PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: Mt 16
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A cadeira do mestre.


   22 de Fevereiro de 2024.  

Festa da Cátedra de São Pedro

   Evangelho.  


Mt 16,13-19

Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” 14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. 15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”.
17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”.

MEDITAÇÃO


Sobre esta pedra construirei a minha Igreja (Mt 16, 18)

Hoje, festejamos a Cátedra de São Pedro.

Bem no início do cristianismo, foram se formando comunidades por todo o império romano. Havia uma florescente comunidade em Roma também. Naquele tempo, as comunidades se reuniam nas casas. Na carta de Paulo aos romanos se fala de um casal que reunia a comunidade em sua casa: Áquila e Prisca (Rm 16). O apóstolo Pedro, estando em Roma, participava das reuniões da comunidade, pregava, celebrava na casa deste casal, a casa da comunidade. Havia, ali, uma cadeira reservada ao apóstolo Pedro. Mesmo que ele não estivesse presente, todos, ao ver aquela cadeira, se recordavam dele. Sentado nela, ele ensinava aos irmãos a fé em Cristo. Esta cadeira, hoje muito enfeitada, está em um dos altares da Basílica de São Pedro, no Vaticano. É a Cátedra de São Pedro. Cátedra é a cadeira de quem ensina, a cadeira do mestre. Olhando para a cadeira de Pedro, lembramos o seu ministério de ensinar e testemunhar a fé em Cristo Jesus.

É oportuno recordar, hoje, o que o Concílio Vaticano II escreveu na Constituição Lumen Gentium: “Jesus Cristo, pastor eterno, edificou a Igreja tendo enviado os Apóstolos como Ele fora enviado pelo Pai; e quis que os sucessores deles, os Bispos, fossem pastores na Sua Igreja até o fim dos tempos. Mas, para que o mesmo episcopado fosse uno e indiviso, colocou o bem-aventurado Pedro à frente dos outros Apóstolos e nele instituiu o princípio e fundamento perpétuo e visível da unidade de fé e comunhão” (37). A festa da Cátedra de Pedro celebra esse ministério de unidade de fé e comunhão do apóstolo Pedro.

No evangelho de hoje, Jesus fez uma pergunta muita séria aos discípulos: ‘E vocês, o que dizem que eu sou?’ Simão Pedro respondeu em nome do grupo: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Jesus o elogiou: ‘foi o Pai que te disse isso. Feliz és tu!’ Quem é o Filho, só o Pai sabe e aquele a quem o Pai o revela.

O que Pedro disse resume a fé de todos os que encontraram Jesus e acolheram sua Palavra. Jesus é o enviado de Deus, o prometido a Israel, o Messias. Mais: esse enviado, o Messias, é o Filho do Deus vivo. É uma confissão de fé na divindade de Jesus, ele é Deus com o seu Pai. Jesus ficou muito satisfeito com essa resposta. É nessa fé que ele edifica a comunidade que dá continuidade ao seu ministério nesse mundo. “Sobre esta Pedra, construirei a minha Igreja. E o poder do inferno nunca poderá vencê-la”. A fé confessada por Pedro é a pedra sobre a qual Jesus edifica a Igreja. A pedra é também a pessoa de Pedro, o discípulo que confessou a fé em Jesus-Messias-filho de Deus.




Guardando a mensagem

Nos alicerces de nossa vida cristã, está essa confissão de fé: cremos em Jesus, o filho do Deus vivo, enviado pelo Pai para nossa salvação. Jesus edificou a sua Igreja sobre a rocha firme dessa fé confessada por Pedro (Catecismo da Igreja Católica 424). Hoje é um dia especial para renovarmos a confissão de fé em Jesus. Cremos em Cristo Jesus, e o seguimos como discípulos e discípulas. Somos chamados a colocar Cristo no centro de nossa vida. Ele é o nosso pastor, nosso guia. Cremos na Igreja que ele edificou sobre a fé de Pedro. Sejamos, cada vez mais, filhos amorosos e obedientes da Igreja.

Sobre esta pedra construirei a minha Igreja (Mt 16, 18)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
somos a tua Igreja fundada sobre a fé proclamada por Pedro. Dá a todos nós batizados nesta fé a graça da unidade. Abençoa os pastores que dirigem a tua Igreja, em continuidade histórica e doutrinária com os teus primeiros apóstolos, dando-lhes discernimento e sabedoria. Livra-nos de embarcar na atual onda de críticas e suspeitas contra nossos bispos e contra o Santo Padre. São forças reacionárias semeando desunião e divisão na tua Igreja. Abençoa o Papa Francisco e assiste-o com o teu Santo Espírito, nesta sagrada missão de conduzir todo o rebanho, na unidade da fé. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Faça, hoje, uma prece especial pelo Santo Padre que preside, na caridade, a Igreja de Cristo. Ele está sempre nos pedindo que rezemos por ele.

Comunicando

Como toda quinta-feira, temos hoje a Santa Missa, às 11 horas. Deixe sua intenção no formulário.

Lembre de providenciar sua participação no Show que farei no Teatro Boa Vista, no Recife, no próximo domingo, às quatro da tarde. Você pode estar conosco presencialmente ou acompanhar por um acesso exclusivo a partir de sua casa. Faça contato pelo nosso WhatsApp: 81 3224-9284.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

A tentação de Jesus



   03 de setembro de 2023.   

22º Domingo do Tempo Comum


   Evangelho.   


Mt 16, 21-27

Naquele tempo, 21Jesus começou a mostrar a seus discípulos que devia ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da Lei, e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia.
22Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isso nunca te aconteça!”
23Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: “Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens!”
24Então Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. 25Pois, quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la.
26De fato, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida? O que poderá alguém dar em troca de sua vida? 27Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta”.



   Meditação   


Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga (Mt 16, 24).

Em princípio, todos nós queremos fazer a vontade de Deus. E a vontade de Deus é que nós sejamos bons, justos, honestos, trabalhadores, fieis, piedosos, santos. Acontece que há muita coisa que pode nos desviar da vontade de Deus. São as tentações.

Jesus veio para fazer a vontade de Deus. Aos poucos, ele foi entendendo o alcance da vontade do Pai em sua vida. Em mais de uma ocasião, conversou com os discípulos, comunicando-lhes que “deveria ir a Jerusalém, sofrer muito e que deveria ser morto e ressuscitar ao terceiro dia”. A perseguição era o desfecho da rejeição que a sua presença, sua pregação e seus milagres provocaram nas lideranças do seu povo, representadas pelos anciãos, sumos sacerdotes e mestres da Lei. A vontade de Deus era que Jesus seguisse fiel até o fim, até às últimas consequências.

