PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: causa
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REZAR COM PERSEVERANÇA

E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? (Lc 18, 7)
16 de novembro de 2019.
O juiz e a viúva. A viúva tinha uma causa na justiça. O juiz era iníquo, não temia a Deus, não respeitava ninguém. As chances da viúva eram mínimas. É a situação de muita gente. Tendo um problema sério para resolver, encontra barreiras muito grandes para ultrapassar. Tem diante de si um sistema burocrático, a força do poder econômico, a má vontade de quem deveria encaminhar uma solução... é problema de trabalho, é problema de saúde, é problema de família. Problemas grandes, com pouca chance de solução. Não seria o seu caso?
Bom, na parábola que Jesus contou, a situação estava difícil para a viúva. Ela tinha uma causa na justiça. E o juiz não era confiável. A fama dele era de injusto, sem temor a Deus. Tudo levava a crer que o juiz iria demorar demais a resolver o assunto e, claro, como não tinha compromisso com a justiça, iria prejudicá-la, pois ela era a parte mais frágil, mais desprotegida.
Mas, não foi bem assim. Ela conseguiu que ele julgasse o processo e lhe desse ganho de causa. Olha que surpresa! E o que mudou a situação? Jesus deixou claro: a insistência da viúva. Frequentemente, ela estava na porta do juiz: “Faça-me justiça contra o meu adversário”. O seu pedido insistente, perseverante acabou chateando o juiz. Ele pensou: vou resolver logo isso, senão essa viúva vai acabar com o meu juízo. E resolveu logo. E resolveu dando razão a quem tinha razão, à viúva. Que história interessante!
Por que será que Jesus contou essa história? Com certeza, pra gente não desanimar diante dos problemas, pra gente não cruzar os braços diante de situações difíceis; ir à luta, insistir, lutar pelo certo, pela verdade, pela justiça... A viúva não ficou em casa, se lamentando.... “Estou perdida, eu sou uma pobre viúva, e aquele juiz é um sujeito corrupto”.  Não, não ficou se lamentando. Foi à luta, enfrentou o juiz, insistiu, cobrou, encheu a paciência daquele homem... Nada de ficar esperando pra ver no que vai dar, nada de se bloquear imaginando-se sem chance... Ir à luta, enfrentar, cobrar, insistir.
A parábola também pode ser aplicada ao nosso relacionamento com Deus. Mesmo que Deus não tenha nada de parecido com o juiz da história, precisamos ser perseverantes naquilo que pedimos. É que Deus, como bom educador, quer ver a gente se mexendo pra encontrar solução para os problemas; quer que tenhamos um grau de compromisso com o que estamos pedindo; quer que cultivemos sentimento de verdadeira confiança nele.
Guardando a mensagem
A viúva da história de Jesus é um exemplo para nós. Diante de dificuldade quase intransponível, acreditou na sua causa e, de tanto insistir, terminou mobilizando o injusto juiz em seu favor, com o incômodo de sua cobrança persistente. Você mesmo tem coisas difíceis pra realizar, sonhos quase impossíveis pra conquistar. Aprenda da viúva do evangelho. Não fique de braços cruzados. Não se deixe vencer pelo desânimo, pelo cansaço. A vitória depende de sua perseverança, de sua insistência. Deus também, como um bom pai que é, gosta de dar um tempo quando a gente faz um pedido. Ele quer ver a gente se mexer com confiança e perseverança e amadurecer o grau de compromisso com aquilo que estamos pedindo. Só pais inexperientes dão tudo o que filho pede e na velocidade que ele deseja.
E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? (Lc 18, 7)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
Quantas lições, aprendemos no teu santo evangelho! Hoje, nos dizes para sermos perseverantes, insistentes, chatos se for preciso, mas não desistirmos diante das dificuldades. E disseste isto comparando também com a oração. Deus não é como aquele juiz. Ele é um pai amoroso. Mas, é um pai que quer o nosso bem, e sabe se o que pedimos servirá mesmo para o nosso crescimento; e conhece a hora oportuna para recebermos o que pedimos. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Amanhã é domingo, dia do Senhor. Quer mesmo agradar a esse Deus amoroso que nos deu o seu filho unigênito como salvador? Então, não falte à Santa Missa.


Pe. João Carlos Ribeiro – 16 de novembro de 2019

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