PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: amar a Deus e ao próximo
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O amor ao próximo.



   08 de março de 2024.   

Sexta-feira da 3ª Semana da Quaresma


   Evangelho.   


Mc 12,28b-34

Naquele tempo, 28b um escriba aproximou-se de Jesus e perguntou: “Qual é o primeiro de todos os mandamentos?” 29Jesus respondeu: “O primeiro é este: Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. 30Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força! 31O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! Não existe outro mandamento maior do que estes”.
32O mestre da Lei disse a Jesus: “Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: Ele é o único Deus e não existe outro além dele. 33Amá-lo de todo o coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios”.
34Jesus viu que ele tinha respondido com inteligência, e disse: “Tu não estás longe do Reino de Deus”. E ninguém mais tinha coragem de fazer perguntas a Jesus.

   Meditação.   


O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! (Mc 12, 31)

E a quaresma vai prosseguindo. Você lembra, quando começamos esse tempo litúrgico, nos falaram de três exercícios importantes para o nosso crescimento cristão, nesse período: a oração, a penitência e a caridade. Hoje, o evangelho desenvolve esse ponto da caridade.

Um Mestre da Lei perguntou a Jesus qual era o primeiro de todos os mandamentos. Os Mestres da Lei tinham uma lista de centenas de mandamentos, era coisa que não se acabava mais. Vamos ver o que Jesus respondeu. Jesus, como bom judeu, recitou um texto do livro do Deuteronômio. ‘O primeiro mandamento é este: “Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força”. É a oração do Shemá que todo judeu recitava diariamente. E Jesus acrescentou: ‘O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo!’ Também este mandamento estava na Escritura. ‘Não existe outro mandamento maior do que estes’, disse Jesus.

O que será que o Mestre da Lei achou da resposta de Jesus? Antes de considerar esse ponto, vamos pensar mais no que Jesus falou. A pergunta, qual era? Qual o primeiro dos mandamentos, o mais importante. E Jesus respondeu com dois mandamentos. O primeiro e o segundo, notou? Amar a Deus e amar o próximo. Aproximou os dois, juntou os dois. Uma coisa não pode ser desligada da outra. Como escreveu São João na sua primeira carta: “Quem diz que ama a Deus que não vê e não ama o seu irmão que vê, é um mentiroso”. Podemos dizer que o fundamento disso é que Deus nos ama, infinitamente. É o que explica o seu relacionamento com Israel. Deus ama o seu povo, o protege, o livra dos inimigos, o guia. Ele fez uma aliança com o seu povo, uma aliança de amor.

Agora, vamos ver a reação do Mestre da Lei que fez a pergunta. Ele ficou satisfeito com a resposta de Jesus. “Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: Ele é o único Deus e não existe outro além dele. Amá-lo de todo o coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios”. Ele estava de acordo com a resposta de Jesus. Jesus ficou admirado com o Mestre da Lei. “Tu não estás longe do Reino de Deus”. Reconheceu que ele estava no caminho do Reino, do evangelho que ele estava anunciando. De fato, a pregação de Jesus era sobre o amor de Deus pelos seus filhos. O verdadeiro culto a Deus tem a ver também com o amor aos irmãos.

Com a quaresma, estamos vivendo o tempo da Campanha da Fraternidade, exatamente para nos ajudar a crescer no amor a Deus e ao próximo. Em comunhão com a Carta Encíclica Fratelli tutti do Papa Francisco, inspirada pela vida de São Francisco de Assis, a Campanha da Fraternidade 2024 busca fazer um caminho quaresmal em três perspectivas: primeiro, incentivar as pessoas a verem as situações de inimizade que geram divisões, violência e destroem a dignidade dos filhos de Deus; segundo, impulsionar as pessoas a iluminar-se pelo Evangelho que as une como família e, terceiro, a agir conforme a proposta quaresmal, de uma conversão constante, promovendo o esforço para uma mudança pessoal e comunitária.

Em sua mensagem para a nossa Campanha "Fraternidade e Amizade Social" deste ano, o Papa Francisco escreveu: “Desejo que a Igreja no Brasil obtenha bons frutos nesse caminho quaresmal e faço votos que a Campanha da Fraternidade, uma vez mais, auxilie às pessoas e comunidades dessa querida nação no seu processo de conversão ao Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, superando toda divisão, indiferença, ódio e violência” .





Guardando a mensagem

O Mestre da Lei queria saber qual era o maior mandamento. Amar a Deus e amar o próximo. Um leva ao outro. Deus nos ama. Nós, em resposta, o amamos e amamos o nosso semelhante. O Mestre da Lei, nisso, pensava igual a Jesus. Os dois mandamentos se completam, são faces da mesma moeda. A Campanha da Fraternidade é uma oportunidade para exercitarmos o amor ao próximo, pelo diálogo e pelo compromisso com a vida e o bem de todos, sobretudo dos mais sofridos e vulneráveis.