Quadro parecido de dificuldades e perseguição viveu também o profeta Jeremias. A vontade de Deus era que ele anunciasse a sua Palavra, reprovando as ações do seu povo e de suas lideranças e lembrando-lhes qual seria o resultado de suas más ações. Pela reação, no dizer do profeta, a palavra do Senhor tornou-se para ele fonte de vergonha e de chacota.

Nós, seguidores de Jesus, também queremos conhecer e realizar a vontade de Deus. São Paulo, na carta aos Romanos, nos exortou a nos transformar, renovando a nossa maneira de pensar e de julgar, para podermos distinguir o que é da vontade de Deus, isto é, o que é bom, o que é justo, o que lhe agrada, o que é perfeito.

Diante da realização da vontade de Deus, que pode nos trazer algum incômodo e sofrimento, vem a tentação de nos esquivarmos do que é difícil, do que exige sacrifício, do que pode nos trazer problemas. Jesus sentiu a posição de Pedro como uma tentação. Pedro repreendeu o Mestre com essas palavras: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isso nunca te aconteça”. Pedro só queria o melhor para Jesus. Mas, estava agindo como o tentador, afastando Jesus da vontade de Deus, da fidelidade à sua missão. A reação de Jesus foi surpreendente, comparou essa tentação com a que tinha sofrido no deserto, no início de sua missão. “Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens”.

Jeremias também teve sua tentação. Não queria mais falar em nome de Deus. Mas, um fogo ardente o devorava, impelindo-o a continuar a missão. Nós também, nos lembra São Paulo na carta aos Romanos, temos a nossa tentação: conformarmo-nos ao mundo, não à vontade de Deus.

O caminho do seguimento de Jesus nos pede uma cota de renúncia, de sacrifício para sermos fieis à vontade de Deus. Jesus foi claro: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga”.



Guardando a mensagem

Jesus comunicou aos discípulos o que Deus queria dele: que fosse fiel até o fim, mesmo que tivesse que enfrentar a perseguição. Por isso, tomou a decisão de ir a Jerusalém e não fugir dos sofrimentos da morte que lhe seria imposta. Mas, não ficaria na morte, ressuscitaria. Pedro agiu como o tentador, repreendendo Jesus por essa decisão e assegurando que Deus não permitiria uma coisa daquela. Jesus está nos dizendo bem claro: para segui-lo, precisamos renunciar a nós mesmos e carregar a cruz de nossas dificuldades e sofrimentos, também.

Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga (Mt 16, 24).

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
na oração do Pai Nosso, tu nos ensinaste a rezar, nos comprometendo com a vontade do Pai e pedindo-lhe que não nos deixe cair em tentação. São Paulo nos lembrou que não podemos ceder à tentação, nos conformando ao mundo, mas transformando-nos, oferecendo-nos em sacrifício espiritual a Deus. No monte das Oliveiras, em grande angústia, tu pediste ao Pai para afastar o cálice da paixão, mas, ao mesmo tempo, reafirmaste: “faça-se antes a tua vontade do que a minha”. Dá-nos, Senhor, a graça de vencermos a tentação que nos afasta da realização da vontade de Deus. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Duas indicações para sua sintonia com a Igreja neste dia do Senhor: ler o texto do evangelho de hoje (Mateus 16, 21-27) e rezar pelo Papa Francisco, em sua viagem apostólica na Mongólia.

Comunicando

Gostaria que você conhecesse essa composição de minha autoria que retrata a passagem do Profeta Jeremias lida na liturgia deste domingo. Ela se intitula "Seduziste-me". Segue o áudio para você ouvi-la por completo. A letra vai junto com o texto da Meditação. É só seguir o link.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb




CANÇÃO DO PROFETA JEREMIAS


SEDUZISTE-ME (Jr 20)
Pe João Carlos

Seduziste-me, Senhor,
E eu me deixei seduzir (bis).
Por tua causa e por teu nome,
Estão todos contra mim (bis).

Por que sempre que abro a boca
Devo gritar forte contra a opressão?
Por que denunciar me mandas
Tanta violência e exploração?

Quando eu comigo pensava:
"Dele nunca mais quero me lembrar",
A força de sua palavra
Era uma fogueira a me devorar.

Calúnias eu ouvi de muitos
Tramando o fracasso da minha missão.
Javé é quem está comigo,
E esses inimigos se envergonharão

Javé, justo e poderoso,
A ti confiada minha causa foi.
E todos ao Senhor celebrem,
Pois da mão perversa já me libertou

Hora de decisão: seguir a Cristo ou ficar dando voltas em torno de si mesmo.



   11 de agosto de 2023.   

Memória de Santa Clara, virgem



   Evangelho
.   


Mt 16,24-28

Naquele tempo, 24Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga. 25Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la.
26De fato, de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro mas perder a sua vida? Que poderá alguém dar em troca de sua vida? 27Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta. 28Em verdade vos digo: Alguns daqueles que estão aqui não morrerão antes de verem o Filho do Homem vindo com seu Reino”.



   Meditação.   


De que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro mas perder a sua vida? (Mt 16, 26)


O chamado de Jesus é para que o sigamos. “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga”. Começa-se por renunciar a si mesmo, já não ser mais o centro e a medida de tudo. Trata-se de você acolher Jesus como guia de sua existência, escolhendo o seu caminho. Caminhar com ele, nos caminhos dele. Não andar atrás de outro que não seja Jesus, nem ficar dando voltas em torno de si mesmo. 

Renunciar a ser o centro de sua própria vida e carregar a própria cruz: o peso de suas responsabilidades, as dificuldades e os problemas que lhe tocam. Não fugir dos problemas próprios da existência. E não deixar que eles nos desviem do caminho do Mestre. Somos seguidores dele. Ele nos leva ao Pai. É para lá que a gente está indo. Com ele.
O que no final vai mesmo valer a pena? No fim do caminho, estaremos frente a frente com Deus ou teremos nos desviado tanto dele durante a vida, que poderemos estar irremediavelmente distantes, perdidos. É uma possibilidade, porque Deus nos criou dotados de liberdade.

É que a gente corre tanto, desgasta-se na luta pela sobrevivência, procurando dar conta das responsabilidades inerentes à existência humana (ou dos fardos que arrumamos pra carregar por nossa própria conta)... Corremos tanto que podemos até esquecer para onde nós estamos indo. Deus não nos chamou à vida apenas para passar de fase: ser criança, jovem, adulto, velho... velho não, idoso. E terminar o nosso tempo bem velhinhos. Deus tem um projeto maior, mais nobre: chegarmos à plenitude e à felicidade de filhos, herdeiros de sua glória. Essa é a meta.

