PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: Conversão
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NÍNIVE VAI JULGAR A GENTE

No dia do julgamento, os ninivitas se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão. (Lc 11, 32)
Jonas, tendo desobedecido às ordens de Deus e tomando o rumo contrário do seu campo de missão, terminou sendo jogado para fora do navio. Passou três dias no ventre de um grande peixe e depois foi vomitado vivo, na praia. Jesus, mesmo obedecendo à vontade de Deus, terminou sendo executado fora da cidade. Também ele permaneceu no ventre da terra, tendo sido devolvido vivo, ao terceiro dia.
Jonas foi um sinal para o povo de Nínive. Ele, a mando de Deus, pregou por três dias na grande cidade de Nínive, anunciando o castigo de Deus sobre todo aquele povo. Castigo por conta de sua impenitência, de sua vida de maldade e violência. Mas, o povo, diante daquela pregação de Jonas, tomou consciência de sua condição e implorou a misericórdia de Deus. Acolheu a pregação de Jonas como um convite urgente à penitência e à conversão. Do pequeno ao grande, do pobre ao rei, todos se sentaram em cinzas e pediram perdão de seus pecados. Jonas foi um sinal para o povo de Nínive. Uma convocação à conversão. Mas, também um sinal da misericórdia de Deus, pois Deus, tendo desistido do seu intento de destruir tudo, mostrou a sua misericórdia, dando o seu perdão.
Esse sinal de Jonas para o povo do seu tempo estava sendo reeditado na presença de Jesus, na sua pregação. Como Jonas foi um sinal para o povo de Nínive, assim Jesus seria para o povo do seu tempo. Jonas pregou por três dias, cobrindo toda aquela cidade pagã. Jesus pregou por três anos, percorrendo todo o país. Ele também trazia um convite urgente à conversão. Jesus começou sua missão, convidando todos a acolherem o Reino que estava se aproximando: convertam-se e creiam no evangelho. O convite à conversão, na verdade, é um convite à acolhida da misericórdia de Deus. Jesus estava lembrando que o povo de Nínive recebeu melhor o profeta Jonas do que a ele. Converteu-se à pregação de Jonas. E ali, Jesus não estava encontrando a mesma acolhida, nem a mesma disposição para a conversão. O povo de Nínive iria ser juiz do povo de Deus do tempo de Jesus. E iria condená-lo.
Vamos guardar a mensagem de hoje
O povo pagão de Nínive converteu-se à pregação de Jonas. O povo de Deus do tempo de Jesus respondeu com indiferença à sua pregação que anunciava o Reino de Deus. E um bom grupo reagiu com violência à boa notícia anunciada por Jesus. A pregação do Evangelho, que anuncia o Reino de Deus, continua hoje e chega até você e sua família. Como é que vocês estão reagindo a esse anúncio que pede conversão e acolhida do amor de Deus? Como o povo de Nínive? Como o povo do tempo de Jesus?
No dia do julgamento, os ninivitas se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão. (Lc 11, 32)
Vamos acolher a mensagem de hoje com uma prece

APÁTICOS OU FERVOROSOS?


Se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os milagres que foram feitos no meio de vocês, há muito tempo teriam feito penitência (Lc 10, 13).
Corazim e Betsaida eram localidades da Galileia, na terra de Jesus. A Galileia foi a área de maior atuação do nosso Mestre. Por aquela região, ele circulou muitas vezes, pregou em suas sinagogas, curou muita gente.  Tiro e Sidônia eram localidades fora da área de Israel, consideradas terras de pagãos. Mesmo que estivessem nas fronteiras do povo eleito, eram comunidades estrangeiras. Segundo o pensamento reinante, os pagãos estavam fora da abrangência das promessas de Deus feitas a Israel. É verdade que Jesus fez diversas incursões pelo território dos pagãos, pelo estrangeiro. Mas, naquele primeiro momento, também ele estava mais preocupado com o povo da promessa. Uma vez, ele mesmo disse que tinha vindo somente para as ovelhas perdidas da Casa de Israel.
Corazim e Betsaida, como as outras localidades da Galileia por onde Jesus circulou com tanto zelo e prioridade, não responderam ao Mestre com entusiasmo, com adesão vibrante, com muitas conversões. Mostraram-se frias, apáticas, reticentes. Em Nazaré, Jesus tinha se queixado que “o profeta só não é bem recebido em sua própria pátria”.
A experiência dos apóstolos, depois da ressurreição de Jesus, foi a adesão entusiasta dos pagãos em muitos pontos do Império Romano. Paulo e Barnabé logo experimentaram isso em Antioquia, na vizinha nação Síria. E depois, Paulo e outros apóstolos, largaram-se mundo afora nas cidades da área do Mar Mediterrâneo, sempre encontrando pouca adesão nas sinagogas dos judeus e vibrante acolhida entre os pagãos.
Então, essa palavra de Jesus hoje é uma queixa contra a pouca acolhida que recebeu no meio do povo eleito (representado por duas localidades: Corazim e Betsaida) e a constatação que o seu ministério estava sendo bem recebido por comunidades fora da terra de Israel (representadas por Tiro e Sidônia).
Vamos guardar a mensagem de hoje
Corazim e Betsaida, hoje, podem ser você, sua família ou sua comunidade. Apesar do trabalho de missionários, de sacerdotes e de tantas oportunidades que vocês têm tido de conhecer o evangelho, pode ser que veja-se pouco crescimento e conversão. Vocês, quem sabe, estarão imitando Corazim e Betsaida, que apesar de terem tido Jesus pregando e libertando pessoas em seu meio, não se tocaram para uma verdadeira conversão. Se esse for o caso de vocês, é bom tomarem para si essa Palavra do Senhor e mudarem, enquanto é tempo.
Se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os milagres que foram feitos no meio de vocês,  há muito tempo teriam feito penitência (Lc 10, 13).

