PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: pobres
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SERÁ QUE A SUA DESCULPA ESTÁ VALENDO?


Na hora do banquete, mandou seu empregado dizer aos convidados: venham, pois tudo está pronto (Lc 14, 16)
06 de novembro de 2018.
Jesus comparou o Reino de Deus com o banquete que o pai de família preparou e para o qual convidou muita gente. Essa imagem do Reino como um banquete ocorre muitas vezes no Evangelho. É o casamento do filho, é a volta do filho pródigo, é a própria última ceia... o banquete é uma imagem eloquente do Reino, a festa que o Pai preparou para os seus filhos. Da parte do Pai, está tudo certo. O banquete foi posto, está tudo pronto. Da parte dos convidados, é que a coisa ficou complicada.
O Reino de Deus é, antes de tudo, uma oferta de Deus, um oferecimento gratuito. Aceitar o convite, ir à festa é a parte dos convidados. Mas, a primeira leva de convidados recusou o convite, com desculpas de todo tipo. Essa recusa deixou o dono da casa muito triste. Mas, foi oportunidade para outro tipo de convidados: os pobres, os pecadores. De fato, Jesus constatava que as prostitutas e os cobradores de impostos, a ralé da sociedade judaica, estavam entrando no Reino de Deus e os fariseus e escribas dele se esquivavam. A entrada no Reino de Deus é a acolhida do convite feito pela evangelização. Aceitar o Reino é o mesmo que converter-se, isto é, colocar a própria vida na direção do amor de Deus.
A primeira leva de convidados não compareceu. Estes, na parábola, foram os piedosos do tempo de Jesus. A grande maioria do povo da antiga aliança refugiou-se em seus preconceitos e desculpas, e não aceitou o convite de Jesus para tomar parte na grande festa do Reino de Deus. A segunda leva de convidados, foram os pobres de Israel, foram esses que aderiram de maneira especial ao ministério de Jesus. Eles estão representados pelas quatro categorias: pobres, coxos, cegos e aleijados.  A terceira leva, recolhida pelas estradas e atalhos são os convertidos através da evangelização fora de Israel, pelo trabalho dos missionários, mundo afora.
Guardando a mensagem
Jesus comparou o Reino de Deus com o banquete que um pai de família preparou e para o qual convidou muita gente. Os primeiros convidados não compareceram. Esses faltosos alegaram razões para sua ausência: compras, trabalho, casamento. Foram, então, convidados os pobres. E, depois, mais gente ainda foi chamada para a festa. A casa ficou cheia. Essa palavra  m hoje é pra você. A festa está pronta. O banquete está na mesa. Deus manda chamar você, ele o espera. Não invente desculpas, não faça ouvidos de mercador.
Na hora do banquete, mandou seu empregado dizer aos convidados: venham, pois tudo está pronto (Lc 14, 16)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
Foram três desculpas pelas quais os primeiros convidados se disseram impedidos de participar do banquete. Um tinha comprado uma terra e queria vê-la; outro ia testar cinco juntas de bois que tinha comprado para arar a terra; e o outro, estava de lua de mel. Gente voltada para seus negócios e para o seu casamento, sem tempo para participar do banquete de Deus. Senhor, não queremos repetir isso em nossas vidas. Não queremos perder esse convite maravilhoso de participar do Reino de Deus. Queremos estar contigo, ao redor da tua mesa, participando de tua alegria. Bendito seja o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Pense um pouco... Peça a ajuda do Santo Espírito de Deus. Qual é a sua desculpa número um para não participar da vida da Igreja? O resto é com você.

Pe. João Carlos Ribeiro – 06.11.2018

TODO TEMPO NOVO TEM SEU MANIFESTO


Bem-aventurados vocês, os pobres, porque o Reino de Deus é de vocês! (Lc 6, 20)

12 de setembro de 2018.

