PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: finados
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Descanso eterno, dai-lhes, Senhor.


   02 de novembro de 2023.   

Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos


   Evangelho.   

Lc 12,35-40

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 35Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. 36Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrirem, imediatamente, a porta, logo que ele chegar e bater. 37Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade eu vos digo: Ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá. 38E caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão, se assim os encontrar. 39Mas ficai certos: se o dono da casa soubesse a hora em que o ladrão iria chegar, não deixaria que arrombasse a sua casa. 40Vós também, ficai preparados! Porque o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes”.


   Meditação.  


Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar (Lc 12,37)

Você lembra da cara dos seus pais quando voltaram de uma viagem e encontraram a casa toda arrumadinha!! Puxa, eles ficaram muito contentes. E elogiaram sua responsabilidade, seu compromisso, seu esforço em fazer tudo bem feito. Esse é o tema do evangelho de hoje, na comemoração de todos os fiéis falecidos.

O tema é o da vigilância. Este tema é desenvolvido nos evangelhos, com diversas histórias e comparações. Recebemos uma tarefa e vamos prestar contas dela a qualquer momento. Precisamos estar atentos e vigilantes. Nada de dormir no ponto.

O empregado está esperando a volta do seu patrão, que foi a uma festa de casamento e volta a qualquer momento. É necessário que esteja acordado na hora em que o patrão voltar, para abrir a porta para ele, assim que bater. O patrão, de tão satisfeito, é quem vai por a mesa para o seu empregado.

Nessa alegoria, o senhor é o próprio Jesus. Ele viajou (é a ascensão ao céu), mas, vai voltar e ninguém sabe a hora certa em que vai chegar (é a sua nova vinda). O empregado sou eu, é você. Ficamos na responsabilidade de cuidar de sua casa, de sua família. A casa pode ser minha família (que não é minha), a minha comunidade (que não é minha), a organização a que pertenço. Nós não somos os donos, somos os empregados. Vamos prestar contas. Vamos ser avaliados. E a hora de sua chegada pode ser a qualquer momento, ele vem sem programação. Mas, vai ficar muito feliz se encontrar tudo em ordem. Vai cear com o seu empregado, contar as novidades de sua viagem, mostrar sua gratidão e sua confiança nele.

É certo que ele vem. E vem, definitivamente, no final dos tempos. Mas, de verdade, vem sempre. Vem numa grande oportunidade. Se não estamos preparados, perdemos (uma promoção, um concurso, um casamento, uma porta de realização, um salto em nossa vida espiritual). É, ele sempre vem. Se não vem, manda chamar a gente. É a morte. Essa é a hora da avaliação de nossa vida. Aprovados, iremos para o banquete eterno que ele mesmo nos servirá. Se não manda chamar, manda um aviso. É a doença. A doença me diz: você não está aqui pra sempre, você é frágil; você recebeu uma tarefa: valorize mais os meios que lhe foram dados para realizar a sua missão: a saúde, as pessoas que lhe querem bem, as qualidades, as capacidades que Deus lhe deu.



Guardando a mensagem

Jesus contou várias histórias ou alegorias para enfatizar a necessidade de estarmos vigilantes, no período de sua ausência física. Ele nos deixou responsáveis por sua missão, por sua casa, pelo bem do seu povo. Nós não sabemos quando ele voltará. E como ele não tem hora pra chegar, há sempre a tentação de a gente relaxar na execução das tarefas ou de abandonar o nosso posto de responsáveis. Ele chega a qualquer hora. Precisamos estar atentos, vigilantes, ativos. De prontidão. A alegria dele é, na hora em que chegar, ele nos encontrar acordados, à sua espera.

Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar (Lc 12 ,37)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
disseste “que os seus rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas”. Rins cingidos é estar com o cinto afivelado, em posição de quem está pronto para sair ou realizar uma tarefa. Lâmpadas acesas é também o sinal de vigilância, de se estar desperto, de olho no que está acontecendo. Estás nos orientando, Senhor, a assumir uma postura de fidelidade e vigilância, na tensão de tua vinda a qualquer momento. Nós queremos esperar a tua volta, de maneira ativa, comprometida, operante. Queremos ver a tua expressão de satisfação, na tua volta, aos nos encontrares acordados, vigilantes. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Sendo hoje o Dia de Finados, um dia de oração pelos fiéis que já partiram desta vida, reze o Salmo 22 na intenção dos seus parentes falecidos. É o salmo que diz "O Senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma". Reze o salmo em sua Bíblia ou, se você recebe a Meditação por um aplicativo, ele está no final do texto da Meditação. É só seguir o link.