O SINAL DE JONAS

Nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal do profeta Jonas (Mt 12, 39).
Fale a verdade: Deus já lhe deu muitas oportunidades para você tornar-se um fervoroso seguidor de Jesus, uma fervorosa discípula do Senhor, não é verdade? Quantas chances, Deus já lhe deu, para você mudar de vida, converter-se? Agora, é bem capaz que você esteja esperando algo de grande impacto para que finalmente se entregue a esse grande amor!
Você lembra: outro dia, Jesus estava se queixando das cidades de Corazim, Betsaida e  Cafarnaum. Viram tantos milagres, mas não se converteram. Hoje, fariseus e mestres da lei, opositores de Jesus, estão lhe pedindo um milagre: ‘Mestre, queremos ver um sinal realizado por ti’. Jesus deve ter ficado aborrecido.  Pessoas mesquinhas como aquelas pedindo para presenciar um milagre, mas olhe só. Jesus não fazia milagres pra se mostrar. Àquela altura, Jesus já tinha tomado uma decisão: não iria mais fazer milagre nenhum. Ele chamou aquele povo de geração má e adúltera. ‘Essa geração está pedindo sinais, milagres. Não vai ter mais. Só um sinal, eles vão ter agora: o sinal de Jonas’.
Você lembra do profeta Jonas?! Deus o mandou pregar em Nínive, capital da Assíria. Jonas calculou bem: Nínive, uma capital pagã... uma missão muito difícil, perigosa e, de toda forma, iria ser tempo perdido. E logo o que tinha que anunciar: que Deus iria destruir tudo por ali. Nem pensar. Jonas pegou um navio numa rota contrária. Sujeito teimoso esse Jonas. No meio da viagem, o mar ficou tão enfurecido que os marinheiros desconfiaram que alguém ali estivesse em falta muito grave contra o seu Deus. Jonas confessou que estava fugindo de Deus e da missão difícil que ele lhe confiara. Para salvar a tripulação e o navio, não houve outro jeito. Foi atirado no mar. O que aconteceu foi incrível e você recorda. Um peixe o engoliu e três dias e três noites depois ele foi vomitado na praia. Deus o mandou de volta para a tarefa que lhe tinha confiado.
Jesus disse que não teriam mais nenhum sinal, mais nenhum milagre. Só um: o de Jonas. E ele mesmo explicou: ‘assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim também o Filho do Homem estaria três dias e três noites no seio da terra’ (Mt 12, 40). Ele está falando, então, de sua morte e de sua ressurreição. Este seria o grande sinal, o milagre pelo qual lhes seria mostrado sua condição de Messias, enviado de Deus. Esse milagre é um dos mistérios centrais de nossa fé. Mistério recordado em cada celebração. Como Jonas engolido pelo peixe e devolvido vivo, ao terceiro dia. Esse é o grande sinal.

