PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: Dinheiro
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TRABALHO, SIM - GANÂNCIA, NÃO


Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração (Mt 6, 21)
22 de junho de 2108.
Depois de ter ensinado o Pai Nosso, como um modelo de oração, Jesus deu outro ensinamento importante, desenvolvendo um tema já presente no Pai Nosso. Toda atenção para não se enganar com a riqueza.
Ajuntar tesouros é uma tentação permanente. No ‘Pai Nosso’, Jesus nos ensinou a pedir ao Pai “o pão nosso de cada dia”, o necessário para a nossa sobrevivência, não riqueza, fortuna. Nossa confiança está em Deus, não no dinheiro. É o Senhor quem nos sustenta, quem nos guarda. Como disse Jesus, é só olhar como ele alimenta os pardais e veste belamente as flores do mato. Com maior empenho, ele cuida dos seus filhos e de suas filhas, de sua comida, de sua roupa, de suas contas. Nossa confiança não pode estar no dinheiro, na segurança econômica. Nossa confiança só pode estar em Deus, em nosso Pai providente.
Jesus sentenciou: “Mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens”. Não é ter muita coisa, muito dinheiro, muitos bens que resolve. A felicidade não está em ter bens. Precisamos, é certo, ter o suficiente para viver com dignidade. Mas, o acúmulo de coisas, de dinheiro, de valores pode nos dar a falsa impressão de segurança, de independência, de autonomia, de felicidade. De falsa felicidade. O coração humano não se contenta com coisas. Pode-se até ter a impressão que ao se ter a posse daquele bem, ou chegar àquele status, vai-se encontrar um grau de satisfação que vai ser a própria felicidade. Não é verdade. A felicidade não está em ter coisas, Jesus está nos lembrando.
Toda atenção: “Onde está o teu tesouro, aí estará o teu coração”. Se nos deixamos seduzir pelas coisas, pelo dinheiro, pela riqueza... nosso coração fica preso a esses bens. É a eles que amamos, é por eles que nos sacrificamos. Assim, desviamos o amor que devemos a Deus e ao próximo para o amor às coisas. E nos tornamos idólatras. No lugar do Deus vivo e verdadeiro, em quem devemos confiar, coloca-se a reserva que se tem no banco ou os imóveis que parecem conferir segurança. Logo, logo aparecem justificativas para o seu próprio egoísmo, para o isolamento e a insensibilidade para com a penúria do próximo.
Vamos guardar a mensagem
A nossa escolha de vida é o trabalho honesto, no qual, com a providência de Deus, garantimos a sobrevivência de nossa casa, vivendo com sobriedade e essencialidade. Nosso ideal não é a riqueza e o luxo. Amamos o trabalho e valorizamos a partilha. Confiamos em Deus.
Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração (Mt 6, 21)
Vamos rezar a palavra
Senhor Jesus,    
A traça, a ferrugem e os ladrões destroem o tesouro que juntamos aqui na terra. O tesouro de boas obras, do amor a Deus, da nossa comunhão contigo, esse sim, ninguém destrói. Esse permanece. Continua, Senhor, nos ensinando a não servirmos às riquezas, nem nos sacrificarmos a elas, como novos ídolos. Baste-nos o pão de cada dia, com confiança na providência divina e compromisso com o trabalho honesto. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vamos viver a Palavra
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Pe. João Carlos Ribeiro – 22.06.2018

O GANANCIOSO É UM LOUCO

Tomem cuidado contra todo o tipo de ganância (Lc 12, 15)
A ganância se manifesta em muitas ocasiões. Nesse evangelho, é a briga pela herança. Quanto aparece uma herança, se acaba qualquer vínculo de amizade, de respeito, de fraternidade. O ganancioso, parente ou não, quer açambarcar o mais que puder ou tudo, se possível. O dinheiro fala mais alto, o interesse pelos bens materiais domina a pessoa. O ganancioso é um monstro, capaz de mentir, de prejudicar os outros, de manipular todo tipo de argumento para passar por cima do direito dos outros, em benefício próprio.
No caso de uma disputa por herança, é claro que é importante se procurar a partilha justa dos bens. Se de verdade, alguém se sentir prejudicado, tem direito de defender e requerer os seus direitos, com os instrumentos do diálogo e, se necessário, da justiça. Mas, mesmo numa disputa por herança, a gente tem que se comportar como cristão. Cristão age, antes de tudo, movido pelo amor a Deus e aos irmãos; não age movido pelo dinheiro, seduzido pelos bens desta terra. Cristão não é um ganancioso, não faz do dinheiro um novo deus na sua vida.
Mas não é só nas disputas por herança que a ganância se manifesta. O ganancioso nunca fica satisfeito com o que tem. Está sempre correndo para ter mais. Olha como é que se manifesta o pecado da avareza: manter o pensamento fixo em ter coisas, subir na vida de qualquer forma, passar os outros para trás e não repartir nada com ninguém. Não repartir oportunidade, nem projetos, nem dinheiro. Não compartilhar nada com ninguém. Por isso, não se é transparente, nem se tem sensibilidade pela situação e pelo sofrimento dos outros.
Vamos guardar a mensagem de hoje
A palavra de Jesus é para a gente ter cuidado com qualquer tipo de ganância. A felicidade não está em ter muitos bens. Precisamos lutar com responsabilidade pelo pão de cada dia, procurando poupar também para o futuro, mas sem por nossa esperança no dinheiro, sem fazer das coisas um novo deus. Jesus contou a história de um homem ambicioso que morreu depois de ampliar e encher seus armazéns. Ao morrer, não se leva nada, a não ser nossas boas obras, a caridade que fizemos, o amor que devotamos a Deus e aos irmãos.
Tomem cuidado contra todo o tipo de ganância (Lc 12, 15)
Vamos acolher a mensagem de hoje com uma prece
Senhor Jesus,
Tua palavra nos tem ensinado que não devemos por a nossa confiança nos bens desta terra, pois nossa vida aqui é uma passagem. Tu nos ensinas a buscar os bens que não passam, a viver com os olhos fixos nos bens eternos que já possuímos na esperança. Seja bendito o teu nome, hoje e sempre. Amém.
Vamos praticar a palavra que meditamos hoje
Quando o rico pensou que iria se beneficiar da grande riqueza que acumulara, Deus mandou chamá-lo. A morte é uma chamada de atenção permanente para a realidade. É bom você pensar nisso hoje.
Pe. João Carlos Ribeiro – 22.10.2017

