PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: guerra
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O amor maior de sua vida.



   08 de novembro de 2023.   

Quarta-feira da 31ª Semana do Tempo Comum

   Evangelho.   


Lc 14,25-33

Naquele tempo, 25grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: 26“Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo.
28Com efeito: qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, 29ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: 30‘Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’
31Ou ainda: Qual rei que, ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? 32Se ele vê que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia mensageiros para negociar as condições de paz. 33Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!”

   Meditação.    

Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo (Lc 14, 26)

Ser discípulos de Jesus é o nosso chamado, a nossa vocação. Ser discípulo é ser seguidor. Quando Jesus andava pela Palestina, segui-lo era logo compreendido como acompanhá-lo em suas andanças, andar atrás dele, literalmente. O convite dele era sempre “Vem e segue-me”.

Mas, é claro, hoje como ontem, o verdadeiro seguimento de Jesus não é andar atrás dele. Não é seguir com os passos, do ponto de vista da geografia. É seguir com a vida, do ponto de vista da história. Sou seguidor de Jesus, sou seu discípulo, porque minha vida está iluminada por sua palavra, porque procedo segundo os seus ensinamentos, porque ele é o meu guia.

No evangelho de hoje, o nosso Mestre nos chama a atenção para nossa condição de discípulos e suas exigências. Não dá para segui-lo sem renunciar alguma coisa. Renunciar a si mesmo, isto é, já não ser eu o centro da minha vida. Renunciar a outro guia, renunciar a outro caminho, renunciar a qualquer amarra que possa nos prender ou nos reter no caminho.

E o que é pode nos prender ou nos reter no caminho, e nos impedir de seguir a Cristo? Outro dia, nós ouvimos Jesus contando a parábola da festa. As três desculpas para não aceitar o convite para o banquete foram: o apego aos bens materiais, a falta de tempo pelo trabalho, as responsabilidades com a família. O amor exige liberdade. As coisas não podem tomar o lugar de Deus. O trabalho não pode consumir todo o nosso tempo. Dependemos de Deus. A família não é desculpa para não acolhermos o convite do Senhor. E ele nos convida a seguir Jesus.

Uma coisa que, particularmente, pode nos afastar do seguimento de Cristo é o apego às pessoas. É o que está no evangelho de hoje. Pode acontecer que o amor ao pai, à mãe, à esposa ou esposo, aos filhos esteja acima do amor a Deus. Nesse caso, no mínimo, ficamos divididos. E, como Jesus ensinou, não dá para servir a dois senhores. Assim, não podemos seguir Jesus. Sem ter Jesus como o primeiro amor, o amor acima de qualquer outro, não dá para ser discípulo dele.


Guardando a mensagem

A grandeza de nossa vida está em sermos filhos de Deus, seguidores de Jesus Salvador. Como seus discípulos, nós o colocamos em primeiro lugar na nossa vida. Nosso amor por ele está acima das coisas e das pessoas deste mundo. É claro, possuímos bens, mas nosso amor maior está reservado a ele, nosso Senhor e Salvador. Por ele, podemos até renunciar aos bens deste mundo, se isto ele nos pedir. Amamos nossos parentes e familiares, mas nosso amor maior está reservado a ele, nosso Deus e Senhor. Por ele, podemos até renunciar a um amor neste mundo, se isto ele nos pedir. Jesus, o nosso Mestre, não quer apenas entrar no rol das pessoas que você ama. Ele merece ser o amor maior de sua vida.

Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo (Lc 14, 26)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
tu nos chamas ao teu seguimento. É uma escolha de amor de tua parte. Tu nos dizes hoje: “Não foram vocês que me escolheram, fui eu que escolhi vocês”. A primeira resposta que podemos dar ao teu chamado de amor é amar-te. Amar-te acima de tudo e de todos. Hoje, tu nos lembras que não podemos seguir-te se não carregamos a nossa cruz contigo e se não te amamos acima de qualquer bem deste mundo e de qualquer criatura humana desta terra. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Quando se ama, respira-se esse amor. Ele está em tudo na nossa vida: no pensamento, na fala, nos sonhos, nas fotos, no celular... Jesus é mesmo amado por você acima de tudo e de todos? Ele está mesmo presente em tudo na sua vida? 

Comunicando

Como é que anda o desafio do mês? Lembrando: Ler o evangelho do dia. Só isso. Na sua bíblia ou seguindo o link que enviamos pelo celular. 