O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! (Mc 12, 31)

Rezando a palavra

Rezemos a Oração da Campanha da Fraternidade deste ano:

Deus Pai, vós criastes todos os seres humanos 
com a mesma dignidade.
Vós os resgatastes pela vida, morte e ressurreição 
do vosso filho Jesus Cristo
e os tornastes filhos e filhas santificados no Espírito!
Ajudai-nos, nesta Quaresma, a compreender 
o valor da amizade social e a viver
a beleza da fraternidade humana aberta a todos,
para além dos nossos gostos, afetos e preferências 
num caminho de verdadeira penitência e conversão.
Inspirai-nos um renovado compromisso batismal 
com a construção de um mundo novo,
de diálogo, justiça, igualdade e paz!
Conforme a Boa-Nova do Evangelho, 
ensinai-nos a construir uma sociedade solidária
sem exclusão, indiferença, violência e guerras!
E que Maria, vossa serva e nossa mãe, nos eduque 
para fazermos vossa santa vontade!
Amém!


Vivendo a palavra


Demonstrar interesse pelos irmãos mais necessitados: este já é um modo de expressar o amor ao próximo. Não ser indiferente ao sofrimento dos outros. Não deixar ninguém para trás, como nos está repetindo o Papa Francisco. 

Comunicando

Neste dia internacional da mulher, deixo aqui uma saudação especial a todas as mulheres que nos acompanham na Meditação da Palavra, certo de que o evangelho do Senhor nos impulsiona a construir relações de igualdade e respeito entre homens e mulheres.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb 

O 24º passo de nossa caminhada quaresmal é demonstrar interesse pelos irmãos mais necessitados.




17 de março de 2023

Sexta-feira da 3ª Semana da Quaresma 

24º passo de nossa caminhada quaresmal


EVANGELHO


Mc 12,28b-34

Naquele tempo, 28b um escriba aproximou-se de Jesus e perguntou: “Qual é o primeiro de todos os mandamentos?” 29Jesus respondeu: “O primeiro é este: Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. 30Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força! 31O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! Não existe outro mandamento maior do que estes”.
32O mestre da Lei disse a Jesus: “Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: Ele é o único Deus e não existe outro além dele. 33Amá-lo de todo o coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios”.
34Jesus viu que ele tinha respondido com inteligência, e disse: “Tu não estás longe do Reino de Deus”. E ninguém mais tinha coragem de fazer perguntas a Jesus.

MEDITAÇÃO


O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! (Mc 12, 31)

E a quaresma vai prosseguindo. Você lembra, quando começamos esse tempo litúrgico, nos falaram de três exercícios importantes para o nosso crescimento cristão, nesse período: a oração, a penitência e a caridade. Hoje, o evangelho desenvolve esse ponto da caridade.

Um Mestre da Lei perguntou a Jesus qual era o primeiro de todos os mandamentos. Os Mestres da Lei tinham uma lista de centenas de mandamentos, era coisa que não se acabava mais. Vamos ver o que Jesus respondeu. Jesus, como bom judeu, recitou um texto do livro do Deuteronômio. ‘O primeiro mandamento é este: “Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força”. É a oração do Shemá que todo judeu recitava diariamente. E Jesus acrescentou: ‘O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo!’ Também este mandamento estava na Escritura. ‘Não existe outro mandamento maior do que estes’, disse Jesus.

O que será que o Mestre da Lei achou da resposta de Jesus? Antes de considerar esse ponto, vamos pensar mais no que Jesus falou. A pergunta, qual era? Qual o primeiro dos mandamentos, o mais importante. E Jesus respondeu com dois mandamentos. O primeiro e o segundo, notou? Amar a Deus e amar o próximo. Aproximou os dois, juntou os dois. Uma coisa não pode ser desligada da outra. Como escreveu São João na sua primeira carta: “Quem diz que ama a Deus que não vê e não ama o seu irmão que vê, é um mentiroso”. Podemos dizer que o fundamento disso é que Deus nos ama, infinitamente. É o que explica o seu relacionamento com Israel. Deus ama o seu povo, o protege, o livra dos inimigos, o guia. Ele fez uma aliança com o seu povo, uma aliança de amor.

Agora, vamos ver a reação do Mestre da Lei que fez a pergunta. Ele ficou satisfeito com a resposta de Jesus. “Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: Ele é o único Deus e não existe outro além dele. Amá-lo de todo o coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios”. Ele estava de acordo com a resposta de Jesus. Jesus ficou admirado com o Mestre da Lei. “Tu não estás longe do Reino de Deus”. Reconheceu que ele estava no caminho do Reino, do evangelho que ele estava anunciando. De fato, a pregação de Jesus era sobre o amor de Deus pelos seus filhos. O verdadeiro culto a Deus tem a ver também com o amor aos irmãos.

Com a quaresma, estamos vivendo o tempo da Campanha da Fraternidade, exatamente para nos ajudar a crescer no amor a Deus e ao próximo. Em sua mensagem para a nossa Campanha "Fraternidade e Fome" deste ano, o Papa Francisco escreveu: "Com o intuito de animar o povo fiel no itinerário ao encontro do Senhor, a Campanha da Fraternidade deste ano propõe que voltemos o nosso olhar para os nossos irmãos mais necessitados, afetados pelo flagelo da fome. Ainda hoje, milhões de pessoas sofrem e morrem de fome. Por outro lado, descartam-se toneladas de alimentos. Isto constitui um verdadeiro escândalo. A fome é criminosa, a alimentação é um direito inalienável".