Como é triste vermos uma pessoa viver agarrada exclusivamente às coisas desta terra, coisas que passam, que ninguém leva quando morre. É claro, a gente tem que lutar, tem que se empenhar pra ter as coisas, para melhorar sua qualidade de vida. Mas, aqui não é tudo, nem isso é o mais importante. Deus é que é o nosso endereço, a nossa meta. Estamos aqui vivendo, por iniciativa dele. Saímos dele. A ele, retornaremos. O caminho que é Jesus nos leva até ele. É em Deus, a nossa completa realização. E não somente depois, mas já agora. Nele, está a razão e o sentido da nossa existência.




Guardando a mensagem

Jesus nos convida ao seu seguimento. Ele sabe para onde nos levar. Ele nos leva para nossa completa felicidade, nos leva ao Pai. Toda a nossa vida é uma grande caminhada. Seguindo Jesus, acertamos o caminho. Jesus colocou duas condições para quem aceita o convite para segui-lo: renunciar a si mesmo e carregar a própria cruz. Foi o caminho que ele também tomou: esvaziou-se a si mesmo, na sua encarnação; e carregou com fidelidade a cruz da rejeição, do nosso pecado. Foi assim que ele venceu. Ele é o caminho. Valerá a pena a vida que trilhar esse caminho.

De que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro mas perder a sua vida? (Mt 16, 26)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
o risco é nós sermos seguidores de nós mesmos. Esse sentimento de autonomia é uma coisa positiva, claro. Mas, Senhor, quando leva a pessoa a excluir Deus de sua existência, aí a pessoa fica dando voltas sobre si mesma, sem rumo, nem direção. Sem Deus, que é nossa meta última, nós acabamos endeusando os bens dessa terra ou pessoas que nos pareçam maravilhosas. No fim, os bens passam e as pessoas decepcionam. Senhor, como cristãos, escolhemos um caminho pra seguir. Renunciando a nós mesmos e carregando o peso dessa vida, nós seguimos contigo. Tu és o caminho, a verdade e a vida. Amém.

Vivendo a palavra

No seu caderno espiritual, faça uma lista de situações difíceis que você esteja enfrentando atualmente. Depois escreva essas palavras de Jesus: “Se alguém quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga”.

Comunicando

Neste sábado, faço show na cidade de Bom Repouso, MG. No domingo, o show será na cidade de Belo Jardim, PE. Segunda-feira, teremos Encontro dos Ouvintes no Recife, para celebrar os 27 anos da AMA. Na terça, já estarei em Cruzeiro do Sul, AC, para o show na festa de N. Sra. da Glória. Seja tudo para a glória de Deus e o bem do seu povo. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb 

O QUE NÓS NÃO PODEMOS ESQUECER



05 de agosto de 2022

Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior

150 anos do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (Salesianas)



EVANGELHO


Mt 16,24-28


Naquele tempo, 24Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga. 25Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la.
26De fato, de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro mas perder a sua vida? Que poderá alguém dar em troca de sua vida? 27Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta. 28Em verdade vos digo: Alguns daqueles que estão aqui não morrerão antes de verem o Filho do Homem vindo com seu Reino”.





MEDITAÇÃO


De que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro mas perder a sua vida? (Mt 16, 26)


O chamado de Jesus é para que o sigamos. “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga”. Começa-se por renunciar a si mesmo, já não ser mais o centro e a medida de tudo. Trata-se de você acolher Jesus como Guia de sua existência, escolhendo o seu caminho. Caminhar com ele, nos caminhos dele. Não andar atrás de outro que não seja Jesus, nem ficar dando voltas em torno de si mesmo. 

Renunciar a ser o centro de sua própria vida e carregar a própria cruz: o peso de suas responsabilidades, as dificuldades e os problemas que lhe tocam. Não fugir dos problemas próprios da existência. E não deixar que eles nos desviem do caminho do Mestre. Somos seguidores dele. Ele nos leva ao Pai. É para lá que a gente está indo. Com ele.
O que no final vai mesmo valer a pena? No fim do caminho, estaremos frente a frente com Deus ou teremos nos desviado tanto dele durante a vida, que poderemos estar irremediavelmente distantes, perdidos. É uma possibilidade, porque Deus nos criou dotados de liberdade.

É que a gente corre tanto, desgasta-se na luta pela sobrevivência, procurando dar conta das responsabilidades inerentes à existência humana (ou dos fardos que arrumamos pra carregar por nossa própria conta)... Corremos tanto que podemos até esquecer para onde nós estamos indo. Deus não nos chamou à vida apenas para passar de fase: ser criança, jovem, adulto, velho... velho não, idoso. E terminar o nosso tempo bem velhinhos. Deus tem um projeto maior, mais nobre: chegarmos à plenitude e à felicidade de filhos, herdeiros de sua glória. Essa é a meta.

Como é triste vermos uma pessoa viver agarrada exclusivamente às coisas desta terra, coisas que passam, que ninguém leva quando morre. É claro, a gente tem que lutar, tem que se empenhar pra ter as coisas, para melhorar sua qualidade de vida. Mas, aqui não é tudo, nem isso é o mais importante. Deus é que é o nosso endereço, a nossa meta. Estamos aqui vivendo, por iniciativa dele. Saímos dele. A ele, retornaremos. O caminho que é Jesus nos leva até ele. É em Deus, a nossa completa realização. E não somente depois, mas já agora. Nele, está a razão e o sentido da nossa existência.


Guardando a mensagem

Jesus nos convida ao seu seguimento. Ele sabe para onde nos levar. Ele nos leva para nossa completa felicidade, nos leva ao Pai. Toda a nossa vida é uma grande caminhada. Seguindo Jesus, acertamos o caminho. Jesus colocou duas condições para quem aceita o convite para segui-lo: renunciar a si mesmo e carregar a própria cruz. Foi o caminho que ele também tomou: esvaziou-se a si mesmo, na sua encarnação; e carregou com fidelidade a cruz da rejeição, do nosso pecado. Foi assim que ele venceu. Ele é o caminho. Valerá a pena a vida que trilhar esse caminho.

De que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro mas perder a sua vida? (Mt 16, 26)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
o risco é nós sermos seguidores de nós mesmos. Esse sentimento de autonomia é uma coisa positiva, claro. Mas, Senhor, quando leva a pessoa a excluir Deus de sua existência, aí a pessoa fica dando voltas sobre si mesma, sem rumo, nem direção. Sem Deus, que é nossa meta última, nós acabamos endeusando os bens dessa terra ou pessoas que nos pareçam maravilhosas. No fim, os bens passam e as pessoas decepcionam. Senhor, como cristãos, escolhemos um caminho pra seguir. Renunciando a nós mesmos e carregando o peso dessa vida, nós seguimos contigo. Tu és o caminho, a verdade e a vida. Amém.

