PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA

UMA PALAVRA BOA PRA QUEM ESTÁ CHEGANDO AO SEU LIMITE

MEDITAÇÃO
PARA QUARTA-FEIRA,
DIA 13 DE DEZEMBRO

Venham a mim todos vocês que estão cansados e fatigados sob o peso dos seus fardos, e eu lhes darei descanso (Mt 11, 28)
Que palavra maravilhosa para nossa meditação hoje... Jesus vê que o grupo dos seus discípulos  - homens e mulheres  que o seguem – estão cansados, carregados de fardos pesados.
Que fardos são esses? Esses fardos eram, em primeiro lugar, as obrigações que a Lei de Moisés impunha, ou melhor, a interpretação da Lei feita pelos mestres e fariseus; fardos são  também as responsabilidades e sofrimentos da vida; as decepções, o desencanto, os problemas que cada um carrega; a falta de horizonte em muitas situações de uma vida rotineira; a situação de sobressalto que se vive em função dos compromissos com a sobrevivência. Diante desse quadro, de pessoas acachapadas pelo sofrimento, pelo medo, pelo cansaço do trabalho com pouco retorno, pela falta de horizonte e de esperança, Jesus se apresenta com um convite: Venham a mim todos vocês que estão cansados e fatigados sob o peso dos seus fardos, e eu lhes darei descanso.
Mas, como Jesus pode aliviar o nosso peso? O seu ensinamento nos liberta de tantos fardos pesados, torna leve a nossa carga. Na verdade, ele está nos sugerindo que troquemos os fardos que estamos carregando pelo seu peso que é leve, o nosso coração inquieto pelo seu coração manso e humilde. E qual é o ensinamento de Jesus? O maior deles é que Deus nos ama como um pai. Ele cuida de nós, nos sustenta, nos socorre. Não estamos sós. Não lutamos apenas com as nossas forças. Sendo assim, o peso de nossas obrigações já fica mais leve. Alivia o nosso peso pelo seu ensinamento.
Mas, também alivia o nosso peso pela reconciliação. Jesus nos revela que o Pai nos perdoa e nos reconcilia consigo pelo sacrifício de sua cruz. Assim, o peso do nosso pecado e de suas consequências nos é retirado das costas. Podemos caminhar com mais leveza e esperança. O amor de Deus nos liberta. O perdão nos tira o peso das costas.
Também o amor nos liberta do massacrante peso da vida. O amor ao próximo, que Jesus nos ensina, liberta o nosso trabalho da marca da obrigação desumanizadora. Nosso trabalho, por amor aos outros, passa a ser um serviço, em sintonia com Deus que nos ama. Também pelo amor, a própria prática religiosa deixa de ser uma obrigação enfadonha para ser um louvor alegre e restaurador.
Vamos guardar a mensagem de hoje
Jesus encontrou o povo de Deus oprimido por muitas situações de exploração, violência e dominação. Por isso, o evangelho está cheio de doentes, leprosos, cegos, possessos, encurvados. Ele chamou a si esse povo humilhado, oferecendo-lhe a vida, a liberdade, a felicidade. Ele nos revelou o amor do Pai e o seu amor por nós. Ele carregou-se de nossas dores e nos abriu o caminho da vitória sobre toda opressão por meio de sua palavra, de suas atitudes, de sua morte na cruz, de sua ressurreição.
Vamos acolher a mensagem com uma prece
Senhor Jesus,
Estamos sobrecarregados com muitos fardos que nos tiram a alegria de viver, que tornam a nossa vida sofrida e enfadonha. É a exploração no trabalho. É o abatimento na doença. É o esvaziamento de uma vida sem sentido. Para quem está assim fatigado sob o peso de fardos insuportáveis, tu, Senhor Jesus, ofereces a tua palavra, o teu ministério, o teu coração. Tua palavra – a revelação do Pai – desmascara a alienação do trabalho e o libertas para ser uma atividade criativa e prazerosa. O teu carinho pelos doentes e sofredores ilumina a experiência de sofrimento e de dor, tornando leve o peso da enfermidade e dos limites biológicos de nossa condição humana. Teu amor nos abraça, nos perdoa, nos restaura. Vem, Senhor, ao encontro de todos os que estão cansados, amargurados, sobrecarregados com o peso dessa vida. A todos, com a tua graça, alivia, consola, orienta. Amém.
Vamos vivenciar a palavra que meditamos hoje
Que tal você atender essa palavra de Jesus “Venham a mim todos vocês que estão cansados e sobrecarregados..” ? Vou lhe deixar uma sugestão. RESERVE HOJE UM TEMPINHO PARA UM MOMENTO DE ORAÇÃO. A sós com ele, fale de sua vida... Alguma coisa importante, ele tem para lhe dizer.