CURAS E MILAGRES

Jesus começou a censurar as cidades onde fora realizada a maior parte de seus milagres, porque não se tinham convertido. (Mt 11, 20)
Hoje em dia fala-se muito de curas, de milagres, não é verdade? É verdade que Deus continua a ser bom e generoso para conosco, nos acudindo em nossas fraquezas e necessidades. Mas, será que as pessoas que recebem tantos favores de Deus voltam-se para ele de todo o coração, começam a andar na vida nova de sua graça, convertem-se de seus pecados? Você, o que acha? ... Será que muita gente está apenas se aproveitando de Deus e depois se esquecendo dele?
Olha o que temos no evangelho de hoje! Jesus mostrou-se decepcionado com as pessoas beneficiadas por seus milagres. Corazim e Betsaida eram pequenas cidades da Galileia. Cafarnaum era uma cidade um pouquinho maior, situada às margens do Mar da Galileia, onde Jesus morava. Nessas e em outras cidades, ele tinha feito muitas pregações e realizado muitos milagres. E ele estava ficando decepcionado com essas cidades. Tanta gente o procurava pedindo todo tipo de favor, e ele atendendo com tanta compaixão, manifestando o poder e o amor de Deus naqueles eventos extraordinários... Mas, àquela altura, ele já estava ficando irritado... onde estava a conversão daquele povo?
Ele mesmo comparou Corazim e Betsaida com duas grandes cidades pagãs, Tiro e Sidônia. Se nessas cidades pagãs tivessem acontecido aqueles milagres, estariam todos fazendo penitência, sentados na cinza, pedindo perdão a Deus. E o povo de Corazim e Betsaida continuava sua vidinha tranquila, sem dar sinais de conversão. E a própria Cafarnaum que já tinha visto todo tipo de milagres de Jesus - na sinagoga, na casa dele, na praça, no mar – e nem assim apresentava sinais de mudança. Aí ele fez outra comparação que certamente não agradou aos seus conterrâneos. Sodoma, a cidade que Deus destruiu com fogo por causa de sua maldade, teria se convertido se tivesse visto os seus milagres. No dia do juízo, as cidades pagãs e a própria Sodoma terão um tratamento mais brando do que aquele gente da Galileia, disse Jesus.
Quer dizer que Jesus esperava que os milagres ajudassem o povo a se voltar para Deus, a se converter. Todo milagre é uma demonstração do amor de Deus que restaura a pessoa humana. Na história do paralítico, ficou claro que mais do que o milagre físico, Jesus veio comunicar o perdão dos nossos pecados. Ele salvou a adúltera que ia ser apedrejada, mas lhe disse:  vá e não peque mais. A própria cura dos leprosos é uma amostra de como sua missão é nos purificar dos pecados. Espera, então, que essas pessoas alcançadas por gestos tão maravilhosos de Deus, passem a caminhar na fé, voltem-se para Deus, acolham o seu enviado.

O domingo de João Batista

Convertam-se, porque o Reino de Deus está próximo  (Mt 3, 1)

Jesus vem. É o mote desse tempo do advento. Jesus está chegando. Precisamos nos preparar. Precisamos preparar a sua chegada.  E qual será o modo melhor de nos prepararmos para a sua vinda? Esse segundo domingo do advento responde. Ele nos apresenta a figura de João Batista, que nos traz uma mensagem da conversão. Sua pregação é essa: “Convertam-se, porque o Reino dos céus está próximo”. Ele está preparando o caminho do Senhor, como disse o Profeta Isaías. O modo melhor de nos prepararmos para o encontro com o Senhor é a conversão.

João está pregando no deserto e batizando no Rio Jordão. “Deserto” lembra o longo tempo em que o povo peregrinou até entrar na terra prometida. Tempo de purificação. Tempo de celebração da aliança. No deserto, o povo recebeu a Lei, para ser o povo de Deus. Lá, fez aliança com o Senhor.  No deserto, tornou-se povo de Deus, povo da aliança. A  entrada na terra prometida deu-se pelo Rio Jordão. João está neste cenário: Deserto e Jordão. A imagem já fala por si: voltemos à aliança com Deus.

A mulher de Ló

Vocês não acham injusta aquela história da mulher de Ló? A pobrezinha olhou para trás e virou uma estátua de sal.  História do primeiro livro da Bíblia, o livro do Gênesis. Ló foi o único justo encontrado na cidade de Sodoma. Tudo de ruim havia naquela cidade de Sodoma. O justo foi convidado a sair dali, deixar tudo, abandonar aquela gente. Mas, é claro, o convite para sair dali foi feito a outros também. Mas, ninguém levou a sério. Ló saiu com sua família. Deus ia por um fim naquele antro de maldade, violência e perversidade. A família de Ló saiu da cidade. Havia uma recomendação: ninguém olhe pra trás. A certa altura, a mulher de Ló olhou para trás para ver o que estava acontecendo por lá. Não deu outra. Virou uma estátua de sal.

Bom, Sodoma e Gomorra destruídas pela cólera divina é uma história contada pelos antigos ensinando às novas gerações que Deus não tolera a civilização violenta e permissiva. Na história dos antigos, muito antes da existência do povo de Israel, essas duas cidades foram destruídas com uma chuva de enxofre. A imagem é a erupção de um vulcão, coisa que ainda hoje se pode ver em alguns lugares. E ao sul do Oriente Médio, encontra-se o Mar Morto, o mar do sal, cheio de montanhas de sal gema. Foi neste ambiente que circulava a história da mulher de Ló que virara uma estátua de sal.

Teria sido mesmo injusta essa punição: a mulher ter virado uma estátua de sal? Mesmo que isso seja uma história edificante, um discurso plástico sobre a seriedade com que devemos acatar as orientações divinas, precisamos digerir melhor esse final triste da pobre mulher. Bom, no evangelho, o próprio Jesus, relembrou essa antiga narrativa e tirou uma lição. A moral da história no seu discurso foi: "Quem quiser ganhar a sua vida, vai perdê-la".

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