PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: penitência
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POR QUE JEJUAR?




04 de março de 2022

Sexta-feira depois das cinzas

3º dia da Quaresma

EVANGELHO


Mt 9,14-15

Naquele tempo, 14os discípulos de João aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Por que razão nós e os fariseus praticamos jejuns, mas os teus discípulos não?”
15Disse-lhes Jesus: “Por acaso, os amigos do noivo podem estar de luto enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, sim, eles jejuarão”.

MEDITAÇÃO

Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, sim, eles jejuarão (Mt 9, 15)

Chegamos ao terceiro dia da Quaresma. É muito importante que a gente não perca nenhum dia desse programa de crescimento que é a Quaresma. O passo a ser dado hoje é sobre o jejum, como expressão de nossa conversão.

A pergunta veio de um grupo muito querido de Jesus, os discípulos de João. Jesus tinha participado do batismo de João Batista, no rio Jordão. João o tinha apontado como cordeiro de Deus. E alguns dos discípulos do Batista tinham se tornado discípulos seus. Então, a pergunta deles era séria. Não tinha segundas intenções. E o que eles queriam saber? Queriam saber por que os seus discípulos não praticavam o jejum como eles e os fariseus? A resposta de Jesus foi essa: “Por acaso, os amigos do noivo podem estar de luto enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, sim, eles jejuarão”. O que Jesus quis dizer com isso?

Podemos entender todo o ministério de Jesus como a renovação da aliança com Deus. Jesus veio pra isso: para restaurar a comunhão com Deus que foi destruída pelo pecado (desde Adão) e pela infidelidade de Israel, o povo da Aliança. Não é à toa que o evangelho de São João praticamente comece com as bodas de Caná, o casamento que precisou da intervenção de Jesus para dar certo. A aliança, à moda do casamento, é entre Deus e o seu povo. Jesus é o noivo. Veja o que ele respondeu: enquanto o noivo está presente (ele), os amigos do noivo (os discípulos) não podem jejuar. Mas, depois que o noivo for tirado do meio deles (a sua morte), eles jejuarão.

O jejum é uma expressão de nossa conversão. Bom, nossa primeira conversão foi celebrada no batismo, nas águas, sinal sacramental da ação do Santo Espírito. Lá, fomos lavados dos nossos pecados. Mas, infelizmente, continuamos a cair, a falhar, a pecar. Por isso, precisamos estar em permanente atitude de conversão. Deus sempre nos perdoa. Mas, para isso, precisamos da conversão do nosso coração. O jejum é uma forma de cultivamos essa conversão. Ficamos tristes pelo pecado que cometemos. Esse sentimento do reconhecimento de nosso pecado, da dor que sentimos por nossa infidelidade a Deus, é expresso também nas práticas externas do jejum, da esmola e da oração. Essas práticas nos ajudam a cultivar a conversão interior e a implorar a misericórdia de Deus, o seu perdão. Ele que já nos purificou pela água do batismo, pode também nos purificar pelas lágrimas do nosso arrependimento.

O jejum tem, então, essa conexão com Deus, a quem ofendemos e a quem demonstramos nosso arrependimento, cultivando a conversão do nosso coração. Mas, o jejum tem também uma conexão com minhas atitudes em relação aos meus irmãos. No livro do Profeta Isaías, o próprio Deus nos diz qual a verdadeira obra que ele espera de nós, o jejum que ele prefere. São obras pelas quais procuramos, em relação ao nosso próximo, o alívio do seu sofrimento, a libertação da opressão, a partilha do pão, do teto e da roupa com os mais sofridos.


Guardando a mensagem

O jejum é uma forma de penitência, pela qual me uno ao padecimento de Cristo, em sua paixão. É também um gesto de amor fraterno, no sentido de que me faço solidário com quem está em dificuldade. Você pode jejuar em qualquer dia na Quaresma. O mínimo está previsto pela disciplina da Igreja: na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira da paixão. A abstinência de carne às sextas-feiras da Quaresma também faz parte de nossa caminhada penitencial, nesse período. Além do alimento, a gente pode fazer jejum de televisão, de barzinho, de bebida alcoólica, de cigarro, de internet, de whatsapp. Renunciar, pra ficar mais resistente, pra ter mais força interior, para unir-se a Cristo em sua cruz e aos irmãos em suas necessidades.

Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, sim, eles jejuarão (Mt 9, 15)

Rezando a palavra

Senhor nosso Deus,
Que te deixas comover pelos que se humilham e te reconcilias com os que reparam suas faltas, ouve como um pai as nossas súplicas. Derrama a graça da tua bênção sobre nós que estamos em Quaresma, desejosos de ouvir a palavra do teu filho Jesus, de ser fieis à vida de oração pessoal, e de praticar a penitência e a caridade, em preparação das celebrações da Santa Páscoa que se aproximam. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Vivendo a palavra

Bom, não temos pra onde correr. A prática da palavra de hoje é o jejum, jejuar. Se você passou batido(a) na quarta-feira de cinzas, tem ainda a sexta-feira da paixão. E, hoje, como todas as sextas da quaresma, é dia de abstinência de carne. Você sabe, essas práticas externas têm valor se cultivarem a conversão do coração em relação a Deus e aos sofredores.

Ontem, junto com o formulário das intenções para a Missa, fizemos uma pergunta: Você tem o Caderno Espiritual, de que temos falamos aqui, na Meditação? Das quase mil respostas recebidas, 35,4% disseram que têm um Caderno Espiritual (graças a Deus!); 36% disseram que não o têm; e 35,9% disseram que vão adquiri-lo. Quer um conselho? Arrume um caderno e o transforme no seu caderno de anotações nesta quaresma, o seu Caderno Espiritual. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

O JEJUM E A CONVERSÃO DO CORAÇÃO

Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, sim, eles jejuarão (Mt 9, 15)


28 de fevereiro de 2020.



Chegamos ao terceiro dia da Quaresma. É muito importante que a gente não perca nenhum dia deste programa de crescimento que é a Quaresma. O passo a ser dado hoje é entender o jejum, como expressão de nossa conversão. 

A pergunta veio de um grupo muito querido de Jesus, os discípulos de João. Jesus tinha participado do batismo de João Batista, no Rio Jordão. João o tinha apontado como cordeiro de Deus. E alguns dos discípulos do Batista tinham se tornado discípulos seus. Então, a pergunta deles era séria. Não tinha segundas intenções. E o que eles queriam saber? Queriam saber por que os seus discípulos não praticavam o jejum como eles e os fariseus? A resposta de Jesus foi essa: “Por acaso, os amigos do noivo podem estar de luto enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, sim, eles jejuarão”. O que Jesus quis dizer com isso?

Podemos entender todo o ministério de Jesus como a renovação da aliança com Deus. Jesus veio pra isso: para restaurar a comunhão com Deus que foi destruída pelo pecado (desde Adão) e pela infidelidade de Israel, o povo da Aliança. Não é à toa que o evangelho de São João praticamente comece com as bodas de Caná, o casamento que precisou da intervenção de Jesus para dar certo. A aliança, à moda do casamento, é entre Deus e o seu povo. Jesus é o noivo. Veja o que ele respondeu: enquanto o noivo está presente (ele), os amigos do noivo (os discípulos) não podem jejuar. Mas, depois que o noivo for tirado do meio deles (a sua morte), eles jejuarão.

O jejum é uma expressão de nossa conversão. Bom, nossa primeira conversão foi celebrada no batismo, nas águas. Lá, fomos lavados dos nossos pecados. Mas, infelizmente, continuamos a cair, a falhar, a pecar. Por isso, precisamos estar em permanente atitude de conversão. Deus sempre nos perdoa. Mas, para isso, precisamos da conversão do nosso coração. O jejum é uma forma de cultivamos essa conversão. Ficamos tristes pelo pecado que cometemos. Esse sentimento do reconhecimento de nosso pecado, da dor que sentimos por nossa infidelidade a Deus, é expresso também nas práticas externas do jejum, da esmola e da oração. Essas práticas nos ajudam a cultivar a conversão interior e a implorar a misericórdia de Deus, o seu perdão. Ele que já nos purificou pela água do batismo, pode também nos purificar pelas lágrimas do nosso arrependimento.

O jejum tem, então, essa conexão com Deus, a quem ofendemos e a quem demonstramos nosso arrependimento, cultivando a conversão do nosso coração. Mas, o jejum tem também uma conexão com minhas atitudes em relação aos meus irmãos. No livro do Profeta Isaías, o próprio Deus nos diz qual a verdadeira obra que ele espera de nós, o jejum que ele prefere. São obras pelas quais procuramos, em relação ao nosso próximo, o alívio do seu sofrimento, a libertação da opressão, a partilha do pão, do teto e da roupa com os mais sofridos.