Vivendo a palavra

No seu caderno espiritual, faça uma lista de situações difíceis que você esteja enfrentando atualmente. Depois escreva essas palavras de Jesus: “Se alguém quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga”.

Comunicando

Agradeço, de coração, a tantas manifestações de atenção e carinho que recebi ontem, especialmente as preces, pela passagem do Dia do Padre. Domingo que vem é Dia da Vocação dos Ministros Ordenados (diáconos, padres e bispos). Continuemos em oração. Foi o que Jesus nos disse: "Peçam ao dono da Messe que mande operários para a sua Messe". 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Você também vai subir o calvário com ele?




04 de agosto de 2022

Dia de São João Maria Vianney

Dia do Padre

EVANGELHO


Mt 16,13-23

Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou a seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” 14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”.
15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. 17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu.
18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”. 20Jesus, então, ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Messias. 21Jesus começou a mostrar aos seus discípulos que devia ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da Lei, e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia. 22Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!” 23Jesus, porém, voltou-se para Pedro, e disse: “Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens!”

MEDITAÇÃO


Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço (Mt 16, 23)

Jesus estava explicando aos discípulos que ele devia ir a Jerusalém e sofrer muito. Notou isso? “Sofrer muito”. Seria rejeitado pelos líderes do seu povo que o entregariam à morte, mas ressuscitaria ao terceiro dia. Essa era uma passagem difícil do caminho de Jesus: a rejeição e a morte. E ele não queria fugir desse momento. Estava resolvido a enfrentar esse sofrimento, com a doação de sua vida e com total confiança no Pai.

Se dependesse de Pedro, a história de Jesus teria sido outra. Ele dispensaria o capítulo da paixão e da morte. Jesus realizaria toda a sua missão sem sofrimento, sem precisar passar pelo vexame da cruz. O que Pedro queria é o que nós queremos. Não queremos assumir os sofrimentos, as provações que vêm junto com nossa opção por Jesus Cristo e por seu evangelho. Seguir Jesus, tudo bem. Sofrer como ele, não. Triunfo, sim; cruz, não. Fugimos de qualquer sofrimento.

Pedro chamou Jesus à parte e o repreendeu. “Não diga uma coisa dessas. Tire esse negócio de se dar mal em Jerusalém da cabeça. Deus não vai permitir uma desgraça dessa. Isso não vai lhe acontecer”. A reação de Jesus espantou os discípulos: “Vade retro, satanas! Sai daqui, afaste-se! Você não está pensando segundo o que Deus quer, mas segundo a vontade do homem”. Foi um choque para Pedro e para os seus colegas. Um pouco antes, Pedro tinha sido elogiado porque tinha reconhecido que Jesus era o Messias, o filho do Deus vivo. E agora, Jesus o estava tratando como satanás, o tentador. É isso mesmo! Quem aconselha a desistir ou a não enfrentar as dificuldades, com medo do sofrimento, está agindo como o tentador, o diabo. Quem proclama que Jesus é o Messias e nega-se a subir com ele ao calvário está caindo na tentação.

Todo o evangelho é um convite a nos tornarmos seguidores de Jesus. Seguidor é o que pega a mesma estrada de Jesus, quem faz o seu caminho. No caminho de Jesus tem a cruz, a rejeição do seu povo, a traição dos amigos, a inveja dos chefes, a violência dos dominadores. Discípulo é quem o segue. E quem o segue, por causa de sua fé, por causa do Reino que Jesus pregou, vai passar também por alguma dificuldade, por algum sofrimento por causa de sua fé e do seu amor a Cristo. Por isso, Jesus disse: “quem quiser me seguir, tome sua cruz e me siga”.


Guardando a mensagem

Ninguém quer sofrer. Todo mundo foge do sofrimento. Vivemos a ‘civilização do analgésico’. O evangelho nos faz um convite: seguir Jesus. Jesus nos alerta sobre o sofrimento que existe no seu caminho. Quem o quiser seguir, precisa renunciar a ser o centro de sua vida, para realizar a vontade de Deus. Claro, a vontade de Deus não é que a gente sofra. E não é de qualquer sofrimento que Jesus está falando. Trata-se do sofrimento que é inerente à nossa escolha, à nossa opção de viver como seguidores de Jesus. Quem o quiser seguir, tem que estar pronto para participar também da travessia difícil do sofrimento que vem por causa da fé e do evangelho que se abraça. São as renúncias a se fazer, o peso da fidelidade e da perseverança nas horas difíceis, a incompreensão, a discriminação, até a perseguição... Seguir com Jesus não é estar com ele só no triunfo, é estar com ele também na paixão.

Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço (Mt 16, 23)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
o mundo de facilidades que temos hoje, comparando com outros tempos, podem nos tentar a desistir de nossas opções, quando as dificuldades aparecem. Não procuramos sofrimentos, mas pagamos sempre um preço por nossas escolhas. Sermos teus seguidores tem também seu preço. Tu, Senhor Jesus, fizeste a escolha de comunicar a vida de Deus aos pecadores e a realizaste com absoluta fidelidade. A cruz que te impuseram, tu a abraçaste com amor. Deste a tua vida por nós. Ensina-nos a trilhar o teu caminho, como o fez São João Maria Vianney que estamos festejando hoje. Ele enfrentou enormes dificuldades para ser padre e para realizar o seu serviço pastoral, mas tudo venceu com oração, perseverança e espírito de sacrifício. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Pode ser que hoje apareça uma oportunidade para você aconselhar alguém num momento de dificuldade. Aconselhe a fazer como Jesus, a não desistir dos seus sonhos e dos sonhos de Deus.

Comunicando

Como todas as quintas-feiras, hoje, celebro a Santa Missa às 11 horas. Sendo hoje o Dia do Padre, peço que anote, neste formulário que estou lhe enviando, o nome do padre de sua comunidade, para rezarmos por ele, na Santa Missa. Agradeço também sua oração em meu favor.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

ENFRENTAR AS DIFICULDADES COM PERSEVERANÇA

 





05 de agosto de 2021



EVANGELHO


Mt 16,13-23

Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou a seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” 14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”.
15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. 17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu.
18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”. 20Jesus, então, ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Messias. 21Jesus começou a mostrar aos seus discípulos que devia ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da Lei, e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia. 22Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!” 23Jesus, porém, voltou-se para Pedro, e disse: “Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens!”

MEDITAÇÃO


Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço (Mt 16, 23)

Jesus estava explicando aos discípulos que ele devia ir a Jerusalém e sofrer muito. Notou isso? “Sofrer muito”. Seria rejeitado pelos líderes do seu povo que o entregariam à morte, mas ressuscitaria ao terceiro dia. Essa era uma passagem difícil do caminho de Jesus: a rejeição e a morte. E ele não queria fugir desse momento. Estava resolvido a enfrentar esse sofrimento, com a doação de sua vida e com total confiança no Pai.

