PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: casamento
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O AMOR É A LÓGICA DO EVANGELHO


O que Deus uniu, o homem não separe (Mc 10, 9)

07 de outubro de 2018.

Jesus está ensinando ao povo. O que ele ensina? Ele descreve o Reino de Deus, que já está acontecendo por sua presença, por suas palavras e por suas ações. Não se trata de uma lei a ser cumprida, mas de um amor a ser acolhido e amado. Jesus revela o Pai que ama o mundo e envia seu filho para resgatá-lo. E o filho, que por amor aos seus, entrega a sua vida. O convite é que entremos nessa dinâmica de amor: amemos a Deus, amemos o próximo, imitemos o Pai que dá seu filho e o filho que dá sua vida. O amor é a lógica do Evangelho.

A obra de Jesus foi restaurar o projeto original de Deus. Nele, a humanidade decaída em Adão e Eva encontra a reconciliação, o perdão. E o ser humano redimido  vai se identificando progressivamente com Cristo, pela fé, pelo batismo, pela prática da palavra. É ramo enxertado na videira. Para ele ou para ela, o matrimônio é uma vocação, um chamado de Deus, vivido como caminho de santidade. O casamento não é uma formalidade, um rito social. É a acolhida de um dom maravilhoso, da graça de Deus e do seu Espírito para realizar, na família, o amor de Deus pelo seu povo, o amor de Cristo por sua Igreja. No matrimônio, um se entrega ao outro. E nisso expressam e realizam o amor nupcial de Cristo e de sua Igreja. “Já não serão dois, mas uma só carne”. Os cônjuges realizam, em sua vida e em sua sexualidade, a unidade de Deus, a comunhão.  

Mesmo mergulhados na ótica do amor de Deus, os casados continuam frágeis e sujeitos a quedas. Na sua fraqueza humana, são, no entanto, sustentados pela graça de Cristo e aplicam-se mutuamente o remédio do perdão. Na sua vida de casal e na família que formam exprimem o amor de Deus no cuidado um com o outro, no carinho com que se tratam, no cuidado mútuo, na comunhão de bens, na abertura à vida que chega como fecundidade do amor. O matrimônio cristão está no nível do amor do Reino de Deus, não no nível do simples cumprimento de leis. Participa da experiência do amor de Deus pela humanidade  e de Cristo por sua Igreja. Por isso, é experiência de unidade (“já não dois, mas uma só carne”) e de fidelidade (não é um vínculo que se dissolve, que se desfaz).

O casamento é obra do Criador, que o concebeu como expressão de verdadeira comunhão. Jesus restaurou o projeto original de Deus em relação ao casamento. Mesmo que os casais do seu tempo encontrassem dificuldades e limites na vida a dois, Jesus confirmou o ensinamento da Escritura: a unidade (os dois serão uma só carne) e a indissolubilidade (o que Deus uniu, o homem não separe). Feliz o casal que chega a viver o seu matrimônio como expressão de amor e de obediência a Deus e ao seu projeto de felicidade e salvação!

Guardando a mensagem

Jesus elevou o casamento, obra divina, ao nível de sacramento, sinal visível do amor de Deus que se manifestou nele como salvação . Você é casado, é casada? Então, viva essa condição como verdadeira graça de Deus. Nos dias de hoje, há muita coisa que conspira contra o matrimônio. Mas, não se deixe seduzir pelo mal. Não assuma o pensamento do mundo sobre o casamento. Assimile o pensamento de Deus, como Jesus o exprimiu no seu evangelho. A vida a dois é exigente, porque pede esforço de superação do egoísmo, do individualismo;  mas, conta com o perdão e a graça de Deus para superar os pequenos e grandes desencontros.

O que Deus uniu, o homem não separe (Mc 10, 9)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,

Abençoa os casais que estão enfrentando turbulências no seu casamento. Senhor, que eles possam beber da fonte do amor que és tu mesmo e em ti encontrar forças para perseverar no amor, exercitando a paciência e o perdão. Cura, Senhor, as chagas abertas pela infidelidade no matrimônio. Dá a graça da reconciliação, da restauração da vida matrimonial a tanta gente que se vê tocada pela tua graça. Abençoa, Senhor, com a bênção dos filhos, a união matrimonial dos casais jovens. Abençoa, com a bênção dos netos, os casais mais adultos. Repete no coração de todos que o casamento é santo, lugar de santificação e de união com Deus. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Neste dia de eleições gerais, dedique um momento de oração pelo Brasil. Como disse o Salmo 127: “Se o Senhor não construir a casa, em vão trabalham os que a edificam”.

