Neste mês de julho, a Igreja nos pede que rezemos para que aprendamos cada vez mais a discernir, a saber escolher caminhos de vida e a rejeitar tudo o que nos distancie de Cristo e do Evangelho.
Jesus, a porta santa.
Eu sou a porta. Quem entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem (Jo 10, 9)
Sou o bom pastor.
Jo 10,27-30
Naquele tempo, disse Jesus: 27“As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. 28Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão.
29Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior que todos, e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai. 30Eu e o Pai somos um”.
Meditação.
E chegamos ao 4º Domingo da Páscoa, o Domingo do Bom Pastor. Duas motivações enchem nossos corações de muita alegria neste domingo: o Dia das Mães a o Dia Mundial de Oração pelas Vocações.
O evangelho de hoje é bem curtinho. Jesus nos diz que ele é o nosso pastor. Nós somos as ovelhas que o Pai lhe encarregou de cuidar e salvar. Ele nos conhece e nos dá a vida eterna. Nós, suas ovelhas, escutamos sua voz e o seguimos. E nos tranquiliza: não nos perderemos e não seremos arrancados de sua mão. E nos diz o porquê: Ele e o Pai são um. Ele manifesta o Pai e com o Pai ninguém pode.
O contexto dessas palavras de Jesus – João 10 – é a festa da Dedicação do Templo, o aniversário anual da restauração do Templo de Jerusalém. Nela, o povo da aliança celebrava a sua pertença a Deus e a presença de Deus no seu meio. Nas palavras do Mestre, podemos entender que quem, de verdade, manIfesta Deus não é mais Templo, mas ele próprio. Jesus é o novo Templo, o novo santuário. É nele que somos povo de Deus, rebanho do Senhor. Sim, de verdade, ele está conosco, ele nos conduz. Como ovelhas do seu rebanho, ouvimos sua palavra e o seguimos. E Deus nos garante: a perseguição não nos vence.
Bom, ninguém vai se assustar. Estamos celebrando a páscoa, a passagem vitoriosa de Jesus pela morte. A própria Eucaristia é memorial de sua morte e de sua ressurreição. E de nossa comunhão com este seu sacrifício redentor. No meio de nossas lutas, estamos vitoriosos, com Jesus.
Neste quarto domingo, Domingo do Bom Pastor, continuamos a celebrar a páscoa. Jesus é o bom pastor que dá a vida por nós, suas ovelhas. Ninguém vai nos dispersar, nem nos arrancar de suas mãos. Jesus manifesta o Pai que cuida de nós, nos defende, nos salva, nos constitui seu rebanho. Por nossa causa, ele foi oferecido como se fora um cordeiro imolado no Templo. Por sua ressurreição, o cordeiro tornou-se pastor. Ele é o bom pastor que marcha à nossa frente. Reconheçamos a sua voz. Sejamos seus seguidores.
As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem (Jo 10, 27)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
bom pastor de nossas vidas, nós te bendizemos pelo amor fiel que te levou ao sacrifício da cruz. Nós te louvamos por seres o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. E nós queremos ser fieis a ti em nosso seguimento, particularmente protegendo e cuidando dos mais frágeis e sofredores. Nós te recomendamos, hoje, especialmente, nossas mães que, à tua imagem, são pastoras dedicadas e sacrificadas pelo bem dos seus filhos e netos. Às mamães falecidas, dá, Senhor, o descanso eterno. Às mamães que caminham conosco, consola-as em suas aflições, fortalecendo a sua fé e a sua esperança. Nós também te recomendamos, hoje, os jovens – eles e elas - que tens chamado para o teu seguimento como missionários, consagrados, religiosos, leigos ou sacerdotes. Que eles imitem a tua entrega e o teu amor de bom pastor. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Hoje, com o Domingo do Bom Pastor, temos o Dia Mundial de Oração pelas Vocações. A mensagem para esta data já tinha sido preparada e publicada pelo Papa Francisco. Nela, ele escreveu:
"Queridos jovens, a esperança em Deus não engana, porque Ele guia os passos de quem a Ele se entrega. O mundo precisa de jovens peregrinos de esperança, corajosos em dedicar a sua vida a Cristo, cheios de alegria por serem seus discípulos-missionários."
Pe. João Carlos Ribeiro, sdb
PARA O LXII DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES
(11 de maio de 2025 – IV Domingo da Páscoa)
Peregrinos de esperança: o dom da vida
Queridos irmãos e irmãs!