Subiram para 2.521 as respostas que recebemos: 88% dizendo que topam o desafio e 11% dizendo que vão tentar. Quem não respondeu, certamente, está pensando se aceita ou não o desafio: neste mês, ler o evangelho do dia. 

Hoje, tem live no Youtube às 20 horas: o nosso "Encontros", hoje conversando com o Pe. Arlindo de Tamandaré. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Um caminho que exige renúncia e entrega



04 de setembro de 2022

23º Domingo do Tempo Comum


EVANGELHO



Lc 14,25-33

Naquele tempo, 25grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: 26“Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo.
28Com efeito, qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, 29ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: 30‘Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’
31Ou ainda: Qual o rei que, ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? 32Se ele vê que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia mensageiros para negociar as condições de paz.
33Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!”



MEDITAÇÃO


Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vocês, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo! (Lc 14, 33)

Numa boa parte do evangelho de São Lucas, Jesus está em viagem para Jerusalém. Vão com ele os doze, discípulos e discípulas. Lucas diz o nome de quatro dessas mulheres discípulas, indicando que no grupo estavam muitas outras. Essa grande viagem de Jesus é a sua última viagem. Em Jerusalém, o esperam prisão, morte e ressurreição, o ponto alto de sua missão. O texto de hoje começa com essa observação: ‘grandes multidões o acompanhavam’. 

Então, Jesus está subindo a Jerusalém, na caminhada de sua missão que terá seu coroamento em sua morte redentora em Jerusalém. Discípulos e discípulas sobem com ele. Nos seus contatos com a multidão que o cerca pelo caminho ou em algum momento de reunião, Jesus lhes fala sobre as condições para alguém segui-lo.

Caminhar com Jesus para Jerusalém é um modo de entendermos a nossa condição de discípulos e discípulas, hoje também. Quando Lucas escreveu o seu evangelho, ele estava de olho no povo de suas comunidades. Ele via muita gente chegando, se aproximando da comunidade ... que bom, mas, calma aí! Seguir Jesus não é uma brincadeira. É uma coisa muito séria, exige uma decisão consciente, comporta renúncias. Ser cristão é como caminhar com Jesus subindo para Jerusalém, com o seu mesmo sentimento de adesão à vontade de Deus. O ponto alto da peregrinação de Jesus foi a entrega de sua própria vida.

Bom, então, Jesus falou ao povo, à multidão. E disse assim: “se alguém quiser ir comigo nessa viagem, se lembre que tem que deixar tudo pra trás, carregar sua própria bagagem e me acompanhar”. Bom, não falou assim assim. Mas, esse era o sentido. “Se alguém quiser ir comigo nessa viagem, se lembre que tem que deixar tudo pra trás, carregar sua própria bagagem e me acompanhar”. Primeiro, colocar Jesus em primeiro lugar em sua vida. E colocar todos e tudo o mais em segundo lugar. Aí Lucas fez a lista de sete pontos: pai, mãe, mulher, filhos, irmãos, irmãs e até a sua própria vida. Ao entrar na viagem com Jesus, isto é segui-lo, a primeira coisa é colocar Jesus em primeiro lugar. É a partir dele que amamos e cuidamos dos outros e de nós mesmos. É como se eu me despedisse deles, para seguir com Jesus para Jerusalém. E segundo, carregar a própria cruz, ao lado de Jesus ou atrás dele. A cruz bem que poderia ser a nossa bagagem: as dificuldades, os problemas, as preocupações, tudo o que pesa sobre nossos ombros.

Você está me entendendo, não está? Jesus está subindo com os discípulos para Jerusalém, para a sua páscoa. O povão o cerca pelo caminho ou o escuta, em algumas ocasiões. Muita gente quer ir com ele naquela peregrinação, isto é, quer ser discípulo. Ele explica que segui-lo é fazer o seu mesmo caminho de renúncia e entrega, de adesão à vontade de Deus. É um caminho que exige renúncia e entrega. Não é uma brincadeira. Para isso ficar bem claro, ele contou duas pequenas parábolas. 