Jesus, em sua pregação e em seus milagres, anuncia o Reino de Deus.
Comunica que o Reino se aproximou como salvação e vida para todos. Essa é uma boa notícia, uma excelente notícia. A aliança que Deus tinha feito com a comunidade Israel, agora, entra num novo momento. No seu filho, feito homem, Deus abriu as portas de sua casa para todos os seus filhos. Em Jesus, ele está integrando na comunhão de sua casa, todos os que ficaram pelo caminho, os que se afastaram de casa, os que foram deixados do lado de fora. Este é um tempo de restauração, de reconstrução, de inclusão.

Um tempo novo está começando. É este o aviso que Jesus dá ao povo. Chegou o Reino de Deus. Para comunicar isso, ele conta parábolas a esses filhos de Deus dispersos. Eles são as ovelhas perdidas da casa de Israel. São os filhos mais jovens que largaram a família e estão se dando mal num lugar distante. São os famintos atraídos por sua amizade, por sua palavra e por seu pão. São os enfermos que querem tocar nas suas vestes para alívio de seus padecimentos. São os filhos de Deus dispersos. Chegou o Reino de Deus para eles.

Todo tempo novo tem seu manifesto. Manifesto é uma declaração pública de princípios e intenções. A partir da denúncia de uma situação, o manifesto conclama a comunidade para a ação, para um novo tempo. O manifesto do Reino abre um novo tempo, de rupturas e novidades. Num certo momento, Jesus proclamou o manifesto do Reino. São as bem-aventuranças. Delas, temos duas versões, a de Mateus e a de Lucas. Na que lemos hoje, a de Lucas, há uma lista de 4 tipos de bem-aventurados e 4 tipos de mal-aventurados. Quatro, na Bíblia, é um número de totalidade. Todos estão contemplados nessas listas. Nós também.

Os bem-aventurados são os cidadãos do Reino de Deus, aqueles que não tinham sido convidados, mas agora estão sendo convocados e reunidos das praças e de todos os caminhos. São os que foram esquecidos, excluídos ou marginalizados da vida. Eles têm quatro representantes: os pobres, os famintos, os entristecidos, os perseguidos. Esses são os cidadãos do Reino. O Reino para eles é mudança completa de sua condição. É a sua herança, a fartura de pão, a festa da alegria, a recompensa de profeta.

Os ‘mal-aventurados’ são os convidados que não compareceram à festa de casamento do filho, segundo uma das parábolas. Eles se excluíram. São os que colocaram sua confiança na riqueza e no poder. Todos esses estão representados por quatro categorias: os ricos, os fartos, os gozadores, os aplaudidos. São falsos profetas. Vai ser muito ruim pra eles terem rejeitado a oferta do Reino de Deus. Ai de vocês, diz Jesus, à moda dos velhos profetas de Israel. Vocês se fecharam à novidade do Reino. Neste ponto, o evangelho é um forte convite à conversão.  É preciso despojar-se de toda grandeza, de toda autossuficiência, de todo apego ao prestígio e ao poder para acolher o Reino de Deus.

Guardando a mensagem

As bem-aventuranças do Evangelho são o manifesto do Reino de Deus. Os cidadãos desse novo tempo – o tempo do Reino de Deus – são os pobres, os necessitados de Deus e de sua ação libertadora. Os pobres estão descritos nas bem-aventuranças. Eles são os sofredores, os perseguidos, os famintos e sedentos, os injustiçados. Nesse novo tempo que começou com a presença de Jesus, eles são felizes, são bem-aventurados porque para eles o Reino é bênção, perdão, libertação.