Neste LXII Dia Mundial de Oração pelas Vocações, desejo dirigir-vos um alegre e encorajador convite a serdes peregrinos de esperança, doando generosamente a vida.
A vocação é um dom precioso que Deus semeia nos corações, uma chamada a sair de si mesmo para trilhar um caminho de amor e serviço. E cada vocação na Igreja – seja laical, seja ao ministério ordenado, seja à vida consagrada – é sinal da esperança que Deus nutre pelo mundo e por cada um dos seus filhos.
Neste nosso tempo, muitos jovens sentem-se perdidos face ao futuro. Frequentemente vivem na incerteza quanto às perspectivas de emprego e, lá no fundo, experimentam uma crise de identidade que é uma crise de sentido e de valores, que a confusão digital torna ainda mais difícil de atravessar. A injustiça para com os fracos e os pobres, a indiferença do bem-estar egoísta e a violência da guerra ameaçam os projetos de vida boa que cultivam no seu íntimo. Contudo, o Senhor, que conhece o coração do homem, não nos abandona na insegurança; pelo contrário, quer suscitar em cada um a consciência de ser amado, chamado e enviado como peregrino de esperança.
Por isso, nós, membros adultos da Igreja, especialmente os pastores, somos convidados a acolher, discernir e acompanhar o caminho vocacional das novas gerações. E vós, jovens, sois chamados a ser nele protagonistas, ou melhor, coprotagonistas com o Espírito Santo, que suscita em vós o desejo de fazer da vida um dom de amor.
Acolher o próprio caminho vocacional
Queridos jovens, «a vossa vida não é “entretanto”; vós sois o agora de Deus» (Exort. ap. pós-sinodal Christus vivit, 178). É necessário tomar consciência de que o dom da vida exige uma resposta generosa e fiel. Olhai para os jovens santos e beatos que responderam com alegria à chamada do Senhor: Santa Rosa de Lima, São Domingos Sávio, Santa Teresa do Menino Jesus, São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, os Beatos – que em breve serão Santos – Carlo Acutis e Pier Giorgio Frassati, e muitos outros. Cada um deles viveu a vocação como um caminho para a felicidade plena, na relação com Jesus vivo. Quando escutamos a sua palavra, o nosso coração arde (cf. Lc 24, 32) e sentimos o desejo de consagrar a vida a Deus! Desejamos, por isso, descobrir de que modo, em que forma de vida é possível retribuir o amor que Ele primeiro nos dá.
Toda a vocação, sentida na profundidade do coração, faz germinar uma resposta como impulso interior ao amor e ao serviço, como fonte de esperança e caridade e não como busca de autoafirmação. Vocação e esperança entrelaçam-se, portanto, no projeto divino pela alegria de cada homem e mulher, todos eles chamados em primeira pessoa a oferecer a sua vida pelos outros (cf. Exort. ap. Evangelii gaudium, 268). São muitos os jovens que procuram conhecer o caminho que Deus os chama a percorrer: alguns constatam – muitas vezes com surpresa – a vocação ao sacerdócio ou à vida consagrada; outros descobrem a beleza da chamada ao matrimónio e à vida familiar, bem como ao empenho pelo bem comum e ao testemunho da fé entre colegas e amigos.
Toda a vocação é animada pela esperança, que se traduz em confiança na Providência. Com efeito, para o cristão, ter esperança é mais do que um simples otimismo humano: é antes uma certeza enraizada na fé em Deus, que age na história de cada pessoa. E, deste modo, a vocação amadurece através do compromisso quotidiano de fidelidade ao Evangelho, na oração, no discernimento e no serviço.
Queridos jovens, a esperança em Deus não engana, porque Ele guia os passos de quem a Ele se entrega. O mundo precisa de jovens peregrinos de esperança, corajosos em dedicar a sua vida a Cristo, cheios de alegria por serem seus discípulos-missionários.
Discernir o próprio caminho vocacional
A descoberta da própria vocação passa por um caminho de discernimento. Este percurso nunca é solitário, mas desenvolve-se no seio da comunidade cristã e com ela.
O mundo, queridos jovens, induz-vos a fazer escolhas precipitadas e a encher os dias de barulho, impedindo a experiência de um silêncio aberto a Deus, que fala ao coração. Tende a coragem de parar, de escutar dentro de vós e de perguntar a Deus o que Ele sonha para vós. O silêncio da oração é indispensável para “interpretar” a chamada de Deus na própria história e para dar uma resposta livre e consciente.
