PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: fraternidade
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Não queira passar na frente dos outros!



29 de outubro de 2022

30ª Semana do Tempo Comum | Sábado



EVANGELHO


Lc 14,1.7-11

1Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam. 7Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou-lhes uma parábola: 8“Quando fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu, 9e o dono da casa, que convidou os dois, venha te dizer: ‘Dá o lugar a ele’. Então ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar. 10Mas, quando fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: ‘Amigo, vem mais para cima’. E isto vai ser uma honra para ti diante de todos os convidados. 11Porque quem se eleva será humilhado e quem se humilha será elevado”.


MEDITAÇÃO


Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares (Lc 14, 7)


Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. Notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. E deu um conselho: ”você sendo convidado para uma festa de casamento, não ocupe os lugares reservados a pessoas importantes. Você pode passar uma grande vergonha. De repente, chega alguém mais importante do que você e o dono da casa vai pedir que você ceda aquele lugar... é melhor, sentando-se mais atrás, ser convidado para ocupar um lugar mais à frente, do que ser humilhado na frente de todo mundo”.

O que Jesus observou naquele jantar é o retrato do que nós vivemos hoje: a busca pelos primeiros lugares; pessoas achando-se importantes, gente procurando regalias, cobrando tratamento VIP, diferenciado. Quando alguém se sente importante, superior, especial, está, na verdade, cultivando a própria projeção, inflacionando o próprio egoísmo. Assim, passa a exigir a atenção dos outros, a admiração, a homenagem, a obediência... e condições diferenciadas dos outros, em seu modo de viver.

Nem sempre a imagem que se tem de si mesmo corresponde ao que de fato se é. E uma imagem inflada pelo sentimento de superioridade falseia a realidade. Além de atentar contra si mesmo, expondo-se a comportamentos e atitudes vaidosas, presunçosas, arrogantes..., essa busca de privilégios ofende as pessoas que estão ao seu redor. Quem se julga superior, tenta reduzir os outros a inferiores, servidores, capachos.

O ensinamento de Jesus é o contrário disso. Nada de arrogância, julgando-se superior por sua condição social, pela cor de sua pele, pelo bairro onde mora ou pelo dinheiro e influência que tenha. Modéstia. Humildade. Não querer ocupar os primeiros lugares, numa afirmação de superioridade sobre os outros. Sentar-se modestamente ao lado dos outros. Valorizar todo mundo, a partir dos aparentemente mais frágeis. Se vier algum reconhecimento, sendo chamado mais para frente, será uma honra bem-vinda. Porque, como disse o nosso Mestre, quem se eleva será humilhado; e quem se humilha, será exaltado.


Guardando a mensagem

Esta é uma tentação permanente em nossa vida, na sociedade e na Igreja: a busca de privilégios e de reconhecimento social. Os fariseus eram mestres nisso. O espírito do evangelho é a fraternidade, um modo de se conviver em sociedade e na Igreja em estilo de acolhimento, cooperação e valorização de cada um. O mundo ensina diferente: seja o primeiro, o mais importante, o mais sabido, o mais poderoso; tem valor quem tem mais dinheiro, quem tem mais estudo, quem tem melhor aparência. O espírito do evangelho, ensinado por Jesus, diz diferente: somos irmãos, cada um tem seu valor, dependemos uns dos outros. Humildade, nada de arrogância.

Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares (Lc 14, 7)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
naquela refeição, observaste o que simbolicamente é a busca dos primeiros lugares: as disputas de poder, a busca de privilégios. O teu evangelho é a proclamação da fraternidade, todos somos irmãos. A boa nova que pregaste é afirmação da prioridade dos pequenos, os últimos serão os primeiros. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Não fique triste se não lhe fizerem aquela homenagem que você acha que merece. Não sinta inveja de quem parece ter se dado melhor do que você. Tome o conselho de Jesus: “não fique correndo atrás dos primeiros lugares”. Isso é loucura, vaidade, arrogância. Somos todos irmãos, estamos todos no mesmo barco.

Comunicando

Para facilitar o seu acesso diário à Palavra de Deus, você  tem visto que enviamos sempre um link pra você ler o texto bíblico e a Meditação. Ler o evangelho é muito importante.  

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

CONVERSÃO, PARTILHA, SOLIDARIEDADE

 

12 de dezembro de 2021

3º Domingo do Advento

 

EVANGELHO


Lc 3, 10-18


Naquele tempo:

10As multidões perguntavam a João: 'Que devemos fazer?'