Pe. João Carlos Ribeiro - 23.06.2017/12.12.2017

O SENHOR FEZ EM MIM MARAVILHAS!


MEDITAÇÃO PARA A TERÇA-FEIRA,
DIA 12 DE DEZEMBRO,
DIA DE NOSSA SENHORA DE GUADALUPE,
PADROEIRA DA AMÉRICA LATINA
Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! (Lc 1, 42)
É a saudação da prima Izabel, quando Maria chega à sua casa.  Izabel está radiante com aquela visita inesperada. Seu bebê de seis meses de gestação esperneia de contentamento. Izabel, cheia do Espírito Santo, festeja a chegada da jovem prima: "Bendita és tu entre as mulheres. Bendito é o fruto do teu ventre". A saudação de Izabel continua de boca em boca, cumprindo a profecia da Virgem: "Todas as gerações me chamarão bem-aventurada". E ela mesma deu a razão: "porque o Senhor fez em mim maravilhas". Quando fazemos festa para Maria, na verdade festejamos quem nela fez maravilhas.
Izabel, movida pelo Espírito Santo, louvou Maria e o filho do seu ventre. Honrou Maria e Jesus. Nosso amor a Maria não escanteia Jesus. Pelo contrário, ela nos leva ao seu filho. Desde o casamento de Caná, ele vem nos recomendando que realizemos a palavra de Jesus. “Façam tudo o que ele vos disser”.
A Igreja proclama as maravilhas que Deus fez em Maria. Uma delas foi a imaculada conceição. Foi o que festejamos sexta-feira passada, dia 08 de dezembro. Todos nós nascemos com o pecado original, somos herdeiros da distância em que o ser humano se colocou de Deus. Ela foi preservada desse estado de separação de Deus, desde a sua concepção. Isso foi graça de Deus. Para nos livrar do pecado original, nós nos batizamos. Ela não precisou ser batizada. Já estava purificada desde o primeiro momento de sua existência. Obra de Deus.
"O Senhor fez em mim maravilhas", Maria reconheceu isso. A "Cheia de Graça" concebeu o seu filho Jesus sendo Virgem. Os evangelhos falam disso: Jesus foi concebido de maneira milagrosa. O filho de Deus foi gerado no seio da Virgem por obra e graça do Espírito Santo. A concepção virginal é obra do Senhor na vida de sua humilde serva.
"Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores". Mãe de Deus: foi o reconhecimento dos cristãos reunidos no Concílio de Éfeso no ano 431. Jesus é homem e Deus, ao mesmo tempo. Filho de Deus e de Maria. Ela é mãe do Filho, em quem o humano e o divino estão unidos.
Reconhecemos também que ela participou ativamente da paixão e da morte do Senhor. Esteve ao seu lado, entregou-se com ele, partilhou sua dor. Por isso, reconhecemos também que ela participou dos frutos de sua ressurreição. Maria não teve que esperar a ressurreição do último dia. Ao término de sua vida terrestre, ela foi levada à glória celeste em corpo e alma. Chamamos isso de Assunção. Maria acompanha a condição de seu Filho. Está ressuscitada com ele. Como nós estaremos um dia.
Vamos guardar a mensagem de hoje
Quando fazemos festa para Maria, na verdade festejamos quem nela fez maravilhas. E festejamos o que em nós ele fez, faz e fará: o novo nascimento, a santificação, a ressurreição. Fez em Maria, fará em nós. "O Senhor fez em mim maravilhas": o canto de Maria é nosso canto também.
Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! (Lc 1, 42)
Vamos acolher a mensagem com uma prece
Nesta festa de N. Senhora de Guadalupe, que celebramos hoje, unamo-nos a todas as gerações que a proclamam bendita e façamos nossa a prece do anjo Gabriel, de Izabel e de toda a Igreja:
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.
Vamos vivenciar a palavra que meditamos
Faça uma prece, hoje, à Virgem Maria em favor dos povos da América Latina.