Guardando a mensagem

O jejum é uma forma de penitência, pela qual me uno ao padecimento de Cristo, em sua paixão. É também um gesto de amor fraterno, no sentido de que me faço solidário com quem está em dificuldade. Você pode jejuar em qualquer dia na Quaresma. O mínimo está previsto pela disciplina da Igreja: na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira da paixão. A abstinência de carne às sextas-feiras da Quaresma também faz parte de nossa caminhada penitencial, nesse período. Além do alimento, a gente pode fazer jejum de televisão, de barzinho, de bebida alcoólica, de cigarro, de internet, de whatsapp. Renunciar, pra ficar mais resistente, pra ter mais força interior, para unir-se a Cristo em sua cruz e aos irmãos em suas necessidades. 

Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, sim, eles jejuarão (Mt 9, 15)

Rezando a palavra

Senhor nosso Deus,

Que te deixas comover pelos que se humilham e te reconcilias com os que reparam suas faltas, ouve como um pai as nossas súplicas. Derrama a graça da tua bênção sobre nós que estamos em Quaresma, desejosos de ouvir a palavra do teu filho Jesus, de ser fieis à vida de oração pessoal, e de praticar a penitência e a caridade, em preparação das celebrações da Santa Páscoa que se aproximam. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Vivendo a palavra

Bom, não temos pra onde correr. A prática da palavra de hoje é o jejum, jejuar. Se você passou batido(a) na quarta-feira de cinzas, tem ainda a sexta-feira da paixão. E, hoje, como todas as sextas da quaresma, é dia de abstinência de carne. Você sabe, essas práticas externas têm valor se cultivarem a conversão do coração em relação a Deus e aos sofredores.

28 de fevereiro de 2020

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb




LEVANDO JESUS A SÉRIO

No dia do julgamento, os ninivitas se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão. (Lc 11, 32)
15 de outubro de 2018.
O evangelho de ontem (Mc 10) reforçou o convite de Jesus a cada um de nós: “Vem e segue-me!”. O que nos faz cristãos é exatamente isto: o seguimento de Cristo. Para andarmos ao lado dele, no caminho, ele nos indicou duas condições: estarmos livres e sermos solidários. Para alcançar a vida eterna, ele nos ofereceu uma nova direção para a nossa vida: o seu seguimento.
A resposta do jovem rico à proposta de Jesus foi frustrante. A resposta dos apóstolos foi generosa. Eles deixaram tudo para segui-lo. E a resposta daquele povo da Galileia que Jesus estava evangelizando? Parece que Jesus andava meio decepcionado... Ele estava dizendo: “Esta geração é uma geração má. Ela busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas”.
Jonas foi um sinal para o povo de Nínive. Ele, a mando de Deus, pregou por três dias na grande cidade, anunciando o castigo de Deus sobre todo aquele povo. Castigo por conta de sua impenitência, de sua vida de maldade e violência. E o povo de Nínive, diante daquela pregação do profeta, tomou consciência de sua condição e implorou a misericórdia de Deus. Acolheu a pregação de Jonas como um convite urgente à penitência e à conversão. Do pequeno ao grande, do pobre ao rei, todos se sentaram em cinzas e pediram perdão de seus pecados. Jonas foi um sinal para o povo de Nínive. Uma convocação à conversão. Mas, também um sinal da misericórdia de Deus, pois Deus, tendo desistido do seu intento de destruir tudo, mostrou a sua misericórdia, dando o seu perdão.
Esse sinal de Jonas para o povo do seu tempo estava sendo reeditado na presença de Jesus, na sua pregação. Como Jonas foi um sinal para o povo de Nínive, assim Jesus seria para o povo do seu tempo. Jonas pregou por três dias, cobrindo toda aquela cidade pagã. Jesus pregou por três anos, percorrendo todo o país. Ele também trazia um convite urgente à conversão. Jesus começou sua missão, convidando todos a acolherem o Reino que estava se aproximando: convertam-se e creiam no evangelho. O convite à conversão, na verdade, é um convite à acolhida da misericórdia de Deus.
Jesus estava lembrando que o povo de Nínive recebeu melhor o profeta Jonas do que a ele. Converteu-se à pregação de Jonas. E ali, Jesus não estava encontrando a mesma acolhida, nem a mesma disposição para a conversão. O povo de Nínive iria ser juiz do povo de Deus do tempo de Jesus. E iria condená-lo.
Guardando a mensagem
O povo pagão de Nínive converteu-se à pregação de Jonas. O povo de Deus do tempo de Jesus respondeu com indiferença à sua pregação. E um bom grupo reagiu com violência à boa notícia anunciada por ele. A pregação do Evangelho, que anuncia o Reino de Deus, continua hoje e chega até você e à
sua família. Como é que vocês estão reagindo a esse anúncio que pede conversão e acolhida do amor de Deus? Como o povo de Nínive? Como o povo do tempo de Jesus?
No dia do julgamento, os ninivitas se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão. (Lc 11, 32)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
essa página do Evangelho vem reforçar nossa caminhada cristã, que é um permanente convite à conversão, à acolhida da vida nova que tu nos alcançaste em tua cruz. Concede-nos, Senhor, que vençamos a indiferença, que é atitude típica do nosso tempo: o não ligar, o deixar pra lá, o não dar importância. Que a tua Palavra encontre abrigo em nossos corações e em nossas vidas, nos animando num processo de verdadeira conversão. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
A conversão é a nossa resposta à Palavra de Deus. A conversão é obra nossa e do Espírito Santo de Deus em nós. Assim, nesta segunda-feira, peça ao Santo Espírito, mais de uma vez, a graça da conversão.
Faltam 03 dias para o lançamento de minha nova música nas plataformas digitais e redes sociais. CONFIAR EM DEUS.