Guardando a mensagem

O Mestre da Lei queria saber qual era o maior mandamento. Amar a Deus e amar o próximo. Um leva ao outro. Deus nos ama. Nós, em resposta, o amamos e amamos o nosso semelhante. O Mestre da Lei, nisso, pensava igual a Jesus. Os dois mandamentos se completam, são faces da mesma moeda. O culto no Templo e o serviço na rua. A oração e a caridade. A Campanha da Fraternidade é uma oportunidade para exercitarmos o amor ao próximo, pelo diálogo e pelo compromisso com a vida, a saúde e o bem de todos, sobretudo dos mais sofridos e vulneráveis.

O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! (Mc 12, 31)

Rezando a palavra

Vamos rezar a oração da Campanha da Fraternidade deste ano:

Pai de bondade,

ao ver a multidão faminta,

vosso Filho encheu-se de compaixão,

abençoou, repartiu os cinco pães e dois peixes

e nos ensinou: “dai-lhes vós mesmos de comer”.

Confiantes na ação do Espírito Santo,

vos pedimos:

inspirai-nos o sonho de um mundo novo,

de diálogo, justiça, igualdade e paz;

ajudai-nos a promover uma sociedade mais solidária,

sem fome, pobreza, violência e guerra;

livrai-nos do pecado da indiferença com a vida.

Que Maria, nossa mãe, interceda por nós

para acolhermos Jesus Cristo em cada pessoa,

sobretudo nos abandonados, esquecidos e famintos.

Amém.


Vivendo a palavra


O 24º passo de nossa caminhada quaresmal é demonstrar interesse pelos irmãos mais necessitados. Este já é um modo  de expressar o amor ao próximo. Não ser indiferente ao sofrimento dos outros. Não deixar ninguém para trás, como nos está repetindo o Papa Francisco. 

Comunicando

Hoje, faço show na cidade de Porto Calvo, no estado de Alagoas. Amanhã, é a vez da cidade de Carpina, em Pernambuco. Nas duas, festa de São José. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb 

AMAR O PRÓXIMO


12 de março de 2021

EVANGELHO


Mc 12,28b-34

Naquele tempo, 28bum escriba aproximou-se de Jesus e perguntou: “Qual é o primeiro de todos os mandamentos?” 29Jesus respondeu: “O primeiro é este: Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. 30Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força! 31O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! Não existe outro mandamento maior do que estes”.
32O mestre da Lei disse a Jesus: “Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: Ele é o único Deus e não existe outro além dele. 33Amá-lo de todo o coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios”.
34Jesus viu que ele tinha respondido com inteligência, e disse: “Tu não estás longe do Reino de Deus”. E ninguém mais tinha coragem de fazer perguntas a Jesus.

MEDITAÇÃO


O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! (Mc 12, 31)

E a quaresma vai prosseguindo. Você lembra, quando começamos esse tempo litúrgico, nos falaram de três exercícios importantes para o nosso crescimento cristão, nesse período: a oração, a penitência e a caridade. Hoje, o evangelho desenvolve esse ponto da caridade.

Um Mestre da Lei perguntou a Jesus qual era o primeiro de todos os mandamentos. Os Mestres da Lei tinham uma lista de centenas de mandamentos, era coisa que não se acabava mais. Vamos ver o que Jesus respondeu. Jesus, como bom judeu, recitou um texto do livro do Deuteronômio. ‘O primeiro mandamento é este: “Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força”. É a oração do Shemá que todo judeu recitava diariamente. E Jesus acrescentou: ‘O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo!’ Também este mandamento estava na Escritura. ‘Não existe outro mandamento maior do que estes’, disse Jesus.

O que será que o Mestre da Lei achou da resposta de Jesus? Antes de considerar esse ponto, vamos pensar mais no que Jesus falou. A pergunta, qual era? Qual o primeiro dos mandamentos, o mais importante. E Jesus respondeu com dois mandamentos. O primeiro e o segundo, notou? Amar a Deus e amar o próximo. Aproximou os dois, juntou os dois. Uma coisa não pode ser desligada da outra. Como escreveu São João na sua primeira carta: “Quem diz que ama a Deus que não vê e não ama o seu irmão que vê, é um mentiroso”. Podemos dizer que o fundamento disso é que Deus nos ama, infinitamente. É o que explica o seu relacionamento com Israel. Deus ama o seu povo, o protege, o livra dos inimigos, o guia. Ele fez uma aliança com o seu povo, uma aliança de amor.

Agora, vamos ver a reação do Mestre da Lei que fez a pergunta. Ele ficou satisfeito com a resposta de Jesus. “Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: Ele é o único Deus e não existe outro além dele. Amá-lo de todo o coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios”. Ele estava de acordo com a resposta de Jesus. Jesus ficou admirado com o Mestre da Lei. “Tu não estás longe do Reino de Deus”. Reconheceu que ele estava no caminho do Reino, do evangelho que ele estava anunciando. De fato, a pregação de Jesus era sobre o amor de Deus pelos seus filhos. O verdadeiro culto a Deus tem a ver também com o amor aos irmãos.