O recolhimento permite compreender que todos podemos ser peregrinos de esperança se fizermos da nossa vida um dom, especialmente ao serviço daqueles que habitam as periferias materiais e existenciais do mundo. Quem se põe a escutar Deus que chama não pode ignorar o grito de tantos irmãos e irmãs que se sentem excluídos, feridos e abandonados. Cada vocação abre para a missão de ser presença de Cristo onde mais se sente necessidade de luz e consolação. Em particular, os fiéis leigos são chamados a ser “sal, luz e fermento” do Reino de Deus, através do empenho social e profissional.
Acompanhar o caminho vocacional
Nesse horizonte, os agentes pastorais e vocacionais, especialmente os conselheiros espirituais, não tenham medo de acompanhar os jovens com a esperançosa e paciente confiança da pedagogia divina. Trata-se de ser para eles pessoas capazes de escuta e respeitoso acolhimento; pessoas em quem podem confiar, guias sábios, disponíveis para os ajudar e atentos a reconhecer os sinais de Deus no seu caminho.
Exorto, portanto, a que se promova o cuidado da vocação cristã nos vários campos da vida e da atividade humana, favorecendo a abertura espiritual de cada pessoa à voz de Deus. Para este fim, é importante que os itinerários educativos e pastorais contemplem espaços adequados para o acompanhamento das vocações.
A Igreja precisa de pastores, religiosos, missionários e esposos que, com confiança e esperança, saibam dizer “sim” ao Senhor. A vocação nunca é um tesouro que fica fechado no coração, mas cresce e fortalece-se na comunidade que crê, ama e espera. E como ninguém pode responder sozinho à chamada de Deus, todos temos necessidade da oração e do apoio dos nossos irmãos e irmãs.
Caríssimos, a Igreja é viva e fecunda quando gera novas vocações. E o mundo, muitas vezes inconscientemente, procura testemunhas de esperança que anunciem com a vida que seguir Cristo é fonte de alegria. Por isso, não nos cansemos de pedir ao Senhor novos operários para a sua messe, certos de que Ele continua a chamar com amor. Queridos jovens, confio o vosso seguimento de Jesus à intercessão de Maria, Mãe da Igreja e das vocações. Caminhai sempre como peregrinos de esperança no caminho do Evangelho! Acompanho-vos com a minha bênção e peço-vos que rezeis por mim.
Roma, Hospital Gemelli, 19 de março de 2025.
FRANCISCO
A quem iremos, Senhor?
Evangelho
Meditação
A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna (Jo 6, 68)
Rezando a Palavra
"Queridos jovens, a esperança em Deus não engana, porque Ele guia os passos de quem a Ele se entrega. O mundo precisa de jovens peregrinos de esperança, corajosos em dedicar a sua vida a Cristo, cheios de alegria por serem seus discípulos-missionários."
A grandeza da Santa Missa
Evangelho
Corpo de Cristo, salvai-me.
Sangue de Cristo, inebriai-me.
Água do lado de Cristo, lavai-me.
Paixão de Cristo, confortai-me.
Ó bom Jesus, ouvi-me.
Dentro de vossas chagas, escondei-me.
Não permitais que me separe de vós.
Do espírito maligno, defendei-me.
Na hora da minha morte, chamai-me.
e mandai-me ir para vós,
para que vos louve com os vossos Santos,
por todos os séculos.
Amém.
O pão que desceu do céu.
Evangelho
Meditação
O pastor que cuida da gente.
Evangelho
Meditação
No mês de junho, faço show em Palmeira dos Índios, AL (dia 1º), Urucará, AM (dia 8), Camela, PE (dia 15), Jeromoabo, BA (dia 24). Em São José do Rio Preto, SP, vou estar no dia 28. O show em Porto Velho, RO, é no dia 12 de julho.
Senhor, dá-nos sempre deste pão.
Evangelho.
Meditação.
Busque o Senhor.
Jo 6,22-29
Depois que Jesus saciara os cinco mil homens, seus discípulos o viram andando sobre o mar. 22No dia seguinte, a multidão que tinha ficado do outro lado do mar constatou que havia só uma barca e que Jesus não tinha subido para ela com os discípulos, mas que eles tinham partido sozinhos.