11João respondia: 'Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem; e quem tiver comida, 

faça o mesmo!'

12Foram também para o batismo cobradores de impostos, e perguntaram a João: 'Mestre, 

que devemos fazer?'

13João respondeu: 'Não cobreis mais do que foi estabelecido.'

14Havia também soldados que perguntavam: 'E nós, que devemos fazer?'

João respondia: 'Não tomeis à força dinheiro de ninguém, nem façais falsas acusações; ficai 

satisfeitos com o vosso salário!'

15O povo estava na expectativa e todos se perguntavam no seu íntimo se João não seria o Messias.

16Por isso, João declarou a todos: 'Eu vos batizo com água, mas virá aquele que é mais forte 

do que eu. Eu não sou digno de desamarrar a correia de suas sandálias. Ele vos batizará no 

Espírito Santo e no fogo.

17Ele virá com a pá na mão: vai limpar sua eira e recolher o trigo no celeiro; mas a palha ele 

a queimará no fogo que não se apaga.'

18E ainda de muitos outros modos, João anunciava ao povo a Boa-Nova.


MEDITAÇÃO


Quem tiver duas túnicas compartilhe com aquele que não tem. 

Quem tiver o que comer, faça o mesmo (Lc 3,11)


Jesus vem. É o mote desse tempo do Advento. Jesus está chegando. Precisamos nos preparar.

Precisamos preparar a sua chegada. E qual será o modo melhor de nos prepararmos para sua vinda? 

Esse terceiro domingo do Advento responde. Ele nos apresenta a figura João Batista que nos traz 

uma mensagem de conversão. A sua pregação é essa: "Convertam-se porque o reino dos céus 

está próximo". Ele está preparando o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías. O modo

 melhor de nos prepararmos para o encontro com o Senhor é a conversão.


João está pregando no deserto e batizando no rio Jordão. "Deserto", lembra o longo tempo em que 

o povo peregrinou até entrar na Terra Prometida: Tempo de purificação. Tempo de celebração da 

Aliança. No deserto, o povo recebeu a Lei para ser o povo de Deus. Lá, fez aliança com o Senhor. 

No deserto, tornou-se povo de Deus, povo da Aliança. A entrada na Terra Prometida deu-se pelo 

Rio Jordão. João está nesse cenário: Deserto e Jordão. A imagem já fala por si mesma: Voltemos

 à aliança com Deus.


Às vésperas da chegada do Messias, o profeta está atraindo o povo para o deserto. E prega a 

chegada iminente do Messias. E a necessidade de cada um abandonar sua vida errada e 

restabelecer sua aliança com o Senhor. Os que confessam seus pecados são batizados por ele, 

no Rio Jordão. É o batismo purificador, preparando o povo para o encontro com o Senhor que

está chegando. Um povo que está sendo restaurado na sua condição de povo de Deus, pela 

Palavra que está sendo anunciada e pelo banho purificador da água. É isso que está acontecendo 

ali, no deserto da Judeia.


A partilha e a solidariedade são sinais de conversão. Afastando-se do egoísmo e da indiferença, 

a pessoa mostra que se importa com a dor e o sofrimento dos seus irmãos. A quem perguntava, 

João indicavam o caminho: a partilha, a justiça, a solidariedade. Repartir comida e roupa, mesmo 

sendo pobres e tendo pouco, cada um na sua profissão agindo com honestidade e espírito de serviço. 

Assim ele dava conselho aos cobradores de impostos, aos soldados, etc. Afinal, renovar-se no 

seu comportamento, nos seus compromissos, na sua vida.


João é uma figura impressionante, pela sua austeridade de vida, pelo anúncio da vinda do 

Messias e pela sua pregação clara sobre conversão, a mudança de vida. E mais: para não 

deixar qualquer dúvida sobre sua função auxiliar, apresenta a figura do Messias como muito

superior a si próprio. “Eu nem sou digno de desamarrar suas sandálias”. É o servo que lava os 

pés do seu senhor. João nem se acha digno de ser servo do Messias. E o batismo do Messias é 

igualmente superior. “Eu batizo vocês com água. Ele vai batizar com o Espírito Santo e com fogo”. 

O fogo é um símbolo de purificação. No livro do profeta Malaquias está dito que o Messias vem com

fogo do fundidor ou refinador do ouro: vai purificar o seu povo. O forno do fundidor separa o ouro das 

impurezas.