Com a quaresma, estamos vivendo a Campanha da Fraternidade, exatamente para nos ajudar a crescer no amor a Deus e ao próximo. Na campanha deste ano, realizada simultaneamente com outras igrejas cristãs, foca-se no compromisso do diálogo: "Fraternidade e diálogo: compromisso de amor". Diálogo para construir relações mais harmoniosas na família, na Igreja, em nosso Brasil habitado por polarizações destruidoras. Por ocasião do lançamento da Campanha, o Papa Francisco enviou uma mensagem, na qual define como “motivo de esperança” o fato de ela ser realizada de maneira ecumênica. “A fecundidade do nosso testemunho dependerá também de nossa capacidade de dialogar, encontrar pontos de união e os traduzir em ações em favor da vida, de modo especial, a vida dos mais vulneráveis”, afirmou o Papa. O pontífice também chamou atenção para os desafios enfrentados devido ao coronavírus. “Precisamos vencer a pandemia e nós o faremos à medida em que formos capazes de superar as divisões e nos unirmos em torno da vida". 

Guardando a mensagem

O Mestre da Lei queria saber qual era o maior mandamento. Amar a Deus e amar o próximo. Um leva ao outro. Deus nos ama. Nós, em resposta, o amamos e amamos o nosso semelhante. O Mestre da Lei, nisso, pensava igual a Jesus. Os dois mandamentos se completam, são faces da mesma moeda. O culto no Templo e o serviço na rua. A oração e a caridade. A Campanha da Fraternidade é uma oportunidade para exercitarmos o amor ao próximo, pelo diálogo e pelo compromisso com a vida, a saúde e o bem de todos, sobretudo dos mais sofridos e vulneráveis.

O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! (Mc 12, 31)

Rezando a palavra

Vamos rezar a oração da Campanha da Fraternidade deste ano:

Deus da vida, da justiça e do amor, 
nós Te bendizemos pelo dom da fraternidade
e por concederes a graça de vivermos 
a comunhão na diversidade. 
Através desta Campanha da Fraternidade Ecumênica, ajuda-nos a testemunhar a beleza do diálogo como compromisso de amor, criando pontes que unem em vez de muros que separam e geram indiferença e ódio. 
Torna-nos pessoas sensíveis e disponíveis para servir a toda a humanidade, em especial, aos mais pobres e fragilizados, a fim de que possamos testemunhar o Teu amor redentor e partilhar suas dores e angústias, suas alegrias e esperanças, caminhando pelas veredas da amorosidade. 
Por Jesus Cristo, nossa paz, no Espírito Santo, sopro restaurador da vida. Amém.

Vivendo a palavra

O 24º degrau de nossa escadaria quaresmal é este: Amar o próximo. Não ser indiferente ao sofrimento dos outros. Não deixar ninguém para trás, como está nos repetindo o Papa Francisco. Amar o próximo.

Todas as noites de segunda a sexta, você me encontra na Live da Oração da Noite, às 21:30. Acesse o meu canal no Youtube ou minha página no facebook

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

OS DOIS RISCOS


Toda a Lei e os profetas dependem desses dois mandamentos (Mt 22, 40)

21 de agosto de 2020.

Na parábola que escutamos ontem, do rei que preparou uma linda festa de casamento para o seu filho, vimos que os primeiros convidados rejeitaram com violência o convite para a festa e os seus mensageiros. Esses são os que não acolheram Jesus e tudo fizeram para eliminá-lo. Um grupo muito popular e muito religioso também movimentou-se o tempo todo contra Jesus: os fariseus. No evangelho de hoje, um grupo deles vem ao encontro de Jesus, disposto a desmoralizá-lo. Chegaram com uma pergunta aparentemente inocente: “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?”.

Os eruditos, os mestres da Lei, os mais estudados dos fariseus, viviam em intermináveis discussões sobre as centenas de mandamentos que eles reconheciam nas escrituras e na sua tradição oral. Qual seria o maior mandamento, como hierarquizar tantas normas? Jesus deu uma resposta convincente. ‘O maior e primeiro mandamento é este: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento!”. Na verdade, Jesus recitou o início da oração diária de todo judeu, como está no Livro do Deuteronômio, a Oração do Shemá. Ninguém poderia discordar. E Jesus acrescentou: “O segundo é semelhante a esse: ‘Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’”.

Perguntaram pelo maior mandamento, Jesus respondeu com dois mandamentos. Amar a Deus e amar o próximo. Aproximou os dois, juntou os dois. Uma coisa não pode ser desligada da outra. Como escreveu São João na sua primeira carta: “Quem diz que ama a Deus que não vê e não ama o seu irmão que vê, é um mentiroso”. Essa relação íntima entre o amor a Deus a ao seu semelhante certamente não era uma novidade, já estava na Escritura. Mas, não estava na prática religiosa dos fariseus, que desprezavam os pobres e ignorantes. Não dá para amar a Deus e não amar os irmãos, particularmente os necessitados, os excluídos. E amar, não com palavras, mas com atitudes, obras, compromissos.