SEM SACOLA E SEM DINHEIRO


Não levem nada para o caminho (Lc 9,3)
‘Jesus convocou os Doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para curar doenças, e os enviou a proclamar o Reino de Deus e a curar os enfermos’. O envio dos doze apóstolos é uma página missionária da Igreja. Os doze representam a nossa comunidade, comunidade que nasceu do trabalho missionário de Jesus. Esse modo de falar – doze – mostra uma comunidade organizada, em continuidade com o povo do Antigo Testamento. A missão é de todo o povo de Deus, com seus líderes à frente. E o envio dos doze é para que anunciem o Reino de Deus. O Reino é o reinado de Deus em nossas vidas e em nosso mundo. O reinado de Deus supera e vence o reinado do mal, por isso os missionários recebem poder sobre o demônio e sobre a doença. A doença é a cara do sofrimento que o mal e a morte espalham.
O Reino é um dom de Deus, é a liberação dos seus filhos e filhas da dominação do mal e da morte. Não é o resultado de uma estratégia bem montada pelos missionários. Eles são simples instrumentos. É obra de Deus. Aliás, o Reino é de Deus e o que os enviados conseguem realizar é pela sua força, pelo seu poder. Por isso a recomendação: ‘Não levem nada para o caminho: nem cajado, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem mesmo duas túnicas’.  Cajado é um sinal de defesa e segurança. Renunciem a isso. Sacola representa a confiança nos bens, nos instrumentos. O Reino não é uma estratégia. É um dom. Também não devem levar pão, que é o símbolo da sobrevivência. É preciso antes confiar na Providência. Nem levar dinheiro -  renunciar à segurança financeira. Nem duas túnicas, duas mudas de roupa. A proteção necessária é a de Deus. Tudo isso é simbólico, para dizer: o missionário deve por sua confiança em Deus.
Vamos guardar a mensagem de hoje
A missão é de todos. E a missão é comunicar que o Reino de Deus chegou com Jesus. É sugerir às pessoas que abram o seu coração, abram as portas de suas vidas para acolhê-lo. O Reino de Deus ou o seu reinado é a vitória sobre o mal no mundo e o pecado.  Ele não é o resultado de uma intensa propaganda de massa. É um segredo facilmente compreensível pelos simples e humildes. E não se implanta pela força ou pelo prestígio de alguém. Não somos um exército impondo uma nova lei. O Reino supõe a liberdade. Se não abrirem as portas, o Reino não entra. Não é uma invasão. A gente só bate à porta, não a arromba. Por isso, o missionário precisa se despojar de qualquer segurança humana.

E agora, Jesus?

Então Jesus disse: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus (Mc 12, 17)

Eles já vieram com uma pergunta bem escolhida para derrubar Jesus. Quem veio fazer a pergunta? Alguns fariseus e alguns partidários de Herodes, mandados pelas autoridades de Jerusalém. E a pergunta o pegaria de qualquer jeito. “É certo ou não pagar o imposto a César? Devemos pagar ou não?”.

Esse negócio do imposto de César era estopim para muita confusão. Os romanos, que dominavam o mundo e aquela pequena província onde estava a terra de Jesus, cobravam altos impostos dos povos submetidos. O povo já era pobre e já dava suas contribuições para o Templo, para o seu próprio povo. Mas, tinha que pagar um alto imposto ao império estrangeiro, os romanos. Além de o imposto ser extorsivo, era pago a estrangeiros. Isso para o povo de Israel, que considerava estrangeiro impuro, era um grande sofrimento. As forças de ocupação romanas agiam com muita crueldade para assegurar o pagamento e para coibir as rebeliões. E rebeliões, aconteceram muitas no tempo de Jesus.

A preocupação

Não se preocupem, dizendo: ‘O que vamos comer? O que vamos beber? Como vamos nos vestir? Os pagãos é que procuram essas coisas. O Pai de vocês, que está nos céus, sabe que vocês precisam de tudo isso  (Mt 6, 31-32)


Será que é possível viver sem preocupação? Preocupação não tem quem ainda não tem responsabilidades. Ou não está em seu pleno juízo. Você se preocupa com o agravamento da saúde de alguém muito próximo, com a segurança de sua casa, com as contas a pagar...  não se vive sem preocupação.
Bom, se a sua preocupação for um sinal de responsabilidade, então é uma coisa positiva. Se a sua preocupação for exclusivamente com os bens materiais, aí já é um desvio. Se a sua preocupação leva quase ao desespero, tome cuidado. Se ela faz de você uma pessoa negativa e aborrecida, claro, você está doente de preocupação.

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