 


 

Guardando a mensagem


O senhor veio. Vamos celebrar a sua primeira vinda no Natal. O Senhor vem. Vem sempre ao 

nosso encontro nos acontecimentos de nossa vida e de tantas maneiras surpreendentes. O senhor 

virá definitivamente no último dia. Como podemos nos preparar para o nosso encontro com Ele? 

Pela conversão. Pela mudança de vida. Por uma vida de aliança com o Senhor. Produzindo frutos 

de caridade, de justiça, de fraternidade. 


Quem tiver duas túnicas compartilhe com aquele que não tem. 

Quem tiver o comer, faça o mesmo (Lc 3,11)


Cinco segundos para você falar com Deus…


Rezando a Palavra 


Senhor Jesus,

Este tempo de Advento, preparando-nos para o teu Natal e para tua segunda vinda, é uma grande
convocação para conversão. É como se vivêssemos no tempo de João Batista, um tempo de
preparação para tua chegada. Dá-nos, Senhor, acolher os apelos deste tempo abençoado e
voltarmos para Ti de todo coração. Concede que brote de nossos corações abrasados por tua
palavra gestos de partilha e solidariedade com os irmãos mais pobres e sofredores. Seja bendito
o teu santo nome, hoje e sempre. Amém!.


Vivendo a Palavra


Faça o propósito, de neste ano, participar da Novena de Natal. É uma forma concreta de cultivar um
espaço de oração e escuta da palavra de Deus, nesta proximidade do Natal.


Quarta-feira próxima, dia 15, começa a Novena de Natal, que nós vamos realizar pelas redes sociais.
Os encontros vão do dia 15 ao dia 23 desse mês, sempre às 15h, e você pode nos acompanhar
pelo Facebook ou pelo YouTube.


Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

CONVERSÃO, PARTILHA, SOLIDARIEDADE



12 de dezembro de 2021

3º Domingo do Advento

EVANGELHO


Lc 3,10-18

Naquele tempo, 10as multidões perguntavam a João: “Que devemos fazer?” 11João respondia: “Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem; e quem tiver comida, faça o mesmo!” 12Foram também para o batismo cobradores de impostos, e perguntaram a João: “Mestre, que devemos fazer?”
13João respondeu: “Não cobreis mais do que foi estabelecido”. 14Havia também soldados que perguntavam: “E nós, que devemos fazer?”
João respondia: “Não tomeis à força dinheiro de ninguém, nem façais falsas acusações; ficai satisfeitos com o vosso salário!”
15O povo estava na expectativa e todos perguntavam no seu íntimo se João não seria o Messias. 16Por isso, João declarou a todos: “Eu vos batizo com água, mas virá aquele que é mais forte do que eu. Eu não sou digno de desamarrar a correia de suas sandálias. Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo. 17Ele virá com a pá na mão: vai limpar sua eira e recolher o trigo no celeiro; mas a palha ele a queimará no fogo que não se apaga”.
18E ainda de muitos outros modos, João anunciava ao povo a Boa Nova.


MEDITAÇÃO

Quem tiver duas túnicas compartilhe com aquele que não tem. Quem tiver o que comer, faça o mesmo (Lc 3, 11)

Jesus vem. É o mote desse tempo do advento. Jesus está chegando. Precisamos nos preparar. Precisamos preparar a sua chegada. E qual será o modo melhor de nos prepararmos para a sua vinda? Esse terceiro domingo do advento responde. Ele nos apresenta a figura de João Batista, que nos traz uma mensagem de conversão. Sua pregação é essa: “Convertam-se, porque o Reino dos céus está próximo”. Ele está preparando o caminho do Senhor, como disse o Profeta Isaías. O modo melhor de nos prepararmos para o encontro com o Senhor é a conversão.

João está pregando no deserto e batizando no Rio Jordão. “Deserto” lembra o longo tempo em que o povo peregrinou até entrar na terra prometida. Tempo de purificação. Tempo de celebração da aliança. No deserto, o povo recebeu a Lei, para ser o povo de Deus. Lá, fez aliança com o Senhor. No deserto, tornou-se povo de Deus, povo da aliança. A entrada na terra prometida deu-se pelo Rio Jordão. João está neste cenário: Deserto e Jordão. A imagem já fala por si mesma: voltemos à aliança com Deus.