Pe. João Carlos Ribeiro – 07.10.2018

MATRIMÔNIO E FAMÍLIA NOS PLANOS DE DEUS

O que Deus uniu, o homem não separe (Mt 19, 6)
17 de agosto de 2018.
Nós estamos vivendo a Semana Nacional da Família. E o Evangelho de Jesus, hoje, nos fala do casamento. A união do homem e da mulher é obra do Criador. “Já não são dois, mas uma só carne”, diz a Palavra.  Unir duas vidas, vivendo um para o outro, partilhando projetos e sonhos, sendo canal para o nascimento de uma nova vida, tudo isso toca o mistério de Deus.
"Jesus, que tudo reconciliou em Si mesmo e redimiu o homem do pecado, não só voltou a levar o matrimônio e a família à sua forma original, mas também elevou o matrimônio a sinal sacramental do seu amor pela Igreja", nos diz a Exortação do Papa Francisco sobre a Família.  Você é casado, é casada? Então, viva essa condição como verdadeira graça de Deus. Nos dias de hoje, há muita coisa que conspira contra o matrimônio. Mas, não se deixe seduzir pelo mal. Não assuma o pensamento do mundo sobre o casamento. Assimile o pensamento de Deus, como Jesus o exprimiu no seu evangelho. A vida a dois é exigente, porque pede esforço de superação do egoísmo, do individualismo. Casamento não dá certo com gente egoísta ou interessada apenas no desfrute dessa vida.
Como é importante que o casamento seja vivido em obediência à vontade de Deus! É um estado de santidade, de participação no mistério de Deus que é Amor e Unidade. Por isso, é importante vivê-lo em clima de espiritualidade. Assim, lembremos a oração, a oração de todos pelo bem dos esposos e a oração dos esposos, um pelo outro e dos dois juntos. Longe de Deus, o casamento tem pouca chance de sobreviver e ser caminho de plenitude na vida do casal. Viva o seu casamento em obediência e comunhão com Deus. Esse é o caminha da felicidade.
Na Exortação Apostólica “O Amor na Família” (Amoris laetitia), o Papa Francisco deixou escrito: “A família e o matrimónio foram redimidos por Cristo, restaurados à imagem da Santíssima Trindade, mistério donde brota todo o amor verdadeiro. A aliança esponsal, inaugurada na criação e revelada na história da salvação, recebe a revelação plena do seu significado em Cristo e na sua Igreja. O matrimónio e a família recebem de Cristo, através da Igreja, a graça necessária para testemunhar o amor de Deus e viver a vida de comunhão”.
Noutra parte do documento, o Papa escreveu: “Um amor frágil ou enfermiço, incapaz de aceitar o matrimónio como um desafio que exige lutar, renascer, reinventar-se e recomeçar sempre de novo até à morte, não pode sustentar um nível alto de compromisso. Cede à cultura do provisório, que impede um processo constante de crescimento. Para que este amor possa atravessar todas as provações e manter-se fiel contra tudo, requer-se o dom da graça que o fortalece e eleva””.
Guardando a mensagem
O casamento é obra do Criador, que o concebeu como expressão de verdadeira comunhão. Mesmo que os casais do seu tempo encontrassem dificuldades e limites na vida a dois, Jesus confirmou o ensinamento da Escritura: A unidade (os dois serão uma só carne) e a indissolubilidade (o que Deus uniu, o homem não separe). Feliz o casal que chega a viver o seu matrimônio como expressão de amor e de obediência a Deus e ao seu projeto de felicidade e salvação!
O que Deus uniu, o homem não separe (Mt 19, 6)
Acolhendo a palavra
Senhor Jesus,
Abençoa os casais que estão enfrentando turbulências no seu casamento. Senhor, que eles possam beber da fonte do amor que és tu mesmo e em ti encontrar forças para perseverar no amor, exercitando a paciência e o perdão. Cura, Senhor, as chagas abertas pela infidelidade no matrimônio. Dá a graça da reconciliação, da restauração da vida matrimonial a tanta gente que se vê tocada pela tua graça. Abençoa, Senhor, com a bênção dos filhos, a união matrimonial dos casais jovens. Abençoa, com a bênção dos netos, os casais mais adultos. Repete no coração de todos que o casamento é santo, lugar de santificação e de união com Deus. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Na meditação do terço mariano, esta sexta-feira é dia dos mistérios dolorosos. A dica é você rezar, hoje, o terço por sua família.