23Entretanto, tinham chegado outras barcas de Tiberíades, perto do lugar onde tinham comido o pão depois de o Senhor ter dado graças. 24Quando a multidão viu que Jesus não estava ali, nem os seus discípulos, subiram às barcas e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum.
25Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: “Rabi, quando chegaste aqui?” 26Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. 27Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do homem vos dará. Pois este é quem o Pai marcou com seu selo”.
28Então perguntaram: “Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?” 29Jesus respondeu: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”.
Esforcem-se, não pelo alimento que se perde, mas pelo pão que permanece até a vida eterna (Jo 6, 27)
É, Jesus tinha razão. Aquele povo estava atrás de coisas e não dele. Mesmo andando atrás dele, não o estavam buscando, mas buscando as coisas que ele poderia lhes dar.
No dia anterior, Jesus tinha alimentado uma grande multidão com pouquíssimos pães e peixes. Terminado o dia, aquele povo todo tinha ido embora. Mas, no dia seguinte, começou a chegar de novo atrás dele. Quando notaram que ele e os discípulos tinham ido para o outro lado do grande lago, eles pegaram barcos e foram atrás de Jesus. Quando o encontraram, Jesus disse logo: vocês vieram atrás de mim por causa do pão que vocês comeram ontem.
Essa palavra de Jesus, no evangelho de hoje, é muito atual. Aplica-se direitinho a nós e a muita gente. Quanta gente corre, hoje, atrás de coisas que Jesus pode dar! Que ele pode dar, pode. Que ele pode nos conceder graças, fazer milagres em nossa vida, claro que pode. Mas, que andemos atrás de Jesus unicamente movidos por esses interesses, é triste. O nosso interesse não pode estar unicamente nas coisas ou nas soluções materiais ou físicas para os nossos problemas. Continuamos, assim, a ser interesseiros e ingratos. Estamos interessados realmente em Jesus ou nas coisas que ele pode nos dar?
Jesus acolheu bem aquelas pessoas, mas as convidou para um nível mais alto de sua busca. ‘Vocês vieram atrás de mim por causa do pão que se acaba’. “Esforcem-se, não pelo alimento que se perde, mas pelo pão que permanece até a vida eterna”. Uma palavra atual, não acha? Não falta gente correndo atrás de milagres e curas. Agora, perguntemos se estão se comprometendo com o evangelho do Senhor. Nada. E olha que, infelizmente, não faltam pregadores apregoando milagres em nome de Jesus, mas sem convidar seus fiéis a seguirem Jesus, a praticarem os seus mandamentos.
Jesus ressuscitado se apresentou a dois discípulos que estavam voltando para Emaús. Eles demoraram a reconhecê-lo. No meio das dificuldades, ficamos meio cegos, meio míopes. Jesus está vivo e ressuscitado e vive entre nós, nos comunicando a vida nova. Essa é a boa notícia, o evangelho. A conversão é a primeira resposta que damos ao receber o anúncio do evangelho. E passamos a viver em comunhão com Jesus, escutando-o em sua Palavra, reconhecendo-o na Eucaristia, guardando os seus mandamentos. E assim nos tornamos suas testemunhas, seus missionários. Com nosso testemunho e com o nosso anúncio, ajudamos outros a viverem ressuscitados com Cristo.

Essa palavra de Jesus - 'Esforcem-se pelo alimento que permanece' - pode também nos fazer um alerta, neste início de semana. Nossa correria de todo dia é, em primeiro lugar, pela busca de nossa sobrevivência. É claro, que essa é uma luta importante, um esforço louvável para ganhar o pão de cada dia. Mas, se esse pão que passa, que não é definitivo, merece tanto empenho, tanto esforço de nossa parte, quanto mais empenho e esforço não merece a busca pelo bem verdadeiro que nos alimenta para a vida eterna. Esse pão é a Palavra de Deus, é a Eucaristia… esse pão é o próprio Jesus. Ele nos disse uma vez: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim, não terá mais fome”.