Às vésperas da chegada do Messias, o profeta está atraindo o povo para o deserto. E prega a chegada iminente do Messias. E a necessidade de cada um abandonar sua vida errada e restabelecer sua aliança com o Senhor. Os que confessam os seus pecados são batizados por ele, no Rio Jordão. É o batismo purificador, preparando o povo para o encontro com o Senhor que está chegando. Um povo que está sendo restaurado na sua condição de povo de Deus, pela Palavra que está sendo anunciada e pelo Banho purificador da Água. É isso que está acontecendo ali, no deserto da Judeia.

A partilha e a solidariedade são sinais de conversão. Afastando-se do egoísmo e da indiferença, a pessoa mostra que se importa com a dor e o sofrimento dos seus irmãos. A quem perguntava, João indicava o caminho: a partilha, a justiça, a solidariedade. Repartir comida e roupa, mesmo sendo pobres e tendo pouco. Cada um na sua profissão agindo com honestidade e espírito de serviço. Assim, ele dava conselhos aos cobradores de impostos, aos soldados, etc. Afinal, renovar-se no seu comportamento, nos seus compromissos, na sua vida.

João é uma figura impressionante, pela sua austeridade de vida, pelo anúncio da vinda do Messias e pela sua pregação clara sobre conversão, a mudança de vida. E mais: para não deixar qualquer dúvida sobre sua função auxiliar, apresenta a figura do Messias como muito superior a si próprio. “Eu nem sou digno de desamarrar suas sandálias”. É o servo que lava os pés do seu senhor. João nem se acha digno de ser servo do Messias. E o batismo do Messias é igualmente superior. “Eu batizo vocês com água. Ele vai batizar com o Espírito Santo e com fogo”. O fogo é um símbolo de purificação. No livro do profeta Malaquias está dito que o Messias vem com o fogo do fundidor ou refinador do ouro: vai purificar o seu povo. O forno do fundidor separa o ouro das impurezas.


Guardando a mensagem

O Senhor veio. Vamos celebrar sua primeira vinda no Natal. O Senhor vem. Vem sempre ao nosso encontro nos acontecimentos de nossa vida e de tantas maneiras surpreendentes. O Senhor virá definitivamente no último dia. Como podemos nos preparar para o nosso encontro com ele? Pela conversão. Pela mudança de vida. Por uma vida de aliança com o Senhor. Produzindo frutos de caridade, de justiça, de fraternidade.

Quem tiver duas túnicas compartilhe com aquele que não tem. Quem tiver o que comer, faça o mesmo (Lc 3, 11)

Rezando a Palavra

Senhor Jesus,
Este tempo de advento, preparando-nos para o teu natal e para tua segunda vinda, é uma grande convocação para a conversão. É como se vivêssemos no tempo de João Batista, um tempo de preparação para a tua chegada. Dá-nos, Senhor, acolher os apelos deste tempo abençoado e voltarmo-nos para ti de todo coração. Concede que brote de nossos corações abrasados por tua palavra gestos de partilha e solidariedade com os irmãos mais pobres e sofredores. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a Palavra

Faça o propósito de neste ano, participar da Novena de Natal. É uma forma concreta de cultivar um espaço de oração e escuta da palavra de Deus, nesta proximidade do Natal.

Quarta-feira próxima, dia 15, começa a Novena de Natal, que nós vamos realizar pelas redes sociais. Os encontros vão do dia 15 ao dia 23 desse mês, sempre às 15 horas, e você pode nos acompanhar pelo facebook ou pelo youtube. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

TER A MANSIDÃO DE JESUS

Se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda! (Mt 5, 39)

17 de junho de 2018. 


Toda a história do antigo povo de Deus, suas leis, suas normas de comportamento, com a vinda de Jesus tudo ganhou mais luz, mais perfeição. No Sermão da Montanha, Jesus, como um novo Moisés, comunica a Lei ao seu povo. Ele não veio para acabar com a Lei antiga, mas para levá-la à perfeição, para aprimorá-la. A lei do Reino de Deus pauta-se pela misericórdia, pelo amor. 

No texto de hoje, ele corrige a Lei do Talião. A Lei do Talião, como está no Livro do Levítico, já era um grande avanço, porque disciplinava a reação às agressões. Não permitia o excesso. Era o mínimo de qualquer povo civilizado. Está escrito no Livro do Levítico: vida por vida, fratura por fratura, olho por olho, dente por dente. O dano que causar a alguém será a sua paga, na mesma moeda, na mesma medida. Bateu, levou. Matou, morreu. É o nível humano, disciplinando a vingança, para a vingança não sair maior do que a ofensa. Essa legislação foi já um grande avanço para o povo do Antigo Testamento. 