O Pe. Zezinho fez uma música que explica bem a relação entre esses dois mandamentos:

Feita de dois riscos é a minha cruz
Sem esses dois riscos não se tem Jesus
Um é vertical, o outro horizontal
O vertical eleva, o horizontal abraça
Feita de dois riscos é a minha cruz
Sem esses dois riscos não se tem Jesus

A palavra de Jesus, hoje, é um grande ensinamento para nossa vida. Amar a Deus e amar os irmãos. Esse é o mandamento. A prática da religião não é apenas louvar, glorificar, honrar a Deus com nossos cânticos e louvores. Esse amor a Deus transfigura os nossos relacionamentos, ilumina os nossos compromissos, nos compromete com a justiça, o bem, a verdade. Como amar o pai e não reconhecer e amar os outros filhos dele, seus irmãos e irmãs?.

Guardando a palavra

O fariseu queria saber de Jesus qual é o maior mandamento da Lei. Jesus respondeu que o maior e primeiro mandamento é o amor a Deus. Mas, este sagrado dever está unido a um segundo, semelhante ao primeiro: amar o próximo como a si mesmo. Não é possível honrar a Deus com verdadeiro amor, sem interessar-se e comprometer-se com o bem dos seus irmãos, filhos e filhas do mesmo Pai. E amar com o coração do Pai é se estar atento aos irmãos que estão em maior dificuldade, para incluí-los, para garantir-lhes as oportunidades necessárias, para estar ao seu lado como bom irmão, como boa irmã.

Toda a Lei e os profetas dependem desses dois mandamentos (Mt 22, 40)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Disseste bem: “Toda a Lei e os Profetas dependem destes dois mandamentos”. A Lei e os Profetas são a Sagrada Escritura. Nela, se revela um Deus que ama seu povo, caminha com ele e o socorre na aflição. Nela, o fiel descobre que agrada a Deus e o honra quando o imita no seu amor pelos pequenos, na sua compaixão pelos sofredores, na sua misericórdia pelos pecadores. E depois de ter falado pelos profetas, O Pai nos fala por ti, Senhor Jesus, deixando tudo bem claro. O verdadeiro culto é fazer a vontade do Pai. O verdadeiro adorador é o samaritano que socorre o assaltado quase-morto, na estrada. O verdadeiro amor é o de quem dá a sua vida pelos amigos. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Reze, com calma, o Pai Nosso. E veja como Jesus nos faz rezar como filhos, sem deixar ninguém de fora. Todos precisamos do pão, do perdão, da libertação, da vitória sobre o mal. Quando reza o Pai Nosso, você intercede por todos os seus irmãos e irmãs.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

O AMOR A DEUS E AO PRÓXIMO

O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! (Mc 12, 31)

20 de março de 2020


E a quaresma vai prosseguindo. Você lembra, quando começamos esse tempo litúrgico, nos falaram de três exercícios importantes para o nosso crescimento cristão, nesse período: a oração, a penitência e a caridade. Hoje, o evangelho desenvolve esse ponto da caridade.

Um Mestre da Lei perguntou a Jesus qual era o primeiro de todos os mandamentos. Os Mestres da Lei tinham uma lista de centenas de mandamentos, era coisa que não se acabava mais. Vamos ver o que Jesus respondeu. Jesus, como bom judeu, recitou um texto do livro do Deuteronômio. ‘O primeiro mandamento é este: “Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força”. É a oração do Shemá que todo judeu recitava diariamente. E Jesus acrescentou: ‘O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo!’ Também este mandamento estava na Escritura. ‘Não existe outro mandamento maior do que estes’, disse Jesus.

O que será que o Mestre da Lei achou da resposta de Jesus? Antes de considerar esse ponto, vamos pensar mais no que Jesus falou. A pergunta, qual era? Qual o primeiro dos mandamentos, o mais importante. E Jesus respondeu com dois mandamentos. O primeiro e o segundo, notou? Amar a Deus e amar o próximo. Aproximou os dois, juntou os dois. Uma coisa não pode ser desligada da outra. Como escreveu São João na sua primeira carta: “Quem diz que ama a Deus que não vê e não ama o seu irmão que vê, é um mentiroso”. Podemos dizer que o fundamento disso é que Deus nos ama, infinitamente. É o que explica o seu relacionamento com Israel. Deus ama o seu povo, o protege, o livra dos inimigos, o guia. Ele fez uma aliança com o seu povo, uma aliança de amor.

Agora, vamos ver a reação do Mestre da lei que fez a pergunta. Ele ficou satisfeito com a resposta de Jesus. “Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: Ele é o único Deus e não existe outro além dele. Amá-lo de todo o coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios”. Ele estava de acordo com a resposta de Jesus. Jesus ficou admirado com o Mestre da Lei. “Tu não estás longe do Reino de Deus”. Reconheceu que ele estava no caminho do Reino, do evangelho que ele estava anunciando. De fato, a pregação de Jesus era sobre o amor de Deus pelos seus filhos. O verdadeiro culto a Deus tem a ver também com o amor aos irmãos.

Com a quaresma, estamos vivendo a Campanha da Fraternidade, exatamente para nos ajudar a crescer no amor a Deus e ao próximo. Não dá para amar a Deus e não amar os irmãos, os necessitados, os excluídos. E amar, não com palavras, mas com atitudes, obras, compromissos. Por isso, neste ano, o tema é “Fraternidade e Políticas Públicas”. Políticas públicas são programas e ações desenvolvidos pelo Estado para garantir os direitos dos cidadãos: direito à educação, ao trabalho, à saúde, à previdência social, à moradia, à segurança, assim por diante. Todo cidadão consciente pode ajudar na construção de boas políticas públicas, bem como cobrar e acompanhar sua execução pelos Municípios, Estados e pela União.