Esforcem-se, não pelo alimento que se perde, mas pelo pão que permanece até a vida eterna (Jo 6, 27)
Rezando a Palavra
Senhor Jesus,
igual àquele povo que estava te procurando por causa do pão material que comeu naquele encontro, por causa do milagre da multiplicação dos pães, nós também ficamos correndo atrás das coisas e daquilo que tu podes nos dar. Tua Palavra, hoje, nos ensina, que nosso maior esforço, nosso maior empenho, deve ser buscar-te como nosso Deus e Salvador; não estar interesseiramente atrás do que tu podes nos conceder na tua misericórdia, mas buscar a ti que és o verdadeiro pão dado para a vida do mundo, como disseste. Dá-nos a graça, Senhor, de buscar primeiro o Reino de Deus. Ilumina, Senhor, os nossos compromissos deste dia, com a luz de tua Palavra. Conforta-nos em nossas dores, ensina-nos a viver na fé. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a Palavra
Recomendo-lhe, hoje, um exercício de exame de consciência. É colocar-se diante de Deus e se perguntar, com honestidade: Nos meus muitos empenhos, correndo para ganhar o pão de cada dia, que tempo eu tenho reservado para a busca do pão que me sustenta para a vida eterna?
Simão, tu me amas?
Evangelho.
Naquele tempo, 1Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: 2Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos de Jesus.
3Simão Pedro disse a eles: “Eu vou pescar”. Eles disseram: “Também vamos contigo”.
Saíram e entraram na barca, mas não pescaram nada naquela noite. 4Já tinha amanhecido, e Jesus estava de pé na margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus. 5Então Jesus disse: “Moços, tendes alguma coisa para comer?” Responderam: “Não”.
6Jesus disse-lhes: “Lançai a rede à direita da barca, e achareis”. Lançaram pois a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. 7Então, o discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: “É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu sua roupa, pois estava nu, e atirou-se ao mar. 8Os outros discípulos vieram com a barca, arrastando a rede com os peixes. Na verdade, não estavam longe da terra, mas somente a cerca de cem metros. 9Logo que pisaram a terra, viram brasas acesas, com peixe em cima, e pão. 10Jesus disse-lhes: “Trazei alguns dos peixes que apanhastes”.
11Então Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra. Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e apesar de tantos peixes, a rede não se rompeu.
12Jesus disse-lhes: “Vinde comer”. Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor. 13Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe.
14Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos. 15Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?”
Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse: “Apascenta os meus cordeiros”. 16E disse de novo a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro disse: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus lhe disse: “Apascenta as minhas ovelhas”. 17Pela terceira vez, perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?”
Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Respondeu: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo”. Jesus disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas.
18Em verdade, em verdade te digo: quando eras jovem, tu cingias e ias para onde querias. Quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres ir”. 19Jesus disse isso, significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus. E acrescentou: “Segue-me”.
Meditação.
Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo (Jo 21, 17)
Já era tempo de Pedro ter uma conversa muito séria com Jesus. Na semana santa, ficamos sabendo de sua fraqueza. Negou que conhecia o Mestre, que era seu discípulo, que andava com ele. Quando caiu em si, coitado, ficou profundamente abatido e triste por essa falta. É, Pedro, errou feio. Verdade. Agora, me diga se você também já não fez igualzinho a Pedro?! Fez ou não fez? Pedro é um espelho. Pedro, sou eu. Nele, você também pode se ver. Somos Pedro. De vez em quando, traímos o nosso Jesus, que tanta amor e confiança deposita em nós.
Qual é o grande chamado de nossa vida? Vamos entrar no clima do evangelho. O grande chamado de nossa vida é seguir Jesus, tê-lo como nosso caminho, verdade e vida. No evangelho, Jesus começa chamando discípulos: ‘Sigam-me’. Essa é a nossa grande vocação: sermos seguidores de Jesus, realizarmos nossa vida como seguimento do filho de Deus feito gente. Depois disso, vem nossa condição de consagrados ou de casados ou de profissionais ou de cidadãos. São expressões concretas de nossa primeira vocação: sermos seguidores de Jesus.
No evangelho desse Terceiro Domingo da Páscoa, temos o caminho de reintegração de Pedro em sua vocação de seguidor de Jesus. E o que tocar a Pedro diz respeito também a você, a nós. O caminho de Pedro é o nosso também. E no caminho de Pedro tem três passos: amar a Jesus, cuidar de suas ovelhas e entregar sua vida, como ele.
Jesus perguntou a Pedro se ele o amava. E até se o amava mais do que os outros. Perguntou isso por três vezes. Pedro entendeu o porquê e até ficou meio sofrido. A ferida que o pecado gera se cura com o amor. AMAR A JESUS é o primeiro passo do discípulo. O amor a Jesus é que explica o seu esforço em seguir seus mandamentos, o zelo em viver bem seus momentos de oração, o seu compromisso com o bem dos irmãos. Como disse Paulo na carta aos Coríntios: “Sem o amor, de nada serve falar a língua dos anjos e dos homens ou entregar seu corpo às chamas”. ‘Simão, tu me amas?”. “Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo”.
