PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: crianças
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O CAMINHO DE JESUS É O MEU CAMINHO


Quem acolher em meu nome uma destas crianças é a mim que estará acolhendo (Mc 9, 37)

23 de setembro de 2018.

O evangelho deste domingo pode ser dividido em três partes. Jesus ensinando aos discípulos, os discípulos discutindo sobre ser o maior, Jesus apresentando a criança. As três partes estão unidas por um só tema. Jesus está se revelando ao seu grupo e trabalhando suas dificuldades em compreendê-lo e segui-lo. E onde nós entramos neste evangelho? Nós somos os discípulos de hoje, precisando compreender como Jesus está realizando sua missão.

Jesus estava ensinando aos discípulos. E estava dando prioridade a isso, atravessando a Galileia. Queria muito que eles entendessem como ele estava realizando a sua missão e o que iria acontecer com ele. É verdade que ele era o Messias, como Pedro tinha proclamado. Mas, não pensassem nessa sua condição com os critérios de grandeza, sucesso e glória dos grandes que eles conheciam ou de quem ouviam falar. Ele estava realizando a sua missão como um humilde servidor. O profeta Isaías tinha falado sobre o servo sofredor, um profeta de Deus carregado de sofrimento e humilhações. Esse era o seu caminho. Seria rejeitado, condenado e chegaria a ser morto. Ressuscitaria ao terceiro dia. Assim, realizaria a sua missão.

No caminho, os discípulos, em oposição a tudo que Jesus estava ensinando, discutiram sobre cargos, sobre posições de prestígio no grupo, em ser o maior. Eles continuavam na contramão do que Jesus estava ensinando. Um pouco antes, Pedro já tinha merecido uma bronca de Jesus. Também ele estava na contramão, desaconselhando Jesus a falar em perseguição e morte.  Chegando em casa, Jesus sabendo das pretensões equivocadas deles, chamou  uma criança e continuou o seu ensinamento, corrigindo essa visão dos discípulos.

Em casa, o ensinamento de Jesus continuou na mesmo linha do que ensinara antes. “O primeiro é o servidor de todos”.  Foi quando abraçou a criança e disse que quem acolhesse a criança, o acolheria. Jesus estava se comparando com a criança. E por que Jesus se comparou com a criança? A criança está representando o pequenino, o sem poder. Na sociedade do tempo de Jesus, a criança não tinha a importância e a prioridade que tem hoje em nossa civilização. Mesmo entre nós, até algumas décadas atrás, criança não tinha vez nenhuma. Por exemplo, não podia falar enquanto adultos estivessem conversando, não podia passar no meio de adultos,  não escolhia suas roupas, nem sua comida... Criança era por último. No tempo de Jesus, a coisa era bem pior. Afinal, comparar-se com a criança era comparar-se com a fraqueza, com o sem poder e sem valor social.

Guardando a mensagem

Somos seguidores de Jesus, somos cristãos. Mas, pode ser que a imagem que fazemos de Jesus não esteja exatamente a do evangelho. O texto de hoje nos ajuda a melhorar nossa compreensão sobre  Jesus, o Messias filho de Deus e sua missão. Ele realizou a sua missão, fazendo um caminho bem diferente da grandeza, da glória e do triunfo humano. O apóstolo Paulo disse que ele se esvaziou a si mesmo (Fl 2), fazendo-se servo obediente até à cruz. O profeta Isaías falou dele como o servo sofredor, carregado de humilhações. O próprio Jesus, que já tinha explicado aos discípulos que seria rejeitado, perseguido e morto e ressuscitaria, identificou-se com a criança.  A criança, nessa passagem, é exemplo dos pequeninos, dos sem poder, dos desprestigiados.  O caminho de Jesus é o caminho da Igreja. O caminho de Jesus é o caminho do cristão. Não estamos indo para o pódio. Nossa glória passa pela cruz.

