PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: dia mundial do doente
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TESTEMUNHA DO AMOR MISERICORDIOSO




07 de fevereiro de 2022

EVANGELHO


Mc 6,53-56

Naquele tempo, 53tendo Jesus e seus discípulos acabado de atravessar o mar da Galileia, chegaram a Genesaré e amarraram a barca. 54Logo que desceram da barca, as pessoas imediatamente reconheceram Jesus. 55Percorrendo toda aquela região, levavam os doentes deitados em suas camas para o lugar onde ouviam falar que Jesus estava.
56E, nos povoados, cidades e campos onde chegavam, colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste. E todos quantos o tocavam ficavam curados.

MEDITAÇÃO


Colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste (Mc 6, 56)

No clima do Dia Mundial do Enfermo, que vamos celebrar sexta-feira próxima, com a festa de N. Sra. de Lourdes, a palavra do evangelho de hoje nos fala da atenção de Jesus aos doentes. Jesus desembarcou com os discípulos em Genesaré, um povoado à beira do mar da Galileia e começou a percorrer aquela região. E logo se espalhou a notícia de sua presença. Mal Jesus chegava num lugar (um povoado, um sítio, uma cidade), chegava o povo com seus doentes, pedindo para tocar nele, nem que fosse na barra de sua veste. E os que tocavam nele ficavam bons.

Impressiona a quantidade de doentes citados nos evangelhos. No texto de hoje, eles são trazidos em seus leitos ou colocados nas praças, onde Jesus estivesse. E Jesus, cuja missão principal era anunciar a chegada do Reino, não parece se incomodar com tanto doente. Pelo contrário, mostra-se sempre atencioso, próximo, toca neles. Ficamos, assim, admirados com a bondade de Jesus, com sua paciência, com sua compaixão pelos sofredores. 

O Papa Francisco, em sua mensagem para o dia mundial do doente deste ano, anunciou o tema desta jornada 0 de"Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso" (Lc 6,36) e explicou: "Suprema testemunha do amor misericordioso do Pai para com os enfermos é o seu Filho unigénito. Quantas vezes os Evangelhos nos narram os encontros de Jesus com pessoas que sofriam de várias doenças!".

Nós também nos damos conta da condição em que Jesus encontra o seu povo. E você sabe muito bem, quanto mais sofrimento e opressão, mais as pessoas adoecem. O povo da terra de Jesus estava vivendo debaixo de muitas tensões, seja pela violência e exploração da dominação romana e seus impostos, seja pelo clima interno de exigência das leis religiosas que asfixiavam o seu dia-a-dia.

Uma coisa que não podemos deixar de considerar é o significado da doença na vida humana. A doença expõe a nossa fragilidade. O ser humano que Deus criou, infelizmente, pega doença, e em muitos casos, aquele mal físico o leva a óbito. Como o povo da Bíblia e nós entendemos isso? Na fé, recordamos que, no começo, não foi assim. O pecado que entrou no mundo é que nos puxa para baixo. Depois da desobediência de Adão, o Senhor Deus sentenciou: “Lembra-te que és pó e em pó te hás de tornar”. O pecado introduziu a destruição. O pecado abriu as portas para a doença e a morte. São Paulo escreveu bem clarinho: “O salário do pecado é a morte”. Entendendo isso, entendemos os doentes do evangelho.

A pessoa não está doente porque pecou. Isso não. Perguntaram a Jesus, no episódio do cego de nascença, se foi o pecado dele ou dos pais que o levou à cegueira. Jesus explicou: nem de um, nem de outro. Estamos falando da condição de pecadores em que todos nos encontramos, como filhos de Adão, como membros da humanidade. Sendo assim, podemos já ir percebendo que a atenção de Jesus aos doentes tem a ver diretamente com a sua missão. Olha como João Batista o apresentou: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. O perdão dos pecados e a cura da doença estão muito próximos. Naquela cena do paralítico, Jesus perdoou os seus pecados. E depois o curou de sua paralisia.

Jesus encontrou a humanidade marcada pelo pecado. O pecado desfigura a imagem de Deus nas pessoas. Por isso, Jesus, no evangelho, está cercado de doentes de todo tipo, cegos, coxos, paralíticos, leprosos... Sua missão é restaurar, libertar, purificar. Veio para trazer vida abundante.


Guardando a mensagem

Todo o período de Jesus na Galileia, peregrinando pelo interior, pelas vilas e cidades, está marcado, no evangelho, pela presença de muitos doentes. As famílias levavam seus doentes e queriam que, pelo menos, eles pudessem tocar na sua veste. O grande número de doentes no povo de Jesus indica um grave quadro de sofrimento e opressão pelo qual estava passando. A doença é uma demonstração da fragilidade humana e é lida como resultado do desequilíbrio que entrou na criação com o pecado dos nossos primeiros pais. O pecado trouxe sofrimento e morte. Jesus é o vencedor do pecado, do mal e da morte. Como redentor da humanidade, é ele quem tira o pecado do mundo. Na cura dos doentes, já vemos a sua missão se realizando, como comunicação da vida e do perdão de Deus.

Colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste (Mc 6, 56)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
queremos te recomendar os nossos doentes, os que estão em nossas casas, os que se acham em hospitais e todos os que precisam de maior cuidado e atenção, particularmente em razão da presente pandemia, mas também de tantos outros males. Nós os colocamos sob a proteção da Virgem Maria, tua mãe, Saúde dos Enfermos. Que ela nos ajude a partilhar com espírito de diálogo e mútuo acolhimento; a viver como irmãos e irmãs, atentos às necessidades uns dos outros; a ser solidários com coração generoso e a aprender do serviço voluntário de tantos irmãos e irmãs. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Atualize a lista de pessoas doentes de sua família e conhecidos seus pelos quais você vai rezar nessa Semana Mundial dos Enfermos.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

VENHAM A MIM, EU OS ALIVIAREI



Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim (Mc 7, 6) 



11 de fevereiro de 2020.


O que Jesus está fazendo na Galileia chamou a atenção das autoridades religiosas da capital, Jerusalém. Assim, de lá veio gente para fiscalizar o que está acontecendo e, claro, para por sob controle esse novo fenômeno. Uma comissão de fariseus e mestres da Lei chegou de Jerusalém e foi logo encontrando defeito naquela movimentação em torno de Jesus. Identificaram logo um perigo naquele movimento: ‘Jesus não segue à risca os costumes e os rituais da tradição’. Que tradição é essa? Vamos ver se descobrimos. 

Vamos dar um jeito de entrar na roda da conversa que está se formando, em torno de Jesus. É bom a gente chegar mais perto para ouvir bem o que estão dizendo. Chega mais! Olha a cara de sonsos dessa turma de Jerusalém! Estão se queixando que os discípulos de Jesus comem sem lavar as mãos. Parece uma bobagem. Não ria! Isso pra eles é uma coisa muito séria. O que é que eles estão dizendo? Dá para escutar alguma coisa? Ah, estão dizendo que os discípulos comem com as mãos impuras... Vamos escutar. “Isso é um desrespeito à nossa religião. Comer o pão sem lavar as mãos, onde já se viu uma coisa dessa? A religião manda lavar as mãos antes de tomar o alimento, isso é que é o certo. Para estarmos bem com Deus, não podemos nos contaminar com coisas impuras. E nós, fariseus levamos isso muito a sério e cobramos isso de nossa gente. Ao voltar da praça, deve-se tomar banho. E, em casa, tomar cuidado com o alimento que se come, lavar direito as vasilhas e os copos. Nós somos um povo santo. Precisamos estar atentos para não nos contaminarmos com a impureza em relação a alimentos, doenças de pele, sangue, estrangeiros... A pessoa impura está afastada de Deus que é santo e não pode frequentar o culto até se purificar”. 

Puxa! Você ouviu isso? Para eles, Jesus está acabando com a religião deles, desconsiderando as normas religiosas da pureza. Veja que eles fazem uma separação rígida entre o puro e o impuro. Contraindo uma impureza, a pessoa se afasta da presença de Deus e de sua bênção. Para se purificar, há vários ritos previstos, conforme a impureza contraída: abluções (lavar as coisas ou parte do corpo), tomar banho, oferecer sacrifícios depois de sete dias, etc. Opa, parece que Jesus vai falar. Presta bem atenção. “O que o profeta Isaías escreveu, nas Escrituras Sagradas, foi mesmo pra vocês, hipócritas: ‘Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim”. Uma coisa é o ensinamento de Deus, outra coisa são os costumes que vocês criaram. Vocês estão confundindo o mandamento de Deus com as tradições humanas. Vocês estão esvaziando a Palavra de Deus, com essa preocupação exagerada com coisas externas”. Nossa! Essa lição que Jesus deu aos fariseus serve direitinho pra gente. 


Guardando a mensagem 


A preocupação dos fariseus com a pureza legal levava as pessoas a viverem uma religião de práticas externas, de ritos, deixando de lado coisas mais importantes da fé como o amor a Deus e ao próximo. Nós também vivemos, especialmente nos dias de hoje, sob a ditadura da aparência. Em nosso mundo, importa mais a embalagem, o externo. Assim, é na roupa que se veste, no corpo que se quer ter, na idade que se disfarça, na foto sorridente das redes sociais. Importante é parecer que se está bem, vitorioso, feliz. Até na liturgia, chega essa preocupação excessiva com a exterioridade. O evangelho de hoje chama a nossa atenção sobre isto.

Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim (Mc 7, 6)



Rezando a palavra 


Senhor Jesus, 

Encanta-nos a liberdade com que anunciavas o Reino de Deus, sem aquela preocupação exagerada com os rituais de purificação que os fariseus tanto prezavam. Não estavas preocupado com o exterior, com o que se vê, com a aparência. O interno, o que está no coração, é isso que realmente tem valor. Senhor, hoje estamos celebrando o Dia Mundial do Enfermo. Assim, queremos confiar os doentes de nossas famílias à Virgem Maria, Saúde dos Enfermos. Em Lourdes, ela continua sendo um sinal de Deus que ama os seus filhos e os alivia do peso da doença. Rezamos também em favor dos que cuidam dos nossos doentes, os profissionais da saúde, os cuidadores e os seus familiares. Nós te bendizemos, Senhor Jesus, pois és o nosso bom samaritano, cuidando de nossas feridas. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a palavra 

O tema deste 28o. Dia Mundial do Enfermo é este: «Venham a mim, todos os que estão cansados e oprimidos e eu os aliviarei” (Mt 11, 28). Guarde de cor essa palavra. É possível que hoje você precise repeti-la para alguém.

11 de fevereiro de 2020
Pe. João Carlos Ribeiro, sdb



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