Com Jesus, o homem redimido pela graça pode fazer muito mais do que isso. Pode reagir com maior controle, com mais caridade, pode vencer, em si próprio, a raiva, o ódio, o desejo de vingança. O homem renascido pela graça pode ser mais generoso, como Deus foi para com ele; ser misericordioso, como Deus foi com ele. Pode, na graça de Deus que o regenerou, oferecer o perdão, em vez da vingança. 

Olha o que Jesus disse: “Não enfrentem quem é malvado”. Rebater à violência com a violência é alimentar a espiral suicida da violência. A lei de Moisés impunha um controle sobre a medida da vingança, para ninguém se exceder fora da conta. Com Moisés, quem foi ofendido tem o direito de responder com a mesma moeda. Não mais. Com Jesus, nem isso. Quem foi ofendido, não se vinga de jeito nenhum. Não responde com a mesma moeda. Não parte para a violência. Nada de "olho por olho, dente por dente". Não só não parte para a violência, mas procura ser humilde e generoso para restabelecer a fraternidade. Não somente não se vinga, mas também não fecha as portas para o agressor. Assim, até se arrisca a receber outra pancada, outra traição, outra ofensa. "Se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda!". Fácil, não é. 

Guardando a mensagem 


Oferecer a face esquerda ao agressor. Foi Jesus mesmo que em primeiro lugar realizou isso. Sua cruz foi isso! Nós o esbofeteamos, mas ele pediu ao Pai que nos perdoasse. Nós o crucificamos e, no entanto, ele nos reconciliou com Deus. O mandamento dele é ‘vingança não’ (aquele negócio de olho por olho) e nem voltar as costas a quem nos ofende. Agora a nova lei nos manda ser fraternos a toda prova. Nada de vingança. Nada de reações violentas. Permanecer desarmado, enfrentando a ofensa dos irmãos com humildade e pronto para o perdão. 


Se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda! (Mt 5, 39) 

Rezando a palavra 


Senhor Jesus, 

Hoje estás nos ensinando a agir com mansidão, não com violência. Deste o exemplo: ferido e violentado pelos soldados de Pilatos, te comportaste como um cordeiro levado ao matadouro. Ó Jesus, manso e humilde de coração, faze o nosso coração semelhante ao teu. Dá-nos vencer a espiral da violência, quebrando a resposta violenta que só a alimenta. Abençoa, Senhor, os irmãos e as irmãos que estão passando por grandes dificuldades. Ensina-os, Senhor, pelo teu Santo Espírito, a confiarem no diálogo, no entendimento, na busca perseverante de reconciliação. Sustenta-os com os dons da fortaleza e da paciência. Tu és, Senhor, o nosso modelo de vida, o nosso Mestre. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 


Vivendo a palavra 
  
Nesse assunto da paciência, da disposição para a reconciliação, da mansidão, há alguma a consertar na sua vida? Se puder, escreva alguma coisa sobre isso no seu diário espiritual (ou no seu caderno de anotações). 

Pe. João Carlos Ribeiro – 17 de junho de 2019.

AME OS SEUS INIMIGOS

MEDITAÇÃO PARA O SÁBADO, 24 DE FEVEREIRO DE 2018



Amem os seus inimigos e rezem por aqueles que perseguem vocês (Mt 5, 44).


Neste 11º dia da Quaresma, um passo exigente no terreno da caridade. Prepare o coração. Jesus nos mandou amar os inimigos. Essa atitude cristã supera o comportamento humano digamos “normal” que seria amar os amigos e odiar os inimigos. Viver na fé em Jesus Cristo nos faz superar essa posição. 

Ter raiva é uma coisa natural. Deixar que a raiva tome conta da gente, aí é que não dá. Permitir que a raiva se transforme em rancor, ódio e nos cegue em nossas atitudes, aí não. Segundo o ensinamento de Jesus, o melhor caminho é acalmar o coração e tentar ver em quem nos ofende ou nos agride um irmão, uma pessoa que está equivocada, mas continua a merecer nossa consideração. Não responder-lhe na mesma medida, não desejar-lhe o mal, antes preservar sua boa imagem, querer o seu bem, rezar por ele ou por ela. É o que Jesus está nos dizendo neste evangelho. 