O discípulo, a discípula ama Jesus. Ama sua Igreja que é seu corpo místico. Ama seus irmãos, membros do seu único corpo. Só o discípulo que ama Jesus pode cuidar da casa dele, de seus cordeiros, de suas ovelhas. CUIDAR DO REBANHO é a missão que o Senhor entrega aos que o amam. “Apascenta as minhas ovelhas”. E onde estão os cordeiros e as ovelhas do bom pastor? Para começar, na sua casa: são seus filhos, seus entes queridos, seus vizinhos; no seu ambiente de trabalho, de moradia, de lazer; e até nas ruas, nos sítios, nas prisões. Precisamos cuidar dos irmãos, zelar pelo seu bem, promover os seus direitos, defendê-los da injustiça. Somos pastores na sala de aula, nas rodas de conversa, na boa política, nos meios de comunicação, nos grupos da Igreja. Nosso amor a Jesus nos leva a cuidar do seu rebanho, como bons pastores.
Os discípulos amam Jesus e cuidam do seu rebanho. E o fazem como ele. DÃO A SUA VIDA, como ele. Como foi que ele cuidou do rebanho? Ele mesmo respondeu: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos, pelos que ele ama”. E Jesus deu a vida não somente na cruz. Deu a vida o tempo todo: visitando, ensinando, pregando, curando, confortando, libertando. Deu-se como pão da vida. Entregou-se como luz do mundo. Na cruz, ofereceu sua vida em nosso favor. Sobre Pedro, Jesus profetizou que, quando fosse velho, o levariam para onde ele não queria ir. Numa certa altura da vida, Pedro foi levado para a morte. O martírio de Pedro foi o coroamento de sua entrega permanente em favor do rebanho, por amor a Jesus. Nós cuidamos do seu rebanho, nos dedicando, sacrificando-nos em favor dos filhos, dos netos, da comunidade. Servimos numa atitude oblativa permanente.

Seguir Jesus é a vocação de todos nós. Pedro é o discípulo de Jesus que fraquejou em seu seguimento. Depois da ressurreição, Jesus teve uma conversa muito séria com ele. Nessa conversa, ficou bem claro o caminho de realização de sua vocação de discípulo: amar, cuidar e dar a vida. Jesus, por amor, vem em socorro de nossa fraqueza, com o seu perdão. O amor a Jesus cura as feridas de nossas faltas e nos leva a assumir a sua missão: apascentar o rebanho. Cuidar do rebanho deve ser o foco de toda nossa atividade na sociedade e na Igreja. Em tudo, buscamos o bem comum, a qualidade de vida, a felicidade e a salvação de todos. E o modo como fazemos isso também está marcado pelo nosso amor a Jesus: imitamos o seu modo de agir e de comprometer-se, sacrificando-nos pelos outros. Amar, cuidar do rebanho e dar a vida foi o caminho de Jesus. Amar Jesus, cuidar do seu rebanho e sacrificar-se pelos outros foi o caminho de Pedro. Há de ser o nosso caminho também.
Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo (Jo 21, 17)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
muita coisa em nós e ao nosso redor nos estimula a negar a nossa fé, a não te levar em conta nas escolhas que fazemos. Hoje, perguntas a cada de um de nós se te amamos. É o amor que supera nossas negações e o nosso pecado. Sim, Senhor, nós te amamos. Assim, ouvimos claramente a missão que nos confias: cuidar de tuas ovelhas. Ajuda-nos, Senhor, a vencer a grande tentação de nos centrarmos apenas em nós mesmos, abandonando o rebanho, permitindo que vença o individualismo e a desagregação em nossas famílias, em nossos grupos, em nossa sociedade. Acolhemos igualmente a tua indicação de realizamos a missão como tu a realizaste: sacrificando-nos pelos outros. Fácil, não é. Mas, entendemos, esse é o caminho da plenitude, o teu caminho, o caminho de Pedro, o nosso caminho. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Leia, hoje, em sua Bíblia o evangelho deste domingo (Jo 21, 1-19) e compartilhe esta Meditação com os seus contatos. Evangelize conosco.
Pe. João Carlos Ribeiro, sdb
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