Pe. João Carlos Ribeiro – 17.08.2018

QUEM DISSE QUE FIDELIDADE NO CASAMENTO ESTÁ FORA DE MODA?!

Não cometerás adultério (Mt 5, 27)
15 de junho de 2018.
Os seguidores de Jesus acolhem, com gratidão, a Lei da Aliança que Deus deu a Israel. Não cometer adultério.  É um dos mandamentos da Lei que Deus deu ao seu povo, no Sinai. No Sermão da Montanha, Jesus tomou alguns pontos da Lei e os explicou, aprofundando o nível de exigência no seu cumprimento.  Na observância dos mandamentos, ele acentuou duas coisas: que seja expressão de nossa aliança com Deus e do respeito e do amor que devemos ao nosso próximo.
Nesse assunto do adultério, que toca tanto o homem como a mulher, Jesus, de maneira especial, tomou a defesa da mulher. A Lei ordena: “Não cometerás adultério”.  Perfeito. Mas, não cometer adultério é também não desrespeitar a mulher com um olhar malicioso ou expor a esposa ao adultério ao mandá-la embora de casa.
O evangelho de Jesus exalta o casamento, como participação no amor de Cristo e da Igreja. Anuncia a indissolubilidade desse laço que une homem e mulher, segundo o propósito de Deus. Abençoa o esforço de fidelidade dos esposos e o seu compromisso com a geração e a educação cristã dos  seus filhos. Repreende, portanto, o adultério, a traição e a vida conjugal sem entrega e sem compromisso.
Vivemos hoje em uma sociedade pluralista, com muitas opções sendo pregadas e defendidas. Nem todo mundo acredita nas mesmas coisas que nós acreditamos. O nosso modo de ver a família, o casamento, a vida sexual, como também a vida social, a economia, o trabalho, tudo isso encontra cada dia mais resistência e oposição. O ensinamento de Jesus e da Igreja é criticado, desprezado, rejeitado.
Os valores que defendemos estão alicerçados na Palavra de Deus e na Tradição viva da fé. Não são invenções do Papa, dos padres ou de algum movimento religioso reacionário. Defendemos a vida, desde sua concepção até a sua morte natural. Não estamos de acordo com a promiscuidade sexual. Pregamos a castidade de solteiros e casados. Não temos dúvida que o verdadeiro casamento só pode acontecer entre homem e mulher. São valores, são princípios, são bandeiras que nascem de nossa fé, enraizados na revelação bíblica e no ensinamento dos apóstolos de ontem e de hoje.
Que não pensem igual a nós, tudo bem. O desastre será se nós, por conta de opiniões contrárias, renunciarmos ao modo cristão de ver a vida e o mundo. Triste será se os cristãos esquecerem sua fé e embarcarem na onda forjadora de opinião dos grandes meios de comunicação e de grupos de pressão social. Já pensou se os cristãos trocarem o evangelho pela pregação que fazem hoje as novelas contra a família, contra o casamento, contra a santidade da vida sexual?
Vamos guardar a mensagem
Um seguidor de Jesus, nesta nossa sociedade em plena crise de valores, não pode ser uma pessoa que pensa com a cabeça dos outros e edita sua opinião, segundo os ventos da moda ou da pressão social. São Paulo foi bem claro: "Não se conformem com esse mundo, mas transformem-se, renovando sua maneira de pensar e julgar, para que possam distinguir o que é da vontade de Deus, a saber, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito" (Romanos 12,2). Está claro demais. Não se conformar a esse mundo, isto é, não assimilar suas fraquezas e seus defeitos, não se moldar à sua imagem, mas antes, transformar-se, assimilando uma maneira de pensar e de agir de Deus.
Não cometerás adultério (Mt 5, 27)
Vamos rezar a palavra
Senhor Jesus,
Ser cristão da porta da Igreja pra dentro até que não é tão difícil. Agora, ser cristão da porta da Igreja pra fora, aí a coisa se complica. O mundo tem uma pregação sobre a família: cada dia mais destrói as suas bases e os seus fundamentos. E muitos cristãos casados embarcam no mundo da infidelidade ao leito conjugal, no adultério. E jovens cristãos aventuram-se a coabitar, em completo desrespeito à sua vocação de esposos e pais. Tu, Senhor, nos alertaste que o adultério começa com o olhar malicioso, o linguajar  obsceno, o desrespeito à mulher. Dá, Senhor, que os irmãos e irmãs unidos pelo matrimônio, santifiquem o seu leito conjugal, procurando, na tua graça, viver o amor verdadeiro, que pede comunhão, paciência, diálogo, perdão. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vamos viver a palavra
Cheguei hoje, aqui, em Angola. Amanhã, faço show, com minha banda, num grande evento na Missão Salesiana de Calulo, na Província de Sumbe. Peço suas preces em favor desta viagem missionária.
Quanto à palavra de hoje, veja se identifica, em seu dia-a-dia, alguma coisa que esteja fragilizando a sua vivência do mandamento da fidelidade no amor, não pecar contra a castidade (o sexto mandamento da Lei de Deus).  