Guardando a mensagem

O Mestre da Lei queria saber qual era o maior mandamento. Amar a Deus e amar o próximo. Um leva ao outro. Deus nos ama. Nós, em resposta, o amamos e amamos o nosso semelhante. O Mestre da Lei, nisso, pensava igual a Jesus. Os dois mandamentos se completam, são faces da mesma moeda. O culto no Templo e o serviço na rua. A oração e a caridade. A Campanha da Fraternidade é uma oportunidade para exercitarmos o amor ao próximo, sobretudo na defesa dos mais frágeis de nossa sociedade.

O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! (Mc 12, 31)

Rezando a palavra

Vamos rezar a oração da campanha da fraternidade deste ano:

Deus, nosso Pai, fonte da vida e princípio do bem viver, criastes o ser humano e lhe confiastes o mundo como um jardim a ser cultivado com amor.

Dai-nos um coração acolhedor para assumir a vida como dom e compromisso. Abri nossos olhos para ver as necessidades dos nossos irmãos e irmãs, sobretudo dos mais pobres e marginalizados.

Ensinai-nos a sentir verdadeira compaixão expressa no cuidado fraterno, próprio de quem reconhece no próximo o rosto do vosso Filho. Inspirai-nos palavras e ações para sermos construtores de uma nova sociedade, reconciliada no amor.

Dai-nos a graça de vivermos em comunidades eclesiais missionárias, que, compadecidas, vejam, se aproximem e cuidem daqueles que sofrem, a exemplo de Maria, a Senhora da Conceição Aparecida e de Santa Dulce dos Pobres, Anjo Bom do Brasil.

Por Jesus, o Filho amado, no Espírito, Senhor que dá a vida.
Amém!

Vivendo a palavra

No seu caderno espiritual (seu caderno de anotações) responda a esta pergunta: O que, nesta quaresma, nessa situação de emergência pela pandemia do coronavírus, você pode fazer em favor do seu próximo?

A gente se encontra às 10 da noite, no facebook, para a novena extraordinária de Nossa Senhora Auxiliadora pela proteção de sua família, nesta hora difícil.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

AS DUAS FACES DA MOEDA

Tu não estás longe do Reino de Deus  (Mc 12, 34)
07 de junho de 2018.
Nem todas as perguntas feitas a Jesus vinham de gente maldosa e mal intencionada. Dessa vez, parece que o mestre da Lei estava querendo, de verdade, uma opinião de Jesus. O que ele queria saber era o seguinte: Qual era o primeiro de todos os mandamentos? Os mestres da Lei tinham uma lista de centenas de mandamentos, era coisa que não se acabava mais. Era comum, naquele período, círculos de discussão sobre a Lei, ao redor de algum ilustre mestre. Basta você lembrar que Jesus, quando tinha doze anos, acabou ficando no Templo, e não seguiu com a família na volta da peregrinação da Páscoa. Claro, ficou entretido nas rodas de discussão com os mestres da Lei. Ele mesmo fazia perguntas.
Bom, a pergunta do escriba era sobre o primeiro dos mandamentos. Vamos ver o que Jesus respondeu. Jesus, como bom judeu, recitou um texto do livro do Deuteronômio. ‘O primeiro mandamento é este: “Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força”. É a oração do Shemá que todo judeu recitava diariamente. E Jesus acrescentou: ‘O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo!’ Também este mandamento estava na Escritura. ‘Não existe outro mandamento maior do que estes’, disse Jesus.
O que será que o mestre da Lei achou da resposta de Jesus? Antes de considerar a reação dele, vamos pensar mais no que Jesus falou. A pergunta, qual era? Qual o primeiro dos mandamentos, o mais importante. E Jesus respondeu com dois mandamentos. O primeiro e o segundo, notou?  Amar a Deus e amar o próximo. Aproximou os dois, juntou os dois. Uma coisa não pode ser desligada da outra. Como escreveu São João na sua primeira carta: “Quem diz que ama a Deus que não vê e não ama o seu irmão que vê, é um mentiroso”. Podemos dizer que o fundamento disso é que Deus nos ama, infinitamente. É o que explica o seu relacionamento com Israel. Deus ama o seu povo, o protege, o livra dos inimigos, o guia. Ele fez uma aliança com o seu povo, uma aliança de amor.
Agora, vamos ver a reação do mestre da lei que fez a pergunta. Ele ficou satisfeito com a resposta de Jesus.  “Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: Ele é o único Deus e não existe outro além dele. Amá-lo de todo o coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios”.  Ele estava de acordo com a resposta de Jesus. E tirou logo uma conclusão: Quem ama assim a Deus e ao próximo faz uma coisa maior do que o culto feito com os sacrifícios no Templo.
Jesus ficou admirado com o mestre da Lei. “Tu não estás longe do Reino de Deus”. Reconheceu que ele estava no caminho do Reino, do evangelho que ele estava anunciando. De fato, a pregação de Jesus era sobre o amor de Deus pelos seus filhos.  O verdadeiro culto a Deus tem a ver também com o amor aos irmãos. Na história que Jesus contou do ‘bom samaritano’, os homens que oficiavam o culto do Templo, oferecendo os sacrifícios e holocaustos de animais passaram ao largo quando viram o homem necessitado caído na estrada. O samaritano, alguém que não frequentava o Templo, realizou o maior culto a Deus, amando o seu próximo, acudindo o homem assaltado.
Vamos guardar a mensagem
O mestre da Lei queria saber qual era o maior mandamento. Amar a Deus e amar o próximo. Um leva ao outro. Deus nos ama. Nós, em resposta, o amamos e amamos o nosso semelhante. O mestre da Lei pensava igual a Jesus. Os dois mandamentos se completam, são interfaces da mesma realidade.  O culto no Templo e o serviço na rua. A oração e a caridade.
Tu não estás longe do Reino de Deus  (Mc 12, 34)
Vamos rezar a palavra
Senhor Jesus,
Hoje vamos recitar contigo, o Shemá, a oração diária do teu povo: “Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força”.
Amém.
Vamos viver a Palavra
No seu diário espiritual (ou no seu caderno de anotações) responda a esta pergunta: O que, na minha vida, mostra que eu estou amando a Deus de todo o coração e amando o meu próximo como a mim mesmo?