Se dependesse de Pedro, a história de Jesus teria sido outra. Ele dispensaria o capítulo da paixão e da morte. Jesus realizaria toda a sua missão sem sofrimento, sem precisar passar pelo vexame da cruz. O que Pedro queria é o que nós queremos. Não queremos assumir os sofrimentos, as provações que vêm junto com nossa opção por Jesus Cristo e por seu evangelho. Seguir Jesus, tudo bem. Sofrer como ele, não. Triunfo, sim; cruz, não. Na primeira crise, o casamento deságua em divórcio. Numa avaliação mais rigorosa de um professor, abandona-se a faculdade. No meio de uma crise existencial, o reverendo abandona o ministério. Basta uma cara feia do coordenador de minha pastoral que eu desisto, não estou aqui para sofrer. Fugimos de qualquer sofrimento.

Pedro chamou Jesus à parte e o repreendeu. “Não diga uma coisa dessas. Tire esse negócio de se dar mal em Jerusalém da cabeça. Deus não vai permitir uma desgraça dessa. Isso não vai lhe acontecer”. A reação de Jesus espantou os discípulos: “Vade retro, satanas! Sai daqui, afaste-se! Você não está pensando segundo o que Deus quer, mas segundo a vontade do homem”. Foi um choque para Pedro e para os seus colegas. Um pouco antes, Pedro tinha sido elogiado porque tinha reconhecido que Jesus era o Messias, o filho do Deus vivo. E agora, Jesus o estava tratando como satanás, o tentador. É isso mesmo! Quem aconselha a desistir ou a não enfrentar as dificuldades, com medo do sofrimento, está agindo como o tentador, o diabo. Quem proclama que Jesus é o Messias e nega-se a subir com ele ao calvário está caindo na tentação.

Todo o evangelho é um convite a nos tornarmos seguidores de Jesus. Seguidor é o que pega a mesma estrada de Jesus, quem faz o seu caminho. No caminho de Jesus tem a cruz, a rejeição do seu povo, a traição dos amigos, a inveja dos chefes, a violência dos dominadores. Discípulo é quem o segue. E quem o segue, por causa de sua fé, por causa do Reino que Jesus pregou, vai passar também por alguma dificuldade, por algum sofrimento por causa de sua fé e do seu amor a Cristo. Por isso, Jesus disse: “quem quiser me seguir, tome sua cruz e me siga”.

Guardando a mensagem

Ninguém quer sofrer. Todo mundo foge do sofrimento. Vivemos a ‘civilização do analgésico’. O evangelho nos faz um convite: seguir Jesus. Jesus nos alerta sobre o sofrimento que existe no seu caminho. Quem o quiser seguir, precisa renunciar a ser o centro de sua vida, para realizar a vontade de Deus. Claro, a vontade de Deus não é que a gente sofra. E não é de qualquer sofrimento que Jesus está falando. Trata-se do sofrimento que é inerente à nossa escolha, à nossa opção de viver como seguidores de Jesus. Quem o quiser seguir, tem que estar pronto para participar também da travessia difícil do sofrimento que vem por causa da fé e do evangelho que se abraça. São as renúncias a se fazer, o peso da fidelidade e da perseverança nas horas difíceis, a incompreensão, a discriminação, até a perseguição... Seguir com Jesus não é estar com ele só no triunfo, é estar com ele também na paixão.

Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço (Mt 16, 23)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
O mundo de facilidades que temos hoje, comparando com outros tempos, podem nos tentar a desistir de nossas opções, quando as dificuldades aparecem. Não procuramos sofrimentos, mas pagamos sempre um preço por nossas escolhas. Sermos teus seguidores tem também seu preço. Tu, Senhor Jesus, fizeste a escolha de comunicar a vida de Deus aos pecadores e a realizaste com absoluta fidelidade. A cruz que te impuseram, tu a abraçaste com amor. Deste a tua vida por nós. Ensina-nos a trilhar o teu caminho. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Pode ser que hoje apareça uma oportunidade para você aconselhar alguém num momento de dificuldade. Aconselhe a fazer como Jesus, a não desistir dos seus sonhos e dos sonhos de Deus.

É uma pena que nem todos os que acompanham a Meditação diária me escutem também pelo Rádio, mesmo com muitas emissoras transmitindo nossos programas. Mas, agora, você vai poder me escutar no seu celular, na hora em que desejar. Música, oração, evangelização, é a RÁDIO AMANHECER, cujo aplicativo você pode baixar no seu celular. Para você que recebe a Meditação pessoalmente, estou lhe enviando o link pra você baixar o aplicativo. Garanto que você vai gostar.  

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

AMOR À IGREJA


22 de Fevereiro de 2021

EVANGELHO


Mt 16,13-19

Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” 14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. 15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”.
17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”.

MEDITAÇÃO

Sobre esta pedra construirei a minha Igreja (Mt 16, 18)

Hoje, festejamos a Cátedra de São Pedro.

Bem no início do cristianismo, foram se formando comunidades por todo o império romano. Havia uma florescente comunidade em Roma também. Naquele tempo, as comunidades se reuniam nas casas. Na carta de Paulo aos romanos se fala de um casal que reunia a comunidade em sua casa: Áquila e Prisca (Rm 16). O apóstolo Pedro, estando em Roma, participava das reuniões da comunidade, pregava, celebrava na casa deste casal, a casa da comunidade. Havia, ali, uma cadeira reservada ao apóstolo Pedro. Mesmo que ele não estivesse presente, todos, ao ver aquela cadeira, se recordavam dele. Sentado nela, ele ensinava aos irmãos a fé em Cristo. Esta cadeira, hoje muito enfeitada, está em um dos altares da Basílica de São Pedro, no Vaticano. É a Cátedra de São Pedro. Cátedra é a cadeira de quem ensina, a cadeira do mestre. Olhando para a cadeira de Pedro, lembramos o seu ministério de ensinar e testemunhar a fé em Cristo Jesus.

É oportuno recordar, hoje, o que o Concílio Vaticano II escreveu na Constituição Lumen Gentium: “Jesus Cristo, pastor eterno, edificou a Igreja tendo enviado os Apóstolos como Ele fora enviado pelo Pai; e quis que os sucessores deles, os Bispos, fossem pastores na Sua Igreja até o fim dos tempos. Mas, para que o mesmo episcopado fosse uno e indiviso, colocou o bem-aventurado Pedro à frente dos outros Apóstolos e nele instituiu o princípio e fundamento perpétuo e visível da unidade de fé e comunhão” (37). A festa da Cátedra de Pedro celebra esse ministério de unidade de fé e comunhão do apóstolo Pedro.