Sl 22(23)

R. O Senhor é o pastor que me conduz,
não me falta coisa alguma.

O Senhor é o pastor que me conduz; *
não me falta coisa alguma.
Pelos prados e campinas verdejantes *
ele me leva a descansar. R.

Para as águas repousantes me encaminha, *
e restaura as minhas forças.
Ele me guia no caminho mais seguro, *
pela honra do seu nome. R.

Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, *
nenhum mal eu temerei.
Estais comigo com bastão e com cajado, *
eles me dão a segurança! R.

Preparais à minha frente uma mesa, *
bem à vista do inimigo;
com óleo vós ungis minha cabeça, *
e o meu cálice transborda. R.

Felicidade e todo bem hão de seguir-me, *
por toda a minha vida;
e, na casa do Senhor, habitarei *
pelos tempos infinitos. R.

Comunicando

Acompanhe, hoje, a Santa Missa pelos falecidos, às 11 horas, transmitida pela Rádio Amanhecer e pelo Canal do Youtube. Deixe a sua intenção no formulário ou nos mande pelo whatsapp 81 3224-9284.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

O Senhor é o pastor que me conduz



02 de novembro de 2022

Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos


EVANGELHO



Lc 12,35-40

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 35Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. 36Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrirem, imediatamente, a porta, logo que ele chegar e bater. 37Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade eu vos digo: Ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá. 38E caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão, se assim os encontrar. 39Mas ficai certos: se o dono da casa soubesse a hora em que o ladrão iria chegar, não deixaria que arrombasse a sua casa. 40Vós também, ficai preparados! Porque o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes”.


MEDITAÇÃO


Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar (Lc 12,37)

Você lembra da cara dos seus pais quando voltaram de uma viagem e encontraram a casa toda arrumadinha!! Puxa, eles ficaram muito contentes. E elogiaram sua responsabilidade, seu compromisso, seu esforço em fazer tudo bem feito. Esse é o tema do evangelho de hoje, na comemoração de todos os fiéis falecidos.

O tema é o da vigilância. Este tema é desenvolvido nos evangelhos, com diversas histórias e comparações. Recebemos uma tarefa e vamos prestar contas dela a qualquer momento. Precisamos estar atentos e vigilantes. Nada de dormir no ponto.

O empregado está esperando a volta do seu patrão, que foi a uma festa de casamento e volta a qualquer momento. É necessário que esteja acordado na hora em que o patrão voltar, para abrir a porta para ele, assim que bater. O patrão, de tão satisfeito, é quem vai por a mesa para o seu empregado.

Nessa alegoria, o senhor é o próprio Jesus. Ele viajou (é a ascensão ao céu), mas, vai voltar e ninguém sabe a hora certa em que vai chegar (é a sua nova vinda). O empregado sou eu, é você. Ficamos na responsabilidade de cuidar de sua casa, de sua família. A casa pode ser minha família (que não é minha), a minha comunidade (que não é minha), a organização a que pertenço. Nós não somos os donos, somos os empregados. Vamos prestar contas. Vamos ser avaliados. E a hora de sua chegada pode ser a qualquer momento, ele vem sem programação. Mas, vai ficar muito feliz se encontrar tudo em ordem. Vai cear com o seu empregado, contar as novidades de sua viagem, mostrar sua gratidão e sua confiança nele.

É certo que ele vem. E vem, definitivamente, no final dos tempos. Mas, de verdade, vem sempre. Vem numa grande oportunidade. Se não estamos preparados, perdemos (uma promoção, um concurso, um casamento, uma porta de realização, um salto em nossa vida espiritual). É, ele sempre vem. Se não vem, manda chamar a gente. É a morte. Essa é a hora da avaliação de nossa vida. Aprovados, iremos para o banquete eterno que ele mesmo nos servirá. Se não manda chamar, manda um aviso. É a doença. A doença me diz: você não está aqui pra sempre, você é frágil; você recebeu uma tarefa: valorize mais os meios que lhe foram dados para realizar a sua missão: a saúde, as pessoas que lhe querem bem, as qualidades, as capacidades que Deus lhe deu.


Guardando a mensagem

Jesus contou várias histórias ou alegorias para enfatizar a necessidade de estarmos vigilantes, no período de sua ausência física. Ele nos deixou responsáveis por sua missão, por sua casa, pelo bem do seu povo. Nós não sabemos quando ele voltará. E como ele não tem hora pra chegar, há sempre a tentação de a gente relaxar na execução das tarefas ou de abandonar o nosso posto de responsáveis. Ele chega a qualquer hora. Precisamos estar atentos, vigilantes, ativos. De prontidão. A alegria dele é, na hora em que chegar, ele nos encontrar acordados, à sua espera.

Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar (Lc 12 ,37)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
disseste “que os seus rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas”. Rins cingidos é estar com o cinto afivelado, em posição de quem está pronto para sair ou realizar uma tarefa. Lâmpadas acesas é também o sinal de vigilância, de se estar desperto, de olho no que está acontecendo. Estás nos orientando, Senhor, a assumir uma postura de fidelidade e vigilância, na tensão de tua vinda a qualquer momento. Nós queremos esperar a tua volta, de maneira ativa, comprometida, operante. Queremos ver a tua expressão de satisfação, na tua volta, aos nos encontrares acordados, vigilantes. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Sendo hoje o Dia de Finados, um dia de oração pelos fiéis que já partiram desta vida, reze o Salmo 22 na intenção dos seus parentes falecidos. É o salmo que diz "O Senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma". Reze o salmo em sua Bíblia ou, se você recebe a Meditação por um aplicativo, ele está no final do texto da Meditação. É só seguir o link.

Sl 22(23)

R. O Senhor é o pastor que me conduz,
não me falta coisa alguma.

O Senhor é o pastor que me conduz; *
não me falta coisa alguma.
Pelos prados e campinas verdejantes *
ele me leva a descansar. R.

Para as águas repousantes me encaminha, *
e restaura as minhas forças.
Ele me guia no caminho mais seguro, *
pela honra do seu nome. R.

Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, *
nenhum mal eu temerei.
Estais comigo com bastão e com cajado, *
eles me dão a segurança! R.

Preparais à minha frente uma mesa, *
bem à vista do inimigo;
com óleo vós ungis minha cabeça, *
e o meu cálice transborda. R.

Felicidade e todo bem hão de seguir-me, *
por toda a minha vida;
e, na casa do Senhor, habitarei *
pelos tempos infinitos. R.

Comunicando

Amanhã (quinta-feira), celebro a Santa Missa às 18 horas, na Igreja Paroquial dos Salesianos em Lisboa, Portugal. O endereço está no final do texto da Meditação. Quem não puder estar presente, pode enviar o seu pedido de oração pelo whatsapp 55 81 3224-9284.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb




SANTA MISSA EM LISBOA, COM PADRE JOÃO CARLOS

03 de novembro, quinta-feira, 18 horas

Paróquia de Nossa Senhora dos Prazeres | Igreja de Nossa Senhora Auxiliadora

Praça de S. João Bosco, 34, 1399-007 Lisboa - Portugal.

Tel. Cartório: 210 900 541
paroquia.nsprazeres@salesianos.pt

OS FIÉIS FALECIDOS


02 de novembro de 2020

EVANGELHO

Jo 6,37-40


Naquele tempo, disse Jesus às multidões: 37“Todos os que o Pai me confia virão a mim, e quando vierem, não os afastarei. 38Pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. 39E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. 40Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia”.


MEDITAÇÃO

E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia (Jo 6, 39)

