morte. E comemoramos “todos” os fiéis que já partiram. Não se trata de rezar apenas pelos nossos entes queridos que se foram, mas também sufragar ‘todos’ os fiéis falecidos. Fiéis são os que são de Cristo, os que creram nele e foram batizados.
Você perdeu um ente querido, recentemente? Sim? Dê uma pancadinha com a mão. Neste Dia de Finados, você tem saudade de alguém em especial que já se foi? Sim? Dê duas pancadinhas com a mão. Kkk Não se preocupe, não é nada de especial, é só para chamar sua atenção.
Com o evangelho de hoje nas mãos, eu tenho três coisas para lhe dizer.
Primeira: Continuamos unidos com quem já partiu.
Eles continuam a fazer parte de nossa história. Nossos avós, nossos pais estão presentes no nosso DNA, em nossos traços físicos, até na propensão que possamos ter a alguns tipos de doença. Eles continuam presentes em nossas lembranças, em nossas álbuns de fotos, em nossas histórias de família.
Nós cremos na comunhão dos santos. Todos os que crêem em Cristo, estamos unidos nele: nós que peregrinamos nesta terra, os falecidos que estão em processo de purificação (no purgatório) e os fiéis que já estão na glória de Deus (no céu). Rezamos uns pelos outros, podemos interceder por quem já partiu e os que estão do outro lado da vida podem interceder por nós, mesmo os que estão no purgatório. Mesmo não podendo interferir em nossas vidas, eles podem interceder por nós, junto a Deus. Na fé, continuamos unidos com quem já partiu. É a primeira coisa que tinha pra lhe dizer.
Vamos à segunda. Em Cristo, nós já vencemos a morte.
Jesus, o filho de Deus, por amor a nós, encarnou-se no seio da Virgem Maria, fez-se humano. Viveu a nossa vida e morreu, vítima da maldade dos homens. Deus o Pai o entregou em perdão dos nossos pecados. Por sua morte, ele nos reconciliou com Deus, integrando-nos na nova e eterna aliança com nosso Deus e criador. Ao terceiro dia, ele ressuscitou glorioso, vencedor também da morte.
Quando nos batizamos, celebrando a nossa fé em Cristo, nós nos unimos a ele em sua morte e em sua ressurreição. Nas águas do batismo, morremos com ele ao pecado. E com ele, ressurgimos para uma vida nova.
A morte já não nos assusta, ela já foi vencida. A morte é agora apenas o fim de nossa vida humana material, libertando-nos para a vida total em Deus. Na ressurreição do último dia, teremos o nosso corpo glorificado, como o de Cristo.
Em Cristo, nós vencemos a morte. É a segunda coisa que eu precisava lhe dizer, neste dia de finados.
Mas, tenho uma terceira coisa para comunicar. Precisamos viver bem para morrer bem.
Viver bem, para nós, é viver em Cristo. O sentido de nossa luta por aqui, o nosso trabalho, nossas preocupações... o sentido de tudo isso é viver com dignidade. Mas, não levamos nada do que acumulamos materialmente, de nada vão servir títulos e honrarias... Toda a vaidade de nossa vida se apaga na nossa morte. O importante é viver com Cristo: tê-lo no coração, tê-lo como orientador dos nossos passos, servi-lo no próximo necessitado, viver em comunhão com ele.
Aqui entra o evangelho de hoje: “rins cingidos e lâmpadas acesas”. Isso quer dizer: vigilância, atenção, compromisso. O povo antigo usava túnicas longas. Assim, quando ia trabalhar, caminhar, fazer alguma coisa amarrava um cordão na cintura, na altura dos rins, para ajustar a altura da túnica. ‘Rins cingidos’, isto é, de cinta amarrada, quer dizer pronto para a luta, o trabalho, a viagem. O contrário é relaxar para o descanso, para dormir, para festejar. ‘Lâmpadas acesas’ quer dizer manter a luz da lamparina acesa, de prontidão, aguardando a volta do seu Senhor. A luz é a fé, alimentada pelo azeite da oração, das boas obras e defendida dos ventos ruins que possam apagá-la.
Precisamos viver bem, para morrer bem. É o terceiro recado.
Guardando a mensagem
Um dia especial este domingo, para a comemoração de todos os fiéis falecidos. Com o evangelho na mão, três considerações para este dia: 1. Continuamos unidos com que já partiu. Eles fazem parte de nossa história. Cremos na comunhão dos santos. 2. Com Cristo, nós já vencemos a morte. Pelo batismo, morremos para o pecado e renascemos na graça. Se morremos com Cristo, com ele viveremos (Rm 6, 8) . 3. Precisamos viver bem para morrer bem. De rins cingidos, isto é, vigilantes, operosos, comprometidos. De lâmpadas acesas, isto é, iluminados pela fé em Cristo, uma fé sustentada pela oração, pelas boas obras, pela atenção à sua palavra.
Que os seus rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas (Lc 12, 35)
Um dia especial este domingo, para a comemoração de todos os fiéis falecidos. Com o evangelho na mão, três considerações para este dia: 1. Continuamos unidos com que já partiu. Eles fazem parte de nossa história. Cremos na comunhão dos santos. 2. Com Cristo, nós já vencemos a morte. Pelo batismo, morremos para o pecado e renascemos na graça. Se morremos com Cristo, com ele viveremos (Rm 6, 8) . 3. Precisamos viver bem para morrer bem. De rins cingidos, isto é, vigilantes, operosos, comprometidos. De lâmpadas acesas, isto é, iluminados pela fé em Cristo, uma fé sustentada pela oração, pelas boas obras, pela atenção à sua palavra.
Que os seus rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas (Lc 12, 35)
Rezando a Palavra
Senhor Jesus, neste dia de finados, comemoração de todos os féis falecidos, venho te louvar pela vida exemplar e muitas vezes heróica de muitos dos meus parentes e amigos que já estão contigo. Com certeza, muitos deles precisam de minhas orações, do oferecimento da Santa Missa, de boas obras feitas em seu favor. Abre, Senhor, o tesouro de orações e preces de tua Igreja em favor da remissão das penas temporais dos teus fiéis que ainda não estejam no paraíso. E concede a nós que peregrinamos por aqui, que transformemos a saudade que hoje sentimos em estímulo para viver bem, na comunhão contigo e com tua Igreja, de rins cingidos e lâmpadas acesas, comprometidos e vigilantes. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
O que você pode fazer pelos seus falecidos: guardar a sua memória, visitar seus túmulos, rezar por eles, aplicar a eles as indulgências do Ano Santo e, acima de tudo, oferecer por eles o sacrifício redentor de Cristo celebrado na Santa Missa.
Comunicando
É possível que alguém de sua família ou do seu conhecimento esteja precisando de uma palavra sobre este dia de finados. Que tal compartilhar essa meditação com ele ou com ela?