No evangelho de hoje, Jesus fez uma pergunta muita séria aos discípulos: ‘E vocês, o que dizem que eu sou?’ Simão Pedro respondeu em nome do grupo: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Jesus o elogiou: ‘foi o Pai que te disse isso. Feliz és tu!’ Quem é o Filho, só o Pai sabe e aquele a quem o Pai o revela.

O que Pedro disse resume a fé de todos os que encontraram Jesus e acolheram sua Palavra. Jesus é o enviado de Deus, o prometido a Israel, o Messias. Mais: esse enviado, o Messias, é o Filho do Deus vivo. É uma confissão de fé na divindade de Jesus, ele é Deus com o seu Pai. Jesus ficou muito satisfeito com essa resposta. É nessa fé que ele edifica a comunidade que dá continuidade ao seu ministério nesse mundo. “Sobre esta Pedra, construirei a minha Igreja. E o poder do inferno nunca poderá vencê-la”. A fé confessada por Pedro é a pedra sobre a qual Jesus edifica a Igreja. A pedra é também a pessoa de Pedro, o discípulo que confessou a fé em Jesus-Messias-filho de Deus.

Guardando a mensagem

Nos alicerces de nossa vida cristã, está essa confissão de fé: cremos em Jesus, o filho do Deus vivo, enviado pelo Pai para nossa salvação. Jesus edificou a sua Igreja sobre a rocha firme dessa fé confessada por Pedro (Catecismo da Igreja Católica 424). Hoje é um dia especial para renovarmos a confissão de fé em Jesus. Cremos em Cristo Jesus, e o seguimos como discípulos e discípulas. Somos chamados a colocar Cristo no centro de nossa vida. Ele é o nosso pastor, nosso guia. Cremos na Igreja que ele edificou sobre a fé de Pedro. Sejamos, cada vez mais, filhos amorosos e obedientes da Igreja.

Sobre esta pedra construirei a minha Igreja (Mt 16, 18)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Somos a tua Igreja fundada sobre a fé proclamada por Pedro. Dá a todos nós batizados nesta fé a graça da unidade. Abençoa os pastores que dirigem a tua Igreja, em continuidade histórica e doutrinária com os teus primeiros apóstolos, dando-lhes discernimento e sabedoria. Livra-nos de embarcar na atual onda de críticas e suspeitas contra nossos bispos e contra o Santo Padre. São forças reacionárias semeando desunião e divisão na tua Igreja. Abençoa o Papa Francisco e assiste-o com o teu Santo Espírito, nesta sagrada missão de conduzir todo o rebanho, na unidade da fé. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Faça, hoje, uma prece especial pelo Santo Padre que preside, na caridade, a Igreja de Cristo. Ele está sempre nos pedindo que rezemos por ele. 

Neste sexto degrau da escadaria da Quaresma, o convite é AMAR A IGREJA. Está acompanhando os passos dados até agora? Partir com humildade, Seguir com Cristo, Jejuar para crescer, Vencer a acomodação, (ontem) Crer no Evangelho e hoje: Amar à Igreja. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

A VONTADE DE DEUS E A TENTAÇÃO



Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. (Mt 16, 24).

30 de agosto de 2020 – 22º. Domingo do Tempo Comum

Em princípio, todos nós queremos fazer a vontade de Deus. E a vontade de Deus é que nós sejamos bons, justos, honestos, trabalhadores, fieis, piedosos, santos. Acontece que há muita coisa que pode nos desviar da vontade de Deus. São as tentações.

Jesus veio para fazer a vontade de Deus. Aos poucos, ele foi entendendo o alcance da vontade do Pai em sua vida. Em mais de uma ocasião, conversou com os discípulos, comunicando-lhes que “deveria ir a Jerusalém, sofrer muito e que deveria ser morto e ressuscitar ao terceiro dia”. A perseguição era o desfecho da rejeição que a sua presença, sua pregação e seus milagres provocaram nas lideranças do seu povo, representadas pelos anciãos, sumos sacerdotes e mestres da Lei. A vontade de Deus era que Jesus seguisse fiel até o fim, até às últimas consequências.

Quadro parecido de dificuldades e perseguição, viveu também o profeta Jeremias. A vontade de Deus era que ele anunciasse a sua Palavra, reprovando as ações do seu povo e de suas lideranças e lembrando-lhes qual seria o resultado de suas más ações. Pela reação, no dizer do profeta, a palavra do Senhor tornou-se para ele fonte de vergonha e de chacota.

Nós, seguidores de Jesus, também queremos conhecer e realizar a vontade de Deus. São Paulo, na carta aos Romanos, nos exortou a nos transformar, renovando a nossa maneira de pensar e de julgar, para podermos distinguir o que é da vontade de Deus, isto é, o que é bom, o que é justo, o que lhe agrada, o que é perfeito.

Diante da realização da vontade de Deus, que pode nos trazer algum incômodo e sofrimento, vem a tentação de nos esquivarmos do que é difícil, do que exige sacrifício, do que pode nos trazer problemas. Jesus sentiu a posição de Pedro como uma tentação. Pedro repreendeu o Mestre com essas palavras: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isso nunca te aconteça”. Pedro só queria o melhor para Jesus. Mas, estava agindo como o tentador, afastando Jesus da vontade de Deus, da fidelidade à sua missão. A reação de Jesus foi surpreendente, comparou essa tentação com a que tinha sofrido no deserto, no início de sua missão. “Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens”.

Jeremias também teve sua tentação. Não queria mais falar em nome de Deus. Mas, um fogo ardente o devorava, impelindo-o a continuar a missão. Nós também, nos lembra São Paulo na carta aos Romanos, temos a nossa tentação: conformarmo-nos ao mundo, não à vontade de Deus.

O caminho do seguimento de Jesus nos pede uma cota de renúncia, de sacrifício para sermos fieis à vontade de Deus. Jesus foi claro: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga”.

Guardando a mensagem

Jesus comunicou aos discípulos o que Deus queria dele: que fosse fiel até o fim, mesmo que tivesse que enfrentar a perseguição. Por isso, tomou a decisão de ir a Jerusalém e não fugir dos sofrimentos da morte que lhe seria imposta. Mas, não ficaria na morte, ressuscitaria. Pedro agiu como o tentador, repreendendo Jesus por essa decisão e assegurando que Deus não permitiria uma coisa daquela.  Jesus está nos dizendo bem claro: para segui-lo, precisamos renunciar a nós mesmos e carregar a cruz de nossas dificuldades e sofrimentos, também.

Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga (Mt 16, 24).