Quem acolher em meu nome uma destas crianças é a mim que estará acolhendo (Mc 9, 37)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
A verdade é que a nossa vida cristã, nosso relacionamento com Deus, nossos compromissos no mundo estão marcados e influenciados pela visão que temos de ti, de teu messianismo. Normalmente, esquecemos que abraçaste voluntariamente a paixão e a cruz e nos alcançaste a salvação dando a tua vida em nosso favor. É que, no fundo, queremos escapar aos conflitos, aos problemas, aos sofrimentos que são inerentes à nossa condição humana e à nossa vida em sociedade.  Assim, fazemos como os teus primeiros discípulos, que estavam de olho nos cargos, no poder e no sucesso que alcançariam ao teu lado. Hoje, nos recordas, Senhor, o teu caminho, que é também o caminho de cada um de nós teus seguidores e de tua Igreja.  E, em resposta, queremos te acolher na fraqueza do servo sofredor e na condição de pequenino, como as crianças do teu tempo. Queremos seguir contigo, sempre. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

O que de mais importante podemos fazer hoje, em resposta à palavra? Participar da Santa Missa. Esta é a ação mais digna do seguidor de Jesus, no dia do Senhor. A Santa Eucaristia é o memorial de sua morte e ressurreição.  

Pe. João Carlos Ribeiro – 23.09.2018

O REINO DE DEUS É UM PRESENTE DO PAI PARA SEUS FILHOS



Deixem as crianças e não as proíbam de vir a mim (Mt 19, 14)

18 de agosto de 2018

Levaram crianças a Jesus. Quem teria levado crianças a Jesus? As crianças andavam com os pais, propriamente com as mães. Os meninos a partir de seis ou sete anos andavam sempre com os pais. As meninas estavam sempre ao lado das mães, até se casarem. Era assim o costume do povo de Jesus. Podemos concluir, então, que as crianças estavam acompanhadas dos seus pais. As mães, com os pequenininhos e as meninas e os pais, com os meninos a partir dos seis ou sete anos. E eles queriam que Jesus impusesse as mãos sobre os seus filhos e rezasse por eles.

Os discípulos reagiram. Começaram a afastar as crianças, a reclamar com os pais e a impedir que se aproximassem do Mestre. Essa atitude deles revela que eles não estavam entendendo o que Jesus andava explicando sobre o Reino de Deus. Ainda estavam na lógica do ‘quem-vale-é-o-adulto-o-grande-o-maior’. Jesus tinha dito que o Reino de Deus é das crianças. E de quem se parecer com elas. E tinha dito isso, outro dia, exatamente para corrigir os discípulos que estavam discutindo sobre quem seria o maior no Reino. Jesus tinha apresentado a criança como modelo dos cidadãos e cidadãs do Reino de Deus. No Reino de Deus, somos filhos na casa do Pai, não funcionários carreiristas; somos discípulos que aprendemos com Jesus, não fariseus fechados à revelação de Deus; somos filhos que confiamos no Pai, não adultos que confiam apenas em si mesmos. Se não formos como crianças – filhos que amam, aprendem, confiam – não temos parte no Reino.

O Reino de Deus é um presente do Pai para os seus filhos. E ninguém tem merecimento para recebê-lo. E a quem socialmente mostra-se sem condição ou pretensão de conquista-lo, é a esse que é dado o Reino. Assim são os pobres, os doentes, as crianças. O Reino é um dom do Pai para os seus filhos amados.

Jesus reclamou, com razão. ‘Não criem dificuldade para as crianças virem a mim, não as impeçam. O Reino de Deus é daqueles que são como elas”. E impôs as mãos sobre elas. Impor as mãos é um gesto de comunicação da bênção.  No Evangelho, em muitas curas, Jesus impõe as mãos sobre os enfermos. Os apóstolos também aparecem impondo as mãos, ao curar os doentes. Impor as mãos é comunicar a bênção de Deus ou o dom do seu Espírito. Olha como está escrito: “Ele abraçava as crianças e as abençoava, impondo-lhes as mãos”.

Vamos guardar a mensagem

Levaram crianças para Jesus abençoar. Criança é importante, é a mentalidade de Jesus. Criança atrapalha, pensavam os discípulos. Jesus pensava o Reino como uma grande Casa de família, onde Deus é Pai e nós todos somos filhos e irmãos. E, nesta grande família, é às crianças, aos doentes e aos idosos que se deve prestar mais atenção. Os discípulos pensam o Reino como uma instituição de poder, com uma elite mandando na maioria. Nessa mentalidade, gente pequena não vale, criança não conta. O Reino de Deus é das crianças e de quem se parece com elas, ensinou Jesus.