Pe. João Carlos Ribeiro – 15.10.2018

VAMOS LEVAR JESUS A SÉRIO!


MEDITAÇÃO PARA A QUARTA-FEIRA, DIA 21 DE FEVEREIRO DE 2018.
E aqui está quem é maior do que Jonas (Lc 11, 32)
A quaresma vai andando. Já estamos no seu oitavo dia. O grande tema da quaresma é a conversão. Esse tema volta, no evangelho de hoje, sob um novo aspecto. A conversão é a resposta à pregação do profeta. Jonas foi um sinal para os ninivitas. Eles se converteram quando ouviram a sua pregação.  
O livro do Profeta Jonas é superinteressante. Deus o mandou em missão. Ele tomou o rumo contrário e deu-se mal. Depois de ter sido jogado no mar, pois o navio estava afundando, ele foi tragado por um grande peixe e devolvido vivo, na praia, depois de três dias. Finalmente, decidiu-se a realizar o trabalho missionário para o qual fora designado. Foi pregar em Nínive, uma cidade pagã muito grande. Eram necessários três dias para atravessá-la. A pregação de Jonas era simples e forte: “Ainda quarenta dias e Nínive será destruída”.
Os ninivitas acreditaram em Deus e começaram a fazer jejum e cobrir-se de sacos, em sinal de penitência. O próprio rei aderiu ao clamor geral do país e o ampliou para todos os recantos do reino. Resultado: Deus viu as obras de conversão daquele povo, cada qual afastando-se do seu mau caminho, teve compaixão daquela gente e suspendeu a destruição anunciada. Jonas não gostou nada desse recuo divino, mas tudo bem.
Jesus estava falando com o seu povo e lembrou essa interessante história de Jonas. Ele foi um sinal para aquele povo pagão. À sua pregação, o povo respondeu com a conversão. E era isso que Jesus pretendia dos seus ouvintes, desde o começo. Como Jonas, ele fez um anúncio simples e forte: “O Reino está próximo de vocês. Convertam-se e creiam”. Só que ele estava esperando um resultado melhor, uma resposta mais generosa. E a resposta, claro, só poderia ser a conversão. Por isso ele se queixou: “E aqui está alguém maior do que Jonas”.
Vamos guardar a mensagem
A conversão é a nossa resposta à pregação do evangelho. O povo da grande cidade pagã de Nínive respondeu à pregação do profeta Jonas com a fé (“acreditaram em Deus”) e a conversão (“afastou-se dos seus maus caminhos e de suas práticas perversas”). O clima penitencial em que eles mergulharam os ajudou a cultivar e a exprimir a conversão do coração. Eles jejuaram, cobriram-se de saco, sentaram-se em cinzas. O clima penitencial é para cultivar e exprimir a conversão. Se não chegamos às obras de conversão, à mudança de vida, de nada valerão essas práticas externas. Você tem escutado a pregação de Jesus. Eu também. Então, é bom a gente levá-lo a sério e responder-lhe com obras de conversão. Se eles tiveram tanta consideração por Jonas, como nós não levaremos Jesus a sério?
E aqui está quem é maior do que Jonas (Lc 11, 32)
Vamos acolher a mensagem
Senhor Jesus,
Foi bom teres lembrado do teu profeta Jonas. O anúncio dele falava em quarenta dias, o prazo para a cidade de Nínive ser destruída. Mas, pela conversão daquele povo, foram quarenta dias para receberem o perdão e serem confirmados no caminho da conversão.  Esses “quarenta dias” podem nos lembrar a quaresma. E os três dias necessários para percorrer a grande cidade? Isso também se parece com o teu ministério, que percorreste o país por três anos, pregando o Reino de Deus. E no Reino de Deus, como lembraste, só se entra pela conversão. Ajuda-nos, Senhor, pela assistência do teu Santo Espírito, a rever a nossa vida, a acertar o nosso passo contigo e a realizar obras de conversão em nossas vidas. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre.
Amém.
Vamos viver a palavra
Estou contando que você já tenha o seu diário espiritual, ou a sua agenda bíblica ou o seu caderno de anotações. Creio que este seja um recurso útil para o seu caminho de crescimento espiritual. Bom, nele, hoje, depois de pensar um pouco, responda a esta pergunta: Que obra de conversão Jesus pode esperar de mim, até o final desta quaresma?     

