PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: caridade
Mostrando postagens com marcador caridade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador caridade. Mostrar todas as postagens

COMECE BEM A QUARESMA


MEDITAÇÃO PARA A QUARTA-FEIRA DE CINZAS, DIA 14 DE FEVEREIRO DE 2018.

E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa (Mt 6,18)
Estamos começando a Quaresma. A Quaresma imita o povo antigo que caminhou 40 anos no deserto, purificando-se, para entrar na posse da terra prometida. Jesus jejuou durante quarenta dias, no início do seu ministério.  Recebendo as cinzas, entramos no clima desse tempo litúrgico: o reconhecimento de nossa fraqueza e a confiança no amor restaurador de Deus.
No sermão da montanha, comunicando a novidade do Reino, Jesus apresentou ao seu povo um novo modo de ver e realizar as antigas práticas religiosas. Falou da esmola, da oração e do jejum. Que tudo isso, pediu ele, fosse vivido sem demonstrações públicas, sem busca de reconhecimento dos outros. Essas três práticas de toda religião tradicional continuam valendo para nós, mas vividas com um novo espírito.  
A ORAÇÃO, sem ostentação, é um diálogo de filho, de filha, com o Pai, na intimidade do seu ser (o seu quarto). Quaresma é tempo de rezar mais e melhor. É na quaresma que se faz, a cada sexta-feira, a via-sacra. São sete sextas-feiras. A última é a sexta-feira da Paixão. O conselho pra todo mundo é: não perder as celebrações dominicais em sua comunidade, nesse período. Nesse tempo de Quaresma, cabe um esforço especial para cada um ter seu momento de oração pessoal, todos os dias.
O JEJUM, sem exibicionismo, nos priva do alimento ou de alguma outra coisa. Todas as religiões que se prezam recomendam esta prática. O jejum, durante a Quaresma, está marcado para os católicos para hoje, quarta-feira de cinzas e a sexta-feira da Paixão. E abstinência de carne todas as sextas-feiras da quaresma. O jejum educa a gente, vocês sabem disto. Ajuda a quebrar o nosso egoísmo, a nossa presunção, o nosso orgulho. Sobretudo, nos ensina a solidariedade. Porque jejum que se preze é partilha: a gente passa para quem está com fome aquilo que nós deixamos de comer.
A CARIDADE, sem busca de reconhecimento, nos faz realizar gestos de fraternidade. Concretamente, fazer alguma coisa pelos outros que precisam mais. Os profetas falavam de partilha da comida, da roupa, da água... Jesus fala do faminto, do sedento, do doente, do encarcerado, do maltrapilho... quem for fraterno com estes irmãos e irmãs, está sendo  fraterno com o filho de Deus, Jesus Cristo. Por isso na Quaresma também se fala de esmola. Mas, muita gente fica pensando logo num trocado que se dá a alguém. E a esmola de que se fala na Quaresma é a partilha do que temos com quem está passando necessidade.
Com a graça de Deus temos, no Brasil, a Campanha da Fraternidade, que justamente tem o seu momento forte na Quaresma. Assim, ninguém pode confundir gesto de fraternidade com apenas uma feirinha que se dá, ou uma ajuda financeira a uma família pobre. A Campanha da Fraternidade, a cada ano, aponta onde Jesus está esperando nosso gesto de fraternidade. A Igreja está nos apontando, neste ano, a superação da violência. Nosso compromisso com a caridade nos leva a nos informar sobre as raízes da violência que vivemos e a fortalecer projetos e atividades na linha da superação da violência.
Vamos guardar a mensagem
A Quaresma, que estamos começando com esta quarta-feira de cinzas, vale como um grande retiro para os cristãos católicos. Quarentas dias de caminhada, de crescimento, de práticas religiosas, de gestos de fraternidade. Assim, vamos estar prontos para entrar com Jesus em Jerusalém para celebrar com ele a Páscoa. E a Quaresma começa já nos apontando três práticas religiosas especiais neste período: oração, jejum e caridade. Mergulhe de cabeça nessa Quaresma.
E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa (Mt 6,18)
Vamos acolher a mensagem
Senhor Jesus,
Como disse Paulo, em sua segunda Carta aos Coríntios: “É agora o momento favorável, é agora o dia da salvação”. E nós não queremos e não podemos deixar passar essa oportunidade. A Quaresma há de ser para nós um tempo de crescimento espiritual, de fortalecimento de nossa fé e de realização de nosso compromisso de fraternidade. Abençoa, Senhor, este tempo de Quaresma que estamos começando. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vamos viver a palavra
Você conseguiu ler o texto do evangelho de ontem? Contou quantas vezes aparece a palavra “pão”? Quantas? Seis vezes. Seis é um número falho. Sinal de que aquela preocupação dos discípulos com o pão que esqueceram para a viagem não estava bem. Mostrava que o seu fermento ainda não era o de Jesus.
Bom, para viver a palavra de hoje, eu tenho uma sugestão boa para toda a Quaresma. Você realizar, a cada dia, um momento pessoal de oração. Isso seria muito vantajoso para o seu crescimento cristão. Que tal começar hoje?!