Pe. João Carlos Ribeiro -15.06.2018

A MULHER E OS SEUS SETE MARIDOS



Quando os mortos ressuscitarem, os homens e as mulheres não se casarão, pois serão como os anjos do céu (Mc 12, 25)
06 de junho de 2018.
Os saduceus não acreditavam na ressurreição. E, claro, procuravam defender essa sua posição com muitos argumentos. Apresentaram a Jesus esse caso: a mulher que foi esposa de sete maridos... Trata-se da lei do levirato, uma prescrição de Moisés. ‘Se seu irmão casado morrer sem deixar filhos, você deve se casar com a viúva, para suscitar descendência ao seu irmão’. Nesse caso que os saduceus apresentaram a Jesus, os sete irmãos morreram, um depois do outro. Assim, a mulher teve sete maridos. Se houver ressurreição, perguntaram eles, de quem ela será esposa na outra vida? Para eles isso era uma prova de que não haveria ressurreição. Já pensou na confusão que daria, no desentendimento entre os sete maridos, argumentavam eles.
Jesus, com toda paciência, explica que na outra vida, não há mais casamento. Os ressuscitados viverão numa outra dinâmica: são filhos e filhas, irmãos e irmãs, na alegria da casa do Pai. Serão como os anjos. Não haverá mais os limites desse mundo de agora. Nem os seus problemas, nem as suas dores - um outro mundo de alegria sem fim.
Então, os saduceus não acreditavam na ressurreição. Para eles, não havia outra vida. Toda esperança estava aqui mesmo na terra, nos poucos ou muitos anos de vida que temos. Eles formavam uma elite em Jerusalém: os grandes proprietários chamados anciãos, os sumos sacerdotes do templo, pessoas ilustres. Uma elite que não acreditava na ressurreição. Talvez por isso, o seu apego ao dinheiro e ao poder fosse tão grande. Quando se vive sem esperança de futuro, a pessoa se agarra ao presente, de unhas e dentes. Se o seu coração não está no Deus que transcende tudo, aferra-se às coisas desse mundo e faz delas o deus de sua vida.
Agora, muita gente não acredita na ressurreição. E mesmo que diga que crê, na prática, não acredita. Vive sem esperança, procurando encontrar a realização de sua existência em ter coisas, em colecionar títulos e glórias nesse mundo. No fundo, são pessoas entristecidas pela falta de sentido na vida e aterrorizadas pelo fim de sua existência que se aproxima, galopante. Quanto mais perto chega, mais amargo fica.
Vamos guardar a mensagem
Só a luz da fé pode iluminar o coração humano e encher de sentido uma vida, fazendo-nos ansiar pelo dia feliz de nossa ressurreição, quando não haverá mais pranto, nem dor, nem o limite do tempo, nem a frustração do pecado ou do sofrimento; o dia em que seremos plenamente filhos de Deus, na sua casa, na grande comunhão de irmãos.

Quando os mortos ressuscitarem, os homens e as mulheres não se casarão, pois serão como os anjos do céu (Mc 12, 25)
Vamos rezar a palavra
Senhor Jesus,
No final, haverá a ressurreição da carne. Ressuscitaremos, como tu ressuscitaste. Teremos o nosso corpo glorificado. Como Paulo escreveu:’ tu és o primogênito que vais à nossa frente, o primogênito dentre os mortos’. Nós, de alguma forma, já estamos participando de tua ressurreição, de tua completa vitória sobre o pecado e a morte. Pelo batismo, já nos associamos à tua ressurreição. Ajuda-nos, Senhor, a viver iluminados por esta esperança que não decepciona. E livra-nos de viver prisioneiros do materialismo ou de qualquer forma de ateísmo prático. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vamos viver a palavra
Muita gente, infelizmente, vive longe de Deus. E vive sem esperança. Não é à toa que tem crescido tanto o número de suicídios. Aparecendo uma oportunidade hoje, dê testemunho de sua fé no Deus vivo, que, em Cristo, nos ressuscitará.