Pe. João Carlos Ribeiro – 07.06.2018

AMAR A DEUS DE TODO O CORAÇÃO E AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO



Tu não estás longe do Reino de Deus  (Mc 12, 34)

09 de março de 2018.

Nem todas as perguntas feitas a Jesus vinham de gente maldosa e mal intencionada. Dessa vez, parece que o mestre da Lei estava querendo, de verdade, uma opinião de Jesus. O que ele queria saber era o seguinte: Qual era o primeiro de todos os mandamentos? Os mestres da Lei tinham uma lista de centenas de mandamentos, era coisa que não se acabava mais. Era comum, naquele período, os círculos de discussão sobre a Lei, ao redor de algum ilustre mestre. Basta você lembrar que Jesus, quando tinha doze anos, acabou ficando no Templo, e não seguiu com a família na volta da peregrinação da Páscoa. Claro, ficou entretido nas rodas de discussão com os mestres da Lei. Ele mesmo fazia perguntas.

Bom, a pergunta do escriba era sobre o primeiro dos mandamentos. Vamos ver o que Jesus respondeu. Jesus, como bom judeu, recitou um texto do livro do Deuteronômio. ‘O primeiro mandamento é este: “Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força”. É a oração do Shemá que todo judeu recitava diariamente. E Jesus acrescentou: ‘O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo!’ Também este mandamento estava na Escritura. ‘Não existe outro mandamento maior do que estes’, disse Jesus.

O que será que o mestre da Lei achou da resposta de Jesus? Antes de considerar esse ponto, vamos pensar mais no que Jesus falou. A pergunta, qual era? Qual o primeiro dos mandamentos, o mais importante. E Jesus respondeu com dois mandamentos. O primeiro e o segundo, notou?  Amar a Deus e amar o próximo. Aproximou os dois, juntou os dois. Uma coisa não pode ser desligada da outra. Como escreveu São João na sua primeira carta: “Quem diz que ama a Deus que não vê e não ama o seu irmão que vê, é um mentiroso”.  Podemos dizer que o fundamento disso é que Deus nos ama, infinitamente. É o que explica o seu relacionamento com Israel. Deus ama o seu povo, o protege, o livra dos inimigos, o guia. Ele fez uma aliança com o seu povo, uma aliança de amor.

Agora, vamos ver a reação do mestre da lei que fez a pergunta. Ele ficou satisfeito com a resposta de Jesus.  “Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: Ele é o único Deus e não existe outro além dele. Amá-lo de todo o coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios”.  Ele estava de acordo com a resposta de Jesus. E tirou logo uma conclusão:  Quem ama assim a Deus e ao próximo faz uma coisa maior do que o culto feito com os sacrifícios no Templo.

Jesus ficou admirado com o mestre da Lei. “Tu não estás longe do Reino de Deus”. Reconheceu que ele estava no caminho do Reino, do evangelho que ele estava anunciando. De fato, a pregação de Jesus era sobre o amor de Deus pelos seus filhos.  O verdadeiro culto a Deus tem a ver também com o amor aos irmãos. Lucas contou que Jesus uma vez deu uma explicação sobre quem é o próximo e como amá-lo, a parábola do bom samaritano. Naquela historia, os homens que oficiavam o culto do Templo, oferecendo os sacrifícios e  holocaustos de animais passaram ao largo quando viram o homem necessitado caído na estrada. O samaritano, alguém que não frequentava o Templo, realizou o maior culto a Deus, amando o seu próximo, acudindo o homem necessitado caído na estrada.