Pe. João Carlos Ribeiro – 13.02.2018

DESCUBRA QUEM É O BOM SAMARITANO


Vá e faça a mesma coisa (Lc 10, 37)
Bom, Jesus contou a história do bom samaritano. Um peregrino caiu nas mãos de assaltantes na estrada. Além de assalta-lo, eles o espancaram muito. Jesus fez questão de dizer que eles “foram embora, deixando-o quase morto”. Três pessoas passaram por aquele mesmo caminho. Os dois primeiros, homens da religião de Israel, viram e foram embora. Você escutou? - “foram embora!”. A falta deles – a omissão de socorro – está quase no mesmo nível dos assaltantes, pois foram embora também, indiferentes à sorte daquela vítima.
O terceiro que passou pelo caminho foi um samaritano, um estrangeiro. Esse viu e teve compaixão. Essa palavra “compaixão” se repete muitas vezes nos evangelhos, referindo-se a Jesus quando se encontra com os sofredores. E o que fez o samaritano? Ele realizou uma obra completa, perfeita, misericordiosa. Obra assim, só Deus faz. O Senhor Deus criou o mundo em sete dias. O que o samaritano fez está descrito em sete ações (conte aí): aproximou-se – fez curativos com óleo e vinho – transportou o homem na sua própria montaria – levou-o a uma hospedaria – cuidou dele, lá – pagou a hospedagem com duas moedas de prata – quantas ações até agora?  Seis. Então, está faltando uma. E essa deve ser o coroamento de todas. É assim na linguagem poética da literatura da Bíblia. Qual será a sétima ação? A sétima é esta: Vai pagar o que tiver de despesa a mais, quando voltar. O pagamento completo será na volta. Quem é que vai voltar? Claro, Jesus é quem vai voltar. Ele vai acertar as contas, na volta. Vai premiar quem tomou conta do seu irmão, em sua volta no fim dos tempos.
Você sabe quem é o bom samaritano? Eu não tenho dúvida. Jesus é o bom samaritano. A situação do homem assaltado e quase morto é a condição com que ele nos encontrou no caminho da história, gente ferida pelo pecado. Ele se aproximou de nós, pela sua encarnação. Curou-nos com o derramamento do seu sangue (o vinho) e do Espírito Santo (o óleo). Tomou sobre si nossas dores e nosso pecado (transportou o homem no seu animal). Inseriu-nos, pelo batismo, na comunidade da Igreja (levou-o para uma hospedaria). É a Igreja, que como uma mãe, nos acompanha, nos alimenta, nos educa, cuida de nós (na hospedaria, ele cuidou do ferido). Garantiu que nem um copo d’água ficará sem recompensa (pagou as duas moedas ao dono da hospedaria). E, no seu retorno glorioso, vai dar a vida eterna a quem acolheu o pobre, alimentou, vestiu, visitou o necessitado,, lutou pelo sofredor (Na volta, pagará o que houver de despesa). É ou não é Jesus, esse samaritano?
Vamos guardar a mensagem de hoje
O samaritano, em primeiro lugar, é Jesus. Ele é o primeiro a nos dar o exemplo. Ele nos amou perfeitamente. Confira os sete passos do serviço ao próximo, nesta parábola.  O bom samaritano é Jesus e todo aquele que o imita. Veja o que está escrito no finalzinho desse texto do evangelho: ‘O próximo do assaltado foi o que usou de misericórdia para com ele’. “Misericórdia”, você ouviu bem essa palavra? Claro, foi Jesus que usou de misericórdia para conosco. É pra isso que ele está contando essa história: para nós o imitarmos, em sua misericordia. E olha como termina esse texto do evangelho... diz tudo: “Vá e faça a mesma coisa”.

Alguém precisa de você

Quanto mais a população se concentra nos centros urbanos, menos comunicação interpessoal,  mais anonimato, mais indiferença. A indiferença é a gente passar um pelo outro, como se o outro não existisse. A indiferença e o individualismo enfraquecem o tecido social e empobrecem a nossa convivência humana.

Vivendo em sociedade, cada um tem um papel a cumprir, uma função social, uma tarefa profissional. Quem, como nós, leva o nome de ‘cristão’ e tem a responsabilidade de honrar a sua fé, não se contenta apenas em cumprir socialmente um papel. A perspectiva do evangelho é mais do que a simples convivência pacífica e educada entre todos, em sociedade. O evangelho nos impulsiona a um encontro mais profundo com as pessoas. Todos somos irmãos, estamos no mesmo barco e precisamos uns dos outros.

Diana e Tereza


Diana e Tereza, duas mulheres que deixaram marcas no nosso mundo.
Diana impressionou o mundo com gestos humanitários como abraçar crianças negras e pobres, visitar lugares minados, denunciar a destruição do meio ambiente, a discriminação dos aidéticos. Diana era uma mulher jovem, saudável, rica e bela. Uma princesa de Gales. Tereza de Calcutá impressionou o mundo com sua vida toda entregue aos pobres mais abandonados pela sociedade. Não era um gesto aqui e ali de bondade e caridade. Eram 24 horas por dia de serviço às pessoas mais abandonadas por todos, em 119 países, lá onde a miséria e o abandono reinavam absolutos. Tereza era uma mulher pobre, velha e doente.

Alguém precisa de você

Quanto mais gente se concentra nos centros urbanos, menos comunicação interpessoal, mais anonimato, mais indiferença. A indiferença é a gente passar um pelo outro, como se o outro não existisse. A indiferença e o individualismo enfraquecem o tecido social e empobrecem a nossa existência humana.

Vivendo em sociedade, cada um tem um papel a cumprir, uma função social, uma tarefa profissional. Para alguém, como nós, que leva o nome de cristão e tem a responsabilidade de honrar a sua fé, não dá pra se contentar apenas em cumprir socialmente um papel. Ser cidadão ou cidadã é um direito e um dever, também. A perspectiva do evangelho é mais do que a simples convivência pacífica e educada entre todos, em sociedade. O evangelho nos impulsiona a um encontro mais profundo com as pessoas. Todos somos irmãos, estamos no mesmo barco e precisamos uns dos outros.

Postagem em destaque

Parece que o mundo não gosta de você.

04 de maio de 2024    Sábado da 5ª Semana da Páscoa.      Evangelho.   João 15,18-21 Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 18. &qu...

POSTAGENS MAIS VISTAS