Pe. João Carlos Ribeiro – 06.06.2018

O AMOR É A LÓGICA DE DEUS


O que Deus uniu, o homem não separe (Mc 10, 9)

25 de maio de 2018.

Jesus está ensinando ao povo. O que ele ensina? Ele descreve o Reino de Deus, que já está acontecendo por sua presença, por suas palavras e por suas ações. Não se trata de uma lei a ser cumprida, mas de um amor a ser amado. Jesus revela o Pai que ama o mundo e envia seu filho para resgatá-lo. E o filho, que por amor aos seus, entrega a sua vida. O convite é que entremos nessa dinâmica de amor: amemos a Deus, amemos o próximo, imitemos o Pai que dá seu filho e o filho que dá sua vida. O amor é a lógica do Evangelho.

A obra de Jesus foi restaurar o projeto original de Deus. Nele, a humanidade decaída em Adão e Eva encontra a reconciliação, o perdão. E o ser humano redimido  vai se identificando progressivamente com Cristo, pela fé, pelo batismo, pela prática da palavra. É ramo enxertado na videira. Para ele ou para ela, o matrimônio é uma vocação, um chamado de Deus, vivido como caminho de santidade. O casamento não é uma formalidade, um rito social. É a acolhida de um dom maravilhoso, da graça de Deus e do seu Espírito para realizar, na família, o amor de Deus pelo seu povo, o amor de Cristo por sua Igreja. No matrimônio, um se entrega ao outro. E nisso expressam e realizam o amor nupcial de Cristo e de sua Igreja. “Já não serão dois, mas uma só carne”. Os cônjuges realizam, em sua vida e em sua sexualidade, a unidade de Deus, a comunhão.  

Mesmo mergulhados na ótica do amor de Deus, os casados continuam frágeis e sujeitos a quedas. Na sua fraqueza humana, são, no entanto, sustentados pela graça de Cristo e aplicam-se mutuamente o remédio do perdão. Na sua vida de casal e na família que formam exprimem o amor de Deus no cuidado um com o outro, no carinho com que se tratam, no cuidado mútuo, na comunhão de bens, na abertura à vida que chega como fecundidade do amor. O matrimônio cristão está no nível do amor do Reino de Deus, não no nível do simples cumprimento de leis. Participa da experiência do amor de Deus pela humanidade  e de Cristo por sua Igreja. Por isso, é experiência de unidade (“já não dois, mas uma só carne”) e de fidelidade (não é um vínculo que se dissolve, que se desfaz).

O casamento é obra do Criador, que o concebeu como expressão de verdadeira comunhão. Jesus restaurou o projeto original de Deus em relação ao casamento. Mesmo que os casais do seu tempo encontrassem dificuldades e limites na vida a dois, Jesus confirmou o ensinamento da Escritura: a unidade (os dois serão uma só carne) e a indissolubilidade (o que Deus uniu, o homem não separe). Feliz o casal que chega a viver o seu matrimônio como expressão de amor e de obediência a Deus e ao seu projeto de felicidade e salvação!

Vamos guardar a mensagem

Jesus elevou o casamento, obra divina, ao nível de sacramento, sinal visível do amor de Deus que se manifestou nele como salvação . Você é casado, é casada? Então, viva essa condição como verdadeira graça de Deus. Nos dias de hoje, há muita coisa que conspira contra o matrimônio. Mas, não se deixe seduzir pelo mal. Não assuma o pensamento do mundo sobre o casamento. Assimile o pensamento de Deus, como Jesus o exprimiu no seu evangelho. A vida a dois é exigente, porque pede esforço de superação do egoísmo, do individualismo;  mas, conta com o perdão e a graça de Deus para superar os pequenos e grandes desencontros.

O que Deus uniu, o homem não separe (Mc 10, 9)

Vamos rezar a palavra

Senhor Jesus,

Abençoa os casais que estão enfrentando turbulências no seu casamento. Senhor, que eles possam beber da fonte do amor que és tu mesmo e em ti encontrar forças para perseverar no amor, exercitando a paciência e o perdão. Cura, Senhor, as chagas abertas pela infidelidade no matrimônio. Dá a graça da reconciliação, da restauração da vida matrimonial a tanta gente que se vê tocada pela tua graça. Abençoa, Senhor, com a bênção dos filhos, a união matrimonial dos casais jovens. Abençoa, com a bênção dos netos, os casais mais adultos. Repete no coração de todos que o casamento é santo, lugar de santificação e de união com Deus. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vamos viver a palavra

Muita gente está enfrentando turbulências no seu casamento. Se for o seu caso, procure conversar com alguém que tenha uma caminhada  de fé. Não dê ouvido a qualquer um. Se não for o seu caso, tudo bem. Quem sabe, hoje, não apareça uma oportunidade pra você ajudar alguém a pensar melhor o seu casamento!  