Vamos guardar a mensagem

O mestre da Lei queria saber qual era o maior mandamento. Amar a Deus e amar o próximo. Um leva ao outro. Deus nos ama. Nós, em resposta, o amamos e amamos o nosso semelhante. O mestre da Lei pensava igual a Jesus. Os dois mandamentos se completam, são interfaces da mesma realidade.  O culto no Templo e o serviço na rua. A oração e a caridade.
Tu não estás longe do Reino de Deus  (Mc 12, 34)
Vamos acolher a mensagem
Senhor Jesus,
Hoje vamos recitar contigo, o Shemá, a oração diária do teu povo: “Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força”.
Amém.
Vamos viver a Palavra
No seu diário espiritual (ou no seu caderno de anotações) responda a esta pergunta: O que, na minha vida, mostra que eu estou amando a Deus de todo o coração e amando o meu próximo como a mim mesmo?
Pe. João Carlos Ribeiro – 08.03.2018

UMA DECISIVA QUEBRA DE BRAÇOS

Toda a Lei e os profetas dependem desses dois mandamentos (Mt 22, 39). 


No tempo de Jesus, a coisa não era fácil. A religião de Israel era uma coisa um tanto complicada. Os mestres da lei catalogaram 613 mandamentos na Lei de Deus. Haja mandamento! A coisa era tão complexa, que só os estudados, como os mestres da Lei, podiam dar uma orientação. O povo ficou meio perdido, com tanta norma, tanto mandamento. E era taxado de ignorante e, claro, de pecador, por não cumprir a Lei em todos os seus detalhes. 

Nesse contexto, havia muita discussão sobre quais mandamentos eram os mais importantes ou se todos eram igualmente importantes. Levaram a pergunta a Jesus. Vou logo alertando que a pergunta foi levada pelos fariseus, justo para complicar Jesus, não para encontrar a verdade. “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?”.

A resposta de Jesus foi surpreendente. Ele começou por recitar a oração que os judeus homens rezavam todo dia, pela manhã e à noite, o Shemá. Essa oração são palavras do Livro do Deuteronômio, capítulo 6. “Ouve, ó Israel, o Senhor teu Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento”. Pronto, devem ter ficado satisfeitos com a resposta. Amar a Deus é o mandamento número um, o primeiro mandamento, o mais importante. Foi aí que Jesus veio com uma novidade, disse também qual era o segundo mandamento. O segundo é semelhante ao primeiro: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Essa é uma citação também das Escrituras, é do Livro do Levítico. 

Todos aqueles 613 mandamentos catalogados pelos estudiosos estavam resumidos numa coisa central: o amor a Deus e ao próximo, no amor. E Jesus completou que toda a Escritura estava resumida nesses dois mandamentos. “Nisto consiste a Lei e os Profetas”. Olha que revolução. O amor é o centro da revelação de Deus. O amor é a única Lei. Amar a Deus e amar o próximo. 

O amor é a grande novidade que o cristianismo professa. O amor é a grande revolução no mundo. O amor a Deus e o amor ao próximo, como a mim mesmo. Amar projeta a gente pra fora. Faz a gente incluir os outros em nossa vida. Amar é encontrar e honrar o grande Outro que é Deus. Amar é notar a existência do próximo, esteja perto ou longe. Amar é preocupar-se com ele ou com ela, é comprometer-se com o seu bem e sua qualidade de vida. Amar é reconhecer no outro um irmão, uma irmã, filhos do mesmo Pai, caminhando conosco para a eternidade. 

Nossa cultura nos propõe outro caminho. Propõe o individualismo. No individualismo, eu me volto para mim mesmo, me esquecendo dos outros. Não me envolvo com os problemas que afetam a todos, achando que cada um deve se resolver por sua conta. Vivendo voltado para mim mesmo, não me importo com a injustiça e a exploração que geram sofrimento e empobrecimento ao meu redor. 

O individualismo prega uma religião intimista e socialmente irresponsável. É a religião do “Meu Pai” não a do “Pai nosso”. O individualismo mata o amor. A religião de Jesus é a do amor. A religião do mercado é a do individualismo, gerando pessoas egoístas e omissas diante do sofrimento, do desemprego, do abandono, da falta de oportunidades. 

Vamos guardar a mensagem de hoje

No tempo de Jesus, os mestres da Lei cobravam ao povo o cumprimento de centenas de mandamentos. Os fariseus perguntaram a Jesus qual era o maior deles. Jesus respondeu mais do que eles perguntaram. Disse que a verdadeira religião é a do amor. A que nos leva a amar a Deus de todo o coração e ao próximo, como a nós mesmos. Deus é amor, disse São João. Nossa cultura cultiva o individualismo, não o amor. Amor é voltar-se para o outro. Individualismo é voltar-se para si mesmo. Nos dias de hoje, amor e individualismo estão em uma grande quebra de braços. Na sua vida, quem está ganhando?

Toda a Lei e os profetas dependem desses dois mandamentos (Mt 22, 39). 

Vamos acolher a mensagem de hoje com uma prece

(Sl 17)

— Eu vos amo, ó Senhor, sois minha força e salvação.

— Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força, minha rocha, meu refúgio e Salvador! Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga, minha força e poderosa salvação.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém. 

Vamos praticar a palavra que meditamos hoje

Como exercício de amor ao próximo, faça hoje uma oração ao Senhor Deus pedindo em favor de alguém, fora de sua família, que esteja em grande necessidade.


Pe. João Carlos Ribeiro – 28.10.2017

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