Rezando a palavra


Senhor Jesus, 

na oração do Pai Nosso, tu nos ensinaste a rezar, nos comprometendo com a vontade do Pai e pedindo-lhe que não nos deixe cair em tentação. São Paulo nos lembrou que não podemos ceder à tentação, nos conformando ao mundo, mas transformando-nos, oferecendo-nos em sacrifício espiritual a Deus. No monte das Oliveiras, em grande angústia, tu pediste ao Pai para afastar o cálice da paixão, mas, ao mesmo tempo, reafirmaste: “faça-se antes a tua vontade do que a minha”. Dá-nos, Senhor, a graça de vencermos a tentação que nos afasta da realização da vontade de Deus. Sendo, hoje, o Dia dos Catequistas, nós pedimos, Senhor, uma bênção para esses irmãos e irmãs que acompanham crianças, jovens e adultos no conhecimento e na experiência da fé. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Leia o evangelho de hoje, na sua Bíblia (Mateus 16, 21-27).

Gostaria que você conhecesse duas de minhas canções religiosas que têm a ver com esse evangelho: Seduziste-me (palavras do profeta Jeremias) e Sem Deus (sobre as palavras de Jesus). Estou lhe enviando o link para você, depois de ler a Meditação, ouvir essas canções. Coloquei lá também a letra dessas duas músicas. Se não identificar o link, acesse www.padrejoaocarlos.com.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb





SEDUZISTE-ME  (Jr 20)
Pe João Carlos

Seduziste-me, Senhor,
E eu me deixei seduzir (bis).
Por tua causa e por teu nome,
Estão todos contra mim (bis).

Por que sempre que abro a boca
Devo gritar forte contra a opressão?
Por que denunciar me mandas
Tanta violência e exploração?

Quando eu comigo pensava:
"Dele nunca mais quero me lembrar",
A força de sua palavra
Era uma fogueira a me devorar.

Calúnias eu ouvi de muitos
Tramando o fracasso da minha missão.
Javé é quem está comigo,
E esses inimigos se envergonharão

Javé, justo e poderoso,
A ti confiada minha causa foi.
E todos ao Senhor celebrem,
Pois da mão perversa já me libertou



SEM DEUS (Mt 16)
Pe. João Carlos

Nada vale nessa vida
Se a vida for vivida
Sem Deus
Do que adianta boa vida
Seguranças e conquistas
Sem Deus

O sentido de uma vida
Na chegada ou na partida
É Deus
Apenas vale o caminho
Que nos leve sem desvio
A Deus

Do que adianta
Ter o mundo aos pés
Se aos pés de Deus
Eu não me encontro mais
Do que adianta se eu me perder
Somente Deus é que me satisfaz

Do que adianta
ter o mundo aos pés
Se aos pés de Deus
eu não me encontro mais
Do que adianta se eu me perder
Somente em Deus é que eu encontro a paz.

Só posso ser feliz
Só posso ter a paz
Se Deus for o meu abrigo
Se Deus estiver comigo
Se ele em minha vida

for Deus



Só podes ser feliz
Só podes ter a paz
Se Deus for o teu abrigo
Se Deus estiver contigo
Se ele em tua vida

for Deus



QUEM SOU EU?



Então Jesus lhes perguntou: “E vocês, quem dizem que eu sou?” (Mt 16, 15) 

23 de Agosto de 2020


O que os outros dizem de mim me toca, de alguma forma. Se for coisa ruim, eu posso ficar com raiva, ficar triste ou  posso até me deixar corrigir em alguma coisa. Se for coisa boa, eu aceito, com prazer, afaga o meu ego, mas pode também me fortalecer naquilo que já expresso de bom com minha vida. Tem gente que só aceita o que lhe convém. Mas, saber o que os outros pensam de mim pode ser bom, se servir para eu corrigir o rumo da minha vida ou me fortalecer no caminho que estou percorrendo.

Mas, não posso me guiar apenas pelo que os outros acham ou dizem. Não podemos ser gente movida pela opinião pública, influenciada pela ditadura do ‘politicamente correto’, movendo-nos apenas ao sabor das tendências do mundo de hoje. Precisamos estar atentos. A opinião pública pode ser manipulada pelos interesses de quem faz a comunicação de massa, pelas fakenews da desinformação nas redes sociais, por ideologias favoráveis à ordem estabelecida.

Nesse nosso mundo hiperconectado, de gente que pensa pouco e compartilha tudo o que não presta, está em gestação um tipo de cristão inseguro, ansioso, desconfiado.  Não é o seu caso, claro. Inseguro, porque conhece pouco da fé cristã; ansioso, porque percebe que suas verdades estão sob cerrada crítica; e desconfiado, porque sua confiança nas instituições está abalada.

Num certo momento, Jesus quis saber o que os outros estavam dizendo sobre ele. O povo o reconhecia como um homem de Deus, na linha dos profetas. Ok. Quis saber mais: o que o seu grupo de discípulos pensava sobre ele. 'E segundo vocês, quem sou eu?' Pedro deu uma bela resposta: “Tu és o Messias, o filho do Deus vivo”. Jesus gostou do que ouviu. E reconheceu que aquilo era revelação de Deus, não simples conclusão do conhecimento humano. Ele era o Messias, o filho de Deus. 

Jesus indagou, mas não se deixou influenciar pelo resultado da pesquisa; nem pelas acusações que foi colecionando nos três anos de ministério: comilão, amigo de pecadores e publicanos, infrator da Lei do sábado, aliado de Belzebu, blasfemo... Nada disso o intimidou na sua caminhada. E mesmo diante da boa resposta de Pedro, ele manteve cautela: orientou que não dissessem aquilo a ninguém. Aquela compreensão sobre ele ainda precisava ser purificada por sua paixão e morte.

Fica uma pergunta: Como Jesus conseguiu se manter firme no seu caminho, apesar da oposição que foi crescendo ao seu redor? A resposta está na montanha. Frequentemente, subia para orar, para conferir com o Pai o seu caminho e para fazer suas opções. O Papa Francisco tem falado, desde o inicio do seu ministério como pastor da Igreja, na necessidade do discernimento. É preciso escutar todas as opiniões, dialogar para entende-las e fazer-se entender e conferir a sua resposta e a dos outros com Deus, com a revelação divina. Nisto, nos ajudam a leitura orante da Palavra de Deus, o estudo da fé cristã e a oração que dá espaço à escuta de Deus.

A Igreja é de Cristo, mas é feita também de homens e mulheres, frágeis e pecadores. Jesus fez a pedra-alicerce de sua Igreja aquele discípulo que proclamou a fé verdadeira, revelada por Deus, apesar de sua fraqueza. “Sobre esta pedra, edificarei a minha Igreja”. E lhe deu as chaves do Reino dos céus: para ele, como servo fiel, abrir e fechar, ligar e desligar, isto é, cuidar da casa do Senhor com a autoridade delea.