Deixem as crianças e não as proíbam de vir a mim (Mt 19, 14)

Vamos rezar a palavra

Senhor Jesus,
Foi uma lição e tanto essa história da bênção das crianças. As mães e os pais das criancinhas saíram felizes, com a tua atitude acolhedora. Eles tinham ficado chocados com o jeito dos discípulos dificultarem e proibirem a aproximação dos pequeninos. É, Senhor, pai e mãe sabem como sua criança é importante, porque a amam. E foi isso que viram na tua atitude: perceberam o teu carinho, o teu amor por elas. Um Reino assim que dá valor a quem é pequeno como uma criança, vale a pena, eles pensaram. Eles e nós também.  Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vamos viver a palavra

Veja por aí se as crianças de sua família estão fazendo a catequese. Ajude os responsáveis a entenderem essa palavra de Jesus: “Deixem as crianças virem a mim”.

Pe. João Carlos Ribeiro – 18.08.2018

PEQUENO TEM VEZ

Levaram crianças a Jesus, para que impusesse as mãos sobre elas e fizesse uma oração (Mt 19, 13)

Levaram crianças a Jesus. Quem teria levado crianças a Jesus? As crianças andavam com os pais, propriamente com as mães. Os meninos a partir de seis/sete anos andavam sempre com os pais. As meninas estavam sempre ao lado das mães, até se casarem. Era assim o costume do povo de Jesus. Podemos concluir, então, que as crianças estavam acompanhadas dos seus pais. As mães, com os pequenininhos e as meninas e os pais, com os meninos a partir dos seis/sete anos. E eles queriam que Jesus impusesse as mãos sobre os seus filhos e rezasse por eles.

Os discípulos reagiram. Começaram a afastar as crianças, a reclamar com os pais e a impedir que se aproximassem do Mestre. Essa atitude deles revela que eles não estavam entendendo o que Jesus andava explicando sobre o Reino de Deus. Ainda estavam na lógica do ‘quem-vale-é-o-adulto-o-grande-o-maior’. Jesus tinha dito que o Reino de Deus é das crianças. E de quem se parecer com elas. E tinha dito isso, outro dia, exatamente para corrigir os discípulos que estavam discutindo sobre quem seria o maior no Reino. Jesus tinha apresentado a criança como modelo dos cidadãos e cidadãs do Reino de Deus. No Reino de Deus, somos filhos na casa do Pai, não funcionários carreiristas; somos discípulos que aprendemos com Jesus, não fariseus fechados à revelação de Deus; somos filhos que confiamos no Pai, não adultos que confiam apenas em si mesmos. Se não formos como crianças – filhos que amam, aprendem, confiam – não temos parte no Reino.

Jesus reclamou, com razão. ‘Não criem dificuldade para as crianças virem a mim, não as impeçam. Delas é o Reino de Deus’. E impôs as mãos sobre elas. Impor as mãos é um gesto de comunicação da bênção. No Evangelho, em muitas curas, Jesus impõe as mãos sobre os enfermos. Os apóstolos também aparecem impondo as mãos, ao curar os doentes. Impor as mãos é comunicar a bênção de Deus ou o dom do seu Espírito.

Vamos guardar a mensagem de hoje

Levaram crianças para Jesus abençoar. Criança é importante, é a mentalidade de Jesus. Criança atrapalha, pensavam os discípulos. Jesus pensava o Reino como uma grande Casa de família, onde Deus é Pai e nós todos somos filhos e irmãos. E, nesta grande família, é às crianças, aos doentes e aos idosos que se deve prestar mais atenção. Os discípulos pensavam o Reino como uma instituição de poder, com uma elite mandando na maioria. Nessa mentalidade, gente pequena não vale, criança não conta. O Reino de Deus é das crianças e de quem se parece com elas, ensinou Jesus.

Levaram crianças a Jesus, para que impusesse as mãos sobre elas e fizesse uma oração (Mt 19, 13)

Vamos acolher a Palavra com uma prece

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Nós amamos Jesus e guardamos a sua palavra.

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