Um construtor está para construir uma torre. Um conselho para ele: calcular os gastos, para ver se dá para começar e terminar. Ficando pelo meio do caminho, vai ser motivo de galhofa da parte dos outros. Um rei está para entrar em guerra. O conselho: vamos com calma: se o seu exército for mais fraco que o inimigo é melhor negociar as condições de paz. Moral da história: Quem quiser seguir Jesus precisa da prudência do rei e da sabedoria do construtor. Vai acompanhar Jesus? Pense bem, para tomar a decisão certa e ser fiel até o fim.

Agora, você ficou pensando, então Jesus está nos desmotivando para segui-lo, achando que é melhor a gente ficar quieto e não seguir com ele para Jerusalém. Nada disso. Jesus está lhe dizendo que a coisa é séria, exige renúncia, entrega, perseverança. O convite continua: “Vem e segue-me!”. Sobre isso, o livro da Sabedoria nos dá uma dica muito boa: Ninguém acerta o caminho, se não tiver a sabedoria do Espírito Santo. Está escrito assim: “Acaso alguém teria conhecido o teu desígnio, sem que lhe desses sabedoria e do alto lhe enviasses teu santo espírito?” (Sb 9, 17). Então, peça ao Senhor a sabedoria para conhecer a sua vontade e a ela aderir de todo o coração, como discípulo, como discípula, caminhando com Jesus para Jerusalém.


Guardando a mensagem

Somos seguidores de Jesus, somos cristãos. É como se estivéssemos subindo com ele, na grande peregrinação da páscoa para Jerusalém. Pelo caminho, ele vai nos instruindo. Daquele povão que o encontra pelo caminho, da multidão que em algum lugar o cerca, ele também quer tirar discípulos, gente que o adote como caminho, verdade e vida. Passar de anônimo na multidão a discípulo é uma mudança que requer decisão prudente e sábia, pois implica renúncias e entrega da própria vida. Está bem clarinho: discípulo é quem caminha com Jesus, tendo-o como senhor, mestre e salvador; anônimo na multidão é quem ainda está só olhando de longe, com curiosidade e admiração. Assuma sua identidade de discípulo, de discípula, com o seu nível de renúncia e exigências na caminhada com Jesus. Com ele e como ele, você está indo na direção da plenitude de sua vida (Jerusalém).

Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vocês, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo! (Lc 14, 33)


Rezando a palavra

Senhor Jesus,
somos teus discípulos e discípulas. Andamos ao teu lado, no caminho para Jerusalém. Em cada Missa, celebramos contigo essa peregrinação, ouvindo tua palavra, acolhendo tuas instruções. Hoje, nos falas das exigências de nossa vida de discípulos. Não é uma excursão, é uma peregrinação. Comporta renúncia, desapego, entrega. Na Missa, também nos sentamos contigo na última Ceia, no Cenáculo. Ali, consagras a entrega de tua própria vida em nosso favor. Ali, renovas o teu sacrifício redentor em favor da humanidade. E sempre nos dizes: “Façam isso em memória de mim”. Obrigado, Senhor, por seres o nosso mestre e nos ensinares com a tua vida e a tua palavra o caminho da salvação. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Não esqueça do desafio deste mês: ler diariamente, o evangelho do dia. Se ainda não começou, comece hoje. Será uma oportunidade de maior proximidade da Palavra do Senhor, Além de sua bíblia ou do folheto litúrgico da Missa que você for participar hoje, aqui também na Meditação está o texto do Evangelho. É só clicar no link que estamos lhe enviando. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

QUEM AMA, RENUNCIA



03 de novembro de 2021

EVANGELHO


Lc 14,25-33

Naquele tempo, 25grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: 26“Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo.
28Com efeito: qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, 29ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: 30‘Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’
31Ou ainda: Qual rei que, ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? 32Se ele vê que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia mensageiros para negociar as condições de paz. 33Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!”

MEDITAÇÃO


Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo (Lc 14, 26)

Ser discípulos de Jesus é o nosso chamado, a nossa vocação. Ser discípulo é ser seguidor. Quando Jesus andava pela Palestina, segui-lo era logo compreendido como acompanhá-lo em suas andanças, andar atrás dele, literalmente. O convite dele era sempre “Vem e segue-me”.

Mas, é claro, hoje como ontem, o verdadeiro seguimento de Jesus não é andar atrás dele. Não é seguir com os passos, do ponto de vista da geografia. É seguir com a vida, do ponto de vista da história. Sou seguidor de Jesus, sou seu discípulo, porque minha vida está iluminada por sua palavra, porque procedo segundo os seus ensinamentos, porque ele é o meu guia.