Pe. João Carlos Ribeiro – 25.05.2018

SE NÃO TEM DEPOIS, O AGORA NÃO TEM SENTIDO

Os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura, nem eles se casam nem elas se dão em casamento (Lc 20, 35)
Os saduceus não acreditavam na ressurreição. E, claro, procuravam defender essa sua posição com muitos argumentos. Apresentaram a Jesus essa questão: a mulher que foi esposa de sete maridos... na outra vida, seria esposa de quem? Para eles seria uma prova que não haveria ressurreição. Seria uma grande confusão, um desentendimento permanente. E Jesus, com toda paciência, explica que na outra vida, não tem mais casamento. Os ressuscitados viverão numa outra dinâmica: são filhos e filhas, irmãos e irmãs, na alegria da casa do Pai. Serão como os anjos, serão filhos de Deus. Não haverá mais os limites desse mundo de agora. Nem os seus problemas, nem as suas dores - um outro mundo, de alegria sem fim.
Os saduceus não acreditavam na ressurreição. Para eles, não havia outra vida. Toda esperança estava aqui mesmo na terra, nos poucos ou muitos anos de vida que temos.
Eles formavam uma elite em Jerusalém: os grandes proprietários chamados anciãos, os sumos sacerdotes do templo e mestres da lei. Uma elite que não acreditava na ressurreição. Talvez por isso, o seu apego ao dinheiro e ao poder fosse tão grande. Quando se vive sem esperança de futuro, a pessoa se agarra ao presente, de unhas e dentes. Se o seu coração não está no Deus que transcende tudo, aferra-se às coisas desse mundo e faz delas o deus de sua vida.
Muita gente não acredita na ressurreição. E mesmo que diga que acredita, na prática, não acredita. Vive sem esperança, procurando encontrar a realização de sua existência em ter coisas, em colecionar títulos e glórias nesse mundo. No fundo, são pessoas entristecidas pela falta de sentido na vida e aterrorizadas pelo fim de sua existência que se aproxima galopante. Quanto mais perto chegam do final dessa vida humana, mais amargas ficam.  Não se você conhece alguém assim?!.
Vamos guardar a mensagem de hoje
Os saduceus, um grupo influente do tempo de Jesus,  não acreditavam na ressurreição. Seu apego ao poder e ao dinheiro já mostrava em que eles realmente acreditavam. Eles apresentaram uma questão a Jesus. O mestre aproveitou para fazer uma catequese sobre a ressurreição. Só a luz da fé pode iluminar o coração humano e encher de sentido uma vida, fazendo-nos ansiar pelo dia feliz de nossa ressurreição, quando não haverá mais pranto, nem dor, nem o limite do tempo, nem a frustração do pecado ou do sofrimento; o dia em que seremos plenamente filhos de Deus, na sua casa, na grande comunhão dos irmãos.
Os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura, nem eles se casam nem elas se dão em casamento (Lc 20, 35)
Vamos acolher a mensagem de hoje com uma prece
Senhor  Jesus,
Muita gente tem uma atitude prática de descrença na ressurreição, na vida futura de que nos falavas hoje. Assim, faz das coisas e das pessoas deste mundo o seu único horizonte. Claro, só pode viver uma apreensão permanente diante da insegurança e da provisoriedade de nossa vida biológica. Dá-nos, Senhor, viver na esperança desse futuro maravilhoso, quando toda lágrima será enxugada e não haverá mais pranto nem morte. Aumenta em nós, Senhor, a fé que nos faz ver que, hoje, já estás fazendo novas todas as coisas. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vamos praticar a palavra que meditamos hoje
Dedique, hoje, uma prece por uma pessoa falecida. Alimente no seu coração a certeza da vida eterna e da felicidade dos justos em Deus.


Pe. João Carlos Ribeiro  19.11.2016/24.01.2017

NÃO DEIXE A LAMPARINA APAGAR


Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa de casamento. E a porta se fechou.  (Mt 25, 10)

Diga-me uma coisa: já barraram você numa festa? Ah, é uma coisa muito chata. Uma vez, eu fui para a festa de formatura de um colega, uma dessas solenidades feitas à noite em casa de festas, com todo aquele glamour e, claro, muita segurança. Meu colega tinha me enviado o convite, e junto mandou a senha de ingresso para a festa. Eu já fui um pouco atrasado, dadas outras ocupações, e nem me lembrei da tal senha. Resultado: fui barrado na entrada da festa. E não tive pra quem apelar. Telefones desligados, seguranças mal humorados... Não deu outra, barrado na festa. Você, já passou por uma situação desta? É muito chato.