Jesus disse ao povo que o Pai tinha lhe confiado muita gente. E que ele tinha vindo exatamente para fazer a vontade do Pai que o enviou. Ele descreveu a vontade do Pai de três formas: que ele, o Filho, não perca nenhum dos que o Pai lhe deu; que aquele que crê no Filho receba a vida eterna; e que o Filho o ressuscite no último dia.
Esse evangelho vem mesmo a propósito deste dia de finados que estamos celebrando, pois nos recorda verdades maravilhosas. O Pai enviou Jesus com uma tarefa precisa: cuidar de nós, dar-nos a vida eterna e ressuscitar-nos no último dia. “O Pai não quer que eu perca nenhum daqueles que ele me deu”, disse Jesus.
Nós existimos porque Deus pensou em nós, nos chamou à existência. Nossa vida tem um propósito. Não nascemos por acaso. E foi o Pai que nos aproximou de Jesus, seu Filho. O Pai nos confiou a Jesus. É nele que encontramos o modelo acabado do ser humano, em sintonia perfeita com o Pai e em comunhão solidária com seus irmãos de humanidade. E não só nos deu Jesus como modelo-caminho-exemplo, mas no-lo deu também como guia de nossa humanidade. Pela ressurreição, Jesus tornou-se o nosso líder, o nosso mestre. Pedro, no dia de Pentecostes, disse à multidão: “Deus constituiu Senhor e Cristo a este Jesus que vocês crucificaram”.
Não estamos sozinhos neste mundo. Não estamos abandonados aos nossos próprios limites biológicos ou sociais. Deus nos deu um pastor, para nos acompanhar, para cuidar de nós. Ele vai buscar a ovelha perdida e trazê-la de volta ao redil, carregando-a nos ombros. Ele nos defende do lobo voraz, pondo em risco a própria vida. Ele dá a vida por suas ovelhas.
Em nossa breve vida humana, acolhamos este pastor a quem o Pai nos confiou e o reconheçamos como nosso modelo e guia, como Senhor e Cristo. É a nossa resposta de fé e de obediência.
Guardando a mensagem
Deus nos aproximou de Cristo. Ele cuida de nós, com muito carinho, pois essa é a vontade do Pai. Ele é para nós o exemplo perfeito de ser humano na sua relação transversal com Deus, seu Pai e na relação horizontal com seus irmãos e irmãs de humanidade. Jesus nos reconciliou com o Pai, abrindo o caminho para nossa participação na herança da vida eterna e garantindo a nossa ressurreição. Além de caminho, Deus nos deu em Jesus um líder, um mestre. Viver bem é crer nele, amá-lo e segui-lo. Deus o constituiu Senhor e Cristo.
E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia (Jo 6, 39)
Rezando a palavra
Senhor Jesus, nós te recomendamos hoje os nossos falecidos. Tu que és o bom pastor de nossas almas, ilumina-os com a luz de tua misericórdia. Que, em ti, eles encontrem a ressurreição e a vida. Particularmente, te entregamos cada um dos nossos entes queridos que já partiram desta vida (lembre agora o nome de alguns deles).  Reúne-os todos em tua santa Casa, na paz dos justos e na alegria dos eleitos. E a nós, Senhor, que caminhamos nesta terra, tu que és nosso Mestre e Senhor, conduze-nos com a luz de tua Palavra e o zelo dos pastores que colocaste à frente do teu rebanho. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Hoje, ao rezar pelo descanso eterno dos seus parentes falecidos, peça também que Jesus seja o pastor a conduzir sua vida.
Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

FINADOS: UM DIA DE SAUDADE E ORAÇÃO

E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia (Jo 6, 39)
02 de novembro de 2018.
Jesus disse ao povo que o Pai tinha lhe confiado muita gente. E que ele tinha vindo exatamente para fazer a vontade do Pai que o enviou. Ele descreveu a vontade do Pai de três formas: que ele, o Filho, não perca nenhum dos que o Pai lhe deu; que aquele que crê no Filho receba a vida eterna; e que o Filho o ressuscite no último dia.
Esse evangelho vem mesmo a propósito deste dia de finados que estamos celebrando, pois nos recorda verdades maravilhosas. O Pai enviou Jesus com uma tarefa precisa: cuidar de nós, dar-nos a vida eterna e ressuscitar-nos no último dia. “O Pai não quer que eu perca nenhum daqueles que ele me deu”, disse Jesus.
Nós existimos porque Deus pensou em nós, nos chamou à existência. Nossa vida tem um propósito. Não nascemos por acaso. E foi o Pai que nos aproximou de Jesus, seu Filho. O Pai nos confiou a Jesus. É nele que encontramos o modelo acabado do ser humano, em sintonia perfeita com o Pai e em comunhão solidária com seus irmãos de humanidade. E não só nos deu Jesus como modelo-caminho-exemplo, mas no-lo deu também como guia de nossa humanidade. Pela ressurreição, Jesus tornou-se o nosso líder, o nosso mestre. Pedro, no dia de Pentecostes, disse à multidão: “Deus constituiu Senhor e Cristo a este Jesus que vocês crucificaram”.
Não estamos sozinhos neste mundo. Não estamos abandonados aos nossos próprios limites biológicos ou sociais. Deus nos deu um pastor, para nos acompanhar, para cuidar de nós. Ele vai buscar a ovelha perdida e trazê-la de volta ao redil, carregando-a nos ombros. Ele nos defende do lobo voraz, pondo em risco a própria vida. Ele dá a vida por suas ovelhas.
Em nossa breve vida humana, acolhamos este pastor a quem o Pai nos confiou e o reconheçamos como nosso modelo e guia, como Senhor e Cristo. É a nossa resposta de fé e de obediência.
Guardando a mensagem
Deus nos aproximou de Cristo. Ele cuida de nós, com muito carinho, pois essa é a vontade do Pai. Ele é para nós o exemplo perfeito de ser humano na sua relação transversal com Deus, seu Pai e na relação horizontal com seus irmãos e irmãs de humanidade. Jesus nos reconciliou com o Pai, abrindo o caminho para nossa participação na herança da vida eterna e garantindo a nossa ressurreição. Além de caminho, Deus nos deu em Jesus um líder, um mestre. Viver bem é crer nele, amá-lo e segui-lo. Deus o constituiu Senhor e Cristo.
E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia (Jo 6, 39)
Rezando a palavra
Senhor Jesus, nós te recomendamos hoje os nossos falecidos. Tu que és o bom pastor de nossas almas, ilumina-os com a luz de tua misericórdia. Que, em ti, eles encontrem a ressurreição e a vida. Particularmente, te entregamos cada um dos nossos entes queridos que já partiram desta vida (lembre agora o nome de alguns deles).  Reúne-os todos em tua santa Casa, na paz dos justos e na alegria dos eleitos. E a nós, Senhor, que caminhamos nesta terra, tu que és nosso Mestre e Senhor, conduze-nos com a luz de tua Palavra e o zelo dos pastores que colocaste à frente do teu rebanho. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Hoje, ao rezar pelo descanso eterno dos seus parentes falecidos, peça também que Jesus seja o pastor a lhe conduzir nesta vida.