No evangelho de hoje, o nosso Mestre nos chama a atenção para nossa condição de discípulos e suas exigências. Não dá para segui-lo sem renunciar alguma coisa. Renunciar a si mesmo, isto é, já não ser eu o centro da minha vida. Renunciar a outro guia, renunciar a outro caminho, renunciar a qualquer amarra que possa nos prender ou nos reter no caminho.

E o que é pode nos prender ou nos reter no caminho, e nos impedir de seguir a Cristo? Outro dia, nós ouvimos Jesus contando a parábola da festa. As três desculpas para não aceitar o convite para o banquete foram: o apego aos bens materiais, a falta de tempo pelo trabalho, as responsabilidades com a família. O amor exige liberdade. As coisas não podem tomar o lugar de Deus. O trabalho não pode consumir todo o nosso tempo. Dependemos de Deus. A família não é desculpa para não acolhermos o convite do Senhor. E ele nos convida a seguir Jesus.

Uma coisa que, particularmente, pode nos afastar do seguimento de Cristo é o apego às pessoas. É o que está no evangelho de hoje. Pode acontecer que o amor ao pai, à mãe, à esposa ou esposo, aos filhos esteja acima do amor a Deus. Nesse caso, no mínimo, ficamos divididos. E, como Jesus ensinou, não dá para servir a dois senhores. Assim, não podemos seguir Jesus. Sem ter Jesus como o primeiro amor, o amor acima de qualquer outro, não dá para ser discípulo dele.

Guardando a mensagem

A grandeza de nossa vida está em sermos filhos de Deus, seguidores de Jesus, salvador. Como seus discípulos, nós o colocamos em primeiro lugar na nossa vida. Nosso amor por ele está acima das coisas e das pessoas deste mundo. É claro, possuímos bens, mas nosso amor maior está reservado a ele, nosso Senhor e Salvador. Por ele, podemos até renunciar aos bens deste mundo, se isto ele nos pedir. Amamos nossos parentes e familiares, mas nosso amor maior está reservado a ele, nosso Deus e Senhor. Por ele, podemos até renunciar a um amor neste mundo, se isto ele nos pedir. Jesus, o nosso Mestre, não quer apenas entrar no rol das pessoas que você ama. Ele merece ser o amor maior de sua vida.

Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo (Lc 14, 26)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Tu nos chamas ao teu seguimento. É uma escolha de amor de tua parte. Tu nos dizes hoje: “Não foram vocês que me escolheram, fui eu que escolhi vocês”. A primeira resposta que podemos dar ao teu chamado de amor é amar-te. Amar-te acima de tudo e de todos. Hoje, tu nos lembras que não podemos seguir-te se não carregamos a nossa cruz contigo e se não te amamos acima de qualquer bem deste mundo e de qualquer criatura humana desta terra. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Quando se ama, respira-se esse amor. Ele está em tudo na nossa vida: no pensamento, na fala, nos sonhos, nas fotos, no celular... Jesus é mesmo amado por você acima de tudo e de todos? Ele está mesmo presente em tudo na sua vida? Anote alguma resposta no seu caderno espiritual.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

O SEGUIMENTO DE JESUS

04 de novembro de 2020.


EVANGELHO


Lc 14,25-33


Naquele tempo, 25grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: 26“Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo.

28Com efeito: qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, 29ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: 30‘Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’

31Ou ainda: Qual rei que, ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? 32Se ele vê que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia mensageiros para negociar as condições de paz. 33Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!”


MEDITAÇÃO


Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo (Lc 14, 26)

Ser discípulos de Jesus é o nosso chamado, a nossa vocação. Ser discípulo é ser seguidor. Quando Jesus andava pela Palestina, segui-lo era logo compreendido como acompanhá-lo em suas andanças, andar atrás dele, literalmente. O convite dele era sempre “Vem e segue-me”.