Pe. João Carlos Ribeiro – 11.12.2017

COMO FAZER A FAXINA DA CASA INTERIOR


MEDITAÇÃO 
PARA A SEGUNDA-FEIRA, 
DIA 11 DE DEZEMBRO 
Quem pode perdoar os pecados, senão Deus? (Lc 5, 21)
Nós começamos essa segunda semana do advento com o apelo da conversão. Ouvimos, ontem, que João Batista preparou o povo para receber Jesus, convidando-o a consertar seus caminhos errados, confessar os seus pecados e batizar-se no rio Jordão. É o advento: preparar o encontro com Jesus, fazendo a faxina da casa interior e tomando um belo banho. O que suja e enlameia a nossa vida é o pecado.
E quem pode perdoar os nossos pecados?  O evangelho de hoje tem a resposta. Os fariseus acharam que Jesus estava blasfemando. Ele perdoou os pecados do paralítico. Havia muita gente ouvindo Jesus, o local está lotado. Um grupo trouxe um paralítico e arrumou um jeito de apresenta-lo ao Mestre. Desceram o doente pelo telhado. Jesus viu a fé deles e disse: “Homem, teus pecados estão perdoados”. Foi o bastante para uma onda de críticas. “Só Deus pode perdoar os pecados!”, murmuraram os fariseus.
O perdão dos pecados é a obra de Jesus no sacrifício da cruz. Por sua morte e ressurreição, ele nos reconciliou com Deus. Senhor Fariseu, é verdade, é Deus quem perdoa! É Deus quem foi ofendido. E Deus nos perdoa, pelos méritos da paixão, morte e ressurreição de Jesus. Quem perdoou o paralítico foi o próprio autor da salvação. E até o curou de sua doença. Mas, fez ver que isso não era mais importante do que o perdão dos pecados. E até mesmo o curou para mostrar, como ele disse, que “o filho do homem tem na terra poder de perdoar os pecados”.
E nós recebemos o perdão dos nossos pecados, em primeiro lugar,  no batismo. É a nossa primeira conversão. O batismo é o banho purificador  pelo qual o Espírito Santo nos lava do pecado.  E como continuamos a pecar depois do batismo, precisamos de uma segunda conversão, que precisa ser contínua em nossa vida. Para voltar à comunhão com Deus, Jesus deixou o sacramento da confissão, chamado também de sacramento da penitência. Aqui, entra o neo-fariseu de hoje com a mesma crítica: ‘Só Deus pode perdoar os pecados!’, tentando desqualificar esse serviço exercido pelos ministros da Igreja.
Jesus, o filho de Deus, nos reconcilia com o Pai, por meio do seu sacrifício redentor. E ele encarregou os seus apóstolos para darem continuidade na história a esse ministério de reconciliação. Depois de ressuscitado, tendo soprado sobre eles comunicando-lhes o santo Espírito, ele disse: “A quem vocês perdoarem os pecados, eles serão perdoados”. Os ministros da absolvição (os bispos e os padres) realizam esse ministério em nome de Cristo. Eles participam do seu sacerdócio. Em seu nome, escutam a confissão dos pecados dos seus irmãos, em seu nome os aconselham, em seu nome conferem a absolvição dos seus pecados. É claro, só Deus pode perdoar os pecados, senhor neo-fariseu! E ele o faz por meio dos seus ministros. Foi assim que Jesus deixou.  
Vamos guardar a mensagem de hoje
Ontem, meditamos que para preparar o encontro com Jesus, precisamos fazer uma boa faxina em nossa vida. Como fazer isso? Pela conversão dos nossos pecados. E como nos livramos dessa sujeira do pecado, sobretudo do pecado mortal que nos afasta da comunhão com Deus? Resposta: pelo arrependimento e pela confissão dos nossos pecados. A nossa primeira conversão é celebrada no batismo. Nele, somos lavados do pecado, pelos méritos da paixão do Redentor. Para nos ajudar a reencontrar a graça de Deus, Jesus deixou o sacramento da confissão ou penitência. Nele, celebramos a nossa segunda e permanente conversão. Arrependidos, confessamos/dizemos os nossos pecados e recebemos a absolvição dos ministros da Igreja que fazem isso em nome de Cristo. Assim, somos reconciliados com Deus e com a comunidade eclesial, a quem também ofendemos com nossos pecados.