Pe. João Carlos Ribeiro – 02.11.2018

Quem quer saber de morte?

Quem quer saber da morte? Ninguém. Ela é representada como uma velha com uma foice afiada vagando pelo mundo, rondando os seres humanos, para ceifá-los como trigo. Ninguém quer morrer, e, no entanto, todos vamos morrer. Temos horror à morte e nos desesperamos inconsoláveis quando perdemos um ente querido. Se a morte é uma certeza, não seria melhor nos reconciliarmos logo com ela, melhorarmos nossa relação com ela?

Nossa cultura não lida bem com a morte. Esconde-a. Morre-se, hoje, na UTI, sem assistência dos entes queridos, sem o afeto da família. A morte virou um grande negócio nos hospitais. Arrasta-se a vida quase vegetativa até não mais se poder.  Nossa cultura banalizou a morte. São tantas as mortes no trânsito e na violência urbana, que não passam de números e estatísticas frias. Nas guerras, nas catástrofes impressionam mais os estragos físicos do que a morte de seres humanos. Nossa cultura mente, adiando indefinidamente a morte. “Você vai ficar bom, não há de ser nada”, se diz a um moribundo, perdendo-se a chance de ajuda-lo a enfrentar seus últimos momentos com o conforto da fé.

A morte é um evento natural líquido e certo na vida de cada um. Como cristãos, podemos ter uma relação mais harmoniosa com a morte. Precisamos fazer as pazes com a morte. Segundo o Novo Testamento, o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor". É o que está escrito na Carta aos Romanos (Rm 6,23). A morte foi vencida pela ressurreição de Cristo, já não pode mais nos assustar. Fomos sepultados com ele, pelo batismo, na sua morte. Agora, já participamos de sua vitória, de sua ressurreição. Assim, a morte já não tem mais poder. Ela foi vencida pela ressurreição de Cristo. Nosso caminho é o da vida, mesmo passando pela morte.

São Francisco de Assis fez as pazes com a morte. Tomou-a por irmã. Integrou-a no rol de todos os eventos de sua vida humana, a um tempo frágil e destinada à vida eterna.  São Francisco preparou o momento de sua morte. Convocou os seus confrades para entoarem o cântico das criaturas, onde um verso dizia: "Louvado sejas, meu Senhor, por nossa Irmã, a morte corporal, da qual homem algum pode escapar!". Fez as pazes com a morte.  Santo Agostinho, também ele reconciliado com a morte, deixou escrito: "A morte não é nada.  Eu somente passei para o outro lado do Caminho. Porque eu estaria fora  de seus pensamentos, agora que estou apenas fora de suas vistas?”

A morte não é o fim. É a porta para a vida definitiva. Pois "é morrendo que se vive para a Vida Eterna", como cantamos na Oração de São Francisco. Precisamos urgentemente nos reconciliar com a morte. Para viver melhor.


Pe. João Carlos Ribeiro

Faça as pazes com a morte

Não era para o cristão ter medo de morrer, não era mesmo. Toda a vida cristã está marcada pela dinâmica da morte e ressurreição, pela dinâmica da Páscoa de Cristo. A gente já começa a vida cristã fazendo um exercício de morte.

O que é o batismo senão uma participação na morte de Cristo? Só há ressurreição se houver morte, ou não? O apóstolo Paulo ensinou isso claramente: no batismo mergulhamos nas águas da morte, com Cristo. Ali afogamos o pecado, morremos para o pecado. Renascemos para a graça. Ressuscitamos justificados por Cristo.

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