Pe. João Carlos Ribeiro – 20.02.2018

APÁTICOS OU FERVOROSOS?


Se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os milagres que foram feitos no meio de vocês, há muito tempo teriam feito penitência (Lc 10, 13).
Corazim e Betsaida eram localidades da Galileia, na terra de Jesus. A Galileia foi a área de maior atuação do nosso Mestre. Por aquela região, ele circulou muitas vezes, pregou em suas sinagogas, curou muita gente.  Tiro e Sidônia eram localidades fora da área de Israel, consideradas terras de pagãos. Mesmo que estivessem nas fronteiras do povo eleito, eram comunidades estrangeiras. Segundo o pensamento reinante, os pagãos estavam fora da abrangência das promessas de Deus feitas a Israel. É verdade que Jesus fez diversas incursões pelo território dos pagãos, pelo estrangeiro. Mas, naquele primeiro momento, também ele estava mais preocupado com o povo da promessa. Uma vez, ele mesmo disse que tinha vindo somente para as ovelhas perdidas da Casa de Israel.
Corazim e Betsaida, como as outras localidades da Galileia por onde Jesus circulou com tanto zelo e prioridade, não responderam ao Mestre com entusiasmo, com adesão vibrante, com muitas conversões. Mostraram-se frias, apáticas, reticentes. Em Nazaré, Jesus tinha se queixado que “o profeta só não é bem recebido em sua própria pátria”.
A experiência dos apóstolos, depois da ressurreição de Jesus, foi a adesão entusiasta dos pagãos em muitos pontos do Império Romano. Paulo e Barnabé logo experimentaram isso em Antioquia, na vizinha nação Síria. E depois, Paulo e outros apóstolos, largaram-se mundo afora nas cidades da área do Mar Mediterrâneo, sempre encontrando pouca adesão nas sinagogas dos judeus e vibrante acolhida entre os pagãos.
Então, essa palavra de Jesus hoje é uma queixa contra a pouca acolhida que recebeu no meio do povo eleito (representado por duas localidades: Corazim e Betsaida) e a constatação que o seu ministério estava sendo bem recebido por comunidades fora da terra de Israel (representadas por Tiro e Sidônia).
Vamos guardar a mensagem de hoje
Corazim e Betsaida, hoje, podem ser você, sua família ou sua comunidade. Apesar do trabalho de missionários, de sacerdotes e de tantas oportunidades que vocês têm tido de conhecer o evangelho, pode ser que veja-se pouco crescimento e conversão. Vocês, quem sabe, estarão imitando Corazim e Betsaida, que apesar de terem tido Jesus pregando e libertando pessoas em seu meio, não se tocaram para uma verdadeira conversão. Se esse for o caso de vocês, é bom tomarem para si essa Palavra do Senhor e mudarem, enquanto é tempo.
Se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os milagres que foram feitos no meio de vocês,  há muito tempo teriam feito penitência (Lc 10, 13).

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