PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: grandiosidade
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COMO ENFRENTAR AS CRISES

Quando vocês ouvirem falar de guerras e revoluções, não fiquem apavorados (Lc 21, 9)
27 de novembro de 2018
O quadro descrito no evangelho de hoje (Lc 21, 5-11) é, no mínimo, preocupante. Jesus anuncia guerras, revoluções, terremotos, perseguições. E, ainda assim, nos tranquiliza.
A destruição do Templo de Jerusalém é o modelo de toda crise. “Não ficará pedra sobre pedra”, disse Jesus a quem estava admirando a grandeza e a beleza do Templo de Herodes. Viria tudo abaixo. Coisa que não se poderia esperar, nunca. O Templo de Jerusalém não era só o símbolo da nação judaica, sede do Sinédrio, meta de peregrinações... Era a casa de Deus, onde ele recebia as oferendas e sacrifícios do seu povo, onde estava a arca com as tábuas da Lei, lugar de sua presença poderosa. Quarenta anos depois dessas palavras de Jesus, vieram os romanos e queimaram, saquearam, destruíram o Templo e a cidade. A crise atingiu todos os níveis: o desmantelamento das instituições, o desencanto com a fé, a dispersão do povo.  A destruição do Templo de Jerusalém é o modelo de toda crise.
Crises, os discípulos e a comunidade nascente enfrentariam, sempre. Então, Jesus descreveu três níveis de crise, que, na verdade, nunca faltaram na história: guerras, desastres naturais e perseguição.  Guerras e revoluções, seguidas de fome e pestes. Cataclismos naturais como terremotos e outros. E perseguição e prisão dos discípulos, movidas até pelos próprios familiares.
Jesus não somente descreve as situações de crise, mas nos orienta como nos comportar nesses momentos. Assim, no evangelho de hoje, podemos já recolher três dos seus ensinamentos.
O primeiro ensinamento é este: não confiar em grandiosidades humanas. O Templo de Jerusalém causava admiração por sua beleza, seu esplendor e sua riqueza. Jesus disse claro: não ficará pedra sobre pedra. E olha que ele, com certeza, falava assim com o coração partido. Como judeu piedoso, ele amava o Templo de Deus e o visitava regularmente como peregrino. Mas, tudo seria destruído, como de fato aconteceu quarenta anos mais tarde, na guerra entre judeus e romanos. Aqui nesse mundo, é em vão por a confiança em instituições humanas, por mais sólidas que elas pareçam. Elas passam, caducam, desmoronam. Por a confiança em Deus. Não confiar em grandiosidades humanas.

O segundo ensinamento é este: não se deixar enganar. Jesus alertou que muitos se apresentariam em seu nome. Não devemos segui-los. Sempre existiram falsos profetas e falsos pastores, que se aproveitam da credulidade dos ingênuos ou do medo dos fracos. Seguir Jesus, não se deixar enganar pelos falsos profetas.

O terceiro ensinamento é este: não se apavorar. São sinais, não é o fim ainda. De fato, basta pensar nas guerras mundiais, que fim-de-mundo não foram... Na hora das crises, manter a calma, a serenidade, não se apavorar; manter a tranquilidade de quem se sabe orientado e assistido por Deus, mesmo no meio das tormentas.

Guardando a mensagem
Crises existem. Crises, nós vivemos hoje, em vários níveis, na família, na Igreja, na sociedade. Há sempre crises na história, situações difíceis, guerras, fome, terremotos... Não é de agora que isso acontece. Jesus, no evangelho de hoje, está nos deixando orientações preciosas para as horas de crise: não se fiar em grandiosidade, nem se deixar enganar por falsos profetas e manter a calma.
Quando vocês ouvirem falar de guerras e revoluções, não fiquem apavorados (Lc 21, 9)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
O medo pode nos paralisar e nos fazer ver o mundo com pessimismo. Só a serenidade de quem se sente amado e protegido por Deus nos liberta para agir e transformar a realidade. Tens razão, Senhor, a exagerada confiança na grandiosidade e no poderio das instituições humanas, na ciência, na tecnologia podem nos levar a dispensar a confiança em Deus. É assim que o Templo toma o lugar de Deus. Dá-nos, Senhor, a graça de por nossa confiança unicamente em Deus, de seguir-te como nosso único Mestre e de permanecer serenos nas dificuldades e crises desta vida. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vamos viver a palavra

No seu caderno espiritual, faça uma listinha das crises que você já passou. Dá para reconhecer a presença de Deus, ao seu lado, em todas essas situações?

Pe. João Carlos Ribeiro – 27.11.2017

QUEM TEM MEDO DO FIM DO MUNDO?


MEDITAÇÃO
 PARA A TERÇA-FEIRA, 
DIA 28 DE NOVEMBRO 
Quando vocês ouvirem falar de guerras e revoluções, não fiquem apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim (Lc 21, 9).
Quem não tem medo do fim do mundo? Bom, tem gente descrente que não está nem aí... Mas, muita gente, ouvindo as palavras da Bíblia, logo identifica sinais que apontam para a proximidade do fim do mundo. Guerras, terremotos, fome, pestes... o que Jesus fala no evangelho de hoje, é coisa que se vê todo dia.
Que a história tem um fim, entendemos isso nas palavras dos profetas e de Jesus. Que será a conclusão de uma grande crise na civilização humana, deduzimos igualmente.  Quando será, não sabemos. O próprio Jesus disse que não sabia. E como será? Também não temos ideia. A ideia que temos são as imagens que Jesus pegou emprestado dos livros dos profetas que falavam de crises na história do seu povo e entre as nações que eles conheciam.
No texto do evangelho de hoje, podemos recolher três ensinamentos de Jesus sobre esse tema da grande crise que antecederá o final da história humana.
O primeiro ensinamento é este: não confiar na grandiosidade. O Templo de Jerusalém causava admiração por sua beleza, seu esplendor e sua riqueza. Jesus disse claro: não ficará pedra sobre pedra. E olha que ele, com certeza, falava assim com o coração partido. Como judeu piedoso, ele amava o Templo de Deus e o visitava regularmente como peregrino. Mas, tudo seria destruído, como de fato aconteceu quarenta anos mais tarde, na guerra entre judeus e romanos. Aqui nesse mundo, é em vão por a confiança em instituições humanas, por mais sólidas que elas pareçam. Elas passam, caducam, desmoronam. Por a confiança em Deus. Não confiar na grandiosidade.
O segundo ensinamento é este: não se deixar enganar. Jesus alertou que muitos se apresentariam em seu nome. Não devemos segui-los. Sempre existiram falsos profetas e falsos pastores, que se aproveitam da credulidade dos ingênuos ou do medo dos fracos. Seguir Jesus, não se deixar enganar pelos falsos profetas.
O terceiro ensinamento é este: não se apavorar. São sinais, não é o fim ainda. De fato, basta pensar nas guerras mundiais, que fim de mundo não foi... Na hora das crises, manter a calma, a serenidade, não se apavorar. Manter a tranquilidade de quem se sabe orientado e assistido por Deus, mesmo no meio das tormentas.
Vamos guardar a mensagem de hoje
Há sempre crises na história, situações difíceis, guerras, fome, pestes, terremotos... não é de agora que isso acontece. Mesmo que uma grande crise anteceda o final dos tempos, é preciso, como Jesus nos ensina: não confiar na grandiosidade, não se deixar enganar e não se apavorar.
Quando vocês ouvirem falar de guerras e revoluções, não fiquem apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim (Lc 21, 9).

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