Amar o próximo é o mandamento. Amar a Deus e amar o próximo. E quando o próximo for nosso inimigo ou a nossa inimiga, aí a coisa se complica. Amem os seus inimigos, mandou Jesus. Esse é o caminho da perfeição, amar os inimigos. E é nessa via que nós caminhamos, porque o Pai é perfeito. ‘Sejam perfeitos como o Pai do céu é perfeito’. Jesus foi claro: ‘tornem-se filhos do Pai que faz nascer o sol sobre maus e bons e manda chuva para justos e injustos’. O Pai é o modelo para o filho. O nosso Pai trata bem os maus, porque ele é pai de todos e a todos ama. Como filhos, nós o imitamos. 

Olha que interessante essa palavra de Jesus: “Tornem-se filhos do seu Pai que está nos céus”. O dom da filiação divina nós o recebemos no batismo, por meio do Espírito Santo. Somos filhos de Deus. Mas, Jesus está nos dizendo “tornem-se filhos do seu Pai”. Então, mesmo tendo recebido a graça de sermos filhos de Deus, precisamos aprender a agir como ele, neste caso, amando os nossos inimigos. Na carta aos Hebreus, a esse propósito, há uma passagem interessante sobre Jesus que aprendeu a ser um filho obediente. “Embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu.” (Hebreus 5,8). Pelo sofrimento, Jesus aprendeu a obediência de filho. Jesus é o maior exemplo. Ele falou e fez. Na cruz, humilhado, traído, torturado só pediu ao Pai que perdoasse seus algozes, porque, disse ele, “eles não sabem o que fazem”. Rezou por eles. Também por eles, deu a vida. 

Jesus está chamando a nossa atenção para o diferencial do cristão. Não agir como os pagãos ou pessoas reconhecidamente pecadoras desse mundo. Eles amam os seus amigos, tratam bem os seus iguais. Temos que imitar o Pai. Temos que imitar Jesus. Amar os inimigos, rezar pelos que nos perseguem, fazer o bem a quem nos maltrata. 

Vamos guardar a mensagem 

Jesus nos mandou amar os inimigos, fazer-lhe o bem. E nos deu como modelo o Pai, o nosso Deus. O próprio Jesus é nosso modelo. Imitando Jesus, amamos a todos, queremos o bem de todos e, quando perseguidos, injuriados ou difamados, lutamos para não guardar mágoa, nem alimentar ódio em nosso coração. Antes, rezamos por quem nos faz o mal e queremos o bem de quem nos ofende. É nesse espírito que enfrentamos a defesa dos nossos direitos e a busca da verdade. Sem ódio no coração. 

Amem os seus inimigos e rezem por aqueles que perseguem vocês (Mt 5, 44).

Vamos acolher a mensagem

Senhor Jesus, 

Está aí uma coisa difícil: amar os inimigos. Mas, esse é o jeito certo do cristão ser, para parecer contigo, para ter os mesmos sentimentos teus, como nos aconselhou o apóstolo. Ajuda-nos, Senhor, a tirar do nosso coração todo sentimento de rancor, de ódio, de inclinação à vingança. Ajuda-nos a cultivar o amor cristão que vê no outro, mesmo no inimigo, um irmão ou uma irmã que precisa encontrar o caminho do bem. Abençoa, Senhor, os que nos fazem o mal. Eles também são irmãos que precisam encontrar a graça da conversão. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. 

Amém. 

Vamos viver a palavra

Identifique, hoje, na sua história de vida alguém que lhe tenha feito muito mal. Fale com Jesus, em sua oração, pedindo-lhe forças para perdoar esse alguém. 

Pe. João Carlos Ribeiro – 22.02.2018

Alguém precisa de você

Quanto mais gente se concentra nos centros urbanos, menos comunicação interpessoal, mais anonimato, mais indiferença. A indiferença é a gente passar um pelo outro, como se o outro não existisse. A indiferença e o individualismo enfraquecem o tecido social e empobrecem a nossa existência humana.

Vivendo em sociedade, cada um tem um papel a cumprir, uma função social, uma tarefa profissional. Para alguém, como nós, que leva o nome de cristão e tem a responsabilidade de honrar a sua fé, não dá pra se contentar apenas em cumprir socialmente um papel. Ser cidadão ou cidadã é um direito e um dever, também. A perspectiva do evangelho é mais do que a simples convivência pacífica e educada entre todos, em sociedade. O evangelho nos impulsiona a um encontro mais profundo com as pessoas. Todos somos irmãos, estamos no mesmo barco e precisamos uns dos outros.

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