UMA CASA LIMPA E ARRUMADA PRA RECEBER UMA VISITA PRA LÁ DE ESPECIAL


MEDITAÇÃO PARA O DOMINGO, 
DIA 10 DE DEZEMBRO, 
SEGUNDO DOMINGO DO ADVENTO

Eis que envio o meu mensageiro à tua frente, para preparar o teu caminho (Mc 1, 2).

Como é que vai o seu advento? Advento é esse tempo da Igreja que nós estamos vivendo, esse período de quatro semanas que nos prepara para o Natal. Mas, não só para o Natal.  Prepara-nos para o encontro com o Senhor que já veio, que vem todo dia e que virá definitivamente no final da história.  

Então, como é que vai o seu advento? Advento é a preparação para um grande encontro com o Senhor. Todo grande momento na vida tem uma preparação, não é verdade?  O que chega sem preparação, já começa atrapalhado. Casamento, tem que ter preparação. Filho, tem que ter preparação. Um bom emprego, tem que ter preparação. O encontro com Deus que nos visita, tem que ter preparação.

Advento é esse tempo de preparação para um grande encontro. Você lembra o que a raposa disse ao pequeno príncipe? Eles ficaram amigos. Então, marcavam para se encontrar. Olha o que raposa disse ao principezinho:  “Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, às três horas, eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora passar minha felicidade irá aumentar. Quando chegar às quatro, estarei inquieta e agitada e descobrirei o preço da felicidade! Mas se você vier a qualquer momento, eu não saberei a hora de começar a preparar o meu coração...”. Olha, como é importante a preparação de um encontro.

E nós estamos preparando o encontro com Jesus que vem. Imagine que vai chegar uma pessoa querida na sua casa. Claro, você, sabendo disso, vai preparar a casa, arrumar melhor os móveis e fazer uma boa faxina. Aproveite para jogar fora uma porção de tralhas que não têm mais uso ou que nunca serviram pra nada. E, claro, você vai logo às compras, vai preparar uma boa refeição, caprichar na sobremesa... e não pode esquecer da roupa, não vai receber sua visita de qualquer jeito... Advento é isso, é a gente se preparando e preparando a casa para acolher alguém muito importante, Jesus.

A figura inspiradora deste segundo domingo do advento é João Batista. Ele começou a preparar a o povo para a chegada do Messias. Já no final do exílio da Babilônia, o profeta Isaías tinha falado da vinda de Deus para libertar o seu povo. Para preparar a sua chegada, era preciso consertar muita coisa: endireitar o que estava torto, abaixar os montes, nivelar os vales. Numa palavra, preparar uma boa estrada para a chegada de Deus. Não se trata, é claro, de fazer o trabalho de uma construtora... é o trabalho da conversão pessoal e da mudança do que está ao nosso redor.

Quando João Batista apareceu, no deserto, pregando que o Messias estava pra chegar, foi logo identificado com a ‘voz que grita no deserto, alertando para que se preparasse o caminho para o Senhor” de que Isaías falava. João Batista pedia ao povo para preparar o caminho para a chegada do Messias:  arrepender-se dos seus pecados, confessá-los e batizar-se no Rio Jordão. Banhar-se no Rio Jordão era uma forma de mostrar arrependimento e vontade de viver uma vida nova.  Quando a gente toma banho, a gente se sente renovado, aliviado do cansaço, limpo. Com a liderança de João Batista, o povo estava se preparando para o novo tempo que estava chegando, com a vinda do Messias, o enviado de Deus.

Vamos guardar a mensagem de hoje

Temos um encontro marcado com o nosso principezinho.  Deus marcou um encontro conosco. O Pai enviou o seu filho amado. Quem o receber, acolhe o próprio Pai. É verdade, ele já veio. Foi o primeiro natal. Então, nos preparemos para fazer do natal que está chegando uma forte  memória dessa surpreendente vinda do filho de Deus em nossa condição humana. Claro, ele vem sempre ao nosso encontro, todo dia e de tantas formas! Então, preparemo-nos para reconhecê-lo no meio do seu povo, como no tempo do Batista. Mas, não podemos esquecer, ele virá definitivamente em sua glória, como nos prometeu. A grande preparação para esse encontro com o Senhor é a conversão:  limpar a casa, fazer uma grande faxina em nossa vida, tomar banho... É o advento do Senhor.  
O grande convite do primeiro domingo do advento foi a Vigilância, aguardar o Senhor acordados. O grande apelo deste segundo domingo do advento é a Conversão, preparar a vinda do Senhor com uma vida renovada.  