Bem-aventurados vocês, os pobres, porque o Reino de Deus é de vocês! (Lc 6, 20)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Dividiste os teus ouvintes em dois grupos, o dos bem-aventurados e o dos mal-aventurados. Entendemos que na condição de autossuficiência, nos excluímos do Reino, porque não nos parecem necessários o amor do Pai, o seu pão, a sua festa, a sua recompensa. Em nossa condição de grandeza, não precisamos do irmão, do seu pão, do seu respeito, do seu amor. Ficamos fora do Reino. E isso, nós não queremos. Ajuda-nos, Senhor, a tomar o caminho do filho pródigo que, reconhecendo sua indigência, foi acolhido com o caloroso abraço do Pai. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vamos viver a palavra

Releia o evangelho de hoje em sua Bíblia (Lc 6, 20-26) e responda no seu caderno de anotações: Em qual das bem-aventuranças você se vê contemplado?

Pe. João Carlos Ribeiro – 12. 09.2018

Bem-aventuranças

Quantas vezes nós já escutamos o texto das bem-aventuranças! Houve um tempo em que explicá-las era uma coisa muito simples: "Deus escolheu os pobres e a partir deles ele instaura o seu reinado no mundo". Nas bem-aventuranças do capítulo 6 do Evangelho de São Lucas então a coisa parecia mais do que clara. "Bem-aventurados os pobres! Ai dos ricos!" Hoje, quando a gente vai explicar esta passagem fica cheio de dedos... na verdade, a gente gostaria de amenizar estas expressões tão duras, esses ais tão contundentes. Quem sabe se não seria possível espiritualizar a riqueza e a pobreza, e assim facilitar as coisas.

Por uma cultura dos direitos humanos

Quem inventou os direitos humanos?  Na verdade, a pergunta não tem grande importância, a não ser para sublinhar que o ser humano já nasceu com direitos. E que sua dignidade deriva do fato de ser pessoa humana, e muito mais ainda do fato de ter se tornado filho, filha de Deus. Filhos adotados é bem verdade, e isso graças a Cristo Jesus. A proclamação dos direitos humanos em 1948, pela Organização das Nações Unidas, deixou a questão formalmente mais clara no Ocidente. Trata-se de um reconhecimento ético-jurídico de direitos que desde a antiguidade já se fazia menção, como no código de Hamurabi  (1700 a.C) ou na Bíblia Sagrada, nascida no mundo judeu.

Diana e Tereza


Diana e Tereza, duas mulheres que deixaram marcas no nosso mundo.
Diana impressionou o mundo com gestos humanitários como abraçar crianças negras e pobres, visitar lugares minados, denunciar a destruição do meio ambiente, a discriminação dos aidéticos. Diana era uma mulher jovem, saudável, rica e bela. Uma princesa de Gales. Tereza de Calcutá impressionou o mundo com sua vida toda entregue aos pobres mais abandonados pela sociedade. Não era um gesto aqui e ali de bondade e caridade. Eram 24 horas por dia de serviço às pessoas mais abandonadas por todos, em 119 países, lá onde a miséria e o abandono reinavam absolutos. Tereza era uma mulher pobre, velha e doente.

Dom Hélder, 13 anos de partida

13 anos da morte de Dom Hélder Câmara. A Igreja se reuniu na Sé de Olinda, sob a presidência do Arcebispo Dom Fernando Saburido em solene liturgia. Os restos mortais do saudoso profeta foram depositados em capela apropriada ao lado de seu bispo auxiliar Dom Lamartine e do seu colaborador assassinado pela ditadura militar, Pe. Antônio Henrique.

Dom Hélder marcou a região metropolitana do Recife, nos anos em que foi nosso arcebispo. Esteve à frente do rebanho em momentos sociais muito tensos e difíceis, como foi o tempo da ditadura militar. O Brasil e o mundo conheceram um Dom Hélder porta-voz dos injustiçados e dos empobrecidos. Um homem lúcido, profeta segundo o evangelho, dono de palavras fortes e contundentes. Mas nós conhecemos mais do que esse profeta respeitado no exterior e temido, em seu país, por suas posições em favor de um mundo fraterno e solidário e de uma igreja pobre e servidora. Conhecemos um Dom Hélder respeitoso das pessoas e cheio de amor para com os sofredores. Um homem simples e ao alcance das pessoas de qualquer classe social.

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