PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA

Ele me abriu os olhos

E Jesus lhe disse: “Vai lavar-te na piscina de Siloé.”  O cego foi, lavou-se e voltou enxergando (Jo 9, 7).


E chegamos ao quarto domingo da quaresma. Cada domingo é um degrau que vamos subindo em direção à páscoa. É um caminho de revelação de quem é Jesus e de sua obra redentora que continua em nossas vidas e na história. É uma caminhada em que vamos renovando nossa condição de discípulos e nossa adesão à pessoa do Salvador. Estamos em comunhão com ele, caminhamos com ele desde o nosso batismo.

O evangelho de hoje conta a história do cego de nascença que foi curado de sua cegueira.  E esse texto é tão interessante que eu vou pedir a você, para o seu bem espiritual, que leia o evangelho de hoje completinho em sua Bíblia. João capítulo 9, de 1 a 41. Leia e faça uma conta: quantas vezes está escrito a expressão “abrir os olhos”?

A água e a sede

Você lembra. No primeiro domingo da Quaresma, na cena das tentações, Jesus foi comparado com Adão. Ele é o novo Adão, o que disse SIM, o que venceu a tentação, o pecado. No segundo domingo, na cena da transfiguração, ele foi comparado com Moisés. Ele é o novo Moisés que nos comunica a nova Lei, a Palavra que precisamos ouvir. Neste terceiro domingo da Quaresma, no diálogo com a Samaritana no poço, Jesus é comparado com Jacó. Ele é o novo Jacó, que ofereceu ao seu povo, com o poço, a água necessária para a vida.


Atravessando a Samaria, cansado, com sede, Jesus se senta junto à fonte, o poço de Jacó, isso por volta do meio dia. Vem uma mulher daquele povo samaritano buscar água. Ele pede: “dá-me de beber”. Foi só um pé de conversa para a evangelização daquela senhora. Se ela soubesse quem ele era, ela é quem pediria e ele lhe daria água viva, e ela nunca mais teria sede. Ela bem que se interessou por aquela água.

Um novo Moisés

E da nuvem uma voz dizia: “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo o meu agrado. Escutem-no!” (Mt 17, 5).

E chegamos ao segundo domingo da Quaresma.  No primeiro domingo, subimos com Jesus ao Monte das Tentações. Ali, ele enfrentou o Tentador e venceu as tentações. Com ele, entramos no novo tempo em que o pecado de Adão foi superado pela obediência do novo homem, Jesus. Então, no primeiro domingo da Quaresma, Jesus foi comparado com Adão. Ele é o vencedor da tentação, do pecado.   

Nesse segundo domingo da Quaresma, subimos com Jesus à montanha da transfiguração.  A Lei e os Profetas, os livros santos de Israel representados por Moisés e Elias, nos dizem quem é esse Jesus. Ele é o novo Moisés, libertador do povo, restaurador da aliança. E o próprio Deus intervém, como no tempo do Sinai, para dizer que Jesus é o seu filho amado e para nos recomendar que o escutemos.

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