Eis que envio o meu mensageiro à tua frente, para preparar o teu caminho (Mc 1, 2).

GRANDE CONVOCAÇÃO DE TRABALHADORES

Peçam, pois, ao dono da Messe que envie trabalhadores para a sua colheita (Mt 9,38)
A constatação de Jesus é que a Messe é grande, mas os trabalhadores  são poucos. E vê isso em suas andanças missionárias, percorrendo cidades e povoados, ensinando, pregando e curando os doentes. Ele encontra o povo e sente as suas necessidades. As multidões estão cansadas, abatidas, como ovelhas sem pastor.
Quando falta o pastor, o rebanho se dispersa, torna-se presa fácil para os ladrões  e as feras do campo. Sem a liderança do pastor, o rebanho já não caminha, não vai mais junto para boas pastagens, já não tem mais metas, trajetos a cumprir.  Cada ovelha procura o seu rumo. Qualquer uma que tiver iniciativa, mesmo sem rumo, sai puxando outras,  às cegas. Cansam-se em vão, dispersam-se. Perde-se a unidade. Perde-se o rebanho.
Jesus, diante do seu povo – rebanho sem pastor – assume a condição de pastor, de líder. Deixa-se mover pela compaixão, pelo amor afetuoso pelo seu povo.  É nessa condição de pastor que ele ensina em suas sinagogas, prega o Reino de Deus por onde anda, e cuida das feridas dos que estão machucados. Curar os doentes é uma forma de demonstrar o cuidado com as ovelhas cansadas e abatidas. Ele está cuidando de suas feridas, sarando as suas chagas, não é um curandeiro. É um pastor cuidando das ovelhas estrupiadas e golpeadas.
De cidade em cidade, de povoado em povoado, ele experimenta como a messe é grande e como faltam operários.  E, então, instrui os discípulos: ‘Peçam ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe’. Esse apelo de Jesus continua atual. A nossa situação ainda é, em muitos lugares, de rebanho sem pastor. O pastor é ele, o enviado do Pai.  Nem todas as ovelhas estão sabendo que temos um pastor. Precisamos avisá-las.  Precisamos congregar o rebanho ao redor do bom pastor. E os pastores que o rebanho tanto necessita têm um modelo, Jesus, o bom pastor. Como ele, precisam da compaixão para curar-lhe as feridas, carregar as machucadas, ir atrás da que se desgarrou. Como ele.
Vamos guardar a mensagem de hoje
Estão faltando operários para a colheita. Estão faltando pastores para acompanhar o rebanho. Devemos pedir operários para Messe ao Pai, porque a Messe é dele. Jesus foi enviado por ele. Ele envia cada operário, cada pastor. Os novos pastores, olhando para Jesus, saberão como se conduzir na missão. Eles atualizarão a presença de pastor de Jesus no meio do rebanho, com o seu mesmo amor, sua dedicação, sua liberdade e  a entrega de sua própria vida. Ser pastor ou operário da Messe do Senhor não é carreira, nem corrida em busca de privilégios. É serviço, como o de Jesus.
Peçam, pois, ao dono da Messe que envie trabalhadores para a sua colheita (Mt 9,38)
Vamos acolher a mensagem de hoje com uma prece
Senhor Jesus, bom pastor, inspirando-nos no evangelho de hoje, queremos renovar nossa adesão a ti, como pastor enviado pelo Pai, reconhecendo-te ‘caminho, verdade e vida’. Tu nos disseste para pedir ao Pai que mande operários para a sua Messe, pastores para o rebanho. De alguma forma, todos podemos participar  da missão. Então, dize-nos o que fazer, por onde começar, como colaborar. O Pai nos manda para te ajudar. Abençoa, Senhor, a todos os que, ao chamado do Pai, se alistaram a serviço do teu povo. Abençoa os que estão se preparando para o serviço pastoral em tua Igreja. Desperta em nós o espírito missionário para estarmos sempre preocupados e comprometidos com as ovelhas dispersas e cansadas. Sê sempre o nosso bom pastor. Amém.
Vamos vivenciar a palavra que meditamos hoje
Como ele mandou pedir ao dono da Messe... faça isso hoje. Reze pelas vocações.


Pe. João Carlos Ribeiro – 08.12.2017

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