A história do evangelho de hoje conta uma história parecida, a história de cinco moças que foram barradas numa festa, numa festa de casamento. E o mais chato, sabe o que foi, é que elas eram pajens do noivo, faziam parte de um grupo que acompanharia o ingresso do noivo na cerimônia. Naquele tempo, as casas de festa não eram tão chics, mas o negócio era organizado. Eram dez moças que iam entrar na cerimônia, acompanhando o noivo... olha que história!

Dez moças estavam aguardando a hora de entrar com o noivo na festa de casamento. Cada uma com sua lâmpada de óleo na mão. O noivo demorou a chegar. Elas acabaram cochilando e dormindo. Acordaram com alguém gritando: “o noivo está chegando!”. Foi aquele alvoroço. Apareceu logo um problema: cinco lâmpadas estavam já se apagando. E suas donas não tinham levado uma reserva de óleo para reabastecê-las. E agora? Pediram às outras cinco para dividir com elas o óleo de reserva que cada uma tinha levado. ‘Não dá. Assim, no meio da festa, todas as lâmpadas de óleo vão se apagar. É melhor vocês saírem para comprar óleo’. Lá se foram esbaforidas as cinco jovens, atrás de comprar óleo numa hora daquelas. O noivo chegou, entrou todo mundo, as portas se fecharam. Quando voltaram, coitadas, não puderam mais entrar. Até o noivo mandou dizer que não sabia quem eram elas.

Eu esqueci a senha para entrar na festa de formatura do meu amigo. Por que me esqueci? Porque de fato não estava muito ligado no acontecimento. Iria à festa se desse tempo, era apenas um programa possível, não uma prioridade daquele meu dia. Esquecer a senha não foi um detalhe. Foi um sinal de que eu não estava realmente ligado naquele evento de formatura. As cinco moças esqueceram-se de levar um óleo de reserva. Por que esqueceram? Com certeza, porque participar do casamento, mesmo como damas de acompanhamento, não era o seu grande objetivo de vida. Com certeza, tinham sido escolhidas para essa tarefa, mas elas não estavam realmente focadas nisso. Não se prepararam adequadamente prevendo uma reserva de óleo, nem tiveram tempo nem cabeça pra isso, com outras tarefas do dia, com certeza.

Não entrar na festa do meu amigo não estragou minha vida. Fiquei só chateado. Mas, para as moças foi o fracasso de suas vidas. Sabe por quê? Porque elas viviam para esse grande momento, para o encontro com o noivo. Bom, aqui precisava maior explicação, mas vamos assim mesmo. Porque o noivo era o noivo delas. O noivo é Jesus. As moças somos nós, sua Igreja. E vivemos para esse grande encontro com o Senhor que está chegando. Reparou que, na historia, não tem noivas? As noivas são elas. A Igreja é a noiva que aguarda a chegada do seu Senhor, para a celebração das núpcias eternas. As noivas, compreendam, somos nós. Não entrar na festa é perder a salvação eterna.

Vamos guardar a mensagem de hoje

O que será que Jesus quis ensinar com essa parábola? A lição está no fim da história. “Portanto, fiquem vigilantes, porque ninguém sabe o dia, nem a hora”. Está no contexto da preocupação de Jesus pra gente não relaxar, enquanto esperamos a sua volta. O noivo está demorando. O noivo é ele. Está demorando, mas chega a qualquer momento. A noiva somos nós, a Igreja. Reparou que cinco se perderam? Ninguém se perde sozinho, já dizia Santa Terezinha. Por isso mesmo, nada de baixar a guarda, de descuidar-se... O tempo de espera é tempo de compromisso, de construção.  Vigilância é a marca desse tempo em que estamos vivendo, enquanto o aguardamos. Vigilância é não deixarmos para depois o que temos que fazer hoje, é fazer bem o que temos que fazer, é estarmos com tudo pronto para o grande encontro. Porque ninguém sabe o dia, nem a hora.

Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa de casamento. E a porta se fechou.  (Mt 25, 10)

Vamos acolher a mensagem de hoje com uma prece

Senhor Jesus,
Como são bonitas as tuas histórias. Nessa de hoje, tu és o noivo e estás meio atrasado. Por nós, podes até demorar mais, kkk... Mas, esse tempo de espera é tempo de vigilância, lâmpadas acesas, sustentadas pelo óleo da fé, da esperança e da caridade para clarear a grande festa que se aproxima, o casamento profetizado no final do livro do Apocalipse. A Igreja trajada de noiva, a nova Jerusalém, aguarda ansiosamente a tua volta. Como diz o livro santo: “A Igreja e o Espírito dizem: Maranatha! Vem, Senhor Jesus”. Amém.

COISA SANTA

O que Deus uniu, o homem não separe (Mt 19, 6)
Nós estamos vivendo a Semana Nacional da Família. E o Evangelho de Jesus, hoje, nos fala do casamento. A união do homem e da mulher é obra do Criador. “Já não são dois, mas uma só carne”, diz a Palavra.  Unir duas vidas, vivendo um para o outro, partilhando projetos e sonhos, sendo canal para o nascimento de uma nova vida, tudo isso toca o mistério de Deus.
O povo fiel elevou o casamento, obra divina, ao nível de sacramento, sinal visível do amor de Deus que se manifestou como salvação em Cristo. Você é casado, é casada? Então, viva essa condição como verdadeira graça de Deus. Nos dias de hoje, há muita coisa que conspira contra o matrimônio. Mas, não se deixe seduzir pelo mal. Não assuma o pensamento do mundo sobre o casamento. Assimile o pensamento de Deus, como Jesus o exprimiu no seu evangelho. A vida a dois é exigente, porque pede esforço de superação do egoísmo, do individualismo. Casamento não dá certo com gente egoísta ou interessada apenas no desfrute dessa vida.
Como é importante que o casamento seja vivido em obediência à vontade de Deus! É um estado de santidade, de participação no mistério de Deus que é Amor e Unidade. Por isso, é importante vivê-lo em clima de espiritualidade. Assim, lembremos a oração, a oração de todos pelo bem dos esposos e a oração dos esposos, um pelo outro e dos dois juntos. Longe de Deus, o casamento tem pouca chance de sobreviver e ser caminho de plenitude na vida do casal. Viva o seu casamento em obediência e comunhão com Deus. Esse é o caminha da felicidade.
Nem todos são capazes de entender isso, disse Jesus, referindo-se aos que deixam de se casar para dedicar-se inteiramente ao Reino de Deus.
Vamos guardar a mensagem de hoje
O casamento é obra do Criador, que o concebeu como expressão de verdadeira comunhão. Mesmo que os casais do seu tempo encontrassem dificuldades e limites na vida a dois, Jesus confirmou o ensinamento da Escritura: A unidade (os dois serão uma só carne) e a indissolubilidade (o que Deus uniu, o homem não separe). Feliz o casal que chega a viver o seu matrimônio como expressão de amor e de obediência a Deus e ao seu projeto de felicidade e salvação!
O que Deus uniu, o homem não separe (Mt 19, 6)
Vamos acolher a Palavra com uma prece
Senhor Jesus,
Abençoa os casais que estão enfrentando turbulências no seu casamento. Senhor, que eles possam beber da fonte do amor que és tu mesmo e em ti encontrar forças para perseverar no amor, exercitando a paciência e o perdão. Cura, Senhor, as chagas abertas pela infidelidade no matrimônio. Dá a graça da reconciliação, da restauração da vida matrimonial a tanta gente que se vê tocada pela tua graça. Abençoa, Senhor, com a bênção dos filhos, a união matrimonial dos casais jovens. Abençoa, com a bênção dos netos, os casais mais adultos. Repete no coração de todos que o casamento é santo, lugar de santificação e de união com Deus. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

O adultério

Eu, porém, lhes digo: Todo aquele que olhar para uma mulher, com desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração (Mt 5, 28)
Os seguidores de Jesus acolhem, com gratidão, a Lei da Aliança que Deus deu a Israel. Não cometer adultério.  É um dos mandamentos da Lei que Deus deu ao seu povo, no Sinai.  No Sermão da Montanha, Jesus tomou alguns pontos da Lei e os explicou, aprofundando o nível de exigência no seu cumprimento.  Na observância dos mandamentos, ele acentuou duas coisas: que seja expressão de nossa aliança com Deus e do respeito e do amor que devemos ao nosso próximo.
Nesse assunto do adultério, que toca tanto o homem como a mulher, Jesus, de maneira especial, tomou a defesa da mulher. A Lei ordena: “Não cometerás adultério”.  Perfeito. Mas, não cometer adultério é também não desrespeitar a mulher com um olhar malicioso ou expor a esposa ao adultério ao manda-la embora de casa.

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