Guardando a Mensagem

Nesses tempos em que os interesses definem que a verdade é relativa e a fé é apenas uma opinião privada, precisamos ouvir o que dizem sobre nós, mas não para nos moldar ao seu pensamento, nem para nos amesquinhar às suas intenções destruidoras da vida, da família, da casa comum. Ouvir para dialogar, para apresentar o testemunho de nossa fé, para aprender também e nos corrigir, se for o caso. Jesus constrói sua Igreja sobre homens como Pedro, que apesar de sua fraqueza, acolheu e professou a revelação de Deus. O Senhor constrói famílias santas sobre homens e mulheres que dão mais ouvido à sua voz que ao vozerio raivoso dos homens. O Senhor alicerça a construção de um novo mundo de justiça, de paz e de liberdade sobre homens e mulheres que ouvem e praticam a sua palavra.

Então Jesus lhes perguntou: “E vocês, quem dizem que eu sou?” (Mt 16, 15) 

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Quiseste saber o que o povo e os teus discípulos estavam pensando e dizendo de ti. Não era uma pesquisa de mercado, na intenção de redefinir estratégicas para vender melhor o teu produto. Era um gesto de diálogo para conferir o nível de compreensão que estavam alcançando e leva-lo em conta no processo da evangelização. As opiniões dos outros de alguma forma sempre mexem conosco, sobretudo quando são maldosas, destruidoras, mal-intencionadas. Mesmo sentido tristeza, e às vezes raiva, não podemos deixar que elas nos paralisem, nos bloqueiem os passos. Isto aprendemos contigo. Contigo, também estamos aprendemos a valorizar gente de fé como Pedro, aberto ao que o Pai lhe revela. Queremos, hoje, Senhor, renovar nossos laços de amor e adesão à tua Igreja, a Igreja de Pedro, assistida pelo teu Santo Espírito. Ajuda-nos a construir famílias santas, edificadas sobre a fé da tua Igreja. Neste início de semana dedicada à vocação dos leigos, dá-nos a graça de ser, neste mundo, a tua luz para iluminar os caminhos da família, educação, da política, do trabalho, da economia. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a Palavra

Participando da Santa Missa, hoje, presencialmente ou remotamente, ouça com atenção o evangelho e leia-o pessoalmente, em sua Bíblia (Mateus 16, 13-20).


Em outro momento, comentei esssa mesma passagem sob outro enfoque, a fé em Jesus Cristo como alicerce de nossa vida. Sugiro que você dê uma olhada nessa reflexão também. Eu a coloquei no final do texto da Meditação de hoje. É só seguir o link que lhe enviei. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb









A FÉ EM CRISTO, O ALICERCE DE SUA VIDA
Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo (Mt 16, 16)
09 de agosto de 2018.
Jesus elogiou Pedro. Colocou-o como pedra de alicerce na construção de sua Igreja. E deu-lhe as chaves do Reino de Deus. Tudo porque Pedro, em nome dos discípulos, inspirado por Deus, disse que Jesus era o Messias, o Filho do Deus vivo.
Eles estavam fora do território de Israel. E foi aí Jesus teve uma conversa muita séria com eles. Começou perguntando o que o povo estava dizendo sobre ele, isto é, quem afinal as pessoas achavam que ele era. Aí chegou à pergunta principal: E vocês, o que dizem que eu sou? Claro, dessa compreensão dependeria o futuro do seu ministério. Será que a liderança do seu grande grupo de discípulos já estava entendendo quem era ele, qual era a sua missão? Simão Pedro respondeu em nome do grupo. E respondeu com toda sinceridade: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Boa resposta. Ótima resposta. Claro, esse entendimento é fruto da revelação de Deus. Só o Pai sabe quem é o Filho e aquele a quem ele o quiser revelar. Jesus elogiou Simão Pedro: foi o Pai que te disse isso. Feliz és tu!
O que Pedro disse resume a fé de todos os que encontraram Jesus e acolheram sua Palavra. Ele é o enviado de Deus, o prometido a Israel, o Messias. Mais: esse enviado, o Messias, é o Filho do Deus vivo, o maravilhoso Deus que se revelou ao povo de Israel e fez aliança com ele. É uma confissão da divindade de Jesus, ele é Deus com o seu Pai. Como Jesus ficou satisfeito com essa resposta! É nessa fé que ele pode construir a comunidade que vai dar continuidade ao seu ministério nesse mundo. Ele irá se ausentar, mas o trabalho terá continuidade.
“Sobre esta Pedra, construirei a minha Igreja”. A fé confessada por Pedro é a pedra sobre a qual Jesus edificará a Igreja. Por outro lado, esta pedra é também a pessoa de Pedro, o discípulo que confessou a fé em Jesus-Messias-filho de Deus. Mas também, esta pedra é a comunidade que Pedro representa, comunidade apostólica que professa a fé que ele proclamou.
E qual é a fé dessa comunidade, qual é a fé de Pedro? Isto é, o que essa comunidade, com as Escrituras e a sua história nas mãos, proclama sobre Jesus? O que nós cremos está, de certa forma, resumido no Credo. Os credos ou símbolos são sínteses da fé proclamada em momentos solenes da vida da Igreja, reunida nos primeiros Concílios Ecumênicos.
Guardando a mensagem
Nos alicerces de nossa vida cristã, está essa confissão de fé: cremos em Jesus, o filho do Deus vivo, enviado pelo Pai para nossa salvação. Jesus edificou a sua Igreja sobre o rochedo dessa fé confessada por Pedro (Catecismo da Igreja Católica 424). Não somos apenas pessoas religiosas. Cremos em Jesus, e o seguimos como discípulos e discípulas. As Escrituras Sagradas nos transmitem o conhecimento sobre Jesus Cristo Salvador. É assim que é tão importante que façamos diariamente a meditação da Palavra do Senhor, a chamada ‘lectio divina’. Tudo isso nos ajuda a colocar Cristo no centro de nossa vida. Ele é o nosso pastor, nosso guia.
Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo (Mt 16, 16)
Rezando a palavra
No chamado Credo niceno-constantinopolitano (declaração de fé dos Concílios de Nicéia e Constantinopla), rezamos assim a nossa fé em Jesus Cristo:
Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por Ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos Céus. E se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e Se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras; e subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai. De novo há-de vir em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu Reino não terá fim.
Vivendo a palavra
Leia o texto de hoje - Mt 16,13-23 -  em sua bíblia e responda no seu diário espiritual: Quem é Jesus para mim?

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb



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