Mas, é claro, hoje como ontem, o verdadeiro seguimento de Jesus não é andar atrás dele. Não é seguir com os passos, do ponto de vista da geografia. É seguir com a vida, do ponto de vista da história. Sou seguidor de Jesus, sou seu discípulo, porque minha vida está iluminada por sua palavra, porque procedo segundo os seus ensinamentos, porque ele é o meu guia.
No evangelho de hoje, o nosso Mestre nos chama a atenção para nossa condição de discípulos e suas exigências. Não dá para segui-lo sem renunciar alguma coisa. Renunciar a si mesmo, isto é, já nao ser eu o centro da minha vida. Renunciar a outro guia, renunciar a outro caminho, renunciar a qualquer amarra que possa nos prender ou nos reter no caminho.
E o que é pode nos prender ou nos reter no caminho, e nos impedir de seguir a Cristo?  Ontem, nós ouvimos Jesus contando a parábola da festa. As três desculpas para não aceitar o convite para o banquete foram: o apego aos bens materiais, a falta de tempo pelo trabalho, as responsabilidades com a família. O amor exige liberdade. As coisas não podem tomar o lugar de Deus. O trabalho não pode consumir todo o nosso tempo. Dependemos de Deus. A família não é desculpa para não acolhermos o convite do Senhor. E ele nos convida a seguir Jesus.  
Uma coisa que, particularmente, pode nos afastar do seguimento de Cristo é o apego às pessoas. É o que está no evangelho de hoje. Pode acontecer que o amor ao pai, à mãe, à esposa ou esposo, aos filhos esteja acima do amor a Deus. Nesse caso, no mínimo, ficamos divididos. E, como Jesus ensinou, não dá para servir a dois senhores. Assim, não podemos seguir Jesus. Sem ter Jesus como o primeiro amor, o amor acima de qualquer outro, não dá para ser discípulo dele.
Guardando a mensagem
A grandeza de nossa vida está em sermos filhos de Deus, seguidores de Jesus,  salvador. Como seus discípulos, nós o colocamos em primeiro lugar na nossa vida. Nosso amor por ele está acima das coisas e das pessoas deste mundo. É claro, possuímos bens, mas nosso amor maior está reservado a ele, nosso Senhor e Salvador. Por ele, podemos até renunciar aos bens deste mundo, se isto ele nos pedir. Amamos nossos parentes e familiares, mas nosso amor maior está reservado a ele, nosso Deus e Senhor. Por ele, podemos até renunciar a um amor neste mundo, se isto ele nos pedir. Jesus, o nosso Mestre, não quer apenas entrar no rol das pessoas que você ama. Ele merece ser o amor maior de sua vida.
Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo (Lc 14, 26)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
Tu nos chamas ao teu seguimento. É uma escolha de amor de tua parte. Tu nos dizes hoje: “Não foram vocês que me escolheram, fui eu que escolhi vocês”. A primeira resposta que podemos dar ao teu chamado de amor é amar-te. Amar-te acima de tudo e de todos. Hoje, tu nos lembras que não podemos seguir-te se não carregamos a nossa cruz contigo e se não te amamos acima de qualquer bem deste mundo e de qualquer criatura humana desta terra. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Quando se ama, respira-se esse amor. Ele está em tudo na nossa vida: no pensamento, na fala, nos sonhos, nas fotos, no celular... Jesus é mesmo amado por você acima de tudo e de todos? Ele está mesmo presente em tudo na sua vida? Anote alguma resposta no seu caderno espiritual.
Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

CORAÇÃO LIVRE, MOCHILA NAS COSTAS


Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vocês, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo! (Lc 14, 33)

08 de setembro de 2019 – 23º  Domingo do Tempo Comum

Numa boa parte do evangelho de São Lucas, Jesus está em viagem para Jerusalém. Vão com ele os doze, discípulos e discípulas. Lucas diz o nome de quatro dessas mulheres discípulas, indicando que no grupo estavam muitas outras. Essa grande viagem de Jesus é a sua última viagem. Em Jerusalém, o esperam prisão, morte e ressurreição, o ponto alto de sua missão. O texto de hoje começa com essa observação: ‘grandes multidões o acompanhavam’. Então, Jesus está subindo a Jerusalém, na caminhada de sua missão que terá seu coroamento em sua morte redentora em Jerusalém. Discípulos e discípulas sobem com ele. Nos seus contatos com a multidão que o cerca pelo caminho ou em algum momento de reunião, Jesus lhes fala sobre as condições para alguém segui-lo.

