Vocês não acham injusta aquela história da mulher de Ló? A  pobrezinha olhou para trás e virou uma estátua de sal.  História do primeiro livro da Bíblia, o livro  do Gênesis. Ló foi o único justo encontrado na cidade de Sodoma. Tudo de ruim  havia naquela cidade de Sodoma. O justo foi convidado a sair dali, deixar tudo,  abandonar aquela gente. Mas, é claro, o convite para sair dali foi feito a  outros também. Mas, ninguém levou a sério. Ló saiu com sua família. Deus ia por  um fim naquele antro de maldade, violência e perversidade. A família de Ló saiu  da cidade. Havia uma recomendação: ninguém olhe pra trás. A certa altura, a  mulher de Ló olhou para trás para ver o que estava acontecendo por lá. Não deu  outra. Virou uma estátua de sal.
Bom, Sodoma e Gomorra destruídas pela cólera divina é uma  história contada pelos antigos ensinando às novas gerações que Deus não tolera  a civilização violenta e permissiva. Na história dos antigos, muito antes da  existência do povo de Israel, essas duas cidades foram destruídas com uma chuva  de enxofre. A imagem é a erupção de um vulcão, coisa que ainda hoje se pode ver  em alguns lugares. E ao sul do Oriente Médio, encontra-se o Mar Morto, o mar do  sal, cheio de montanhas de sal gema. Foi neste ambiente que circulava a  história da mulher de Ló que virara uma estátua de sal.
Teria sido mesmo injusta essa punição: a mulher ter virado uma  estátua de sal? Mesmo que isso seja uma história edificante, um discurso  plástico sobre a seriedade com que devemos acatar as orientações divinas,  precisamos digerir melhor esse final triste da pobre mulher. Bom, no evangelho,  o próprio Jesus, relembrou essa antiga narrativa e tirou uma lição. A moral da  história no seu discurso foi: "Quem quiser ganhar a sua vida, vai perdê-la".

 
 
 
 
 
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