Caminhar com Jesus para Jerusalém é um modo de entendermos a nossa condição de discípulos e discípulas, hoje também. Quando Lucas escreveu o seu evangelho, ele estava de olho no povo de suas comunidades. Ele via muita gente chegando, se aproximando da comunidade ... que bom, mas, calma aí! Seguir Jesus não é uma brincadeira. É uma coisa muito séria, exige uma decisão consciente, comporta renúncias. Ser cristão é como caminhar com Jesus subindo para Jerusalém, com o seu mesmo sentimento de adesão à vontade de Deus. O ponto alto da peregrinação de Jesus foi a entrega de sua própria vida.

Bom, então, Jesus falou ao povo, à multidão. E disse assim: “se alguém quiser ir comigo nessa viagem, se lembre que tem que deixar tudo pra trás, carregar sua própria bagagem e me acompanhar”. Bom, não falou assim assim. Mas, esse era o sentido. “Se alguém quiser ir comigo nessa viagem, se lembre que tem que deixar tudo pra trás, carregar sua própria bagagem e me acompanhar”. Primeiro, colocar Jesus em primeiro lugar em sua vida. E colocar todos e tudo o mais em segundo lugar. Aí Lucas fez a lista de sete pontos: pai, mãe, mulher, filhos, irmãos, irmãs e até a sua própria vida. Ao entrar na viagem com Jesus, isto é segui-lo, a primeira coisa é colocar Jesus em primeiro lugar. É a partir dele que amamos e cuidamos dos outros e de nós mesmos. É como se eu me despedisse deles, para seguir com Jesus para Jerusalém. E segundo, carregar a própria cruz, ao lado de Jesus ou atrás dele. A cruz bem que poderia ser a nossa bagagem: as dificuldades, os problemas, as preocupações, tudo o que pesa sobre nossos ombros.



Você está me entendendo, não está? Jesus está subindo com os discípulos para Jerusalém, para a sua páscoa. O povão o cerca pelo caminho ou o escuta, em algumas ocasiões. Muita gente quer ir com ele naquela peregrinação, isto é, quer ser discípulo. Ele explica que segui-lo é fazer o seu mesmo caminho de renúncia e entrega, de adesão à vontade de Deus. É um caminho que exige renúncia e entrega. Não é uma brincadeira. Para isso ficar bem claro, ele contou duas pequenas parábolas. Um construtor está para construir uma torre. Um conselho para ele: calcular os gastos, para ver se dá para começar e terminar. Ficando pelo meio do caminho, vai ser motivo de galhofa da parte dos outros. Um rei está para entrar em guerra. O conselho: vamos com calma: se o seu exército for mais fraco que o inimigo é melhor negociar as condições de paz. Moral da história: Quem quiser seguir Jesus precisa da  prudência do rei e da sabedoria do construtor. Vai acompanhar Jesus? Pense bem, para tomar a decisão certa e ser fiel até o fim.

Agora, você ficou pensando, então Jesus está nos desmotivando para segui-lo, achando que é melhor a gente ficar quieto e não seguir com ele para Jerusalém. Nada disso. Jesus está lhe dizendo que a coisa é séria, exige renúncia, entrega, perseverança. O convite continua: “Vem e segue-me!”. Sobre isso, o livro da Sabedoria nos dá uma dica muito boa: Ninguém acerta o caminho, se não tiver a sabedoria do Espírito Santo. Está escrito assim: “Acaso alguém teria conhecido o teu desígnio, sem que lhe desses sabedoria e do alto lhe enviasses teu santo espírito?” (Sb 9, 17). Então, peça ao Senhor a sabedoria para conhecer a sua vontade e a ela aderir de todo o coração, como discípulo, como discípula, caminhando com Jesus para Jerusalém.

Guardando a mensagem

Somos seguidores de Jesus, somos cristãos. É como se estivéssemos subindo com ele, na grande peregrinação da páscoa para Jerusalém. Pelo caminho, ele vai nos instruindo. Daquele povão que o encontra pelo caminho, da multidão que em algum lugar o cerca, ele também quer tirar discípulos, gente que o adote como caminho, verdade e vida. Passar de anônimo na multidão a discípulo é uma mudança que requer decisão prudente e sábia, pois implica renúncias e entrega da própria vida. Está bem clarinho: discípulo é quem caminha com Jesus, tendo-o como senhor, mestre e salvador; anônimo na multidão é quem ainda está só olhando de longe, com curiosidade e admiração. Assuma sua identidade de discípulo, de discípula, com o seu nível de renúncia e exigências na caminhada com Jesus. Com ele e como ele, você está indo na direção da plenitude de sua vida (Jerusalém).

Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vocês, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo! (Lc 14, 33)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Somos teus discípulos e discípulas. Andamos ao teu lado, no caminho para Jerusalém. Em cada Missa, celebramos contigo essa peregrinação, ouvindo tua palavra, acolhendo tuas instruções. Hoje, nos falas das exigências de nossa vida de discípulos. Não é uma excursão, é uma peregrinação. Comporta renúncia, desapego, entrega. Na Missa, também nos sentamos contigo na última Ceia, no Cenáculo. Ali, consagras a entrega de tua própria vida em nosso favor. Ali renovas o teu sacrifício redentor em favor da humanidade. E sempre nos dizes: “Façam isso em memória de mim”. Obrigado, Senhor, por seres o nosso mestre e nos ensinares com a tua vida e a tua palavra o caminho da salvação. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.    

Vivendo a palavra

Acompanhe hoje, com sua prece, a visita apostólica do Papa Francisco a Moçambique, Madagascar e Ilhas Maurício nestes dias. Hoje, ele está em Madagascar. Que por sua presença, Jesus seja anunciado como caminho de realização e salvação para todo ser humano.

Pe. João Carlos Ribeiro – 08 de setembro de 2019.

QUEM TEM MEDO DO FIM DO MUNDO?


MEDITAÇÃO
 PARA A TERÇA-FEIRA, 
DIA 28 DE NOVEMBRO 
Quando vocês ouvirem falar de guerras e revoluções, não fiquem apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim (Lc 21, 9).
Quem não tem medo do fim do mundo? Bom, tem gente descrente que não está nem aí... Mas, muita gente, ouvindo as palavras da Bíblia, logo identifica sinais que apontam para a proximidade do fim do mundo. Guerras, terremotos, fome, pestes... o que Jesus fala no evangelho de hoje, é coisa que se vê todo dia.
Que a história tem um fim, entendemos isso nas palavras dos profetas e de Jesus. Que será a conclusão de uma grande crise na civilização humana, deduzimos igualmente.  Quando será, não sabemos. O próprio Jesus disse que não sabia. E como será? Também não temos ideia. A ideia que temos são as imagens que Jesus pegou emprestado dos livros dos profetas que falavam de crises na história do seu povo e entre as nações que eles conheciam.
No texto do evangelho de hoje, podemos recolher três ensinamentos de Jesus sobre esse tema da grande crise que antecederá o final da história humana.
O primeiro ensinamento é este: não confiar na grandiosidade. O Templo de Jerusalém causava admiração por sua beleza, seu esplendor e sua riqueza. Jesus disse claro: não ficará pedra sobre pedra. E olha que ele, com certeza, falava assim com o coração partido. Como judeu piedoso, ele amava o Templo de Deus e o visitava regularmente como peregrino. Mas, tudo seria destruído, como de fato aconteceu quarenta anos mais tarde, na guerra entre judeus e romanos. Aqui nesse mundo, é em vão por a confiança em instituições humanas, por mais sólidas que elas pareçam. Elas passam, caducam, desmoronam. Por a confiança em Deus. Não confiar na grandiosidade.
O segundo ensinamento é este: não se deixar enganar. Jesus alertou que muitos se apresentariam em seu nome. Não devemos segui-los. Sempre existiram falsos profetas e falsos pastores, que se aproveitam da credulidade dos ingênuos ou do medo dos fracos. Seguir Jesus, não se deixar enganar pelos falsos profetas.
O terceiro ensinamento é este: não se apavorar. São sinais, não é o fim ainda. De fato, basta pensar nas guerras mundiais, que fim de mundo não foi... Na hora das crises, manter a calma, a serenidade, não se apavorar. Manter a tranquilidade de quem se sabe orientado e assistido por Deus, mesmo no meio das tormentas.
Vamos guardar a mensagem de hoje
Há sempre crises na história, situações difíceis, guerras, fome, pestes, terremotos... não é de agora que isso acontece. Mesmo que uma grande crise anteceda o final dos tempos, é preciso, como Jesus nos ensina: não confiar na grandiosidade, não se deixar enganar e não se apavorar.
Quando vocês ouvirem falar de guerras e revoluções, não fiquem apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim (Lc 21, 9).

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